Nº 180 A EQUAÇÂO E O BOLO… OS TRÊS PIBs… A MUDANÇA… E A INTERROGAÇÃO…
Ao passar por alto, o estatuto que regula o formato da Nação, a imitar equipa de futebol –esquerda, direita, centro, defesa – esquerda, direita, centro, secundando a defesa e colocando todos os jogadores ao «ataque», reexaminámos a táctica, ficando com a sensação de que ali havia pontos a matutar, no que respeita à matemática.
E logo nos ocorreu barafustar com números, onde estaria encoberto o hipotético falhanço, muito em foco e de pregão altissonante, nos meios onde o consumo teria de ser, detalhadamente dividido, peça a peça, cêntimo a cêntimo para não exceder a moeda no bolso e que a barafunda da verborreia, circunscrevia a lugar instável, mas de crédito não merecedor de desconfiança.
Insistimos, todavia, confiado que a obrigação de igualdade entre duas partes separadas, se juntariam para formarem a equação demonstrativa.
O princípio, ensina ser o PIB, a sustentação dos seres vivos conhecidos e se multiplicam no Globo que gira em volta do Sol, nos movimentos rotativo e translação, em busca da vida metódica para os seus habitantes. Sabe-se, assim, calcular o PIB, como a realidade terrestre, ou «padrão» de valores a comparar, sem bater na cepa torta da adivinha.
Esta descoberta, que se poderá atribuir a um senhor De La Palisse de médio plano, é a primeira expressão a por no quadro preto do aguardado dilema:
PLANETA TERRA … PIB unificado = Valor Real.
Para formar uma equação, porém, deverá haver duas rxpressões. Cumpre-nos, agora procurar o outra expressão, que nos poderá ser fornecida, pelos Josés La Palisses, que se espalham nas governanças modernas:
( IDEAL + ISMO )… PIB E1 ou PIB E2,
expressões que trocadas por miúdos, conterá: - No Idealismo, há dois PIBs: o PIB E1, ou PIB Expectável, determinado pelo catecismo do «Partido, ou pelas promessas eleitorais do seu Chefe Mor. Se, porém, surgirem falta de verbas para liquidar afirmação verbal, ou mesmo aumentá-las para agrado de aderentes e parentescos, requer-se a fórmula PIB E2, ou Expansível, nas emergências não pensadas.
Depois de toda esta trabalheira de equacionar PIBs, concedendo dois ao IDEALISMO, conclui a Família La Palisse, que se fosse ela a mandar, a equação ficaria certa e retiraria das preocupações sociais o receio de que a fatalidade ronda, de perto e mal humorada, a repetição de mais destruições, superiores em tamanho e desgosto, das passadas, não há muitos anos. E das que enxameiam os Cinco Continentes, com a jactância de afirmar a esta era de aviões e naves espaciais, não temer o complemento da arte de cometer erros sem castigo e queda de ganhos e sempre a amealhar aplausos e vanglórias.
O Mundo, todavia, continua a obedecer à Família La Palisse. Quem promete deve cumprir. Logo e já.
Recordo um dia – quatro Séculos, após 1580, menos seis anos.
Assistimos a um comício, no nosso Coliseu Micaelense. Já nos carregavam mais de 50 anos e sabíamos que eventos destes, constavam de um ou mais profetas, a malfadarem pecados e pecadores. E salvações ainda a tempo, nas profecias que iriam ser proclamadas.
Mas fomos, no intento de aprender algo que se apresentava como novidade de excepção. Para quem esteja atento, o ensino está em cada dia que passa, em qualquer momento de convívio. E nós não enjeitamos oportunidades de ouvir as vozes da perfeição.
Sentámo-nos no último degrau do desaparecido «palqueton», ou a GERAL da minha classe, a arraia miúda, afastado de respingos de malquerença.
Três ou quatro oradores. Um moço do Faial, cremos que estudante e do conteúdo dos discursos, a memória reteve a finalidade interessante e elucidativa, exposta com entusiasmo pelo Dr. Mário Soares:
« O Rendimento do Estado, é um BOLO. Suficiente para chegar a todos os portugueses. Dá e cresce. O preciso é saber e querer dividir».
Não será o textual, mas contém o alcance.
Demos por bem empregue, o tempo ali distraído. Aprendemos parte do que nos preocupava, em resultados futuros, nos festejos do optimismo, decorrentes nas ruas, nos salões e nos locais de trabalho. Queríamos obrigar-nos, a entrar, também, nessa amálgama de alegria, de dúvidas e de esperanças.
Era uma forma de conformismo e obediência aos factos consumados e aceitar o vácuo da morte de D. Sebastião, de semelhança ( embora sem ela ) com o que estava a acontecer.
O tempo passou. A profissão absorveu-nos. A aposentação chegou e a viuvez, também. A escrita predispôs-se a tapar com argamassa, a divisória da parte mais pujante da vida. Não olhar para trás, evitou o sofrimento da estátua de sal de Gomorra.
Despertou o comprimido nos anos obrigatórios do ofício.
Fazer boiar verdades, em cavalgada para o esquecimento. Tentação, quando a maldade se esforça por abrasar a imprudência, na promessa de alcançar a quimera, longínqua e sem a «rosa dos ventos» para orientar.
Meditando e escrevendo, descobrimos a existência dos três PIBs., que acendem o mal-entendido no seio das disputas intestinas e externas, que fazem retroceder a civilização nos corações humanos e se reflectem em hipóteses de continuidade de nações e independências.
Foi quando nos relembrámos do BOLO, do Dr. Mário Soares.
De 1974 para cá, séries de acontecimentos se substituíram a outras sequências, alternando modelos e experimentações, num propósito de acertar o que nunca ficava direito. E ainda duram, as voltas, piruetas e cambalhotas, não constando data para a reinauguração de sossego e confiança.
A governação, intrometeu-se na Justiça – o lugar sagrado do Homem e da sociedade –; a Justiça, entendeu ter direito em ocupar posições de relevo, donde sempre estivera ausente por motivos do temperamento Humano. O que estava definido, pôde voluntariamente, saltar o combro da incerteza.
Peias rigorosas, policiais e quejandas, deixaram divagar a autoridade, mantida por especial deferência do mandão maior no Governo.
Mudar…mudar…mudar… E o BOLO? Não cabe agora. Será mais adiante.
Até próximo.



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