Nº 185 OUTRA VEZ O BOLO… O DESTRONADO PIB PLANETA TERRA AS CERTEZAS DE 1974 E AS DESMISTIFICAÇÕES DE 2008
O apanhado de factos concretos para os arremeter para o futuro, segue o critério preventivo de sequência e qualidade intencional. Não é, com certeza, oportunidade para agravos.
A verdade ocupa o seu devido lugar e, por nossa parte, demarcamo-nos a respeitar o que pretendemos transmitir aos nossos netos, com a lisura do culto ao espírito crítico dos homens e à destrinça da pureza nos actos e nas consequências.
Em 1974, deu-se em Portugal um «levantamento» armado. No Exército, a patente de capitão, queixava-se de receber um ordenado, relativamente baixo
para as despesas privadas e sociais, a que era obrigada a manter com dignidade.
Apresentou ao Ministério da Defesa a que pertencia, exposição, para ser rectificada a diferença em causa. Chegou-se ao ainda General Costa Gomes, a solicitar-lhe a sua influência como Chefe do Estado Maior do Exército, para intervir, Junto do Ministro, General Viana Rebelo. Sendo assunto melindroso de decidir pois que «mexer» numa patente, deveria coordenar-se com as restantes. A resposta não poderia ser imediata e favorável. Tinha de esperar.
Entretanto, ligando agora, o Ofício do Governo Geral de Angola, dado ao público nas nossas crónicas nºs 57 e 172, ficámos esclarecidos do desenvolvimento do reviralho, no aspecto restrito da classe de oficiais do Exército e no que passou a localizar-se mais distante - no político - de maior impacto nas multidões, sensíveis aos primeiros arautos da vitória, para dar mais ênfase convincente, na mudança do sistema governativo.
No início, os Capitães, não tinham intenções políticas. Elas vieram acompanhadas de técnicos distintos, doutrinados para tapar o Sol Leninista, como mestre de cerimónias. Criaram heróis enfeitados com os cravos e deram-lhe a cor vermelha, a avisar os ferrugentos que poderão vir a ser os mais perduráveis, semelhantes aos de 1580 que duraram 60 anos…
Desfraldada a bandeira da vitória, os subjugadores, continuando a usar armas, brancas e de fogo, quiseram confirmar o que já sabiam e fora motivo da intentona: - Medir o nível positivo dos fundos públicos. Alegria no triunfo.
Logo se promoveram festivais para entretenimento e distracção do Povo, etapa importante, para a centena, no singular ou no plural, dos intervenientes na aventura, mais os camaradas entrados pela porta da oportunidade, pedaço a pedaço, repartirem o que estava unido pelo mérito dos antigos portugueses e grande poder administrativo de um HOMEM, do Século XX.
Atendendo às contas começarem a confundir-se e, dos presentes a álgebra não ser dos seus fortes, houve que martirizar um nome, por todo aquele dinheiro já não ter sido gasto com rapidez. Pronto… O do Dr. Salazar...
Se não foi assim, os acontecidos seguintes têm muitos traços análogos… aos dos gastadores de hoje e da propaganda do BOLO, sem ter fundo…retirado do cesto milagroso no sermão da Montanha…
A riqueza é benéfica para as sociedades… Os herdeiros é que nem sempre estão aptos na escolha dos melhores canais de produtos concretos …deixando-se levar pelo mais rápido, menos trabalhoso e mais consumível.
Apresentando aspecto brincalhão ou circunspecto, o grupo detentor da autoridade, no Portugal atarantado por falatórios de todas as coordenadas geográficas, predispôs-se a partir o BOLO, pertença do Povo, mesmo sem autorização, mas afirmando, aos ventos gélidos da História Contemporânea, ser a favor do dono.
Por se tratar do mesmo BOLO, o Dr. Mário Soares, um dos mais crentes
da sua excelência no «ideal+ ismo», estava na primeira linha dos convidados na conjura do corte em fatias. Não deu tempo, porém, esperar por faca afiada.
O machado pesado e inflexível, manejado pelos «bondosos corações» do almirante ou vice, Rosa Coutinho e do amigo do peito Álvaro Cunhal, de pancada, decepou o ramo das Províncias Ultramarinas, de que nenhum dos presentes era proprietário, como acima se referiu. Como não eram formados em contas, essa particularidade foi dispensada. Menos vinte ou trinta milhões de portugueses, era quantidade irrelevante, pois o cofre administrado pelo perseguidor dos «bons rapazes» que se dedicavam a aterrorizar o País e informar para o estrangeiro inverdades internas, continha avultados milhões de contos, para resolver quaisquer complicações financeiras no momento.
Dinheiro não faltava e não faltou, para calar recalcitrantes que, atrevidamente quisessem travar a doutrina de «interesse» público que se estava a pregar e a por em prática.
Desculpe leitor Amigo, esta nossa mudança de expressão dos graves acontecimentos que reduziram Portugal a 10 milhões de portugueses, nas extremas da independência. Ainda nos custa olhar a realidade e acolher num mau sonho. O luto, ainda paira sobre a maioria dos que se foram, revoltados em genocídios arrepiantes e dos que ficaram, envoltos em verbosidade levada pelo éter, mas corrosiva das poupanças e canseiras do Povo.
Não se permitiu – admitimos nós - a discussão inter conjurados, se 10 milhões de pessoas, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Acres, se bem que situados entre a América e a Europa, seriam capazes de resistir às lutas imprevisíveis, adivinhadas no porvir incerto, num Mundo em evolução, de travões desafinados e de olhos arregalados na intervenção sobrenatural da utopia, cheia de promessas felizes, mas pingando sangue e dor, encobertos no livro científico «Crítica da Economia Política» publicado em 1869, por K. Marx. Confiava-se neste filósofo, pela maravilhosa concepção do PIB – Planeta Terra, preencher todas as carências do ambicioso humano e tinha inspirado a novela na arte do engano, em 1917, na Rússia, entusiasmando a esperança de gerações, a um Mundo ideal.
Ainda que nas experiências, até então concluídas, as rosas não fizessem parte dos adornos no percurso, previa-se a substituição dos «cravos» ensanguentados, por jardins floridos e habitações à preferência.
A álgebra foi posta de lado. As posições estratégicas da Madeira e dos Açores, eram contrapartida – assim pensavam eles, os « armados donos, mas pobres de estratégia, do que fora o Portugal no Mundo.
Abusaram e amesquinharam o regime que combatiam, não tendo, porém, pejo de lhe ir aos fundos e «retirar» 6 milhões de contos ( câmbio de 1974 ) em companhia com os territórios abandonados e muitos mais milhões para pagar as despesas dos 800.000 ou mais centenas de milhar, de trabalhadores espoliados, chegados à metrópole com a roupa da ocasião.
Não lhes ficaria mal, se desabafassem, ao feitio do Dr. Marcelo Caetano, de lhes pesar na consciência, as matanças de todos os calibres nas nossas antigas Províncias.
O pote de Mofina Mendes…já entorna azeite na mística de 1974… A dança e os estalidos dos dedos, tendem a saturar e perder o fôlego…
Até próximo.
A verdade ocupa o seu devido lugar e, por nossa parte, demarcamo-nos a respeitar o que pretendemos transmitir aos nossos netos, com a lisura do culto ao espírito crítico dos homens e à destrinça da pureza nos actos e nas consequências.
Em 1974, deu-se em Portugal um «levantamento» armado. No Exército, a patente de capitão, queixava-se de receber um ordenado, relativamente baixo
para as despesas privadas e sociais, a que era obrigada a manter com dignidade.
Apresentou ao Ministério da Defesa a que pertencia, exposição, para ser rectificada a diferença em causa. Chegou-se ao ainda General Costa Gomes, a solicitar-lhe a sua influência como Chefe do Estado Maior do Exército, para intervir, Junto do Ministro, General Viana Rebelo. Sendo assunto melindroso de decidir pois que «mexer» numa patente, deveria coordenar-se com as restantes. A resposta não poderia ser imediata e favorável. Tinha de esperar.
Entretanto, ligando agora, o Ofício do Governo Geral de Angola, dado ao público nas nossas crónicas nºs 57 e 172, ficámos esclarecidos do desenvolvimento do reviralho, no aspecto restrito da classe de oficiais do Exército e no que passou a localizar-se mais distante - no político - de maior impacto nas multidões, sensíveis aos primeiros arautos da vitória, para dar mais ênfase convincente, na mudança do sistema governativo.
No início, os Capitães, não tinham intenções políticas. Elas vieram acompanhadas de técnicos distintos, doutrinados para tapar o Sol Leninista, como mestre de cerimónias. Criaram heróis enfeitados com os cravos e deram-lhe a cor vermelha, a avisar os ferrugentos que poderão vir a ser os mais perduráveis, semelhantes aos de 1580 que duraram 60 anos…
Desfraldada a bandeira da vitória, os subjugadores, continuando a usar armas, brancas e de fogo, quiseram confirmar o que já sabiam e fora motivo da intentona: - Medir o nível positivo dos fundos públicos. Alegria no triunfo.
Logo se promoveram festivais para entretenimento e distracção do Povo, etapa importante, para a centena, no singular ou no plural, dos intervenientes na aventura, mais os camaradas entrados pela porta da oportunidade, pedaço a pedaço, repartirem o que estava unido pelo mérito dos antigos portugueses e grande poder administrativo de um HOMEM, do Século XX.
Atendendo às contas começarem a confundir-se e, dos presentes a álgebra não ser dos seus fortes, houve que martirizar um nome, por todo aquele dinheiro já não ter sido gasto com rapidez. Pronto… O do Dr. Salazar...
Se não foi assim, os acontecidos seguintes têm muitos traços análogos… aos dos gastadores de hoje e da propaganda do BOLO, sem ter fundo…retirado do cesto milagroso no sermão da Montanha…
A riqueza é benéfica para as sociedades… Os herdeiros é que nem sempre estão aptos na escolha dos melhores canais de produtos concretos …deixando-se levar pelo mais rápido, menos trabalhoso e mais consumível.
Apresentando aspecto brincalhão ou circunspecto, o grupo detentor da autoridade, no Portugal atarantado por falatórios de todas as coordenadas geográficas, predispôs-se a partir o BOLO, pertença do Povo, mesmo sem autorização, mas afirmando, aos ventos gélidos da História Contemporânea, ser a favor do dono.
Por se tratar do mesmo BOLO, o Dr. Mário Soares, um dos mais crentes
da sua excelência no «ideal+ ismo», estava na primeira linha dos convidados na conjura do corte em fatias. Não deu tempo, porém, esperar por faca afiada.
O machado pesado e inflexível, manejado pelos «bondosos corações» do almirante ou vice, Rosa Coutinho e do amigo do peito Álvaro Cunhal, de pancada, decepou o ramo das Províncias Ultramarinas, de que nenhum dos presentes era proprietário, como acima se referiu. Como não eram formados em contas, essa particularidade foi dispensada. Menos vinte ou trinta milhões de portugueses, era quantidade irrelevante, pois o cofre administrado pelo perseguidor dos «bons rapazes» que se dedicavam a aterrorizar o País e informar para o estrangeiro inverdades internas, continha avultados milhões de contos, para resolver quaisquer complicações financeiras no momento.
Dinheiro não faltava e não faltou, para calar recalcitrantes que, atrevidamente quisessem travar a doutrina de «interesse» público que se estava a pregar e a por em prática.
Desculpe leitor Amigo, esta nossa mudança de expressão dos graves acontecimentos que reduziram Portugal a 10 milhões de portugueses, nas extremas da independência. Ainda nos custa olhar a realidade e acolher num mau sonho. O luto, ainda paira sobre a maioria dos que se foram, revoltados em genocídios arrepiantes e dos que ficaram, envoltos em verbosidade levada pelo éter, mas corrosiva das poupanças e canseiras do Povo.
Não se permitiu – admitimos nós - a discussão inter conjurados, se 10 milhões de pessoas, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Acres, se bem que situados entre a América e a Europa, seriam capazes de resistir às lutas imprevisíveis, adivinhadas no porvir incerto, num Mundo em evolução, de travões desafinados e de olhos arregalados na intervenção sobrenatural da utopia, cheia de promessas felizes, mas pingando sangue e dor, encobertos no livro científico «Crítica da Economia Política» publicado em 1869, por K. Marx. Confiava-se neste filósofo, pela maravilhosa concepção do PIB – Planeta Terra, preencher todas as carências do ambicioso humano e tinha inspirado a novela na arte do engano, em 1917, na Rússia, entusiasmando a esperança de gerações, a um Mundo ideal.
Ainda que nas experiências, até então concluídas, as rosas não fizessem parte dos adornos no percurso, previa-se a substituição dos «cravos» ensanguentados, por jardins floridos e habitações à preferência.
A álgebra foi posta de lado. As posições estratégicas da Madeira e dos Açores, eram contrapartida – assim pensavam eles, os « armados donos, mas pobres de estratégia, do que fora o Portugal no Mundo.
Abusaram e amesquinharam o regime que combatiam, não tendo, porém, pejo de lhe ir aos fundos e «retirar» 6 milhões de contos ( câmbio de 1974 ) em companhia com os territórios abandonados e muitos mais milhões para pagar as despesas dos 800.000 ou mais centenas de milhar, de trabalhadores espoliados, chegados à metrópole com a roupa da ocasião.
Não lhes ficaria mal, se desabafassem, ao feitio do Dr. Marcelo Caetano, de lhes pesar na consciência, as matanças de todos os calibres nas nossas antigas Províncias.
O pote de Mofina Mendes…já entorna azeite na mística de 1974… A dança e os estalidos dos dedos, tendem a saturar e perder o fôlego…
Até próximo.



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