Nº 236 GASPAR E MIGUEL CÔRTE REAL... HERÓIS E MÁRTIRES AÇORIANOS...
GASPAR E MIGUEL CÔRTE REAL... HERÓIS E MÁRTIRES AÇORIANOS... MERECEM QUE A CIÊNCIA DO SÉCULO XXI, NAS PÁGINAS DAS DESCOBERTAS... ILUMINE A VERDADE HISTÓRICA...
Várias vezes, já nos referimos a estes valorosos Açorianos, que valem muito mais do que estas crónicas. Traze-los ao presente é obrigação AÇORIANA. Estamos a tentar cumprir o que nos cabe.
Tudo tem um princípio. Daí, a lógica encadeia factos e hipóteses e encaminha-os no sentido de limpar o invento humano - a verdade - do corroído pelo passado e clarear as prevenções à «lembrança» do futuro.
Em 1680, o Reverendo John Danforth, ao passear nas margens do Rio TAUTON, notou garatujas marteladas por mão humana, civilizada, num grande «calhau», com cerca de 40 toneladas. Se não era cientista, tinha «costela» dos aplicados às capacidades intelectuais para adquirir conhecimentos exactos e dar a conhece-los de plena consciência.
Com a nossa modesta contribuição, estamos a relembrá-lo 330 anos ( 2010 - 1680) depois de deixar para a posteridade o esboço do achado, enigma a decifrar.
De certeza, curioso, honesto, inteligente e culto, pacientemente, desenhou o que os olhos ávidos de resposta viam, conquanto a tradução se limitasse à perplexidade, sujeita a teorias entrelaçadas com fundamentos diversos, indefinidos e alguns pré-históricos.
Recordamos a década 1930, quando frequentávamos o liceu Antero de Quental. Corria a «nova», haver na América um «pedra» com inscrições feitas por povo ancestral... não identificado.
Ao tempo, a nossa idade, não dava para mais aprofundamento.
Hoje, reconhecemos que o Reverendo John Danforth, nada sabendo dos segredos daquela «rocha» silenciosa, por intuição da validade na troca e cedência de conhecimentos, foi exemplo de cientista por inteiro...
Ganhou direito a lugar na História Mundial... se bem que a propagada «Pedra de Dighton», «documento descritivo, visível e palpável», só viesse a exprimir a sua tragédia, no Século XX, quando o que parecia algaraviada em 1680, passou a ser expressão ansiosa em língua portuguesa.
Desde que o Rev. John Danforth expôs ao atractivo histórico o misterioso achado, visitantes desejosos de saber mais, inspeccionaram o rochedo deitado no Rio Tauton. Amadores, em maior número, críticos de todas as maneiras de concluir, amigos de S. Tomé - ver para crer - e, também, cientistas em cata do «fio» da claridade, para o ligar à lâmpada das concepções.
Ali, porém, nada era claro. As águas correntes do Rio, as intempéries, o próprio Sol, luz da vida, na secagem do batido pela humidade, tinham desgastado as linhas rectas e curvas da gravação primitiva.
A ciência é ingrata. Abre-se de par em par, para quem a quer remoer. Mas requer têmpera paciente, dotada de sagaz espírito de observação, para o sucesso e para o invés. E, em boa conta, a teima intuitiva do esforço, de ser o que se é, insensível a sacrifícios para ultrapassar insuficiências educativas, geracionais ou mesmo do meio instrutivo.
A interrogação dos séculos e o empenho e energia a despender para além do bem-estar, conforto e tempo indefinido, para lhe dar resposta, terá feito desistir curiosos em desafiar as causas ocultas contidas nos «rabiscos» descobertos pelo Reverendo John Danforth. Mas persistiu o Professor de Psicologia da Universidade de Brown, Providence, Rhode Insland, Edmund Burke Delabarre. Nunca se importou com o esforço para que a razão humana explicasse o que parecia inexplicável.
A genialidade é rara, diferente da banal, por isso alcança o triunfo e canta vitória.
O «talento», todavia, não actua solitário. Necessita da presença física e intelectual para encontrar a incógnita. Machuca demasiado o comodismo do bem ditoso, que usufrui o regalo de ocupar posição social do criado por mérito próprio. A reacção íntima, enrubesce a face e explode na recusa aos desmancha-prazeres.
O Professor DELABARRE, em 1913, lúcido e consciente da labuta de tirar o véu ao DOCUMENTO PEDRA ESCULPIDA POR MÃO HUMANA, resolveu descobrir o gravador, os gatafunhos e, se possível, o motivo do entretenimento. Isto é, reunir todos os elemento históricos sobre a PEDRA. Levou dois anos nesta tarefa. Como cientista que era, não se satisfez com o resultado. Persistiu, porque de concreto e esclarecedor, a PEDRA, continuava «muda». Até que, em 1918, LEU, de modo claro, a data 1511. Se até aqui, não admitia a presença europeia, as investigações posteriores, conduziram-no, inevitavelmente, aos portugueses. Ao que o obrigou a «familiarizar-se» com a História de Portugal e distinguir na Pedra, o nome de MIGUEL CORTE REAL e o escudo português em V.
Escreveu os livros: - Em 1915 « Os Primeiros Interesses Pela Pedra de Dighton»; em 1916 « Período Médio da História da Pedra de Dighton» e em 1919 « História Actual da Pedra de Dighton». O Professor DELABARRE, foi condecorado pelo governo Português, com a Comenda da ORDEM DE CRISTO.
Na senda da verdade HISTÓRICA, sucedeu o Dr. José Dâmaso Fragoso, nascido nesta nossa Ilha de S. Miguel, emigrante estudioso de sucesso, LEITOR na UNIVERSIDADE DE NOVA YORQUE, ao escrever em 1951, um artigo a mencionar a Cruz de Cristo, por ele VISTA DIRECTAMENTE, na Pedra de Dighton.
Durante mais de 20 anos, o Dr. José Dâmaso Fragoso, aplicou as suas faculdades intelectuais, com sólida «determinação científica», para aclarar o secretismo, adivinhado nas inscrições. Fundou o «MEMORIAL SOCIETY, de Miguel Corte Real, que veio a adquirir os terrenos limítrofes, para defesa de conservação da Pedra.
Fundou a revista o Mundo Português para que esse espaço, se transformado em «Parque», abrangeria maior cautela, contra a educação mal parada.
Apesar do BEM-FAZER, José Dâmaso Fragoso, foi vilipendiado e agredido fisicamente.
Não deitando fora os utilíssimos passos dados pelo Professor Delabarre e do Dr. José Dâmaso Fragoso, tomou a continuidade da tarefa árdua e penosa da PEDRA DE DIGHTON, o Médico, cientista por vocação e profissão liberal, Dr. MANUEL LUCIANO DA SILVA. Se bem que a pendência, já mostrasse noções a um bom êxito, outras dezenas de anos foram necessárias para desanuviar as inquietações e dúvidas do passado. Foram localizadas as extremidades das CRUZES DE CRISTO, em 45 graus, evidenciadas letras do nome de MIGUEL CORTE REAL, escudos em V e U, interessantes estudos sobre o aparecimento de índios pacíficos e AMIGOS, conviventes com o navegador Giovanni Verrazzano, em 1524, que durante quinze dias sondou a baía de NARRAGANSET - onde é crível ter naufragado o nosso Açoriano mártir - e conviveu com os naturais. Tudo baseado em conhecimentos científicos e históricos.
Nos «eruditos», há, pelo menos, duas condutas de evolução. Uma é livre, reparte-se em todas as direcções, o vasto saber não tem fronteiras nem lugares de estacionamento e predomina, a análise prévia, às certezas ou desvantagens, com a calma de « vir a estudar » para decidir na maior justeza. O outro comportamento, segue, com pontualidade, a ordem e os repentes do fixado «de cor», por hábito ou lembrança. Mudar a trajectória do raciocínio - mais acanhado nesta modalidade - regista dificuldades acrescidas. O «erudito demasiado convencido da sua infalibilidade na memória», - em muitos cérebros, a sequência da lógica obscurece-se em sentidos ambíguos - habituando-se à simplificação do trato com a ideia. Imagina-se na «sala de festas» do estabelecimento onde é membro docente, a «botar palavra». À sua frente, a «quentura» dos aplausos e um pouco ao lado, o copo de água para o gole distintivo do discursador. A indumentária, conserva-se limpa. A relembrança de ter de voltar atrás, na necessidade de usar fato-macaco ou botas de pescador para recomeçar na lida de investigar o que «ainda» não VIU, mas outros investigam sem parar, é-lhe antipático. O ressentimento acendeu a ira e o desagrado atingiu a face do Dr. José Dâmaso Fragoso...
Enquanto a PEDRA, se conservou mineral cego, surdo e mudo, a ciência, unanimemente concordante, balouçava resignada, na oscilação da dúvida a descer à quimera. Quando o Professor DELABARRE, lhe tirou os primeiros vagidos e chegou ao objectivo de a fazer FALAR, prontamente se formaram duas «avaliações» para a mesma questão. Uma nascera do espanto do Reverendo John Danforth e dos incansáveis que o seguiram, na terapia para a obrigarem a sair do mutismo inicial, indiferentes ao esforço na inexistente remuneração e outra dos que não concebiam a saída para hipóteses de origem europeia. O vermelho no rosto do Dr. José Dâmaso Fragoso, marcou a diferença. A primeira não tinha preconceitos intocáveis, pois só a verdade pretendia e a segunda, sem agudeza espontânea, encostava-se ao fixado nas páginas aprendidas nos livros.
Estarmos no Século XXI, a lidar com História e Cultura, sem encontrar o «ponto relevante» da lógica, não parece conclusão razoável. A História, acompanha a raça humana, até à minúcia das peripécias, não confiando na memória para resguardar a verdade. A Cultura surge, para por em ordem o encoberto pelo tempo e só o descobre por sua inteira e livre iniciativa. Se ocupa a cátedra da transigência e LÊ o facto real, emenda sem pudor. Se preenche a cadeira dogmática de «magister dixit», torna-se rebelde e, perdida a razão, porta-se igual à mão que ofendeu o rosto do Dr. José Dâmaso Fragoso.
Daqui apelamos à erudição que adorna as cabeças dos Historiadores e das personalidades Cultas de Portugal, da América, do Mundo e, porque não, as dos Açores, para concorrerem à «inteligibilidade» da PEDRA DE DIGHTON. Se, - como MARCO OU TESTAMENTO EM CARTÓRIO, semelhante aos que foram distribuídos pelos navegadores de QUINHENTOS, até onde chegaram - é verdadeira a linha John DANFORTH, Doutores DELABARRE, José Dâmaso Fragoso, Manuel Luciano da Silva e o currículo, pormenorizado à mercê de quem o deseje consultar... ou queira optar por ser oposição. Porém, se for preferência esta livre escolha, sejam exigidos detalhados elementos a negar a data de 1511, o nome de Miguel Corte Real, as Cruzes de Cristo, os escudos portugueses e as demais presenças portuguesas, constantes nos livros publicados.
O DOCUMENTO - a PEDRA DE DIGHTON - está resguardado em pavilhão próprio e em permanente exposição, mercê do Dr. Manuel Luciano da Silva. É donde se devem tirar as PROVAS ESSENCIAIS. Nestas, está a base dos TEMAS A DISCUTIR, para haver coerência... SIM ou NÃO, é pouco... Ao NÃO, compete argumentar as conclusões do SIM. A ciência existe e demonstra, ponto por ponto. É um conhecimento exacto...
Até próximo.
Várias vezes, já nos referimos a estes valorosos Açorianos, que valem muito mais do que estas crónicas. Traze-los ao presente é obrigação AÇORIANA. Estamos a tentar cumprir o que nos cabe.
Tudo tem um princípio. Daí, a lógica encadeia factos e hipóteses e encaminha-os no sentido de limpar o invento humano - a verdade - do corroído pelo passado e clarear as prevenções à «lembrança» do futuro.
Em 1680, o Reverendo John Danforth, ao passear nas margens do Rio TAUTON, notou garatujas marteladas por mão humana, civilizada, num grande «calhau», com cerca de 40 toneladas. Se não era cientista, tinha «costela» dos aplicados às capacidades intelectuais para adquirir conhecimentos exactos e dar a conhece-los de plena consciência.
Com a nossa modesta contribuição, estamos a relembrá-lo 330 anos ( 2010 - 1680) depois de deixar para a posteridade o esboço do achado, enigma a decifrar.
De certeza, curioso, honesto, inteligente e culto, pacientemente, desenhou o que os olhos ávidos de resposta viam, conquanto a tradução se limitasse à perplexidade, sujeita a teorias entrelaçadas com fundamentos diversos, indefinidos e alguns pré-históricos.
Recordamos a década 1930, quando frequentávamos o liceu Antero de Quental. Corria a «nova», haver na América um «pedra» com inscrições feitas por povo ancestral... não identificado.
Ao tempo, a nossa idade, não dava para mais aprofundamento.
Hoje, reconhecemos que o Reverendo John Danforth, nada sabendo dos segredos daquela «rocha» silenciosa, por intuição da validade na troca e cedência de conhecimentos, foi exemplo de cientista por inteiro...
Ganhou direito a lugar na História Mundial... se bem que a propagada «Pedra de Dighton», «documento descritivo, visível e palpável», só viesse a exprimir a sua tragédia, no Século XX, quando o que parecia algaraviada em 1680, passou a ser expressão ansiosa em língua portuguesa.
Desde que o Rev. John Danforth expôs ao atractivo histórico o misterioso achado, visitantes desejosos de saber mais, inspeccionaram o rochedo deitado no Rio Tauton. Amadores, em maior número, críticos de todas as maneiras de concluir, amigos de S. Tomé - ver para crer - e, também, cientistas em cata do «fio» da claridade, para o ligar à lâmpada das concepções.
Ali, porém, nada era claro. As águas correntes do Rio, as intempéries, o próprio Sol, luz da vida, na secagem do batido pela humidade, tinham desgastado as linhas rectas e curvas da gravação primitiva.
A ciência é ingrata. Abre-se de par em par, para quem a quer remoer. Mas requer têmpera paciente, dotada de sagaz espírito de observação, para o sucesso e para o invés. E, em boa conta, a teima intuitiva do esforço, de ser o que se é, insensível a sacrifícios para ultrapassar insuficiências educativas, geracionais ou mesmo do meio instrutivo.
A interrogação dos séculos e o empenho e energia a despender para além do bem-estar, conforto e tempo indefinido, para lhe dar resposta, terá feito desistir curiosos em desafiar as causas ocultas contidas nos «rabiscos» descobertos pelo Reverendo John Danforth. Mas persistiu o Professor de Psicologia da Universidade de Brown, Providence, Rhode Insland, Edmund Burke Delabarre. Nunca se importou com o esforço para que a razão humana explicasse o que parecia inexplicável.
A genialidade é rara, diferente da banal, por isso alcança o triunfo e canta vitória.
O «talento», todavia, não actua solitário. Necessita da presença física e intelectual para encontrar a incógnita. Machuca demasiado o comodismo do bem ditoso, que usufrui o regalo de ocupar posição social do criado por mérito próprio. A reacção íntima, enrubesce a face e explode na recusa aos desmancha-prazeres.
O Professor DELABARRE, em 1913, lúcido e consciente da labuta de tirar o véu ao DOCUMENTO PEDRA ESCULPIDA POR MÃO HUMANA, resolveu descobrir o gravador, os gatafunhos e, se possível, o motivo do entretenimento. Isto é, reunir todos os elemento históricos sobre a PEDRA. Levou dois anos nesta tarefa. Como cientista que era, não se satisfez com o resultado. Persistiu, porque de concreto e esclarecedor, a PEDRA, continuava «muda». Até que, em 1918, LEU, de modo claro, a data 1511. Se até aqui, não admitia a presença europeia, as investigações posteriores, conduziram-no, inevitavelmente, aos portugueses. Ao que o obrigou a «familiarizar-se» com a História de Portugal e distinguir na Pedra, o nome de MIGUEL CORTE REAL e o escudo português em V.
Escreveu os livros: - Em 1915 « Os Primeiros Interesses Pela Pedra de Dighton»; em 1916 « Período Médio da História da Pedra de Dighton» e em 1919 « História Actual da Pedra de Dighton». O Professor DELABARRE, foi condecorado pelo governo Português, com a Comenda da ORDEM DE CRISTO.
Na senda da verdade HISTÓRICA, sucedeu o Dr. José Dâmaso Fragoso, nascido nesta nossa Ilha de S. Miguel, emigrante estudioso de sucesso, LEITOR na UNIVERSIDADE DE NOVA YORQUE, ao escrever em 1951, um artigo a mencionar a Cruz de Cristo, por ele VISTA DIRECTAMENTE, na Pedra de Dighton.
Durante mais de 20 anos, o Dr. José Dâmaso Fragoso, aplicou as suas faculdades intelectuais, com sólida «determinação científica», para aclarar o secretismo, adivinhado nas inscrições. Fundou o «MEMORIAL SOCIETY, de Miguel Corte Real, que veio a adquirir os terrenos limítrofes, para defesa de conservação da Pedra.
Fundou a revista o Mundo Português para que esse espaço, se transformado em «Parque», abrangeria maior cautela, contra a educação mal parada.
Apesar do BEM-FAZER, José Dâmaso Fragoso, foi vilipendiado e agredido fisicamente.
Não deitando fora os utilíssimos passos dados pelo Professor Delabarre e do Dr. José Dâmaso Fragoso, tomou a continuidade da tarefa árdua e penosa da PEDRA DE DIGHTON, o Médico, cientista por vocação e profissão liberal, Dr. MANUEL LUCIANO DA SILVA. Se bem que a pendência, já mostrasse noções a um bom êxito, outras dezenas de anos foram necessárias para desanuviar as inquietações e dúvidas do passado. Foram localizadas as extremidades das CRUZES DE CRISTO, em 45 graus, evidenciadas letras do nome de MIGUEL CORTE REAL, escudos em V e U, interessantes estudos sobre o aparecimento de índios pacíficos e AMIGOS, conviventes com o navegador Giovanni Verrazzano, em 1524, que durante quinze dias sondou a baía de NARRAGANSET - onde é crível ter naufragado o nosso Açoriano mártir - e conviveu com os naturais. Tudo baseado em conhecimentos científicos e históricos.
Nos «eruditos», há, pelo menos, duas condutas de evolução. Uma é livre, reparte-se em todas as direcções, o vasto saber não tem fronteiras nem lugares de estacionamento e predomina, a análise prévia, às certezas ou desvantagens, com a calma de « vir a estudar » para decidir na maior justeza. O outro comportamento, segue, com pontualidade, a ordem e os repentes do fixado «de cor», por hábito ou lembrança. Mudar a trajectória do raciocínio - mais acanhado nesta modalidade - regista dificuldades acrescidas. O «erudito demasiado convencido da sua infalibilidade na memória», - em muitos cérebros, a sequência da lógica obscurece-se em sentidos ambíguos - habituando-se à simplificação do trato com a ideia. Imagina-se na «sala de festas» do estabelecimento onde é membro docente, a «botar palavra». À sua frente, a «quentura» dos aplausos e um pouco ao lado, o copo de água para o gole distintivo do discursador. A indumentária, conserva-se limpa. A relembrança de ter de voltar atrás, na necessidade de usar fato-macaco ou botas de pescador para recomeçar na lida de investigar o que «ainda» não VIU, mas outros investigam sem parar, é-lhe antipático. O ressentimento acendeu a ira e o desagrado atingiu a face do Dr. José Dâmaso Fragoso...
Enquanto a PEDRA, se conservou mineral cego, surdo e mudo, a ciência, unanimemente concordante, balouçava resignada, na oscilação da dúvida a descer à quimera. Quando o Professor DELABARRE, lhe tirou os primeiros vagidos e chegou ao objectivo de a fazer FALAR, prontamente se formaram duas «avaliações» para a mesma questão. Uma nascera do espanto do Reverendo John Danforth e dos incansáveis que o seguiram, na terapia para a obrigarem a sair do mutismo inicial, indiferentes ao esforço na inexistente remuneração e outra dos que não concebiam a saída para hipóteses de origem europeia. O vermelho no rosto do Dr. José Dâmaso Fragoso, marcou a diferença. A primeira não tinha preconceitos intocáveis, pois só a verdade pretendia e a segunda, sem agudeza espontânea, encostava-se ao fixado nas páginas aprendidas nos livros.
Estarmos no Século XXI, a lidar com História e Cultura, sem encontrar o «ponto relevante» da lógica, não parece conclusão razoável. A História, acompanha a raça humana, até à minúcia das peripécias, não confiando na memória para resguardar a verdade. A Cultura surge, para por em ordem o encoberto pelo tempo e só o descobre por sua inteira e livre iniciativa. Se ocupa a cátedra da transigência e LÊ o facto real, emenda sem pudor. Se preenche a cadeira dogmática de «magister dixit», torna-se rebelde e, perdida a razão, porta-se igual à mão que ofendeu o rosto do Dr. José Dâmaso Fragoso.
Daqui apelamos à erudição que adorna as cabeças dos Historiadores e das personalidades Cultas de Portugal, da América, do Mundo e, porque não, as dos Açores, para concorrerem à «inteligibilidade» da PEDRA DE DIGHTON. Se, - como MARCO OU TESTAMENTO EM CARTÓRIO, semelhante aos que foram distribuídos pelos navegadores de QUINHENTOS, até onde chegaram - é verdadeira a linha John DANFORTH, Doutores DELABARRE, José Dâmaso Fragoso, Manuel Luciano da Silva e o currículo, pormenorizado à mercê de quem o deseje consultar... ou queira optar por ser oposição. Porém, se for preferência esta livre escolha, sejam exigidos detalhados elementos a negar a data de 1511, o nome de Miguel Corte Real, as Cruzes de Cristo, os escudos portugueses e as demais presenças portuguesas, constantes nos livros publicados.
O DOCUMENTO - a PEDRA DE DIGHTON - está resguardado em pavilhão próprio e em permanente exposição, mercê do Dr. Manuel Luciano da Silva. É donde se devem tirar as PROVAS ESSENCIAIS. Nestas, está a base dos TEMAS A DISCUTIR, para haver coerência... SIM ou NÃO, é pouco... Ao NÃO, compete argumentar as conclusões do SIM. A ciência existe e demonstra, ponto por ponto. É um conhecimento exacto...
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