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Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

5 de novembro de 2007

Nº 144 O PIB… PRODUZ TRABALHO FÍSICO DIRECTO A IDEALIDADE… REFLETE … LUZ…DE FONTE ETÉREA.

Reunir raças e línguas, costumes e temperamentos, consciência nacional e interesses reflectidos em Leis, é tarefa de séculos, nunca perfeita. A intenção, imagina uma superfície plana, sem desigualdades de germinações ou crescimentos, nem seguranças às regras de contenção das sapiências do trânsito, dos modos de proceder e do que hoje é um tratado oficial, sob honras de «referendos e decretos», o da dor, vinculado à desacreditada irresponsabilidade do nascimento.

As Nações formam-se ou tendem a unir-se, na enchente ou vazante, das circunstâncias sociais de produção da riqueza e no acto de a distribuir ao Povo, consoante a receptividade ao desenvolvimento intelectual, advindo do nível de vida que o solo prodigaliza ou retarda.

De importância mais segura, supomos evidenciar-se, o poder económico, por agregar o meio social, no mais autoritário esquema sociológico, o de adquirir os produtos indispensáveis ao sossego do aparelho que conserva a vida.

Pelos anos fora, ou pelos anos adentro, pois no bafio das idades, não distinguimos quais as saudáveis, visto as mofinentas, descoladas no esvair do senso, estafado de ser bom, estão a tomar posição de maior destaque.

Esta indecisão, porém, leva-nos à proposta de expor, na companhia de sã independência, o argumento que revigora a essência humana.

O trabalho do Homem –concentrado no PIB - sustenta a existência. Desta, germina o ideário. A continuidade, depende da duração do Sol, satélites em vôo imparável e dos elementos onde assentam os reinos animal, mineral e vegetal. O Homem é, na trama da Natureza, o promotor da resistência ao caos, o destinado a aprender e transmitir, para ser o «mestre de toda a obra». Germinou a ideia para moldar. Ferramentas, de cavar a terra, colher sementes, aperfeiçoar a matéria rústica, maravilhar a vista.

No acento do trabalho, foi congregado no PIB. A responsabilidade para dar sentido ao impulso, do Homem que quer ser independente.

Nesta referência entendida ao PIB, quase nos esquecemos do fim deste nosso arrazoado. Mas ainda vem a tempo a explicação devida.

Tem acontecido a responsáveis da administração pública na Europa e no Mundo, falarem dele a rodos. Referências em turbilhão, lhe têm sido atribuídas com as misturas políticadas, chegando ao ponto de lhe inverterem a rotina, reduzindo o valor exacto na conservação da Paz e avaliação do que pertence a cada cidadão, na colheita e no trabalho, atrapalhando cada gestor público no entendimento das verbas com cabimentos justos, cientificados e precavidos na movimentação incerta das preferências dos agregados sociais .

PIB, ou Produto Interno Bruto, diz respeito à individualização dos Países, à responsabilidade de regular as condições essenciais humanas ou à multifacetada junção universal.

As Nações que pretendam gerir-se a si próprias, deverão cumprir as regras de abastecimento necessárias e suficientes ao bem estar da sociedade – as famílias - e assegurar ambiente pacífico e culto. E respeitar as congéneres estrangeiras, como querem ser respeitadas. Acessível corolário, para as aspiradas consequências da validade mútua se ficar no plano do repouso das águas e das aspirações além da acorrentada produção. Até dá partitura musical, suave ou violenta para com os tímpanos

Vários «maestros», já levantaram a batuta para dirigir com imponência, a orquestra mundial da Paz, gizada em 1789, na França. As cravelhas de retesar as cordas para dar o tom nos naipes dos direitos, porém, fixaram menos vibrações do que as «direitas», se bem que continuem a dar concertos a bateria, mais os tambores, as castanholas e os ferrinhos., para alardear festejos. Os naipes dos deveres, bastante mais atrasados, por falta e mal vistos desde o início, aguardam começar nos ensaios, enquanto a partitura da composição, se encontrar na inspiração de outros compositores, mais actualizados – segundo afirmam - na ciência das notas e que desejam alterá-la, de acordo com a evolução técnica nestas últimas duas centenas de anos.

Na carência de bons compositores de «política erudita», para terminar a discutida partitura, várias charangas apresentam nos seus reportórios, arranjos com algumas notas da original, não conseguindo, porém, convencer a assembleia que paga o espectáculo e reclama, sorridente ou macambúzia, a pouca preparação dos executantes e, sobretudo, dos chefes de orquestra que dizem entender de pausas, sustenidos, bemóis e bequadros. E, no caso que nos interessa particularmente, conhecer os livros de contabilidade, pelo lado de fora, o que está descrito dentro deles e o que a prática mais aconselha.

O factor, nestes concertos, que se mostra menos positivo, consta de todos os membros do organismo executante, receberem bons ordenados e não conseguirem afinar, com as vibrações do diapasão de receitas e despesas.

Evidentemente que se não contabilizam as juras de cumprimento dos deveres, enquanto estes se mantiverem na Cátedra política, que não no «martelo» da Justiça. Porque esta – a justiça – está a aborrecer-se e luta por se desenvencilhar dessa abusiva tutela, que lhe sonega a autoridade para que foi criada com custos crescidos, pois que representa a dignidade da Nação.

Deixando para trás o jocoso, que tem o seu lugar na teatralidade, medida no padrão do chiste, aproximemo-nos do que não usa enganos, na independência das certezas Há tanto a pensar a sério…

Paremos um pouco… É útil o tempo de meditar…

A clássica sobranceria reinante na autoridade de uma «corte» restrita, escolhida a dedo por um Monarca autoritário, terminou os seus dias, nos campos de batalha europeus.

Parecia que algo de novo iria ocupar os lugares vagos, a acreditar nos arautos mandados a desfazer receios de intromissões maldosas, que a gente ruim estava a ser afastada para bem do Povo pagador de impostos e, por isso, se adiantavam medidas para a supremacia de limpeza da inabilidade e desatinos na arte de governar.

Para dar mais ênfase a estes avisos cautelares a reacções de ingenuidade popular, jovens e adultos, deficientemente preparados em conhecimentos na «alta esfera da governação», gritavam nas ruas, a provocar tumultos e estorvos, onde só deveriam circular afazeres e bom senso. A realidade, responderia com razão, que em vez de projectar progresso civilizacional, estas corridas truanescas, reflectiam desprestígio da Nação e dos «órgãos governamentais», renegando a autoridade superior, atirando-a para cedência às fraquezas e imprevistos da grei não avisada. Além de que representava, perante nacionais e estrangeiros, a desaconselhável prova de impotência interna, tanto em auto educação e discernimento da justiça, como na ineficiência decidida por compadrio de votos.

A criação de adversários, - outro motivo a ponderar - internos e externos, passou a amedrontar a coragem dos dirigentes ou primeiras figuras, que se postam a evidenciar carisma no presente, que reflicta luminária no futuro. O «voto», um degrau na subida, pode ser o plano inclinado para a queda no caldeirão da mal calculada «sopa» política, com muitas mãos inexperientes a temperar e muitos amargos de boca de quem tem de ingerir os feitiços de cozinheiros aprendizes.

A ciência, - um ponto chave na teia social - sempre a subir de preço e divergindo originalidades, porém, cada vez mais necessária, em todos os recantos de uso comum e se ramifica em armamento mortífero directo ou suicídio por ricochete, se enche as bolsas dos ditos ricos de moedas e fortes de saúde , não remedeia a dos indigentes comprovados, de auxílio recomendado, possíveis futuros recalcitrantes a leis não cumpridas, ou promessas improvisadas, sem luz que permita crença.

As calamidades atmosféricas, - um gravoso influente nas contas públicas - que sendo o tempo da nossa respiração, sem dar contas a previsões, deixam-se cair à vontade da desgraça, sobre as obras esquematizadas na instalação neurótica que a mão física edificou para abrigo ou embelezamento da existência terrestre.

O negativo, mais vezes do que o previsto, contradiz o intento e sobe a fasquia dos valores que se perdem, pulando fora dos orçamentos do Estado.

Já paramos… mas não deu para tudo pensar.

Até Próximo.