Nº70 PORTUGALIDADE TIMOR E O PRESIDENTE
Nascimento, é vida a prometer destino. Tanto melhor, quando o berço se embala ao som de canções da terra criadora. É a primeira oferenda de lugar certo, ao recém invasor, para usufruir os direitos que ganhar por esforço próprio.
Pátria, é um bem gratuito, autodinâmico após os primeiros gritos à existência. Por nada custar, sofre a desvalorização do efémero, na atenção superficial do beneficiado.
A civilização tem destas coisas. Cria Estados para separar usos e costumes que lhe entram nas leis e, depois, abandona-os aos critérios dispares de cada habitante ou a núcleos, no caldeio de ideias. A individualização de intenções e procederes, sob o controlo egotista irreprimível, arrisca a continuidade no bem igualizado e desvia a evolução tecedora da conciliação, acertada com o trabalho distribuído para quem lhe dedicar afecto e sentir amor pátrio que fortaleça.
O convívio anárquico, dirigente dos povos nos períodos pré históricos e se prolongou até à mente destrinçar a via mais equilibrada ao temperamento humano, foi substituído em favor da ordem e da disciplina. Desde então, gravado numa grande estela negra, Hamurabi ( II milénio antes de Cristo) deixou, para a posteridade o CÓDIGO DE LEIS, documento para o estudo da civilização babilónica e princípio constitutivo do alongamento da Paz, em períodos de darem tempo à cicatrização dos males das desavenças anteriores. Paz e Guerra, não se medem por vivazes. Têm limitado período de labor evolutivo e de carinho à arte a primeira, destrutivo e rebusco da ciência, a segunda.
Lei, não elimina as contradições do espírito da mulher, do homem, nem da sensatez que a experiência deveria ser portadora respeitável. O incompleto cria bolhas de ar, que nem no cimento deveriam existir, para a idade as não dilatar, destruindo a construção.
Guerra, subleva, enfurece, lamenta, e chora. A oposta Paz, abaixa a ira, contemporiza no crescimento social, aplana o progresso, descontrai o medo, facilita a cooperação individual e colectiva. Sorri à esperança do respeito humano, persevera na amizade e na vida. Mas tem o contra desvalorizador, de se deixar vencer por apaparicos drogados por alucinações, euforia, cansaço. Ajoelha, ao ouvir a voz manhosa ou altissonante da Guerra.
A consequência é que, a extracção do receio, o sabor da calma, em vez de fortalecer a estrutura sólida que construiu a Paz, na sua essência de moderar temperamentos, torna anímica e envelhece a flexibilidade a que se obrigou a acatar e permite o recrudescimento da ciumaria que a havia enfraquecido, antes da «guerra».
Amolecimento, decadência da coragem, denúncia dos deveres, imposição de direitos, efeminação das obrigações, são os sinais contrários que se colocam nas encruzilhadas dos procedimentos defensivos. Neste decurso, imperceptivelmente, o solo da Paz, transforma-se em atoleiro de logros na força e trincheiras na fuga ao imprevisto.
Apesar da ciência, técnica, arte, filosofia, literatura, desporto, medicina, actuais e juntas, de aparente vitalidade, cederem ao intelecto, espaço incomensurável para exposição de amanhos sociais, a urdidura humana, sofre desgaste e deixa-se fraquejar em momentos de aparência extemporânea. Mas que gira no ressalto de ideias, algumas íntimas, absorvidas das amizades, muitas, e as da moda em vigor ou de gramofone de partido, perfiladas na influência sedutora voluntária ou obrigatória, por inscrição ou compromisso pré estabelecido.
Estes nossos pensamentos, tal como na rotação do dia e da noite, esforçam-se por desvendar, a puerilidade das ondas do espírito, em redor das benesses a facilitar ao físico, centro das necessidades vitais.
Timor foi tema de anteriores crónicas. Timor, pode ainda, entrar nesta e receber referência da divagação acabada de expor. Quanto a nós, a relação tem liga e assunto.
O Senhor Presidente da Republica, que terminou o seu mandato, em 9 de Março, quis ter um último préstimo oficial, em 21 de Fevereiro, na lutadora ( íamos escrever portuguesa), Ilha de Timor. Já descrevemos as solenidades oficiais diplomáticas, dos sorrisos públicos aos habitantes e aos que vivem no rectângulo a sudoeste da Europa e companheiros dos Açores e Madeira.
A recepção, pela presença das autoridades votadas para mandar, foi perfeitamente mecanizada a estar presente. Não houve diferença, entre os convidados e as pessoas assistentes. Boas maneiras para quem poderá vir a dar alguma ajuda às dificuldades aumentadas, desde o seu abandono.
Condecorações para lá, insígnias honoríficas para cá.
O popular, o povo que ainda sente Portugal dentro de si, esse preferiu ficar em casa, a remoer a tristeza de se sentir repudiado, sem tir-te, nem guar - te, negada a subsistência que lhe era dada na fraternidade de uma só Nação. Era preferível não sair à rua, manter-se mudo e quedo, do que ripostar à afronta do desprezo sofrido, de gritar a revolta incontida e arremeter uma mão com a pedra do desgosto e a outra com o pau da dignidade atraiçoada.
O povo de Timor, o Homem e a Mulher, a velhice e a criança, continuaram a honrar o nome de Portugal. Na sua desdita, não desfeitearam os arrependidos que os pretenderam afagar com a mão «esquerda» e benzer-se à «mea culpa» com a direita...
Ao Povo de Timor, os nossos respeitosos cumprimentos e os desejos de recuperação rápida e florescente. É o que podemos desejar no nosso fraternal adeus.
Não abusemos do espaço que nos é franqueado.
Até próximo.
Pátria, é um bem gratuito, autodinâmico após os primeiros gritos à existência. Por nada custar, sofre a desvalorização do efémero, na atenção superficial do beneficiado.
A civilização tem destas coisas. Cria Estados para separar usos e costumes que lhe entram nas leis e, depois, abandona-os aos critérios dispares de cada habitante ou a núcleos, no caldeio de ideias. A individualização de intenções e procederes, sob o controlo egotista irreprimível, arrisca a continuidade no bem igualizado e desvia a evolução tecedora da conciliação, acertada com o trabalho distribuído para quem lhe dedicar afecto e sentir amor pátrio que fortaleça.
O convívio anárquico, dirigente dos povos nos períodos pré históricos e se prolongou até à mente destrinçar a via mais equilibrada ao temperamento humano, foi substituído em favor da ordem e da disciplina. Desde então, gravado numa grande estela negra, Hamurabi ( II milénio antes de Cristo) deixou, para a posteridade o CÓDIGO DE LEIS, documento para o estudo da civilização babilónica e princípio constitutivo do alongamento da Paz, em períodos de darem tempo à cicatrização dos males das desavenças anteriores. Paz e Guerra, não se medem por vivazes. Têm limitado período de labor evolutivo e de carinho à arte a primeira, destrutivo e rebusco da ciência, a segunda.
Lei, não elimina as contradições do espírito da mulher, do homem, nem da sensatez que a experiência deveria ser portadora respeitável. O incompleto cria bolhas de ar, que nem no cimento deveriam existir, para a idade as não dilatar, destruindo a construção.
Guerra, subleva, enfurece, lamenta, e chora. A oposta Paz, abaixa a ira, contemporiza no crescimento social, aplana o progresso, descontrai o medo, facilita a cooperação individual e colectiva. Sorri à esperança do respeito humano, persevera na amizade e na vida. Mas tem o contra desvalorizador, de se deixar vencer por apaparicos drogados por alucinações, euforia, cansaço. Ajoelha, ao ouvir a voz manhosa ou altissonante da Guerra.
A consequência é que, a extracção do receio, o sabor da calma, em vez de fortalecer a estrutura sólida que construiu a Paz, na sua essência de moderar temperamentos, torna anímica e envelhece a flexibilidade a que se obrigou a acatar e permite o recrudescimento da ciumaria que a havia enfraquecido, antes da «guerra».
Amolecimento, decadência da coragem, denúncia dos deveres, imposição de direitos, efeminação das obrigações, são os sinais contrários que se colocam nas encruzilhadas dos procedimentos defensivos. Neste decurso, imperceptivelmente, o solo da Paz, transforma-se em atoleiro de logros na força e trincheiras na fuga ao imprevisto.
Apesar da ciência, técnica, arte, filosofia, literatura, desporto, medicina, actuais e juntas, de aparente vitalidade, cederem ao intelecto, espaço incomensurável para exposição de amanhos sociais, a urdidura humana, sofre desgaste e deixa-se fraquejar em momentos de aparência extemporânea. Mas que gira no ressalto de ideias, algumas íntimas, absorvidas das amizades, muitas, e as da moda em vigor ou de gramofone de partido, perfiladas na influência sedutora voluntária ou obrigatória, por inscrição ou compromisso pré estabelecido.
Estes nossos pensamentos, tal como na rotação do dia e da noite, esforçam-se por desvendar, a puerilidade das ondas do espírito, em redor das benesses a facilitar ao físico, centro das necessidades vitais.
Timor foi tema de anteriores crónicas. Timor, pode ainda, entrar nesta e receber referência da divagação acabada de expor. Quanto a nós, a relação tem liga e assunto.
O Senhor Presidente da Republica, que terminou o seu mandato, em 9 de Março, quis ter um último préstimo oficial, em 21 de Fevereiro, na lutadora ( íamos escrever portuguesa), Ilha de Timor. Já descrevemos as solenidades oficiais diplomáticas, dos sorrisos públicos aos habitantes e aos que vivem no rectângulo a sudoeste da Europa e companheiros dos Açores e Madeira.
A recepção, pela presença das autoridades votadas para mandar, foi perfeitamente mecanizada a estar presente. Não houve diferença, entre os convidados e as pessoas assistentes. Boas maneiras para quem poderá vir a dar alguma ajuda às dificuldades aumentadas, desde o seu abandono.
Condecorações para lá, insígnias honoríficas para cá.
O popular, o povo que ainda sente Portugal dentro de si, esse preferiu ficar em casa, a remoer a tristeza de se sentir repudiado, sem tir-te, nem guar - te, negada a subsistência que lhe era dada na fraternidade de uma só Nação. Era preferível não sair à rua, manter-se mudo e quedo, do que ripostar à afronta do desprezo sofrido, de gritar a revolta incontida e arremeter uma mão com a pedra do desgosto e a outra com o pau da dignidade atraiçoada.
O povo de Timor, o Homem e a Mulher, a velhice e a criança, continuaram a honrar o nome de Portugal. Na sua desdita, não desfeitearam os arrependidos que os pretenderam afagar com a mão «esquerda» e benzer-se à «mea culpa» com a direita...
Ao Povo de Timor, os nossos respeitosos cumprimentos e os desejos de recuperação rápida e florescente. É o que podemos desejar no nosso fraternal adeus.
Não abusemos do espaço que nos é franqueado.
Até próximo.



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