Nº 189 TRABALHO… GERA FAMÍLIA… ARRECADA ECONOMIAS… AMONTOA CAPITAL… COGNOMIZA O CAPITALISMO … OU SE DESFAZ PELO CAMINHO… ( 2 )
A narração de factos actuais, timbrados como virgens com o biombo do passado, satisfará o leitor distraído, mas não o responsável do escrito, cioso do estudo da verdade, tanto quanto possível identificável.
Breves crónicas, não podem descrever em minúcia, mas há um mínimo que deve constar no aspecto informático. O Leitor sabe, pelo que nos lê, não conseguirmos a perfeição, mas esperamos nos perdoe esta falha difícil de regularizar, como desejaríamos. Por isso, lá de vez em quando, alongamos, como aconteceu com a anterior, a sequência histórica, para lhe colocar datas a melhor elucidar a ligação das épocas distanciadas.
Interrompemos a crónica anterior, quase a terminar, quando nos referíamos ao sultanato da equipa do Engenheiro Guterres. Ao iniciar a governança, encontrara o Estado GORDO e no momento da retirada rápida, deixara o Ministério da Finanças, em PÂNTANO, para quem o viesse substituir se entretece a drenar as « águas turvas» e, ou entulhar os buracos fundos nos orçamentos descapitalizados.
Actualmente, alto funcionário das Nações Unidas, o Engenheiro Guterres, pede… mão estendida à Europa, para auxiliar a África.
Os Continentes, à semelhança das nações, das empresas, dos homens, quando agregados a estratégias humanas, também se sujeitam ao perder e ao ganhar e nesta alternância, mudam de valor,
A dependência corre ao lado da capitalização, o factor principal para as «maratonas» dos diários de subidas e descidas. Num momento, brinca o ganho, para logo seguir-se a carranca do prejuízo. Para um e para o outro, porém, contam os antecedentes, pois são estes que ditam as consequências.
A História, é o «Grande Livro» do ensino, onde moram as lições dos Homens que aprenderam à custa das feridas no corpo e nas mudanças de grandeza da alma. Guardaram muito da sapiência acessível ao Humano. Talvez mais do que as actuais «letras» que oferecem diplomas, mas lhes falta a sensibilidade para acompanhar as benesses do progresso…
Deixemo-nos de divagações. Regressemos ao Século XVIII.
A Revolução Francesa, de 1789, foi campo psicológico de fainas e amanhos caseiros. A França, que levantara o alvoroço na Europa, breve encontrou o capitão Bonaparte para encolher a extensão.
Os franceses, por sua vontade apagariam a labareda acesa para durar, Os estrangeiros, porém, é que não estavam para tais ajustes, sem recuos da França.
Em 1793, praticando actos de salvação da república, o capitão recebeu a promoção a General e em 1796, dois dias após o casamento com Josefina de Beauhernais, era enviado para a Campanha da Itália, concebida por ele, dois anos antes.
Nesta execução, deu liberdade aos seus extraordinários dons de estratega militar e larga visão política. Afastou-se da obrigação de informar o Directório das decisões a tomar nas ocasiões próprias. Sem título, já era Imperador dos Franceses em quatro anos. Depois das batalhas e conquistas concluídas, enviava para Paris os compromissos dos adversários e da sua assinatura, em nome da França.
Waterloo, em 1815, acabou com o poderio napoleónico. O que estaria à vez de entrar na «boca do lobo», respirou fundo e continuou com a sua independência. A questão mais importante, foi fretar um navio para transporte de Napoleão à Ilha de Santa Helena. A Europa, regressou à mercê do pacifismo ou elegância das autoridades governativas, representadas no Congresso de Viena.
O retalho da Europa, dessa data, nunca foi riscado ao metro ou ao quilómetro. As quezílias de fronteiras e de «coroas», perdurou dando lugar a novos baptismos, alterações de fronteiras e inimizades a pedir retaliações. O solo, todavia, não dava os frutos desejados para vida folgada aos habitantes e fortificações de exércitos para defesa e conquistas aquém e além mar.
A África estava ali, à tentação dos mais fortes. Portugal possuía territórios muito acima do que poderia defender, visto o exército que lá mantinha ( e manteve desde as descobertas, até 1974, na hora da renúncia mal – propícia, por « rapazes portugueses» ) era pouco eficiente e numeroso, para reclamar fatias a quem as desejasse.
A Europa, nos ciclos de dificuldades, encontrou na África, alívio da sua economia. A África, no período em que foi chamada à civilização, sempre recebeu o abraço da Europa, de partilha com troca de favores.
Assim, fácil organizar a Conferência de Berlim de 1884 – 1885 e distribuir à vontade dos candidatos, o enchimento da «bolsa de colónias».
Teria, contudo, de haver um iniciador que apresentasse programa e relatório que convencesse o maior número das nações, ainda receptíveis ao temor de nova devastação franco – napoleónica, ou outra que surgisse.
O «relatório» chegou. Elaborado e escrito por quem não possuía colónias, mas necessitava delas. A Alemanha, recém unida pela vitória contra a França, em 1870. Jovem e agressiva, não se contentava em conviver com vizinhos mais poderosos na Europa e, sobretudo, na África. Queria igualdade na fortuna. Bismark, o chanceler de ferro, indicou Berlim, proposta de mudança da capital europeia. Em sua casa, cada pessoa vale por quatro, já dizia o Marquês de Pombal.
Mas foi em Versailhes, na França, vencida, em 18-01-1871, a proclamação do Império Alemão. Por outro lado, em 1884-5, 14 anos passados, Berlim permitiu-se iniciar a expansão colonial. À custa deste nosso País, que despendera a pequena fortuna e sacrificou milhares de vidas em gerações sucessivas, para assegurar a independência, jogada fora por arrebatamentos ideológicos, auto falseados em hipóteses malbaratadas em indagações racionais.
Em Berlim, todos os presentes se submetiam às mais elevadas intenções, durante a conferência, mas o pagamento do resultado, apesar de reclamada a injustiça, recaiu na coragem de quem contornou o Cabo Bojador e foi descobrindo a Guiné, os Brasis, o Caminho Marítimo para a Índia, as costas Ocidental e Oriental da «Africa» mas, sem dúvida, o menos autorizado a expor a legalidade e a moral. Portugal foi colocado a um «canto».
Portugal, que fora o dono dos territórios em discussão, por direito próprio, o de os trazer, à sua custa, ao Mundo já meio civilizado e à evolução da ciência, era aconselhado a aceitar o que lhe estava a ser proposto com a «bondade» dos assistentes. Esta, não foi a primeira, nem a última humilhação por ter de desistir da posse de territórios, sofrida por Portugal.
A mais humilhante, porém, foi a de 1974. Por nascidos, bem instalados e a receber sustento do mesmo Povo que tudo sacrificara para assegurar o reino.
Toda a África, todo o Mundo, devem estar agradecidos a Portugal pela obra GIGANDESCA dos Descobrimentos.
Vamos terminar esta segunda crónica, com o mesmo título. O Amigo leitor, desabafará ser abuso da nossa parte. Não lhe retiramos a razão. Diligenciaremos concluir o enredado do, ou dos assuntos em questão na que vem a seguir.
Até próximo.
Breves crónicas, não podem descrever em minúcia, mas há um mínimo que deve constar no aspecto informático. O Leitor sabe, pelo que nos lê, não conseguirmos a perfeição, mas esperamos nos perdoe esta falha difícil de regularizar, como desejaríamos. Por isso, lá de vez em quando, alongamos, como aconteceu com a anterior, a sequência histórica, para lhe colocar datas a melhor elucidar a ligação das épocas distanciadas.
Interrompemos a crónica anterior, quase a terminar, quando nos referíamos ao sultanato da equipa do Engenheiro Guterres. Ao iniciar a governança, encontrara o Estado GORDO e no momento da retirada rápida, deixara o Ministério da Finanças, em PÂNTANO, para quem o viesse substituir se entretece a drenar as « águas turvas» e, ou entulhar os buracos fundos nos orçamentos descapitalizados.
Actualmente, alto funcionário das Nações Unidas, o Engenheiro Guterres, pede… mão estendida à Europa, para auxiliar a África.
Os Continentes, à semelhança das nações, das empresas, dos homens, quando agregados a estratégias humanas, também se sujeitam ao perder e ao ganhar e nesta alternância, mudam de valor,
A dependência corre ao lado da capitalização, o factor principal para as «maratonas» dos diários de subidas e descidas. Num momento, brinca o ganho, para logo seguir-se a carranca do prejuízo. Para um e para o outro, porém, contam os antecedentes, pois são estes que ditam as consequências.
A História, é o «Grande Livro» do ensino, onde moram as lições dos Homens que aprenderam à custa das feridas no corpo e nas mudanças de grandeza da alma. Guardaram muito da sapiência acessível ao Humano. Talvez mais do que as actuais «letras» que oferecem diplomas, mas lhes falta a sensibilidade para acompanhar as benesses do progresso…
Deixemo-nos de divagações. Regressemos ao Século XVIII.
A Revolução Francesa, de 1789, foi campo psicológico de fainas e amanhos caseiros. A França, que levantara o alvoroço na Europa, breve encontrou o capitão Bonaparte para encolher a extensão.
Os franceses, por sua vontade apagariam a labareda acesa para durar, Os estrangeiros, porém, é que não estavam para tais ajustes, sem recuos da França.
Em 1793, praticando actos de salvação da república, o capitão recebeu a promoção a General e em 1796, dois dias após o casamento com Josefina de Beauhernais, era enviado para a Campanha da Itália, concebida por ele, dois anos antes.
Nesta execução, deu liberdade aos seus extraordinários dons de estratega militar e larga visão política. Afastou-se da obrigação de informar o Directório das decisões a tomar nas ocasiões próprias. Sem título, já era Imperador dos Franceses em quatro anos. Depois das batalhas e conquistas concluídas, enviava para Paris os compromissos dos adversários e da sua assinatura, em nome da França.
Waterloo, em 1815, acabou com o poderio napoleónico. O que estaria à vez de entrar na «boca do lobo», respirou fundo e continuou com a sua independência. A questão mais importante, foi fretar um navio para transporte de Napoleão à Ilha de Santa Helena. A Europa, regressou à mercê do pacifismo ou elegância das autoridades governativas, representadas no Congresso de Viena.
O retalho da Europa, dessa data, nunca foi riscado ao metro ou ao quilómetro. As quezílias de fronteiras e de «coroas», perdurou dando lugar a novos baptismos, alterações de fronteiras e inimizades a pedir retaliações. O solo, todavia, não dava os frutos desejados para vida folgada aos habitantes e fortificações de exércitos para defesa e conquistas aquém e além mar.
A África estava ali, à tentação dos mais fortes. Portugal possuía territórios muito acima do que poderia defender, visto o exército que lá mantinha ( e manteve desde as descobertas, até 1974, na hora da renúncia mal – propícia, por « rapazes portugueses» ) era pouco eficiente e numeroso, para reclamar fatias a quem as desejasse.
A Europa, nos ciclos de dificuldades, encontrou na África, alívio da sua economia. A África, no período em que foi chamada à civilização, sempre recebeu o abraço da Europa, de partilha com troca de favores.
Assim, fácil organizar a Conferência de Berlim de 1884 – 1885 e distribuir à vontade dos candidatos, o enchimento da «bolsa de colónias».
Teria, contudo, de haver um iniciador que apresentasse programa e relatório que convencesse o maior número das nações, ainda receptíveis ao temor de nova devastação franco – napoleónica, ou outra que surgisse.
O «relatório» chegou. Elaborado e escrito por quem não possuía colónias, mas necessitava delas. A Alemanha, recém unida pela vitória contra a França, em 1870. Jovem e agressiva, não se contentava em conviver com vizinhos mais poderosos na Europa e, sobretudo, na África. Queria igualdade na fortuna. Bismark, o chanceler de ferro, indicou Berlim, proposta de mudança da capital europeia. Em sua casa, cada pessoa vale por quatro, já dizia o Marquês de Pombal.
Mas foi em Versailhes, na França, vencida, em 18-01-1871, a proclamação do Império Alemão. Por outro lado, em 1884-5, 14 anos passados, Berlim permitiu-se iniciar a expansão colonial. À custa deste nosso País, que despendera a pequena fortuna e sacrificou milhares de vidas em gerações sucessivas, para assegurar a independência, jogada fora por arrebatamentos ideológicos, auto falseados em hipóteses malbaratadas em indagações racionais.
Em Berlim, todos os presentes se submetiam às mais elevadas intenções, durante a conferência, mas o pagamento do resultado, apesar de reclamada a injustiça, recaiu na coragem de quem contornou o Cabo Bojador e foi descobrindo a Guiné, os Brasis, o Caminho Marítimo para a Índia, as costas Ocidental e Oriental da «Africa» mas, sem dúvida, o menos autorizado a expor a legalidade e a moral. Portugal foi colocado a um «canto».
Portugal, que fora o dono dos territórios em discussão, por direito próprio, o de os trazer, à sua custa, ao Mundo já meio civilizado e à evolução da ciência, era aconselhado a aceitar o que lhe estava a ser proposto com a «bondade» dos assistentes. Esta, não foi a primeira, nem a última humilhação por ter de desistir da posse de territórios, sofrida por Portugal.
A mais humilhante, porém, foi a de 1974. Por nascidos, bem instalados e a receber sustento do mesmo Povo que tudo sacrificara para assegurar o reino.
Toda a África, todo o Mundo, devem estar agradecidos a Portugal pela obra GIGANDESCA dos Descobrimentos.
Vamos terminar esta segunda crónica, com o mesmo título. O Amigo leitor, desabafará ser abuso da nossa parte. Não lhe retiramos a razão. Diligenciaremos concluir o enredado do, ou dos assuntos em questão na que vem a seguir.
Até próximo.



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