América América

Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

A minha foto
Nome:
Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

26 de novembro de 2006

Nº 107 O MELHOR… OS «PORQUÊS ? »… SUBESTIMADOS…

A massa humana que se distribui por todo o Globo, caldeia a média prudente e boa, assente na dignidade respeitosa, com os caídos na poltronice desgrenhada e louca, mas confronta e eleva a intrepidez no jogo da vida e na cultura do intelecto na destrinça da mestria. As nações, ou parcelas do Globo, são constituídas pelo mesmo caldo, dependendo o tempero , da matéria prima nele contida.
Classificar um povo, um homem, entre inumeráveis actos de valentia, inteligência ou engenho, será aventura na pilhagem das probabilidades. Mais se embaraça, na referência à especialidade do tema a evidenciar…
A RTP, lançou aos aficionados da televisão, o concurso de «escolha» do melhor português de sempre. E aflorou nomes. Quem foi o melhor, entre os melhores portugueses?
A jornalista Maria Elisa, na noite de 25 de Outubro, organizou, no palácio de Queluz, discussão sobre essa preferência, completamente livre aos pareceres dos presentes e de quem quer que fosse, ao alcance de cada intelecto, o habilitado pela História, ou o entusiasta da política ou o enfurecido no desporto, encarregues de tamanho encargo e responsabilidade. Veio à baila, se o nome do Dr. António de Oliveira Salazar, deveria constar entre os merecedores de nomeação. Opiniões diferentes aqueceram a polémica, uns pelo SIM, outros pela dúvida e bastantes pelo NÃO. Estes últimos, salientando convicções aderentes à preponderância das ideias.
Notámos, porém, a raridade de «porquês ?» nas justificações apresentadas. Semelhança, ou reprodução de opiniões já, fartamente ouvidas na Comunicação, dita, Social, ou, melhor escrito, resignada a renovações políticas, transformadas em tradição.
Porque sentença, omitindo causas, impede acerto de justo encaixe.
Olhemos acontecimentos de há cerca de 200 anos, provocatórios das incertezas e preocupações, que actualmente e pelo próximo futuro, serão espada suspensa por fio delido pelo fazer e desatar nós ideológicos, sobre a cabeça da Europa e, em particular, de Portugal.
A Revolução Francesa de 1789, ampliou o plano liberal, em vigor na Inglaterra, desde o contrato, que tomou o nome afamado de «Magna Carta», assinado em 1215, entre o Rei João Sem Terra e os nobres ingleses. Foi um «papel timbrado», onde a autoridade para mandar, era aconselhada a cumprir com as suas obrigações, mas... não abusando, nem dos nobres, seus «escudos de defesa», nem da plebe sempre presente, em dar a bolsa, a vida e o exemplo no trabalho.
A febre da « Revolução», começou por redigir a ainda em vigor, DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO., que terá deixado o prato da balança dos DEVERES, com menos peso, para determinar a igualdade.
Em 1791, foi elaborada a « Constituição» que substituiu o poder absoluto, pela Monarquia Constitucional.
O desregramento normal revolucionário, levou à fusão do espírito do antigo regime , com o actualizado e entregá-la – a fusão - nas mãos de um só homem – Napoleão Bonaparte. Inteligência notável, actuante excepcional.
Voltou ao absolutismo e repôs em funcionamento, os métodos revolucionários, no avanço em terra por lavrar… Esgrimiu armas para tornar a França um poder hegemónico na Europa sem aceite de custos. Vencer era o lema. Vidas e destruições, Ele ou alguém, iria resolver as consequências…
Invadiu os vizinhos, a Espanha e Portugal, na Ponta da Europa. As bandeiras da «Liberdade», de «Igualdade», de «Fraternidade», ficaram sempre nos salões de Paris e Fontainebleau . Porque, guerra… é guerra e as bandeiras –as teorias - são para guardar.
Os invasores, em Portugal –chegados famintos e maltrapilhos – mataram a fome, lavaram os corpos suados, remendaram e substituíram as fardas ensanguentadas, consertaram as armas desarranjadas na função de destruir e… puseram o sono em dia.
Recebido novo alento, os tempos de diversão, incluíram roubos, matanças, crueldades na população trabalhadora e pacífica. Até que devolvidos às terras de origem, autorizados a transportar na bagagem, preciosidades dos nossos antepassados, deixaram a esvoaçar cópias das ideias, deixadas na gaveta e nos estandartes da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, em França. A fantasia, dominou a ambição, fez esquecer a tragédia.
Os ideólogos, mensageiros em secretárias, alheados do esforço braçal e no ombro, convenceram o povo que só tinha a ganhar com as vicissitudes sofridas, pois se aconteceram… foram casos em favor dos seus interesses. A valia real, estava na concentração do pensamento.
O Povo, o pagador de serviço, fiel à sociedade e crente nos sábios carregados de livros, teve como verdadeiro, o estandarte dos «direitos», pois logo reteve o sonho de alguns lhe vierem a caber.
Não demorou no arranjo do estilhaçado pelos amigos que haviam pago o estrago, com a divisa, prudentemente deixada em França, para se não manchar em Portugal: Liberdade, Igualdade, Fraternidade.
Regressado D. João VI do Brasil, em 13 de Julho de 1822, logo em 1 de Outubro, do mesmo ano, acatando os ensinamentos franceses, foi assinada a Constituição, para regular excessos e acabar com a injustiça..
O povo, o Homem Bom, sentindo a obrigação de «curvar a cerviz» para bem da Família, imaginou ter chegado a Boa Nova de folga nas responsabilidades no sustento da grei. Pôs de lado, mas pagando Ele, os agravos materiais recebidos e entregando aos SENHORES DAS IDEIAS, as soluções mentais, de tamanho admirável.
Enquanto a ideogenia, se fabulava nos recintos da palavra livre, revelando o inchaço e fertilidade produtivas, o povo, o « Zé », só importante no voto, o independente verdadeiro, trabalhava perseverante na paz, terno para a amizade, leal para com a Pátria, mantendo o mesmo afã de Afonso Henriques e seus descendentes
Consertou o desbaratado pelas invasões caprichosas de 1807 a 1811, reconstruíu o danificado pela estratégia, elevou padrões, suou nas sementeiras e nas colheitas, arriscou o comércio e tentou a indústria, na esperança de aumentar ganhos. O sectarismo, impávido e sereno, discutia, tomava a maçaneta do bombo da festa e batia ao acaso do compasso, nas cordas da lira afinada na canção celestial.
Os SENHORES DAS IDEIAS, em obediência aos seus princípios, envolveram-se nas disputas dos Irmãos Pedro e Miguel, a guerra fratricida que voltou a desfazer as economias do Povo, a ceifar-lhe milhares dos seus filhos e a espalhar ódios e atrasos domésticos.
De 1856 a 1857, uma epidemia de «cólera», vitimou pobres e ricos. Parece que tudo se conjugava para enfraquecer a Nação
. O Povo, o pronto ao sacrifício, pagou as destruições e desditas nas doenças, mas não ganhava para pagar desgraças e nivelar o Erário Público. Os SENHORES DAS IDEIAS, que nada haviam concretizado, nem podiam, por falta de tempo na algaraviada dos discursos, para pagar esta falência, apontaram culpados D. Carlos e o filho D. Luís Filipe e mandaram sacrificá-los na campa do silêncio, em 2 de Fevereiro de 1908. Dois anos mais tarde, fizeram embarcar a Família Real, na Ericeira, em 5 de Outubro de 1910. Estava satisfeito o desejo telepático do Dr. António José de Almeida e de muitos camaradas: « Bastava o desaparecimento do Rei, a implantação da República, para todos os problemas graves, desaparecerem em Portugal.»
Continua.
Até próximo.

23 de novembro de 2006

Nº 106 DEMOCRACIA… ESCONDERIJO… OU PALAVRÃO

A formação de agregados propensos à coexistência, aderentes à civilização na mudança das agruras para escapar à penúria no aparelho digestivo, subjuga-se a regras, impressas nas necessidades de juntar a defesa individual, ao crescimento da amizade. Não se trata, porém, de um acordo definitivo e perfeito, dadas as circunstâncias variáveis, na instalação do sistema nervoso do candidato à humanização.
É que o desgaste dos usos e retoques nos costumes, induzem a alterações, provindas da rotina aconselhar reformas nas fricções que acabam por ferir a resignação, protectora dos cinco sentidos.
O tempo, treina a convivência, na desculpa ao pecadilho e à repisa, maleitas chovidas das nuvens acumuladas de hipóteses para hábitos tendentes a alargar a concórdia.
O humano, no íntimo, não se distingue do resto dos seres vivos. Propende a utilizar o mais imediato para estender ganhos fáceis, descanso sem ralações e tirar dos vizinhos o já pronto a usar ou ingerir.
Mas como os semelhantes aspiram à mesma cobiça e a disputa permanente não garante lucro, nem vitória individual, passam a harmonia, por filtro comum, coam o mais útil e prático e deixam passar a sujidade mais evidente, que entupiria a ordem e a disciplina que distingue o que quer viver mais tempo.
A limpeza do imperfeito, contudo, é sistema operado por pensamentos e sugestões dadas pela luz em que todos participam.
O que impressiona e faz nódoa no modelo da verdade, é que do Homem provém o instinto à sociabilidade, o Homem cumpre mal o que esboça e seria fácil rematar, atendendo à reciprocidade de sentimentos, mas para o Homem se dirigem as emendas, a corrigir falhanços por ele próprio malfadados. O que significa, serem os cérebros amigos das tranquilidades, pública e personificada, os mesmos que abrem hostilidades nos meios que a todos pertencem, tomando de seguida, aspecto sorumbático e de «mestrança» rigorosa em conhecimentos.
Emproados nos seus barafustados modos de ver, redigem as Leis, blasonadas de correctoras, porém, crispadas de empolamentos psicológicos, de ortografia de principiante nas primeiras letras e redacções a pedir revisores.
A importância trémula, contudo, chega ao bom entendedor, portadora da desilusão magoada, do erro ser uma constante, intravável na ambiência humana, apesar de entronada de ideologia com ceptro e coroa, em desvalimento do «saber», posto de parte, como se de coxo se tratasse, com a sacola de esmoler em freguesia abandonada.
O poder, a força da autoridade recebida pelo voto de quem não estuda, para alguém verde no diploma, sobrepõe-se a todas as capacidades. Aceita julgamentos, de quem pouco aplicou raciocínio e memória para transmitir percepção e juízo. A sapiência mal crescida, dá fruto enfezado e semente abortada.
Na ausência de acerto, a escapadela às responsabilidades, melhor se dissimula em agrupamentos de monotonia combinada. Entre muitos, o alvo no que reza mais afoiteza, foge e salva a ideia, mas o dedo indicador não alveja, nem fixa ninguém. Assim, o que é feito à tona de água, passa a boiar, sem dono, nem destino, como teimosa rolha de cortiça.
Por tal maneira de acautelar as razões, que pululam em cada cabeça, os aspirantes a emprego na « coisa pública», reúnem-se em grupos predispostos a resolver as grandes amofinações na administração dos Estados. Formados, assim, os «Partidos», e à consequente falta de «matéria prima neurónica», esbanjam-se as promessas, ultrapassando o plausível, digno de crédito.
Avistam o imbróglio , tão badalado a importunar a «boa vida»: - o Produto Interno. Bruto ou acanhado, abundante ou satisfatório, razoável ou murcho . Coisa fácil de resolver…
Nenhum «partido» acredita em prodígios sobrenaturais. Mas cada um crê no milagre dos seus associados , serem os únicos que entendem do ofício de governar. E governam… do meio para cima.
Expliquemo-nos.
O Produto Interno, cresce por estações, classificadas pelo tempo.
A 1ª estação, compreende: Agricultura: Charrua, sementeira, sacha, colheita, armazenagem. Resultados dependentes das perturbações atmosféricas, enxames de insectos, maleitas diversas. Prolonga-se por meses. Às aflições de quem trabalha nos campos, assistem, de passagem, o turista e o aspirante a cadeira em partido.
A segunda estação, distende-se em transportes, indústria, mudanças de hábitos, risco nas comercializações, caprichos da moda, etc.. Alonga-se pelo ano económico.
A terceira estação subdivide-se na movimentação fiduciária, distribuição dos lucros e consequentes impostos.
Neste resumo atamancado, sem dúvida, mas suficiente para dar um contorno à visão real na sociedade, pomos acento no nosso posto de observação, mais por desabafo de um parecer independente, que por mestria nas questões de quem sabe mais ou entende menos.
Pelo possível de inferir, cada «partido», amalgama-se em oradores, estudiosos, aprendizes, professores, memórias repetitivas, etc., não sendo, afinal, cadinho de uma «massa cinzenta» única e perfeita, como a si próprios se atribuem Dedução, perfeitamente aceitável, por actos e pensamentos que nos chegam à luz do Sol, que nos alumia.
Além disso, os «partidos», repartem-se em árbitros, quanto o número de adeptos, descabidos de atenção às particularidades, nem do tempo, suficientes para acompanhar as três estações do Produto Interno.
Desatentam que a terra, nem sempre dá o correspondente à transpiração do agricultor e às necessidades dos consumidores, base para encher o mercado e fortalecer o Produto Interno. Partem, como é bem de ver, de conhecimentos exactos, predefinidos, ou de sequências controladas pelas mentes que representam a autoridade.
Os partidos, não tendo vagar, para medir a primeira estação, só entram ao «serviço» para a segunda e terceira estações. Não sujam os sapatos, nem calejam as mãos. Atente-se à liberalidade da Democracia…
Decepada, assim, uma boa mancheia de arrelias administrativas, é daí por diante que se pressupõe, ser o Produto Interno, regulado pela ideia, de engrenagem programada na continuidade impecável e garantida.
A segunda e terceira estações, limpas da terra de pão, passam a ser, portanto, o início, para discutir o Produto Interno. O que estava dentro dos moldes do que constava nas previsões favoráveis aos votos.
O Espírito democrático, porém, tem trâmites característicos. Cada partido, é livre de «puxar a brasa à sua sardinha»; verdades e inverdades, não são passíveis a julgamentos; injúrias, difamações, grosserias, são exteriorizações democráticas; a ficção, a falsidade, os empurrões do «tira-te que me quero por», estão na mesma linha de abraços de amizade; o cumprimento da Lei, deve sujeitar-se à aprovação partidária, sem a qual, é transferido para as «calendas gregas»; a honra, é um apêndice desnecessário; a justiça fica bem, se submetida à política . Ou seja, as mensagens de SOLON, de Péricles, de Platão, de Aristóteles, de Cristo, são velharias a guardar no museu da antropologia. A Democracia entre nós implantada, não tem pejo de acolher tudo o que passe pelo pensamento partidário. Democracia moderna, agasalha santidade e pecado, benevolência e maldizer, seriedade e burlice.
Quanto da verdade se lamenta, do véu que encobre a Democracia fabricada…
O desenrasque em quinhões, do que brilha na segunda e terceira fases do esforço nacional, o quantitativo que respeita a cada partido, é o processo que enreda as perspectivas. Todos querem o ganho. Ninguém, como é evidente, dispensa a maior fatia, venha donde vier. A bem… ou…
Puxa para cá, puxa para lá, rasga-se o «manto diáfano da fantasia».
O balão, enchumaçado de ideias, desce à terra… esvaziado da imaginação que o sustinha nos céus… na morada do sobrenatural…
Até para a semana.

21 de novembro de 2006

Nº 105 EUROPA… E AGORA?...

A História do Mundo, é contada por cada Continente, durante o recorte interno de fronteiras, assinalado pelo sangue vertido, nas rixas para acalmar a garantia das refeições. Somadas as cinco aventuras, ao crescimento das cinco coragens, o encarregado de as coligir, expõe o parecer, de acordo com o local do nascimento. A descrição, percorrerá o acto da luz alumiar as inteligências, por métodos diferenciados, somente, pelos expedientes proporcionados pela Natureza do solo e do clima.
O «maquinismo» do cérebro, acresce a cada molécula, a molécula que se segue, adaptada à solução da circunstância imprevista, dispor do elemento mais directo e atribuído ao proveito do selvagem que quer comer ou procura abrigo.
A igualdade não ocupa lugar na sequência das opções, por mais iguais que sejam as sensações da fome e a ingestão dos vegetais ou animais que por perto passem para a saciar. Os Continentes têm as suas características próprias e é delas que o bicho homem se alimenta.
Passemos ronda pelos Continentes.
A OCEÂNIA, o 5º Continente, tendo como centro de maior importância, a Austrália, a mais espaçosa, entre milhares de Ilhas, com desertos a ocidente e montes e terra arável a oriente, só foi considerada «rica», enquanto a população cresceu ao capricho do tempo . Migrações em jangadas a ligar Ilhas, dão a possibilidade de sustento, na pesca ou no comércio e em terra firme, o andarilho para avistar oásis ou mato, onde encontrar animal ou fruta, para matar a fome. As riquezas individuais surgiram nas superfícies onde a ambição, o desprezo pelo risco e das necessidades colectivas, consentiram aumentar a propriedade. No Século XXI, a Nação Austrália, já é menos atractiva, aos «bandeirantes» de fortunas a curto ou médio prazo. Produtos Internos Brutos, estão a ser mais poupados para distribuição às populações.
AMÉRICA, o 4º Continente. Esquecido, durante séculos, interpondo-se entre a Europa e a Ásia, só voltou ao convívio dos outros, quando lá chegaram os portugueses João Vaz Corte Real, em 1472, Cristóvão Cólon, em 1492 e os primeiros europeus – conhecidos e documentados - que lá viveram e morreram, os companheiros do filho de João Vaz, Miguel Corte Real, segundo o «documento escrito», na Pedra de Dinghton, com a data de 1511, decifrado pelo Dr. Manuel Luciano da Silva. O seu desenvolvimento, a Norte e a Sul, não tem sido homogéneo. As migrações constantes, o justificam no passado e no presente. O trabalho aplicado nos produtos de rendimento nacional, distribui-se desordenado no Sul, povoado por europeus, há pouco chegados da Idade Média e metódico no Norte, dirigidos pelos « peregrinos», os «puritanos» ingleses, transportadores da leitura, da obediência, da filosofia, do arado, da enxada, da Lei., desembarcados em Plymouth, em 1620..
ÁFRICA, o 3º Continente, onde o ser humano, na « depressão de Afar», germinou o intelecto e deu ânimo ao futuro. Na parte norte, civilizações nasceram e morreram, distinguindo-se a Egípcia, hoje e sempre, modelo do espaço «Nação». Os desertos, fizeram expandir o imaginário, destamparam a arte, encorajaram a grandeza. O Nilo deu alimento, sobretudo cebolas e alhos, para fortalecer o escravo construtor. As Pirâmides reuniram o lucro do trabalho que, se tivesse tido outra aplicação, escoar-se-ia fora da contabilidade do que hoje representa. As migrações foram uma constante no passado e permanecem nos nossos dias.
ÁSIA, o 2º Continente. Canalizador dos primeiros colonos da América do Norte, através do Estreito de Bering, com o mar mais abaixo, cerca de 150 metros, haverá – 20, 30 mil anos ? , numas das obrigadas e sofridas migrações para moderar as arremetidas do estômago. No Continente asiático, ondeavam e ainda hoje andam a pé descalço, povos a abandonar regiões onde só restolho fica, para dar tempo ao nascimento de nova vegetação a abrigar caça, cobrindo os campos a reatar a vida. O arroz, o trigo, oleaginosas, chá, café, algodão, linho, cana do açúcar, tabaco, são dádivas do cultivo trabalhoso para o sustento, mas que se espalham entre regiões não contínuas, por onde grandes espaços desertificados, mantêm povos em grandes sacrifícios para sobreviverem. O subsolo asiático, é rico de minérios, desde o ouro, ferro, petróleo, etc., etc.. A agressividade do terreno, os consumos e preços mundiais, às cambalhotas, não asseguram explorações firmes para dar à mão de obra, uma valorização consistente. Grandes aglomerados de pessoas, de fracos rendimentos no trabalho, acasulam crenças e afastam hipóteses de progresso.
EUROPA, o 1º Continente, segundo, a vulgar interpretação de que é o Mundo. Nasceu e desenvolveu-se por MIGRAÇÕES, de todos os quadrantes. Já antes dos árabes, bárbaros, vândalos. A Natureza sempre primou, por ser aparentemente atractiva, na agricultura e nas quantidades. As imigrações do Egipto, da Grécia, do Médio Oriente, da Ásia e da China, provocaram um caldeio para todos os gostos e tendências. Quem chegava, tinha onde alastrar o pensamento e no gosto a por no prato.
A capacidade reprodutiva das populações, sem especular espaços residenciais, nem quantidades de produtos, foi, gradualmente, agastando as paciências para preencher os armazéns e as cozinhas. Escaramuças, guerrilhas e guerras, deram toda a sua força para garantir refeição.

De forma breve e condensada, demos uma volta pelos cinco CONTINENTES. Não pretendemos diminuir ou aumentar valores. Nem penteámos a realidade, para lhe dar melhor ou pior aspecto. Nus os apanhámos, nus os apresentamos às nossas questões. Em todos, a Natureza distribuiu benesses e obstáculos, atracções e repulsas. Tanto para o positivo, como para o negativo, o trabalho sempre se submeteu à solução para o interesse comum,
Neste voo apressado pelo Mundo, não dispusemos de tempo ( nem tudo sabemos) para retirar conclusões que nos dessem conhecimentos exactos, das posses vitalícias dos seres que o habitam, à custa das dádivas da Natureza, em especial ao que se fez Rei, por graça da instalação neurótica lhe permitir uma existência mais cómoda e agradável, puxando para si, o valorizável nos três reinos. Mas, vislumbramos, o que há muito nos põe numa realidade comum. A Natureza, incapaz de contentar ao idealismo ambicioso, para mais sinecuras a sua Majestade humana, prepotente em caprichos e despromoções do trabalho, ao atingir a fronteira do possível, apresenta a realidade, para aclarar ordem na casa.
A realidade…essa certeza que, no fundo, se não gosta e Rousseau a tornou banal… detestando o que é, irremediavelmente, exacto.
O Mundo, ou seu resumo na Europa a esticar os cordelinhos da vaidade, obtém produto para sustentar a população, na mediania de seres organizados, trabalhadores e responsáveis. Ao aspirar distribuir a mesma fasquia de benesses, para quem não estiver em contacto directo com a produção – que tem limites atempados - tropeça, não na boa vontade do dar, mas encontra o vazio na dispensa dos géneros alimentícios.
A Europa, para suster guerras, arvorou-se em «ama voluntária» a alimentar esperanças de garantias ao humano carente e ao enfastiado no trabalho. Mas… não tem onde buscar ajuda. Nem pode criar postos de trabalho, à maneira dos nascituros exigirem um quinhão.
Os mais infelizes em suas terras de origem, para melhorar a vida, desembarcam nas suas costas, atraídos pelos arautos da «boa nova». E Ela, a Europa prometedora… que assumiu «ares de riqueza»… não dispõe do suficiente para a todos agradar. Por tal, atrasa a assinatura do «papel impresso», baptizado de Constituição.
E, agora, como resolver o dilema: « não ter » e «querer dar»? Se uniu as suas forças, se ao pobre prometeu… Posição preocupante, tanto no «hoje» como o «daqui a pouco».
Entretanto, o aperfeiçoamento das armas, mantém-se pronto para recuperar os equilíbrios ecológico… e económico… Com estes «remédios», não há problemas, nos erros crassos, dos mandões nos «Tesouros Públicos». Dá-se, tira-se, mente-se… tudo vai dar na mesma.
Até próximo.

16 de novembro de 2006

Nº 104 JUÍZO É MELHOR QUE IDEIA PENSAR POSSE… NÃO É TER…

A Europa, é o Mundo. Já o escrevemos, sem nada apresentar de novo. É um cadinho de civilizações. Ninguém o duvida, pois a fusão não faz encobrir os povos que a vieram saquear e, depois montaram casa.
É o porto de salvação, de imigrações à vontade de quem a queira habitar? Tem o crédito da dúvida…
Se nunca possuiu o bastante para uma vivência normal, dentro e fora dos países independentes, a elevação da fasquia das garantias sociais, piorou o poder de medir a igualdade. Acostumar-se o cidadão, produzindo ou não o valor do acto de refazer as forças, é fortuna que a Europa não pode contar no cofre do trabalho e na colheita do produzido.
A União Europeia, teima na afirmativa simpática do sim, mas os países que sabem da «ginástica financeira» do seu dia a dia, temem comprometer-se a terem de despender para outros, o que faz falta para os seus. Os referendos da França e da Holanda, são eloquentes.
As desavenças europeias, atribuídas a clube de futebol - esquerda, centro, direita, guarda redes – é uma desculpa atenuante para a criação de equipas e mais postos de trabalho, com a finalidade de investigar o inexistente… É a manobra de encobrir a realidade de que uns se servem da tabuada e outra parte aguarda o consentimento do que se comprometeu na ajuda ao semelhante. Por isso, a relutância em assinar « carta de aviso», que se pode transformar em «carta de prego». Daí, a Constituição demorar…demorar.. até vir a ser autenticada, se… lá houver canetas, devidamente credenciadas, para a assinatura da praxe…
O futuro acaba, quando o Homem termina funções, deixa de ter ideias, ou o juízo lhe falta. Mas sente-se bem, enquanto pode escolher, se prefere a ideia em detrimento do juízo, ou se este tem mais substância do que a volubilidade. É a rifa.
Hoje, os dois, engalfinham-se a cada passo, de momento a momento. A ideia, jovem, bonita e airosa, inconstante e multiplicável, tem a valia de transpor barreiras e se apresentar sempre menina. O juízo, mais sereno, não se deixa vencer pela novidade, exige entrar em conta com o tempo, em esclarecimentos e precisões, sem fazer caso da velhice.
Adiantemo-nos, antes que nos digam estarmos em fase de modorra ou tomar o real por aparências. O que escrevemos, baseia-se no que nossos ouvidos ouvem e nossa vista lê. Julgamento de méritos… à parte,
Presenciamos, que falar mal do passado, faz parte da sustentação do presente. Toma, muitas vezes, o carácter de agressão ao divertido, pelos intervalos de sólido e consistente argumento.
A figura carismática, que serve de anteparo, aos actuais gestores da «coisa pública» e representam o frontispício da Nação Portuguesa, é o nome do Dr. Oliveira Salazar. Em especial, quando as justificações tremeluzem na opacidade de factos consumados.
O nome do Dr. Oliveira Salazar, serve para tudo. Contrário a gastos perdulários; a compensações elevadas; adversário dos direitos à fúria, à blasfémia, à palhaçada e gritaria públicas; à liberdade da dispersão da Família, à interrupção do trabalho e da vida; discordante de lugar cimeiro do indivíduo, preferindo a maior força de garantia na fusão Pátria. Sovina incurável, incapaz de dar o que pertencia à Nação, inimigo do Sol nascido na Rússia, única nação merecedora de possuir império, que ainda hoje o defende a ferro e fogo e para onde estava prevista a transferência das províncias ultramarinas portuguesas.
É um nunca acabar de acusações.
Contemos os acontecidos
O Dr. António de Oliveira Salazar, recebeu a pasta das finanças portuguesas em 1928, depois de a ter recusado dois anos antes. Foi-lha entregue, das mãos dos militares que em 1926, tentaram salvar o País, da bancarrota em que se encontrava, ou plano inclinado para a perda da independência. Situação, deveras semelhante com a actual, esta mais esperançosa, até ver, com a assistência da União Europeia.
. O Dr. Oliveira Salazar, só com dinheiro português, salvou Portugal. Deixou ouro e dinheiro para apertos que viessem a acontecer. E que aconteceram e têm servido para evitar a guerra civil, desde a mudança da «rosa dos ventos» de 1974. Só falta desperdiçar todo o ouro.
Nasceu pobre e pobre morreu.
Os actuais cérebros, esbanjadores de boas intenções – tantas se sucedem, sem pagar imposto - têm conduzido o País, de uma maneira «excepcional». . . tão inteligente, que se ouve o oco do erário público… talvez parecido com o recebido pelo Dr. Oliveira Salazar em 1928.
Publicamente se discute, para quanto tempo o País ainda se poderá aguentar e se tem probabilidade de recuperação. Mas, também se pondera para onde se dirigem os votos dos pretendentes à gestão dos bifes que restam, cada vez menos sumarentos, a aproveitar para os mais expeditos.
Ninguém quer dar parte de fraco, nem assumir culpa. Só os cofres do Estado, nivelam, por baixo, os valores da sobrevivência.
Os administradores da «coisa pública», antigos e actuais, que tomaram parte e activamente cooperaram, no desenrolar do fio, hoje emaranhado, condutor do que pertence ao povo português, afirmam e reafirmam que o idealizado desde 1974, era, caprichosamente perfeito. Os cofres dos dinheiros públicos vazios, sugerem uma situação de que o afirmado está longe de conferir. Porque sempre foi, é e será o dinheiro. o seguro das rebeliões. Enquanto … não for inventada outra modalidade, que organize a convivência humana, na obrigatoriedade de que o acto de receber, é o compromisso de retribuir com valor que o corresponda.
O «cabo», condutor dos acontecimentos, nestes últimos 36 anos, projecta que a Rússia, é o País privilegiado, em manter o seu império e de o defender no uso do direito, de todos os «direitos», que lhe passem no maciço das ideias e dos comportamentos. É a contradição dos culposos esmoleres das Províncias Ultramarinas, convencendo o povo, mais dedicado ao trabalho que a políticas, que foi mais honroso FUGIR, que socorrer milhões de compatriotas e a dignidade e interesses da Nação.
No «bloco de apontamentos», da parte das Forças do reviralho de 1974, constava genial alteração na administração pública e substancial acréscimo de rendimento a quem trabalha. Engano, ao tempo, já encarquilhado pelo amontoo de experimentações, mas que fora restaurado em pintura, por processos modernizados na ideia de tudo ser considerado possível. Bastaria Idear, para logo o esfregão na lâmpada de Aladino, de pronto, apresentar mesa cheia e passatempo à escolha. Mas, o que veio?
Mais de 500.000 retornados das Províncias Ultramarinas, retirados de profissões que lhes davam sustento, entraram, de roldão, no mercado de trabalho no continente português, somente «apaziguados», pelo ouro e fundos existentes nos cofres do Estado, poupados pelo «mau», Dr. Oliveira Salazar. Se a verbosidade salientou benefícios, os calhaus continuaram a ocupar os mesmos lugares e ainda no presente, lá estão, alguns mais desabridos e amontoados, pela tagarelice chuvada no furacão das ideias.
Os BONS de 1974, além das Províncias Ultramarinas, esbanjaram 6 (seis) milhões de contos para se safarem delas e da embrulhada em que se meteram. Não fossem eles, os BONS, para dar.
Hoje, estes seis milhões, davam jeito aos milagreiros administradores actuais, sem chamamento do câmbio das duas épocas. Toda a gente, hoje, pede… pede mais dinheiro…
Antes de 1974, havia confiança, com os valores da casa. Depois, mesmo com os abonos da União Europeia, fugiu a paz, a harmonia social desconjuntou os parafusos, a esperança no futuro perdeu o leme e esvaziou o combustível . Entretanto, a massa política vive muito melhor e algumas fortunas têm «calhado» a amealhar…
Aguarda-se mais juízo e alargamento do estudo, para o saber… saber, desempenhar o seu trabalho, direito e bem pensado.
Até próximo.

12 de novembro de 2006

Nº 103 ARTISTAS DA GOVERNAÇÃO… MANOBRAS E RESULTADOS…

O Bem estar individual, fundamento das preocupações de quem dirige, anseio dos tormentos de quem trabalha, acoberta-se no protectorado dos artistas governantes. Sendo a «arte», um produto espontâneo, que pode florescer alheio à cultura, mas não apurar-se sem ela, o «artista» é uma paciente, trabalhosa e inacabada «obra de arte».
A vocação é o domínio a um fim específico, que avantaja absorção de conhecimentos na aprendizagem, em determinado ramo do ensino. Facilita a ascensão ao pretendente a «artista», respeitador do privilégio, recebido no mesmo embrião que deu a vida. Confunde pessoa e perfeição, enlaçando-os no trabalho, saudando o sucesso, na benquerença da obra equivaler à ascensão do espírito humano.
Este intróito, pretende explicar que a arte, na percepção extra especialidades, se alastra na grandeza dos ofícios, nas prendas intelectuais e nas oportunidades de alcançar ganhos. Nas artes plásticas e dos sons, atingir patamar confortável e benquisto, exige caudal de perseverança, comprida no tempo e volumosa no talento. Poucos são os entusiastas que se abalançam ao sofrimento alongado para conseguirem «lugar ao Sol» da fama e conforto financeiro na bolsa das moedas.
Para ganhar a vida, as categorias de rendimento, substituem as vocações ou habilidades, colocando lugares exigentes de competência acertada e visibilidade clara, ao dispor dos emigrados de outras posses de serviço social, os foragidos de fadigas e preocupações, mais os vigilantes de salários melhor consoladores.
A ciência, empreiteira dos caminhos do progresso, inventou a técnica, com o fim de proliferar variedade interminável de artes manuais ou mecânicas, por onde se espraiam fontes de ocupação, vindas de origens diversificadas, Modificaram-se os empregos e a manufactura tomou conta dos produtos.
Abstraíram-se das utilidades do físico para se manter activo, enveredando para o luzimento dos sentidos ou de quem mais «gorda» tem a algibeira. Porque o lucro se antepôs ao nexo, o fabrico de armas e munições, tomou a dianteira, para matar, destruir ou morrer.
Neste devaneio, se considera a presença de interlocutores eloquentes, imaginativos de razões que desnorteiam a razão e pontifique o parecer da colmeia que empunha o bordão da autoridade.
Em virtude da arte, figurar na disputa de argumentos, apresentam-se administradores oriundos de todas as dependências humanas.
No intuito de bloquear a inabilidade, agrupam-se as inteligências mais sagazes a formar partido. Mas outras visões, muito mais astutas, moldam ideias e acautelam a verdade em cadinho de maior crédito. Insatisfeitas as provas dos melhores raciocínios, outro partido surge a impor, por palavras de sequência diferente, motivos que deslocam o auditório para a indecisão na justeza da realidade.
Situando-se o alvo da perfeição, no calhamaço das leis e os governos transitórios, reunidos na amálgama dos ofícios, de vocações e interesses, desconhecerem o conteúdo de cada uma das páginas, os partidos políticos, formados por tendências diversificadas, optaram por se distinguirem na arte de distribuir o produto interno bruto de cada País, quaisquer que sejam as colheitas que entrem no armazém público. Aos partidos políticos, entidades de voz activa, interessa saber a «existência» do «erário público», que não a forma como se enche.
Está pressuposto e assente, que nunca se esvazia.
Partindo deste princípio singelo, que o Produto Interno, dá e sobeja para os encargos públicos e particulares, os candidatos a formar governo, fazem as máximas promessas aos «autoritários» e bem intencionados voluntários, donos dos papeis que representam votos. Descansam o inocente votante, na nova legislação, a medir com rigor, a pertença do individuo. A cada um, o que é suposto ter direito. Uma festa de «arromba», irá unir o doador, único «consciencioso» na mudança de cabedais, ao necessitado, de estômago a «dar horas» e ossos salientes.
Os que juraram ser BONS e endireitadores dos bens sociais, atiram para o ar, fogos de artifício, a clarearem a órbita do futuro, se bem que nada adiantem nos haveres do presente. O alvo está seguro, fortemente correcto… mas … no advir. Paciência… que se vai alcançar o prometido… reafirmam os vendeiros da esperança. Aguarda-se o alvorecer do «amanhã»…
Os profissionais na administração do Estado, provêm dos partidos políticos, passando por escolas que lhes dão conhecimentos generalizados
Os tempos do amadurecimento e do estudo, todavia, foram escassos. Fora o talento «nato na necessidade de ganhar a vida» para a missão atraente de dar voltas e giros sobre si mesmos, para se sentar num dos bancos com encosto, para fazer parte do poder.
Não houve o tempo necessário para adubar as raízes do conhecimento. Que é, onde residem as funções de corrigir o pegão das causas e canalizar o alimento para os órgãos próprios.
Consequência desta fragilidade, os servidores do Estado, partem do caule, que está fixado nas raízes, supostamente fortes, para, daí, administrarem o destino do que convém à sociedade. É pouco para salvar promessas. E demasiado para destrambelhar o utente.
Olhemos o passado europeu. Pelos séculos fora, guerras e mais guerras. Os nosso antepassados, também tinham consciência, que esta não é invento de filosofias gregas, russas, orientais, americanas ou da Península Ibérica. O que sempre contou e envolverá o Homem, para todo o sempre, reside na satisfação do aparelho digestivo.
Mesmo as duas Grandes Guerras do Século XX, não foram mais que isso, conquanto se atribuam «alcunhas» Nazistas, Socialistas, Fascistas, e quantas outras.
A Europa presumida, que quer unir povos e estabilizar rendimentos, nunca foi abastada para seguir uma regularidade nas leis naturais. O subsolo, a Natureza variada do solo, as intempéries, nunca deixaram render o suficiente para a todos contentar..
Na ânsia de ocupar o centro do Mundo, e experimentar paz vitalícia, resolveu, de moto próprio, representar o exemplo da BONDADE. Deus lhe dê juízo… se ainda é tempo… Os europeus, os africanos e orientais, já estão a abusar. Onde se situam a defesa e os celeiros da fartura?...
Até próximo.

10 de novembro de 2006

Nº102 LEI… JUSTIÇA…. HOMENS BONS…. RESPONSABILIDADE…

No nosso entendimento, a convivência de todo o animal, convergiu mais para a associabilidade na ordem, do que permaneceu na anarquia, enquanto se não completava a instalação dos neurónios nas mentes de cada espécie.
A irracionalidade, ficou-se em tácticas essenciais, na conquista para o alimento, se bem que seguindo regras de segurança, nas complicadas artes da caça e da defesa. Agarrada ao instinto, porém, seu derradeiro apoio para aguçar a vista e satisfazer o estômago, guardou faculdades, para muscular o atletismo capaz e suficiente, para captar as presas calculadas para as refeições do seu dia a dia. Fixar residência na mata e no deserto, não é para qualquer um. Qualidades físicas e artimanha, impuseram maior esforço à mente, na habilidade para agredir, antes da ofensa, ou mesmo sem ela, no momento inevitável de obedecer ao apetite.
Os munidos do raciocínio, com a barriga a mostrar a vulgar gabarolice, fácil de se aleijar com as tripas à mostra, tiveram de multiplicar os estratagemas para subsistir às garras dos que vivem só para comer. A seguir, mais nacos de raciocínio, para as lutas internas, entre os da mesma espécie, estas a imporem maior número de normas para evitar «cascas grossas», no corpo a corpo, até ao aniquilamento.
A Natureza Humana, para conviver em harmonia, tem de obedecer a um comprido rol de regulamentos, amiudadamente corrigidos.
Há 4.000 anos, Hamurabi, Rei da Babilónia, consta que foi o primeiro dirigente responsável, a lembrar-se, que para conseguir paz relativa no seu império, haveria de reunir e impor regras que abrangessem todo o cidadão, a que denominou CÓDIGO DE LEIS. Daí por diante, entronou-se uma autoridade soberana – o Chefe máximo, ou o Rei - para superintender a correcção gradual, em auxílio das populações, focando o comportamento de cada indivíduo e concorrendo para o abraço colectivo da civilização.
No Século XV, Gutemberg (1397-1468), aperfeiçoou o prelo e o impressor e melhorou o material da tipografia, com os sócios Fust e Shoefer, permitindo, em letra impressa, o não esquecimento e melhorando as regras de convivência, reunindo-as em cadastros à atenção de um só e de todos os indivíduos. Assim, se ajuntaram as normas do respeito mútuo, extensíveis a sociedades de cariz humano, na responsabilidade de atitudes, na cautela de actos e submissão à Lei.
Destes alicerces, germinou e evoluiu a Educação. Em termos de semelhança, as Famílias, as cidades, os Países adquiriram um semblante de aprazimento, necessário à recepção da linguagem, de usos e costumes.
Obtidos resultados práticos medianos, porquanto a sujidade da agressão, esteja sempre a interpor-se a borrar a pureza dos contextos, nos repetitivos choques neuróticos, essas colecções de documentos, nas regiões em marcha para a cultura social, mereceram a distinção de nunca mais deixarem de separar as boas e as más acções. Nesta confluência de comportamentos, as primeiras foram ganhando ascendência pela pacificação que semeavam, enquanto as segundas iam sendo desfalcadas da perversidade, polindo a delicadeza, fazendo crescer a amizade.
Assim se foram aperfeiçoando as formalidades na demarcação de PÁTRIAS, confiadas ao civismo do cidadão consciente de usufruir melhores condições de existência num molho de forças, em constante mudança de afectividade, nas colisões de hábitos e jurisconsultos.
Composta Pátria, foi escolhido, de entre os melhores cidadãos, o ministério que a irá manobrar na segurança e na harmonia. Compreensivelmente, o apontado recai no que possua senso sólido, carácter impoluto e rigor para com a autoridade legislativa.
É na Justiça, na lealdade, no aprumo, no trabalho, na prudência, que reside o sustentáculo de Pátria. Consequentemente, no cumprimento da LEI imparcial, mesmo descansando sob a espada de Dâmocles, suspensa por um fio, a avisar a ilusória felicidade dos poderosos. A célebre espada de Dâmocles, que os administradores actuais querem transferir para a cabeça dos humildes, dos que se deixam levar por promessas, disfarçadas por palavras nas intenções de segurar pelouro e salário.
Só os HOMENS BONS deveriam ser eleitos, para fazerem valer a ordem, a moral e a paz que a sociedade anseia.
Neste momento, uma pancada atordoa e faz doer a nossa mente.
Reaparece-nos o livro «O Estado Novo», do Dr. Franco Nogueira, que foi ministro do Dr. Salazar, que adoptava para o ajudar no governo, os alunos universitários mais inteligentes, estudiosos e de melhor comportamento social e moral. Abre-se a página 462 a descrever:
Em aberto a questão de residência FIXA em S. Tomé, do advogado Mário Soares, que fora acusado de promover no estrangeiro notícias falsas e difamatórias para membros do Governo de Oliveira Salazar …………… Quanto ao primeiro ( Dr. Mário Soares), foi autorizado, dentro de pouco, a regressar a Lisboa e participou na campanha e disputou, ulteriormente as eleições de 1969, empreendeu depois no estrangeiro uma intensa actividade contra a política portuguesa na África, tendo-lhe sido instaurado processo; por motivos de família, foi-lhe permitido vir a Portugal, o que fez, mas optou pelo regresso ao estrangeiro, de preferência a responder no processo com todas as consequências legais.

Dói-nos a cabeça, nos ecos que lá se ripostam… Homens Bons, tranquilos, a ouvirem outros, vermelhos pelo esforço nas carótidas, em palavrório e hossanas de heroísmo.
Em tela gigante, reflectem-se interrogações:
Havendo em Portugal, uma Comissão Nacional de Eleições, para filtrar os candidatos a Presidente da República – Os HOMENS BONS, sem registo policial, ou tiques patrióticos, apresentam-se com toda a liberdade e aceites como «limpos», os candidatos seguintes:
Dr. Mário Soares, o advogado folião e extravagante, calcorreador das tertúlias e vielas lisboetas, em auto propaganda de qualidades individuais, que entra em colisão com a soberania nacional, que se escapa à tomada de responsabilidades e opta por se escudar no estrangeiro, receoso do julgamento das suas acções. Pouco adiante, feito proprietário do nosso País, com mais alguns camaradas, formando a equipa esbanjadora do que pertencia a todos os portugueses – as Províncias Ultramarinas -e mais 6 milhões de contos, poupados pelos «maus da fita, Salazar e Marcelo e que hoje, mesmo sem a diferença do câmbio, muito jeito dariam, às actuais cabeças reinantes na finanças, ideólogas de cofre vazio. Distraído dos genocídios explodidos, nas antigas províncias ultramarinas;
Dr. Manuel Alegre, desertor do exército português, infracção pesada na Lei de todas as nações, elevado a patriota na Assembleia dos partidos, que não na consciência nacional;
Dr. Francisco Louçã, entusiástico defensor do barco holandês, viajar para o nosso pais, com o intuito de «furar» a Lei portuguesa, aprovada por «referendo».
Questiona-se, se candidatos, de coerência deambulante e credenciais patrióticas encolhidas, possam vir a ser defensores da honra, da ciência ao pacifismo, da disciplina, da ordem e da projecção do País no estrangeiro? A «deputabilidade», acomoda-se à indiferença …
Se faltosos podem ascender ao mais alto cargo da Nação;
se «foras da Lei», possam, sentados, entrar no funcionalismo público, dentro da «fábrica legislativa»,
porque surgem admirações, da justiça, andar de mão em mão, nos ajustes que interessam ao Estado e à plebe de voz apagada?
Compaixão às memórias curtas…porque as outras…sofrem…
Até próximo.

6 de novembro de 2006

Nº 101 QUERER… É OPINIÃO… REALIZÁVEL… OU NÃO…

A última crónica, andarilhou sobre o poder da Europa. Mas não completou os seus efeitos práticos.
A pujança das duas primeiras guerras que envolveram Continentes, foram provas visíveis, da perversão e a crueldade, andarem de mãos dadas, com o choro e a valentia do ser humano. Não há mal que se não acabe… porque a ventura… também não dura sempre… O perdão e o auxílio, chegam juntos, para sugarem a lágrima esguichada pelo desgosto.
Terminado a disputa de 1914-1918, a realidade europeia subiu à superfície, na jangada de salvamento. Por todas as juntas, metia água. Mussolini, primeiro e a seguir Hitler, ofereceram os seus serviços para calafetarem as embarcações. O trabalho meio feito, entusiasmou a que 21 anos depois, em 1939, se experimentasse a desforra. Seis anos depois, em 1945, venceu quem dispôs de maior número de soldados e finanças sólidas para pagar as despesas a pronto. A falta de recursos do Continente Europeu, veio outra vez ao de cima. Fanfarrice para começar a bulha… fumo de tiros para a acabar.
O prestimoso auxílio do plano Marshall, salientou a peitaça de atleta de alta competição, para vencer corridas económicas nas competições internacionais e ganhar lutas greco-romanas nas compras, vendas e fura vidas. A obtenção de capitais fáceis para recuperar a economia, convenceu a Europa que era obra exclusiva do esforço e poder que possuía dentro de si. A teimosa ilusão de que o cofre, meio cheio… está a trasbordar…
Preencher as clareiras existentes, era, portanto, obra do QUERER dos governantes e dos favores a prestar ao cidadão descontente das regalias que desfrutava. A Europa, afinal, teria às suas ordens, soluções de custo controlado e alheias a deseducações de classes e partidos. Abrangendo as medidas, a pobres, ricos e aos mais recalcitrantes, os divorciados do trabalho. O dinheiro tudo paga. E fá-lo, com à vontade e prazer.
Mas…mas…se estiver dentro da carteira do encarregado de liquidar a obrigação contraída. Promessa, só tem valor relativo no ânimo do beneficiado, quando haja condições para a paga, acalmando sentimentos e proveitos, porém, na presença do preço «prometido, contado e certo».
Atingir o alvo, não basta ter à mão arco ou pistola. É preciso seta ou bala. A máquina, por muito completa que seja, só vale, quando produz valor para a pagar e rendimento para manter o proprietário e a mão de obra que a serve. A continuidade de vida na Terra, tem dois vectores. O racional, que vem do trabalho do Homem e o outro, o que provém da Natureza para humanos, bichos e plantas.
O europeu diverte-se, praticando desporto e aperfeiçoando armas de arremesso. Distrai-se das porções a ajuntar em depósito e dos desembolsos desproporcionados do municionamento.
Nas regalias sociais, de igual modo se entusiasma que, em desacordo com o efectivo, atribui à BONDADE, as qualidades virtuosas, unidas ao MARTELO e muitas vezes, ao ESCOPRO e à FOICE, para as deliberações legais se encaixarem no ânimo do contribuinte manso ou azedo. E deixa andar…até ao momento decisivo, se o cofre pode ou não alimentar o crédito e a caridade. Ou seja, até, travagem forçada por quantias fora das receitas, ou escoamentos por sócios e afins … na escalada para os votos.
Em Portugal, os factos, são descargas eléctricas de efeitos de pouca dura. Ninguém os fixa, nem retém na memória. Mas os raios, quando caem, fazem moça…podem ferir e até queimar…
O Engenheiro António Guterres, feito Primeiro-Ministro em 1995, encontrou o «bolo do Estado» GORDO, portanto, forte, segundo as suas palavras, ouvidas, em transmissão directa pela televisão. Descontraído, fez distribuir pelos pobres que estavam a aumentar, o que, em cálculo por alto, considerou excessivo, nos cofres do Estado. Louvável intento, amenizador das dolorosas carências nas famílias.
Sensível, qual Péricles, aos louvores públicos e sonantes, distribuiu remunerações como semente que viesse a dar colheita. Não fez contas, tal como o ditador grego. Era herói sem prováveis competidores.
Na hora de reflexão das consequências das energias dispendidas – há sempre esse instante – o Engenheiro Guterres, estacou surpreso. O «caldo» que tão bem tinha cozinhado, ficara «aguado e sem sabor» por falta de GORDURA. E entornara-se…
Então, desiludido e sem norte, aprontou-se para viajar rápido, para longe, declarando, em ligeira confissão, que as Finanças estavam num PÂNTANO. Em seis anos, o cofre público, de GORDO, passou a PANTANAL. Mau não seria de todo, pois muitos portugueses beneficiaram do que os favoreceu, nos seus magros proventos. O deslize foi, que esses valores distribuídos, eram empréstimos da EU, para serem subdivididos. Uma parte para dar rendimento ao sustento de Portugal, como Nação independente e a outra, então, para os que terão sido beneficiados, infelizmente em importâncias mais baixas, para não afectar os caboucos do edifício Nacional.
Pouco era, com certeza, mas o futuro indefinido, que o Dr. Medina Carreira, prevê dificultoso e mais pedinte que o actual, talvez esteja, a ser rasado pelo ano de 1926, nos conteúdos das ideias, das circulações fiduciárias … e dos receios da dívida portuguesa, subordinar a independência de novecentos anos.
O dinheiro é maganão… tanto se eleva, poupado em menções honrosas, como se dessora em mãos largas e mentes pródigas para pagamento de votos e avaras nos lucros particularizados e encobertos no egocentrismo.
O Engenheiro António Guterres, fez trabalho de conjunto, com os camaradas que escolheu no seu consulado governativo. Mencionar alguns, completará o imaginário da época. Lisonjear o partido, fazia parte do «serviço público» exercido por quem fosse ministro.
O Senhor Doutor Pina Moura, apesar do seu Ministério – o das Finanças – boiar em calda de água estagnada e líquens cor de esperança, dedicava hossanas a quem fizera tal afirmação. Muito honrado em ter sido Ministro, chefiado pelo Senhor Engenheiro António Guterres.
O Senhor Doutor José da Silva Lopes, num dos programas «Prós e Contras», confessava-se, também responsabilizado, pela situação de descalabro económico do País e que se poderiam reduzir as verbas em vigor. Perguntando-lhe um dos presentes, que haveria de atender a «direitos adquiridos», respondeu: - Os nobres franceses, também tinham «direitos adquiridos» e perderam-nos.
Não se referiu, directamente, à trilogia que só se firma, ligada à EDUCAÇÃO - «Fraternidade, Igualdade, Liberdade» - que embandeirou a Revolução Francesa e ergueu a «guilhotina» como máquina eficiente a desmanchar posses legítimas ou demasiado antigas para mudar de mãos. Mas se pretendeu incluir «cabeças» … foi derrapagem «por mor do partido sem defeito» … que tudo merecia para resguardo da sensibilidade intima… que não convinha passar a pública.
O actual Primeiro Ministro, Engenheiro José Sócrates, também, camarada no elenco do Engenheiro António Guterres, está a tentar resolver os arrebatamentos programados e «inocentes» do referido ministério. E fá-lo, com a «confusa isenção, teatral austeridade e rigor optimista», do agrupamento governativo «inculpável» em falhanços, que passaram ao ignoto vasto e barulhento, da discussão entusiasta em discutir, misturadora da verdade, das dúvidas e dos logros.
Querer, é, portanto um desejo… realizável, ou não. A Europa, Portugal, as restantes nações, QUEREM vida folgada. Mas é necessário e urgente tomar sentido dos meios reais à justificação. Não é tarefa de um partido milagroso… mas de juízo.
Até próximo.