Nº 107 O MELHOR… OS «PORQUÊS ? »… SUBESTIMADOS…
A massa humana que se distribui por todo o Globo, caldeia a média prudente e boa, assente na dignidade respeitosa, com os caídos na poltronice desgrenhada e louca, mas confronta e eleva a intrepidez no jogo da vida e na cultura do intelecto na destrinça da mestria. As nações, ou parcelas do Globo, são constituídas pelo mesmo caldo, dependendo o tempero , da matéria prima nele contida.
Classificar um povo, um homem, entre inumeráveis actos de valentia, inteligência ou engenho, será aventura na pilhagem das probabilidades. Mais se embaraça, na referência à especialidade do tema a evidenciar…
A RTP, lançou aos aficionados da televisão, o concurso de «escolha» do melhor português de sempre. E aflorou nomes. Quem foi o melhor, entre os melhores portugueses?
A jornalista Maria Elisa, na noite de 25 de Outubro, organizou, no palácio de Queluz, discussão sobre essa preferência, completamente livre aos pareceres dos presentes e de quem quer que fosse, ao alcance de cada intelecto, o habilitado pela História, ou o entusiasta da política ou o enfurecido no desporto, encarregues de tamanho encargo e responsabilidade. Veio à baila, se o nome do Dr. António de Oliveira Salazar, deveria constar entre os merecedores de nomeação. Opiniões diferentes aqueceram a polémica, uns pelo SIM, outros pela dúvida e bastantes pelo NÃO. Estes últimos, salientando convicções aderentes à preponderância das ideias.
Notámos, porém, a raridade de «porquês ?» nas justificações apresentadas. Semelhança, ou reprodução de opiniões já, fartamente ouvidas na Comunicação, dita, Social, ou, melhor escrito, resignada a renovações políticas, transformadas em tradição.
Porque sentença, omitindo causas, impede acerto de justo encaixe.
Olhemos acontecimentos de há cerca de 200 anos, provocatórios das incertezas e preocupações, que actualmente e pelo próximo futuro, serão espada suspensa por fio delido pelo fazer e desatar nós ideológicos, sobre a cabeça da Europa e, em particular, de Portugal.
A Revolução Francesa de 1789, ampliou o plano liberal, em vigor na Inglaterra, desde o contrato, que tomou o nome afamado de «Magna Carta», assinado em 1215, entre o Rei João Sem Terra e os nobres ingleses. Foi um «papel timbrado», onde a autoridade para mandar, era aconselhada a cumprir com as suas obrigações, mas... não abusando, nem dos nobres, seus «escudos de defesa», nem da plebe sempre presente, em dar a bolsa, a vida e o exemplo no trabalho.
A febre da « Revolução», começou por redigir a ainda em vigor, DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO., que terá deixado o prato da balança dos DEVERES, com menos peso, para determinar a igualdade.
Em 1791, foi elaborada a « Constituição» que substituiu o poder absoluto, pela Monarquia Constitucional.
O desregramento normal revolucionário, levou à fusão do espírito do antigo regime , com o actualizado e entregá-la – a fusão - nas mãos de um só homem – Napoleão Bonaparte. Inteligência notável, actuante excepcional.
Voltou ao absolutismo e repôs em funcionamento, os métodos revolucionários, no avanço em terra por lavrar… Esgrimiu armas para tornar a França um poder hegemónico na Europa sem aceite de custos. Vencer era o lema. Vidas e destruições, Ele ou alguém, iria resolver as consequências…
Invadiu os vizinhos, a Espanha e Portugal, na Ponta da Europa. As bandeiras da «Liberdade», de «Igualdade», de «Fraternidade», ficaram sempre nos salões de Paris e Fontainebleau . Porque, guerra… é guerra e as bandeiras –as teorias - são para guardar.
Os invasores, em Portugal –chegados famintos e maltrapilhos – mataram a fome, lavaram os corpos suados, remendaram e substituíram as fardas ensanguentadas, consertaram as armas desarranjadas na função de destruir e… puseram o sono em dia.
Recebido novo alento, os tempos de diversão, incluíram roubos, matanças, crueldades na população trabalhadora e pacífica. Até que devolvidos às terras de origem, autorizados a transportar na bagagem, preciosidades dos nossos antepassados, deixaram a esvoaçar cópias das ideias, deixadas na gaveta e nos estandartes da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, em França. A fantasia, dominou a ambição, fez esquecer a tragédia.
Os ideólogos, mensageiros em secretárias, alheados do esforço braçal e no ombro, convenceram o povo que só tinha a ganhar com as vicissitudes sofridas, pois se aconteceram… foram casos em favor dos seus interesses. A valia real, estava na concentração do pensamento.
O Povo, o pagador de serviço, fiel à sociedade e crente nos sábios carregados de livros, teve como verdadeiro, o estandarte dos «direitos», pois logo reteve o sonho de alguns lhe vierem a caber.
Não demorou no arranjo do estilhaçado pelos amigos que haviam pago o estrago, com a divisa, prudentemente deixada em França, para se não manchar em Portugal: Liberdade, Igualdade, Fraternidade.
Regressado D. João VI do Brasil, em 13 de Julho de 1822, logo em 1 de Outubro, do mesmo ano, acatando os ensinamentos franceses, foi assinada a Constituição, para regular excessos e acabar com a injustiça..
O povo, o Homem Bom, sentindo a obrigação de «curvar a cerviz» para bem da Família, imaginou ter chegado a Boa Nova de folga nas responsabilidades no sustento da grei. Pôs de lado, mas pagando Ele, os agravos materiais recebidos e entregando aos SENHORES DAS IDEIAS, as soluções mentais, de tamanho admirável.
Enquanto a ideogenia, se fabulava nos recintos da palavra livre, revelando o inchaço e fertilidade produtivas, o povo, o « Zé », só importante no voto, o independente verdadeiro, trabalhava perseverante na paz, terno para a amizade, leal para com a Pátria, mantendo o mesmo afã de Afonso Henriques e seus descendentes
Consertou o desbaratado pelas invasões caprichosas de 1807 a 1811, reconstruíu o danificado pela estratégia, elevou padrões, suou nas sementeiras e nas colheitas, arriscou o comércio e tentou a indústria, na esperança de aumentar ganhos. O sectarismo, impávido e sereno, discutia, tomava a maçaneta do bombo da festa e batia ao acaso do compasso, nas cordas da lira afinada na canção celestial.
Os SENHORES DAS IDEIAS, em obediência aos seus princípios, envolveram-se nas disputas dos Irmãos Pedro e Miguel, a guerra fratricida que voltou a desfazer as economias do Povo, a ceifar-lhe milhares dos seus filhos e a espalhar ódios e atrasos domésticos.
De 1856 a 1857, uma epidemia de «cólera», vitimou pobres e ricos. Parece que tudo se conjugava para enfraquecer a Nação
. O Povo, o pronto ao sacrifício, pagou as destruições e desditas nas doenças, mas não ganhava para pagar desgraças e nivelar o Erário Público. Os SENHORES DAS IDEIAS, que nada haviam concretizado, nem podiam, por falta de tempo na algaraviada dos discursos, para pagar esta falência, apontaram culpados D. Carlos e o filho D. Luís Filipe e mandaram sacrificá-los na campa do silêncio, em 2 de Fevereiro de 1908. Dois anos mais tarde, fizeram embarcar a Família Real, na Ericeira, em 5 de Outubro de 1910. Estava satisfeito o desejo telepático do Dr. António José de Almeida e de muitos camaradas: « Bastava o desaparecimento do Rei, a implantação da República, para todos os problemas graves, desaparecerem em Portugal.»
Continua.
Até próximo.
Classificar um povo, um homem, entre inumeráveis actos de valentia, inteligência ou engenho, será aventura na pilhagem das probabilidades. Mais se embaraça, na referência à especialidade do tema a evidenciar…
A RTP, lançou aos aficionados da televisão, o concurso de «escolha» do melhor português de sempre. E aflorou nomes. Quem foi o melhor, entre os melhores portugueses?
A jornalista Maria Elisa, na noite de 25 de Outubro, organizou, no palácio de Queluz, discussão sobre essa preferência, completamente livre aos pareceres dos presentes e de quem quer que fosse, ao alcance de cada intelecto, o habilitado pela História, ou o entusiasta da política ou o enfurecido no desporto, encarregues de tamanho encargo e responsabilidade. Veio à baila, se o nome do Dr. António de Oliveira Salazar, deveria constar entre os merecedores de nomeação. Opiniões diferentes aqueceram a polémica, uns pelo SIM, outros pela dúvida e bastantes pelo NÃO. Estes últimos, salientando convicções aderentes à preponderância das ideias.
Notámos, porém, a raridade de «porquês ?» nas justificações apresentadas. Semelhança, ou reprodução de opiniões já, fartamente ouvidas na Comunicação, dita, Social, ou, melhor escrito, resignada a renovações políticas, transformadas em tradição.
Porque sentença, omitindo causas, impede acerto de justo encaixe.
Olhemos acontecimentos de há cerca de 200 anos, provocatórios das incertezas e preocupações, que actualmente e pelo próximo futuro, serão espada suspensa por fio delido pelo fazer e desatar nós ideológicos, sobre a cabeça da Europa e, em particular, de Portugal.
A Revolução Francesa de 1789, ampliou o plano liberal, em vigor na Inglaterra, desde o contrato, que tomou o nome afamado de «Magna Carta», assinado em 1215, entre o Rei João Sem Terra e os nobres ingleses. Foi um «papel timbrado», onde a autoridade para mandar, era aconselhada a cumprir com as suas obrigações, mas... não abusando, nem dos nobres, seus «escudos de defesa», nem da plebe sempre presente, em dar a bolsa, a vida e o exemplo no trabalho.
A febre da « Revolução», começou por redigir a ainda em vigor, DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO., que terá deixado o prato da balança dos DEVERES, com menos peso, para determinar a igualdade.
Em 1791, foi elaborada a « Constituição» que substituiu o poder absoluto, pela Monarquia Constitucional.
O desregramento normal revolucionário, levou à fusão do espírito do antigo regime , com o actualizado e entregá-la – a fusão - nas mãos de um só homem – Napoleão Bonaparte. Inteligência notável, actuante excepcional.
Voltou ao absolutismo e repôs em funcionamento, os métodos revolucionários, no avanço em terra por lavrar… Esgrimiu armas para tornar a França um poder hegemónico na Europa sem aceite de custos. Vencer era o lema. Vidas e destruições, Ele ou alguém, iria resolver as consequências…
Invadiu os vizinhos, a Espanha e Portugal, na Ponta da Europa. As bandeiras da «Liberdade», de «Igualdade», de «Fraternidade», ficaram sempre nos salões de Paris e Fontainebleau . Porque, guerra… é guerra e as bandeiras –as teorias - são para guardar.
Os invasores, em Portugal –chegados famintos e maltrapilhos – mataram a fome, lavaram os corpos suados, remendaram e substituíram as fardas ensanguentadas, consertaram as armas desarranjadas na função de destruir e… puseram o sono em dia.
Recebido novo alento, os tempos de diversão, incluíram roubos, matanças, crueldades na população trabalhadora e pacífica. Até que devolvidos às terras de origem, autorizados a transportar na bagagem, preciosidades dos nossos antepassados, deixaram a esvoaçar cópias das ideias, deixadas na gaveta e nos estandartes da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, em França. A fantasia, dominou a ambição, fez esquecer a tragédia.
Os ideólogos, mensageiros em secretárias, alheados do esforço braçal e no ombro, convenceram o povo que só tinha a ganhar com as vicissitudes sofridas, pois se aconteceram… foram casos em favor dos seus interesses. A valia real, estava na concentração do pensamento.
O Povo, o pagador de serviço, fiel à sociedade e crente nos sábios carregados de livros, teve como verdadeiro, o estandarte dos «direitos», pois logo reteve o sonho de alguns lhe vierem a caber.
Não demorou no arranjo do estilhaçado pelos amigos que haviam pago o estrago, com a divisa, prudentemente deixada em França, para se não manchar em Portugal: Liberdade, Igualdade, Fraternidade.
Regressado D. João VI do Brasil, em 13 de Julho de 1822, logo em 1 de Outubro, do mesmo ano, acatando os ensinamentos franceses, foi assinada a Constituição, para regular excessos e acabar com a injustiça..
O povo, o Homem Bom, sentindo a obrigação de «curvar a cerviz» para bem da Família, imaginou ter chegado a Boa Nova de folga nas responsabilidades no sustento da grei. Pôs de lado, mas pagando Ele, os agravos materiais recebidos e entregando aos SENHORES DAS IDEIAS, as soluções mentais, de tamanho admirável.
Enquanto a ideogenia, se fabulava nos recintos da palavra livre, revelando o inchaço e fertilidade produtivas, o povo, o « Zé », só importante no voto, o independente verdadeiro, trabalhava perseverante na paz, terno para a amizade, leal para com a Pátria, mantendo o mesmo afã de Afonso Henriques e seus descendentes
Consertou o desbaratado pelas invasões caprichosas de 1807 a 1811, reconstruíu o danificado pela estratégia, elevou padrões, suou nas sementeiras e nas colheitas, arriscou o comércio e tentou a indústria, na esperança de aumentar ganhos. O sectarismo, impávido e sereno, discutia, tomava a maçaneta do bombo da festa e batia ao acaso do compasso, nas cordas da lira afinada na canção celestial.
Os SENHORES DAS IDEIAS, em obediência aos seus princípios, envolveram-se nas disputas dos Irmãos Pedro e Miguel, a guerra fratricida que voltou a desfazer as economias do Povo, a ceifar-lhe milhares dos seus filhos e a espalhar ódios e atrasos domésticos.
De 1856 a 1857, uma epidemia de «cólera», vitimou pobres e ricos. Parece que tudo se conjugava para enfraquecer a Nação
. O Povo, o pronto ao sacrifício, pagou as destruições e desditas nas doenças, mas não ganhava para pagar desgraças e nivelar o Erário Público. Os SENHORES DAS IDEIAS, que nada haviam concretizado, nem podiam, por falta de tempo na algaraviada dos discursos, para pagar esta falência, apontaram culpados D. Carlos e o filho D. Luís Filipe e mandaram sacrificá-los na campa do silêncio, em 2 de Fevereiro de 1908. Dois anos mais tarde, fizeram embarcar a Família Real, na Ericeira, em 5 de Outubro de 1910. Estava satisfeito o desejo telepático do Dr. António José de Almeida e de muitos camaradas: « Bastava o desaparecimento do Rei, a implantação da República, para todos os problemas graves, desaparecerem em Portugal.»
Continua.
Até próximo.



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