Nº 60 NOTÍCIAS A MATUTAR
Não sendo provável acreditar no invento do «espiritómetro», aparelho de medição do intelecto, sugerido na nossa crónica nº 50, mas, de imediato posto fora da instalação neurótica, por falta de mercado, continuemos a apreciar as transcrições dos jornais da nossa urbe, relembrando a velha sabedoria que cada cabeça, uma sentença e um passado recente, assemelhado a épocas não contáveis na História, quando a mente não diferenciava a idade adulta.
Era a juventude perene. Períodos do Sol, da Chuva, dos Vendavais, das Flores, dos Frutos, das Produções, uns após outros, a roçarem a pele e as emoções do bípede que sofria, cruelmente, enquanto durava o aperfeiçoamento da instalação do intelecto para o acto consciente.
Esta época, existiu.
Por mor de amaciar a vida, repelindo a dor física, o cérebro faiscou o raciocínio, a clarear o proveito e repelir o sofrimento. Construções dos mais variados elementos, amontoaram-se, para proteger dos raios ardentes do Sol, da frieza desconfortável da chuva, das rajadas furiosas dos ventos. Sorver o perfume agradável das flores, saborear o fruto saboroso, fazer funcionar o aparelho digestivo com a caça e a pesca, fizeram optar pelo sedentarismo, menos cansativo e mais confortável. A ambiência familiar, tomou outro afecto. O sentimento criança deixou-se adormentar. O orgulho e a cobiça, alargaram o desejo de melhor comida e menos esforço. A inverdade, tomou a cadeira da conveniência.
Continuemos nos nossos reparos, do que temos presenciado.
Na crónica anterior, ergueu-se um comercialista, a colocar em «hasta pública» as Províncias, constantes das escrituras oficiais de todo o Mundo, como Portuguesas, por direito, sangue e dinheiro, com a civilização, muito mais iluminada, desde 1500. Como já vimos em nossa crónica nº 57, representaria a posição de juiz e vendedor , do senhor vice-almirante Rosa Coutinho e aliados.
Numa distorção em «negócios», o leilão, não se destinava a receber valor aprovado. Era uma reviravolta no critério de «compras e vendas». Inteligências extras em acção, a modernizar o «bafio» das velharias fora de moda.
Ofereciam-se, além delas (Províncias), mais 6 (seis) milhões de contos, do contributo dos que ficavam mais solitários. E já se sabia, que no futuro, não faltariam pedidos de clemência ao país desfalcado.
A Lei não foi inquirida sobre a traficância ajustada, nem o produto das DESCOBERTAS, que deu mais luz ao Mundo, mereceu qualquer retribuição ou agradecimento ao patrocinador, que ficou mais pobre e menos base de sobrevivência. Nem um «obrigado». Pelo contrário, os próprios vendilhões, rebaixaram o mérito português… para transferir a posse a uma nação que nada fizera a bem dos povos, agora, só aparentemente independentes, a «dependerem» do auxílio estrangeiro. De ajuda, também de Portugal, que já pagara ( a primeira prestação?...) no acto do convénio…
A Autoridade Soberana não interveio. Onde se situará, o documento nacional que legalize o mutilação do território e a «desgarrada» (cantiga popular) do referido interveniente?
Não há bom entendimento, no que é « falar a sério »... Rapazices...
Jornal AÇORES, de 3-5-1975: - Rosa Coutinho, o «EU Mando», acusa o General Spínola, de ter sido um empecilho ao programa do MFA, sobre descolonização. Um comprometido, a fazer-se acusador.
Só a um «rapaz», será confesso, aceitar o desprezo pelo Povo, perante o que foi resolvido, sem o consultar.
Jornal AÇORES de 1-10-1975: - Em menos de um ano, tomou posse o VI Governo Provisório. Empurrões de rapazes, na entrada para o recinto da diversão. Ou Rapazes a reporem a ordem... ao campo de treino de desafio entre outros mais estouvados...
Jornal AÇORES de 7-10-1975: Mais de 300 soldados e milhares de trabalhadores, empunhando bandeiras vermelhas, gritaram: Abaixo a disciplina militar.
O exemplo de rapazes a mandar, transmite à «malta» sem responsabilidades, que «disciplina» é um «abuso», a travar a inversão dos moldes sociáveis... A moda antiga, com séculos de aperfeiçoamento, velha e relha, tinha de ser reformulada... Criança, não deve receber advertência, de quem quer que seja... Cortesia, é falta de personalidade... Cortesia... é... Cortesia... já foi...
No mesmo dia, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Melo Antunes, foi rogar à CEE, auxílio urgente a Portugal.
Depois daquele «coração aberto» de DAR 6 milhões, prosápia de quem tudo pode, vem logo a mão estendida a «esmolar», a repor a finança esburacada, pelo ditado concludente: - Quem dá o que tem, a pedir vem.
Jornal AÇORES, de 7-01-1976: - Boatos da venda de ouro dos cofres públicos, obrigam o Ministro da Finanças a acalmar que «só foram vendidas 4 (quatro) toneladas», das 800 (oito centenas) em cofre. Quando se fala no ar agitado do movimento dos capitães, ouve-se a afirmativa da grande virtude de não ter derrapado para matança interna, residiu no senso dos interventores. Talvez.
O que influencia retenção de impulsos de ideias e ambições, é o que a vista abrange, palpável, evidente, resoluto dos problemas imediatos.. Troca de mais conselhos e previsões, pouco ou nada adiantam.
O ouro, poupado pelo «regime enjeitado na vala comum» de defunto atrasado no enterro, foi, cremos, o meio que produziu efeito prático, de colmatar as desorientações, hora a hora, dia a dia, mês a mês que afloravam problemas, surgidos por raciocínios apressados no improviso discorde das diligências.
Não há dúvida, ser a prontidão do movimento, não o guerreador, mas o fiduciário, que arrecua a braveza dos alvoroços sociais.
A mortandade de 120 anos antes, pelas desavenças dos manos de instrução irregular e apressada, Pedro e Miguel, incendiou-se, por não existir, no cofre público, o brilho de moedas de contado.
As invasões francesas, tinham vindo cheias de ideias excelentes, mas praticaram barbaridades, por completo, divorciadas do ser humano. A ideia e a matéria, até agora, ainda não conseguiram entender-se ao modo das relações lógicas. De 1807 a 1811, quase esvaziaram a movimentação da moeda, uma parte partiu para o Brasil, com D. João VI e outra, foi dividida em duas, metade mandou-a para França o General Junot e a restante posta ao serviço do exército invasor e de quem nos veio defender.
O coração está ao lado da Paz, mas o motivo que a enrija e solidifica, é a acessibilidade ao ganho, suporte dos bens de consumo.
Evocamos estes acontecimentos, atendendo ser o futuro um enigma insondável de prever. Os exemplos da História, parecerão sombras de passagem esporádica, expostas a outros raios luminosos a transmitir-lhes, no futuro, feições de cores mais vivas e agradadas. O Hoje, apresenta um panorama, circunscrito aos sentidos imediatos e confusos da visão e do ouvido. O Amanhã, indefinido, escreve no quadro negro da sorte, a giz, fácil de apagar, o esquema do acontecido até ao momento, da arte de viver, ou de só escapar, por «unha negra»...
A guerra liberal, de 1829 a 1834, não foi bisada em 1974, graças ao luzeiro do ouro deixado por uma economia gerida por técnica ampla, não desistente de ponderar e, por isso, a coincidir no ponto de mira, tanto quanto possível exacto. Parlar, não recolhe ponto parágrafo… Parlar, aspira avantajar salário…
Até para a semana.
Era a juventude perene. Períodos do Sol, da Chuva, dos Vendavais, das Flores, dos Frutos, das Produções, uns após outros, a roçarem a pele e as emoções do bípede que sofria, cruelmente, enquanto durava o aperfeiçoamento da instalação do intelecto para o acto consciente.
Esta época, existiu.
Por mor de amaciar a vida, repelindo a dor física, o cérebro faiscou o raciocínio, a clarear o proveito e repelir o sofrimento. Construções dos mais variados elementos, amontoaram-se, para proteger dos raios ardentes do Sol, da frieza desconfortável da chuva, das rajadas furiosas dos ventos. Sorver o perfume agradável das flores, saborear o fruto saboroso, fazer funcionar o aparelho digestivo com a caça e a pesca, fizeram optar pelo sedentarismo, menos cansativo e mais confortável. A ambiência familiar, tomou outro afecto. O sentimento criança deixou-se adormentar. O orgulho e a cobiça, alargaram o desejo de melhor comida e menos esforço. A inverdade, tomou a cadeira da conveniência.
Continuemos nos nossos reparos, do que temos presenciado.
Na crónica anterior, ergueu-se um comercialista, a colocar em «hasta pública» as Províncias, constantes das escrituras oficiais de todo o Mundo, como Portuguesas, por direito, sangue e dinheiro, com a civilização, muito mais iluminada, desde 1500. Como já vimos em nossa crónica nº 57, representaria a posição de juiz e vendedor , do senhor vice-almirante Rosa Coutinho e aliados.
Numa distorção em «negócios», o leilão, não se destinava a receber valor aprovado. Era uma reviravolta no critério de «compras e vendas». Inteligências extras em acção, a modernizar o «bafio» das velharias fora de moda.
Ofereciam-se, além delas (Províncias), mais 6 (seis) milhões de contos, do contributo dos que ficavam mais solitários. E já se sabia, que no futuro, não faltariam pedidos de clemência ao país desfalcado.
A Lei não foi inquirida sobre a traficância ajustada, nem o produto das DESCOBERTAS, que deu mais luz ao Mundo, mereceu qualquer retribuição ou agradecimento ao patrocinador, que ficou mais pobre e menos base de sobrevivência. Nem um «obrigado». Pelo contrário, os próprios vendilhões, rebaixaram o mérito português… para transferir a posse a uma nação que nada fizera a bem dos povos, agora, só aparentemente independentes, a «dependerem» do auxílio estrangeiro. De ajuda, também de Portugal, que já pagara ( a primeira prestação?...) no acto do convénio…
A Autoridade Soberana não interveio. Onde se situará, o documento nacional que legalize o mutilação do território e a «desgarrada» (cantiga popular) do referido interveniente?
Não há bom entendimento, no que é « falar a sério »... Rapazices...
Jornal AÇORES, de 3-5-1975: - Rosa Coutinho, o «EU Mando», acusa o General Spínola, de ter sido um empecilho ao programa do MFA, sobre descolonização. Um comprometido, a fazer-se acusador.
Só a um «rapaz», será confesso, aceitar o desprezo pelo Povo, perante o que foi resolvido, sem o consultar.
Jornal AÇORES de 1-10-1975: - Em menos de um ano, tomou posse o VI Governo Provisório. Empurrões de rapazes, na entrada para o recinto da diversão. Ou Rapazes a reporem a ordem... ao campo de treino de desafio entre outros mais estouvados...
Jornal AÇORES de 7-10-1975: Mais de 300 soldados e milhares de trabalhadores, empunhando bandeiras vermelhas, gritaram: Abaixo a disciplina militar.
O exemplo de rapazes a mandar, transmite à «malta» sem responsabilidades, que «disciplina» é um «abuso», a travar a inversão dos moldes sociáveis... A moda antiga, com séculos de aperfeiçoamento, velha e relha, tinha de ser reformulada... Criança, não deve receber advertência, de quem quer que seja... Cortesia, é falta de personalidade... Cortesia... é... Cortesia... já foi...
No mesmo dia, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Melo Antunes, foi rogar à CEE, auxílio urgente a Portugal.
Depois daquele «coração aberto» de DAR 6 milhões, prosápia de quem tudo pode, vem logo a mão estendida a «esmolar», a repor a finança esburacada, pelo ditado concludente: - Quem dá o que tem, a pedir vem.
Jornal AÇORES, de 7-01-1976: - Boatos da venda de ouro dos cofres públicos, obrigam o Ministro da Finanças a acalmar que «só foram vendidas 4 (quatro) toneladas», das 800 (oito centenas) em cofre. Quando se fala no ar agitado do movimento dos capitães, ouve-se a afirmativa da grande virtude de não ter derrapado para matança interna, residiu no senso dos interventores. Talvez.
O que influencia retenção de impulsos de ideias e ambições, é o que a vista abrange, palpável, evidente, resoluto dos problemas imediatos.. Troca de mais conselhos e previsões, pouco ou nada adiantam.
O ouro, poupado pelo «regime enjeitado na vala comum» de defunto atrasado no enterro, foi, cremos, o meio que produziu efeito prático, de colmatar as desorientações, hora a hora, dia a dia, mês a mês que afloravam problemas, surgidos por raciocínios apressados no improviso discorde das diligências.
Não há dúvida, ser a prontidão do movimento, não o guerreador, mas o fiduciário, que arrecua a braveza dos alvoroços sociais.
A mortandade de 120 anos antes, pelas desavenças dos manos de instrução irregular e apressada, Pedro e Miguel, incendiou-se, por não existir, no cofre público, o brilho de moedas de contado.
As invasões francesas, tinham vindo cheias de ideias excelentes, mas praticaram barbaridades, por completo, divorciadas do ser humano. A ideia e a matéria, até agora, ainda não conseguiram entender-se ao modo das relações lógicas. De 1807 a 1811, quase esvaziaram a movimentação da moeda, uma parte partiu para o Brasil, com D. João VI e outra, foi dividida em duas, metade mandou-a para França o General Junot e a restante posta ao serviço do exército invasor e de quem nos veio defender.
O coração está ao lado da Paz, mas o motivo que a enrija e solidifica, é a acessibilidade ao ganho, suporte dos bens de consumo.
Evocamos estes acontecimentos, atendendo ser o futuro um enigma insondável de prever. Os exemplos da História, parecerão sombras de passagem esporádica, expostas a outros raios luminosos a transmitir-lhes, no futuro, feições de cores mais vivas e agradadas. O Hoje, apresenta um panorama, circunscrito aos sentidos imediatos e confusos da visão e do ouvido. O Amanhã, indefinido, escreve no quadro negro da sorte, a giz, fácil de apagar, o esquema do acontecido até ao momento, da arte de viver, ou de só escapar, por «unha negra»...
A guerra liberal, de 1829 a 1834, não foi bisada em 1974, graças ao luzeiro do ouro deixado por uma economia gerida por técnica ampla, não desistente de ponderar e, por isso, a coincidir no ponto de mira, tanto quanto possível exacto. Parlar, não recolhe ponto parágrafo… Parlar, aspira avantajar salário…
Até para a semana.



<< Home