Nº 149 A TRADIÇÃO EUROPEIA…SENSÍVEL AO MITO… O PIB… VALOR CONTADO… OU PONTO DE MIRA
As Histórias da Europa, da Antiga, abrangendo os Povos do Oriente, dos Gregos e dos romanos, até 476, depois de Cristo; a Idade Média, terminada em 1453, com a conquista de Constantinopla, pelos Turcos; a Idade Moderna que alcança a Revolução Francesa em 1789 e a Idade Contemporânea, que se interrompe nos nossos dias, misturaram raros momentos a bendizer a Paz, a muitos mais a malquerer a guerra.
Em todos os tempos, a guerra nunca foi bem-vinda. Aplicar a força, só nos casos da caça, não corresponder à fome. Não somos nós, agora, no Século XXI. a empertigarmo-nos como altos pensadores de consciências limpas e filtradas, rodeados de armas mais eficientes das de pau, pedra ou arpão, como juízes acertados, defensores da humanidade, condenando os desmandos do passado, contabilizados nas eras antes e depois de Cristo. A morte, nunca
agradou ao pobre, ao rico, nem ao bruto saído da Floresta, sem noção de quem era o semelhante na valia como companheiro na sobrevivência.
O cortejo de acontecimentos, narrados no período Histórico, a partir de neófito e de entrado na civilização, o Homem e em particular o europeu, actuou, segundo o instinto de manter a vida, arrostando todas as contrariedades, até ao limite de expor o corpo para a perder. O motivo, foi sempre o mesmo. Garantia de sossegar o aparelho digestivo, na moagem da
produtividade bastar em qualidade e quantidade, o acto supremo do dia a dia.
Se bem que o Homem, ainda nem sonhasse que iria descobrir a escrita a acautelar quantidades, ele começara por juntar na gruta, debaixo de arbusto ou em cima de árvore, os excessos de alimento na ocasião, para os utilizar nas crispações das paredes do estômago dos dias seguintes. A esta modalidade de conservação do que lhe era mais valioso, poderemos, hoje, baptizar, forçando ou não o significado, de seguro do Produto Interno Bruto.
Esta nossa conjectura, com visos de acertada, não se opõe a contraditas normais, de épocas de velhice desconhecida, à espreita do progresso, firmado no desenvolvimento intelectual, separando a primeira forma do «mito», para explicar o fantástico esvoaçando nas nuvens do céu e a tomar consciência do admissível para chegar ao avisado, de compreensão moldada no siso prudente a circunstâncias inesperadas.
Por consequência da faculdade de discernir, se aceita a existência do PIB, anterior e depois da Pré História, no fenómeno luminoso que incendiou o entendimento. A imposição de viver, criou os sonhos alargados do ideal, de suplantar a realidade, malquerida de Rousseau.
Na meta volante de 1789, por influência dos enciclopedistas, intencionados a melhorar as comodidades de existência dos que se olhavam pouco bafejados pela sorte, foi implantada a ambição da igualdade e fraternidade generalizadas, do alimento à vestimenta, da moradia ao trabalho. Justeza nas regalias e nos direitos. Condescendência…ou menores obrigações nos
deveres e responsabilidades… Dúplice estratagema, para medir equiparações e dissipar animosidades.
Quebrou-se a balança. O idealismo, persistente e convicto, enviou-a à forja das emendas férreas em promessas e moldagens ao gosto do pensamento. A maquineta de pesos, em tão ilustre oficina, nas bolandas dos pareceres, contudo, permanece na prateleira dos objectivos a consertar.
Enquanto se aguarda a pesagem dos direitos, dos deveres, dos idealismos, da sensatez, das glórias e fatalidades acrescidas à guerra, continuemos nós, a rebuscar o que temos à mão, acessível ao que até hoje, está no nosso limitado jogo neurónio.
Sabemos, de certeza, que o nosso independente da idade, PIB – matéria – é o «ponto de mira», na manutenção da vida. E que, da «ideia», pode receber conselhos de moldagem e seguir o princípio de Lavoisier: - «Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma». Não há, por consequência, poder de aumentar moléculas a qualquer estado sólido do PIB, quando demarcado por prazo certo – um ano, nos nossos costumes. Solidifica-se, todavia, no valor do prazo final. Animais e plantas, na contabilidade dos gastos indispensáveis, averbam-se nos extremos, do primeiro ao 365º dias.
Os «enciclopedistas», entusiasmados com as mensagens escritas, não muito vezeiros com a matemática, admitiam, para toda a gente, o bem estar que possuíam, por seu modo de conselho, ligado ao pensamento. E espalharam vanglórias, aos resultados das lutas circunscritas à «massa cinzenta», Destas lutas, porém, a Natureza ficou fora das competições no aspecto quantitativo, embora não pudesse sair de dentro da qualidade.
A explosão de 1789, foi faiscada por carências em algumas regiões da França. Os espreitadores de atalaia, na «mira» de fáceis ascensões na escadaria do poder – valendo-se dos nomes prestigiosos dos enciclopedistas – amontoaram motivos para extravasar os instintos retraídos pela ordem.
O sangue francês correu, logo no princípio, sem benefícios ao País e só parou, na elevação e queda do Imperador. Polémicas nas chancelarias e batalhas a empapar os campos das nações possuidoras de alimentos enceleirados para utilização interna, foram acontecimentos resultantes do fracasso da ideologia francesa, estendida a todo o Mundo, entusiasmado às
coisas fáceis. Enquanto a mão de obra se entretinha a receber ordens de quem só tinha conhecimentos no cérebro e pouco entendia do impedimento de multiplicação do PIB, os terrenos franceses, sedentos de doar às populações o húmus do seu poder produtivo, permaneciam áridos e abandonados por administrações de aprendizes, levianos a dirigir propriedades não adquiridas com o suor do rosto ou legados no tabelião.
No íntimo de cada pessoa, se esconde o orgulho, ao receber por pobreza de rendimentos, mas reaparece atrevido e ofensivo, no momento da dispensa de favores. Em realidade, o donativo é ofensa a quem tem forças para se bastar a si e à Família. Se bem que o oportunismo, se inclua na alergia ao suor…
A Europa, presenteada com louvores internos e emigrações de povos e porque as trocas, compras e vendas foram cobrindo as despesas, conservou o mito do seu potencial produtivo resistir ao sustento de quem a optasse por visita ou permanência. As chinfrineiras, amiúde engalfinhando governos e exércitos, nas talhadas das fronteiras dos solos férteis e subsolos guardas de minerais lucrativos, foi, aos poucos desfazendo a ficção. Duelos, escaramuças, guerrilhas e guerras de todos os tamanhos, evidenciaram o desengano do facilitismo ainda hoje prevalecente.
Custa afirmá-lo, mas a Europa não possui o PIB, do seu ponto de mira, de valor suficiente, para doar a quem nela vive, as benesses apregoadas, com a melhor das intenções, pelos administradores responsáveis, filiados em partidos de saberes milagrosos. O mal vem de longe. Os revolucionários, provenientes das famílias dos tendenciosos a encaixar o volume
incomensurável e elástico do idealismo, na grandeza solidificada do PIB, têm tido a sorte de serem ouvidos em detrimento dos critérios sãos e precavidos.
Um «para quê», interrompe a tese. A resposta não demora, optimizando a parte interessada – o Povo.
O PIB, - realizado por matéria, isento da multiplicação sobrenatural – com ou sem verbosidade, não altera o valor. Se sucede aumentar pouco ou muito, nunca acompanha o número de cidadãos prontos a concorrer à saúde, à reforma e às restantes benfeitorias.
Entretanto a disparidade não pára de crescer. Os candidatos e os que chegam a ministros, prometem … mais e melhor. Para encobrir a fraqueza, - porque na verdade, não há para cumprir – rodeiam assuntos e saltitam o existente para dispersos objectivos. As promessas continuam… O que acontecerá, quando o Povo… o inchado de riquezas verbais, «inverdadeiras» e reconhecer que vai… com a pele do nascimento e tem de comer pão duro. sem conduto?...
Até próximo.



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