América América

Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

19 de novembro de 2007

Nº 146 O ÂNIMO CRESCE E MORRE NA IDEOGRAFIA O PIB … É A MATÉRIA … QUE GOVERNA O ÂNIMO…

A Revolução Francesa, inimiga de reinos, ditaduras e quem pretendesse mandar sobre os franceses, ficou amortecida ( amedrontada, como todas as Nações que viram as suas fronteiras chamuscadas ) e, para se reabilitar…ou salvar… fez-se a mãe – gerada e política - de um imperador que se coroou a si próprio, a 02-12-1804, indiferente ao Papa PIO VII, ali presente . Acima de Rei, Ditador ou Papa. Acima de todos os outros homens, plebeus e cientistas, sábios ou chefes de Família, imperfeitos ou puros. Superior… a…ou aos outros pensantes… A França, que não queria um só, mas muitos tinos a governar, curvou-se a regressar por baixo de novo Sol, um Homem mais categorizado que Rei, - um imperador. O «centro» neurótico, um único critério, no «centro» da Europa…

A contradição do objectivo. A incongruência, a desfeitear a congruência.

Nem tudo, porém, se misturou com alvos idealizados . Algo ficou a sorrir-nos… porque:

Lá em baixo, a arraia miúda… A massa que não pode opor-se ao pronto a servir… e a pagar… A livre expressão, por palavras ou gestos, para todos os amigos e simpatizantes… A idolatria ao nível do ceptro Imperial. Surpresa das surpresas… a obediência… subserviente…

Era a elíptica que sobe, percorre o espaço da convicção e regressa ao ponto de partida, deixando pelo caminho, fúrias e tristezas e a nulidade de ilusões perdidas.

Aos opositores… (porque se não deveria tirar todas as promessas de liberdade)… dão-se conselhos de cautelas… Moderação na palavra, nas relações mais chegadas e nas sociedades. E avisos de que à posição de vítimas, ninguém se livra da autoridade do Estado...

O débil fio que suspendia a «espada de Dâmocles», tinha mudado de lugar, colocara-se sobre as cabeças dos não responsáveis na máquina administrativa. O castigo, pelo raciocínio e atletismo da pulga, galgara para sobre a cabeça dos «piões».

Os dirigentes, ou «infelicitados» da «coisa pública», cingiam-se a responder por actos e omissões, a ocupar ou abandonar, calmamente, os cargos oficiais para que tinham sido nomeados. A não ser… os destinados à bem afiada lâmina de aço…

A liberdade absoluta… divertia-se a castigar os recalcitrantes do poder instituído… a pedir sova, bala ou perda de emprego…

Esta verdade «com pés e desilusão», tem lugar quando o rigor na despesa corrente, se confunde com a certeza auxiliar na pedincha.

Para sermos mais claros, em «Revolução» - que não pede, mas exige - não é razoável fazer cálculo em resultados melhores ou piores e, muito menos, perfeitos. O impreciso, quando chega ao fim, pertence à comunicação Histórica, a quem a descreve, ao conteúdo esperançado nas dificuldades vencidas e à governação a um ideal que a mente deseja, sem resposta das moléculas que compõem a matéria.

Os improvisos inesperados, as inteligências para os resolver, negativamente preparadas nos aspectos técnico e moral, os imaginados pelos enciclopedistas e postos em prática por educações e temperamentos desiguais, transformaram as boas intenções, em resultados contraditórios da consciência e do ambicionado humano.

No fim da «Revolução», porém, o que a emblemou, foram as concepções e sedimentos, além de oportunidades ocasionais no tempo e opções de mandamentos, submissos à religiosidade inerente ao ser humano, companhia sempre presente na marcha para a civilização. A destrinça da bem-aventurança e do mau sucesso, na liga das células nervosas, atrai o regime das actividades físicas, mas espreguiça-se a acender focos de luz à ladeira erma da realidade. O escuro, dá lugar a topadas, que propagam a dor, dos pés à cabeça. Mas faz outros estragos de importância não menor do sofrimento. São os custos elevados, em facturas que excedem as reservas no cofre do esforço do dia a dia, dificilmente recuperáveis.

A História da «Revolução Francesa», esmiúça acontecimentos dramáticos, sem conta, e… alguns encenados, para dar mais colorido às consequências ideológicas impulsionadoras de regalias sociais no presente.

Os técnicos de esquemas guerreiros, desenham no chão ou papel de escrita, as posições dos exércitos, as manobras estratégicas, as sagacidades dos vencedores para alcançarem o triunfo, os «Campos Santos», de um e outro lado da beligerância. Tudo contado, como de pouca valia humana, os fins a justificar os meios. Porque matar, tem mais de uma versão. Se atingir os proprietários de valores consistentes, acima da suficiência, é obra de arte, a corrigir a autoridade no pelouro. Se caber nos intelectos impacientados de ocupar a subalternidade e aventurarem-se a impor imunidades individuais à precaridade em qualquer circunstância, será grave atitude a merecer correctivos imperdoáveis, incluindo o limite zero, ou do defunto.

São posições a por na mesa das sociedades que, para viver, querem trabalho até ao horizonte da vida. Ninguém deseja perder a sorte de ter nascido, de receber o calor dos raios do Sol, nem os afagos da água, ao envolver os corpos na limpeza dos poros, nem a alegria de continuar a família e ouvir as gargalhadas barulhentas dos filhos, nossos continuadores.

Desde o Princípio, porém, o Homem tomou consciência dos encargos e obrigações do que lhe competia, para conseguir os prazeres ao seu alcance. Produzir.

Muito antes do alfabeto «falar», o instinto regulava a despensa dos géneros alimentícios, como a segurança do animal e na progressiva aptidão de ir desvendando as qualidades «Humanas» no sector do intelecto. Foi desta tendência inata, de defesa da espécie, que nasceu o que viria a ser baptizado PIB, actualmente «discutido», embora não conste de todos os programas de eficácia, nas «agremiações» e governanças dos povos.

A organização das sociedades, demorou incontáveis «montes» de séculos. A destrinça de atitudes, tomadas certas, nas crescentes sensibilidades no aceite do Homem à civilização, atrasou o processo de divisão das áreas que caberiam a cada ser raciocinador e ao ajuntamento de muitos outros. As «máquinas neuróticas», que o tempo iria dar ajuda no aperfeiçoamento do cérebro… tornaram-se os postos de comando da vontade e do controlo da energia,

A firmeza, contudo, nunca chegou a receber dos materiais neuróticos, o preparado, necessário e suficiente, capaz de fazer aderir à memória, a todos por igual, compromissos, deveres e obrigações. Notada essa falha na Natureza, - pois se acreditava que a Natureza tinha de emendar todas as deficiências interpostas ao bem estar completo do Homem – a esperança nos séculos, foi adiando a rectificação.

Os Postos do Comando, secos da cola para a memória, desamarraram os deveres e os temperamentos ao mesmo tempo. Experiência, para tirar proveito de solução por meio do acaso . Não resultou. Lutas de todos os tamanhos, destruíram Patriarcas, condados,

reinos, impérios e…quantas obras excelsas para durar…

As Nações, formavam-se e desfaziam-se, orgulhosas da sua independência, esforçando-se por contentar os concidadãos. Espaços para cultivo – terras para semear e colher – sempre foram os principais atractivos, nas causas históricas de explosões guerreiras. Com o aparelho digestivo, não há condescendência em adiamentos. E… antes prevenir que remediar…

Até próximo