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Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

10 de setembro de 2006

Nº 88 A REALIDADE… É. A IDEIA… SERÁ OU NÃO...

Administrar, tem muito a ver com a prudência, o cálculo matemático, o padrão moral, a denúncia do espírito, o aperfeiçoamento cívico, a consciência social, medições das consequências, instrução a rodos, etc. e… educação. Se no etc., não constar todos os requisitos, que se aumente a dose da… educação, pois é medicamento imune a transmutações, somente susceptível a «cantigas de embalar».
Naturalmente, sem oposição, os políticos tomaram conta dos seus afazeres. Aos poucos, preencheram as vagaturas, que iam encontrando, absortos no cumprimento de utilidade nos resultados. Validar o pensado, era a coroa de Glória, a servir na bandeja da lógica, na convivência humana. Nada se apresentava complicado.
Dar, estava escrito em todos os compêndios, como a mais elevada expressão dos sentimentos caridosos, . Repartir, do mesmo modo, seguia no mesmo circuito da oferta, necessitando, porém, da rectidão dos números, de esquadro, compasso e saber… saber manejá-los.
A convergência de todos os meios ideológicos, conciliadores da massa heterogénea que mora e informa o Mundo, desagua no lago, de nível constante e abastecimento perene, do Produto Interno Bruto. É uma grande superfície, isenta de condições atmosféricas adversas, habitada por gente pacata, cumpridora das leis em vigor , pagante dos impostos devidos, sem «furos» de carestias ou crises financeiras. As águas alimentícias corriam constantes e seguras.
Por conseguinte, tamanhos princípios fundamentais da lógica, serviam de base a qualquer espírito, tendente a acertar o que estaria duvidoso à ignara gente que compunha o Povo.
Ademais, era só reler, o que inteligências de excepção, tinham tido a perseverança de advertir e rebater, nos Séculos XVII, XVIII, XIX e XX, o que não merecia controvérsia. Os escritos eram claros, por em prática, ficava a cargo de « quem sabia interpretar» posturas complexas. Seriam os políticos… que percebiam desenvencilhar-se uns com os outros de enigmas de «ferir lume»…
Na nossa crónica nº 85, referenciámos «Escolas, nomes e datas dos principais animadores». Actualmente, continuam a ser apontados como «mestres» da ideia. Com razão. Pois que acertariam, em cheio, na solução dos problemas que atormentaram Cristo e os apóstolos, se… se a coisa produzida, existisse, em igual proporção da inexistente « não coisa ideada». SER, merece o apalpão, NÃO SER…nem odor.
Ovo, é «coisa» de valia… galinheiro vazio…nem coisa, . nem ovo.
Sobrepuseram-se escolas, na mestrança das questões. Recordemos um só representante de cada uma:
Escola Clássica: Adam Smith; Século XVIII
« de Economia Nacialista: List; Século XVIII
« Socialista: Proudhon; Século XIX
« « Científica: Karl Marx - Século XIX
Sem excepção, dedicamos a estes Homens admiráveis, o respeito que lhes é devido, pelo intento e pureza humana. Foi na mescla ideogénica de tais «Mestres remexidos da consciência» que os políticos assentaram apoiar a defesa das classes operárias e da Lei.
Entusiasmaram a ciência, a técnica, o trabalho, o estudo, para entrarem em competição com os estatutos rudes das normas que regem a Natureza.
Produzir quantidades suficientes ao abastecimento das populações, passou para o dever maior dos «direitos humanos». A legitimidade de receber, não se diferencia da obrigação de dar ajuda moral, pecuniária ou científica, a quem delas necessita.
Direito, não é um lucro individual, singelo ou premeditado. Carrega o «peso pesado» de corresponder a «pessoa» que terá de, olhos nos olhos, não dever favores a outra «pessoa. Porque também deu e terá gosto de dar, quando se lhe proporcione ocasião.
Todos as «Escolas» referenciadas acima, tiveram e mantêm discípulos entusiastas a acompanhar os critérios a que dedicaram preferência.
Karl Marx, como foi o último e a esmiuçar contas, apanhou para a sua escola o indicador de «socialismo científico». Foi, sem dúvida, um degrau que subiu, pela mão de Lenine e seu sucessor, Estaline.
A Rússia, acreditou e valeu-se da deposição e extermínio dos Csares, para aproveitar a oportunidade de por à prova os ideais excelentes que previam resultados além possíveis.
Nada mais natural, em período de guerra perdida e hipótese de regeneração, num instante que não facilitava demoras a pensar.
Nós acreditamos, em absoluto, na «boa mente« dos revolucionários russos, em 1917. Havia «pontos de costura», em Marx, que poderiam resolver «pontos na retórica» de Lenine. Um, não eliminava o outro. Em tudo, se davam «pontos», para acabar com a injustiça dos Csares, mortos «por justa causa»...
As condições administrativas, não permitiam hesitações. A cartada estava jogada e tinham de dar certo, as opções baseadas no socialismo científico. Populações, em rebanhos, transferiam-se a «tapar buracos» estratégico/comerciais ou culturais, sem o rendimento prático profetizado; adversários políticos audaciosos, contradiziam êxitos e finalidades, terminando dizimados por processos fora da colecção dos textos benquistos para todos… Enfim, a foice, cortou trigo e erva daninha, molhando-os como grão utilizável e o martelo bateu na «cunha» política para acomodar sentimentos, interesses e aparências.
Passa… que já é demasiado…
Até próximo.