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Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

16 de novembro de 2006

Nº 104 JUÍZO É MELHOR QUE IDEIA PENSAR POSSE… NÃO É TER…

A Europa, é o Mundo. Já o escrevemos, sem nada apresentar de novo. É um cadinho de civilizações. Ninguém o duvida, pois a fusão não faz encobrir os povos que a vieram saquear e, depois montaram casa.
É o porto de salvação, de imigrações à vontade de quem a queira habitar? Tem o crédito da dúvida…
Se nunca possuiu o bastante para uma vivência normal, dentro e fora dos países independentes, a elevação da fasquia das garantias sociais, piorou o poder de medir a igualdade. Acostumar-se o cidadão, produzindo ou não o valor do acto de refazer as forças, é fortuna que a Europa não pode contar no cofre do trabalho e na colheita do produzido.
A União Europeia, teima na afirmativa simpática do sim, mas os países que sabem da «ginástica financeira» do seu dia a dia, temem comprometer-se a terem de despender para outros, o que faz falta para os seus. Os referendos da França e da Holanda, são eloquentes.
As desavenças europeias, atribuídas a clube de futebol - esquerda, centro, direita, guarda redes – é uma desculpa atenuante para a criação de equipas e mais postos de trabalho, com a finalidade de investigar o inexistente… É a manobra de encobrir a realidade de que uns se servem da tabuada e outra parte aguarda o consentimento do que se comprometeu na ajuda ao semelhante. Por isso, a relutância em assinar « carta de aviso», que se pode transformar em «carta de prego». Daí, a Constituição demorar…demorar.. até vir a ser autenticada, se… lá houver canetas, devidamente credenciadas, para a assinatura da praxe…
O futuro acaba, quando o Homem termina funções, deixa de ter ideias, ou o juízo lhe falta. Mas sente-se bem, enquanto pode escolher, se prefere a ideia em detrimento do juízo, ou se este tem mais substância do que a volubilidade. É a rifa.
Hoje, os dois, engalfinham-se a cada passo, de momento a momento. A ideia, jovem, bonita e airosa, inconstante e multiplicável, tem a valia de transpor barreiras e se apresentar sempre menina. O juízo, mais sereno, não se deixa vencer pela novidade, exige entrar em conta com o tempo, em esclarecimentos e precisões, sem fazer caso da velhice.
Adiantemo-nos, antes que nos digam estarmos em fase de modorra ou tomar o real por aparências. O que escrevemos, baseia-se no que nossos ouvidos ouvem e nossa vista lê. Julgamento de méritos… à parte,
Presenciamos, que falar mal do passado, faz parte da sustentação do presente. Toma, muitas vezes, o carácter de agressão ao divertido, pelos intervalos de sólido e consistente argumento.
A figura carismática, que serve de anteparo, aos actuais gestores da «coisa pública» e representam o frontispício da Nação Portuguesa, é o nome do Dr. Oliveira Salazar. Em especial, quando as justificações tremeluzem na opacidade de factos consumados.
O nome do Dr. Oliveira Salazar, serve para tudo. Contrário a gastos perdulários; a compensações elevadas; adversário dos direitos à fúria, à blasfémia, à palhaçada e gritaria públicas; à liberdade da dispersão da Família, à interrupção do trabalho e da vida; discordante de lugar cimeiro do indivíduo, preferindo a maior força de garantia na fusão Pátria. Sovina incurável, incapaz de dar o que pertencia à Nação, inimigo do Sol nascido na Rússia, única nação merecedora de possuir império, que ainda hoje o defende a ferro e fogo e para onde estava prevista a transferência das províncias ultramarinas portuguesas.
É um nunca acabar de acusações.
Contemos os acontecidos
O Dr. António de Oliveira Salazar, recebeu a pasta das finanças portuguesas em 1928, depois de a ter recusado dois anos antes. Foi-lha entregue, das mãos dos militares que em 1926, tentaram salvar o País, da bancarrota em que se encontrava, ou plano inclinado para a perda da independência. Situação, deveras semelhante com a actual, esta mais esperançosa, até ver, com a assistência da União Europeia.
. O Dr. Oliveira Salazar, só com dinheiro português, salvou Portugal. Deixou ouro e dinheiro para apertos que viessem a acontecer. E que aconteceram e têm servido para evitar a guerra civil, desde a mudança da «rosa dos ventos» de 1974. Só falta desperdiçar todo o ouro.
Nasceu pobre e pobre morreu.
Os actuais cérebros, esbanjadores de boas intenções – tantas se sucedem, sem pagar imposto - têm conduzido o País, de uma maneira «excepcional». . . tão inteligente, que se ouve o oco do erário público… talvez parecido com o recebido pelo Dr. Oliveira Salazar em 1928.
Publicamente se discute, para quanto tempo o País ainda se poderá aguentar e se tem probabilidade de recuperação. Mas, também se pondera para onde se dirigem os votos dos pretendentes à gestão dos bifes que restam, cada vez menos sumarentos, a aproveitar para os mais expeditos.
Ninguém quer dar parte de fraco, nem assumir culpa. Só os cofres do Estado, nivelam, por baixo, os valores da sobrevivência.
Os administradores da «coisa pública», antigos e actuais, que tomaram parte e activamente cooperaram, no desenrolar do fio, hoje emaranhado, condutor do que pertence ao povo português, afirmam e reafirmam que o idealizado desde 1974, era, caprichosamente perfeito. Os cofres dos dinheiros públicos vazios, sugerem uma situação de que o afirmado está longe de conferir. Porque sempre foi, é e será o dinheiro. o seguro das rebeliões. Enquanto … não for inventada outra modalidade, que organize a convivência humana, na obrigatoriedade de que o acto de receber, é o compromisso de retribuir com valor que o corresponda.
O «cabo», condutor dos acontecimentos, nestes últimos 36 anos, projecta que a Rússia, é o País privilegiado, em manter o seu império e de o defender no uso do direito, de todos os «direitos», que lhe passem no maciço das ideias e dos comportamentos. É a contradição dos culposos esmoleres das Províncias Ultramarinas, convencendo o povo, mais dedicado ao trabalho que a políticas, que foi mais honroso FUGIR, que socorrer milhões de compatriotas e a dignidade e interesses da Nação.
No «bloco de apontamentos», da parte das Forças do reviralho de 1974, constava genial alteração na administração pública e substancial acréscimo de rendimento a quem trabalha. Engano, ao tempo, já encarquilhado pelo amontoo de experimentações, mas que fora restaurado em pintura, por processos modernizados na ideia de tudo ser considerado possível. Bastaria Idear, para logo o esfregão na lâmpada de Aladino, de pronto, apresentar mesa cheia e passatempo à escolha. Mas, o que veio?
Mais de 500.000 retornados das Províncias Ultramarinas, retirados de profissões que lhes davam sustento, entraram, de roldão, no mercado de trabalho no continente português, somente «apaziguados», pelo ouro e fundos existentes nos cofres do Estado, poupados pelo «mau», Dr. Oliveira Salazar. Se a verbosidade salientou benefícios, os calhaus continuaram a ocupar os mesmos lugares e ainda no presente, lá estão, alguns mais desabridos e amontoados, pela tagarelice chuvada no furacão das ideias.
Os BONS de 1974, além das Províncias Ultramarinas, esbanjaram 6 (seis) milhões de contos para se safarem delas e da embrulhada em que se meteram. Não fossem eles, os BONS, para dar.
Hoje, estes seis milhões, davam jeito aos milagreiros administradores actuais, sem chamamento do câmbio das duas épocas. Toda a gente, hoje, pede… pede mais dinheiro…
Antes de 1974, havia confiança, com os valores da casa. Depois, mesmo com os abonos da União Europeia, fugiu a paz, a harmonia social desconjuntou os parafusos, a esperança no futuro perdeu o leme e esvaziou o combustível . Entretanto, a massa política vive muito melhor e algumas fortunas têm «calhado» a amealhar…
Aguarda-se mais juízo e alargamento do estudo, para o saber… saber, desempenhar o seu trabalho, direito e bem pensado.
Até próximo.