Nº 84 CONGRESSO DE VIENA… PREPARO DE ASSINATURAS MOVEDIÇAS
Comecemos esta análise, em forma de crónica, da perturbação na arte de governar Estados, em moda nos tempos que correm.
Logo que haja referência à palavra «exaltação», a classe que se alcandorou em alta e a incontornável plebe, abrem alas aos que a sorte bafejou para vitória e atiram-lhes os títulos de «sapientes e extraordinários » no bem da Pátria. Os de «agora», são os activos e inteligentes, os de «ontem», viveram ao abrigo da incompetência e passividade. Os argutas de «hoje», sabem e tudo adivinham, os «velhos», viveram por questão de sorte, acabrunhados às carências e ensinados pela inabilidade. Abre-se conflito, entre o presente, o finório que nunca se atrapalha e o passado, o «anjinho» «sofredor» de maldades e traições.
Reaprender as reacções históricas, dos nossos antepassados, em nossa apreciação, servirá, para abrir o livro das misturas de pareceres, dentre decisões tomadas e tirar-lhe as dúvidas principais, que comicham nos ouvidos de curiosos, falhos de leituras.
Continuemos com a História «acontecida», para, melhor habilitados, tirarmos conclusões, um tanto mais seguras. Retomemos o desconjunto das «sentenças» do Congresso de Viena.
Depois de 1815, pouco além de meio século, mais de metade da superfície europeia, tinha desviado as fronteiras, em acordo com consentâneos ajustamentos, a nível linguístico, de raças, de interesses aprofundados em convivências de séculos. Os agrupamentos de pessoas, assim como as repulsas, servem-se de mecanismo próprio, nem sempre fácil de explicar e entender pelos mesmos vizinhos e casamenteiros.
No oriente europeu, a paz sempre foi «bem de pouca dura». Superfícies aráveis, exigentes para dar «pão e conduto», fundem os temperamentos, na forja do fogo e do martelo. Alimento é sagrado. É a vida. Não se brinca com a Família.
A Áustria e a Rússia, aproveitaram pequena fraqueza turca e abocanharam o que puderam. A França, a Inglaterra e o Piemonte, opuseram-se e a guerra da Crimeia, durou de 1854 a 1856. Perdeu o lado russo.
A Rússia, todavia, não tirava os olhos de Constantinopla, que já havia acalentado como sua, para dominar o Oriente. Meio esquecido o desgosto anterior, em 1871, rompe-se o tratado de Paris. Assinar e romper tratados, eram gestos que a arrogância desculpava. O Montenegro, a Sérvia, Bulgária, Romania, Rússia, de 1876 a 1878, divertiram-se a «petiscar» no território turco, cabendo ainda algum quinhão à Áustria e à Grécia, por questões de apaziguamento. Em 1908, a Bulgária, anunciou que era independente. Em 1912, coube à Itália, a vez de subtrair à Turquia e chamar seus, a Tripolitana e a Cirenaica. No mesmo ano, Montenegro, Sérvia, Bulgária e Grécia, para mostrarem que também eram gente, declararam guerra à Turquia e dilataram as suas fronteiras, em tratados de Londres e Bucarest, de 1913.
Em 1914, a Áustria, redige «ultimato» à Sérvia, pela assassinato do Arquiduque Francisco Fernando e faz explodir a Primeira Grande Guerra, para exemplificar que durante quatro anos, não era execrando matar e destruir, desde que fosse justificado o motivo de posse, no aumento territorial. Mais superfície arável, fazia parte da «arte de governar», na abastança dos povos.
A Europa, quando recebeu a responsabilidade de ser a dirigente máxima do Mundo, por ter aceite a herança intelectual, das diversas civilizações que a ela se foram juntar, promoveu-se a orientadora do desenvolvimento e depositária dos fundamentos nos preceitos legislativos da convivência de simples aglomerado de pessoas, ou num povo, ou entre todos os povos.
Dispensável será inferir, que à Europa, sôfrega de mais fartura na dispensa, e usando fundilhos para tapar buracos, nunca estiveram em falta, nem esquemas de jogos do perde ganha, nem prosápias de grandes títulos. «Vaidade e água benta», sempre tomou a quantidade das conveniências, só pecando, por amiudados excessos…
Por isso, ao proporcionarem-lhe ocasião, resolvia-se a fazer reformas, mudando as pedras mais cansadas de serem vistas e maior número de topadas tinham provocado, por outras de cor diferente, ainda não gastas pelo bater da sola.
O absolutismo dos reis europeus, não podia durar sempre, pois até tinha sido ultrapassado pelo irrequieto Napoleão. Para o combater, outra força teria de se interpor, com hipótese de êxito, Assim, nasceu o liberalismo, para corrigir os vícios e acertar as virtudes.
Os absolutistas tomaram a posição de defesa, mas prontos a atacar. Os liberais, entraram na forma dos pelotões de vanguarda, carregaram as espingardas, enfiaram as baionetas e correram a agredir quem se lhe opusesse. O choque provocou mortes…. Quantas ?...Milhares.?... Milhões.?...
Os soberanos, os absolutistas «pela graça de Deus», renitentes nos seu direitos, lutaram até lhes cair as coroas. Os conformados com as surpresas naturais que encadeiam os factos armados com armas de fogo, cederam a novos administradores, o lugar da autoridade.
Na cadeira real, outro arbítrio se sentou. Alguém, predisposto a emendar os desacertos malbaratados do passado e atingir a perfeição, prometendo as delícias e os favores de tudo o que existe.
A plebe, aguardou… aguarda…e guardará…Não se apercebe que a cadeira do poder, tem sido tomada, a maioria das vezes, pela vanglória de mandar e que desregramentos…são parte intrínseca do Homem…
Até próximo.
Logo que haja referência à palavra «exaltação», a classe que se alcandorou em alta e a incontornável plebe, abrem alas aos que a sorte bafejou para vitória e atiram-lhes os títulos de «sapientes e extraordinários » no bem da Pátria. Os de «agora», são os activos e inteligentes, os de «ontem», viveram ao abrigo da incompetência e passividade. Os argutas de «hoje», sabem e tudo adivinham, os «velhos», viveram por questão de sorte, acabrunhados às carências e ensinados pela inabilidade. Abre-se conflito, entre o presente, o finório que nunca se atrapalha e o passado, o «anjinho» «sofredor» de maldades e traições.
Reaprender as reacções históricas, dos nossos antepassados, em nossa apreciação, servirá, para abrir o livro das misturas de pareceres, dentre decisões tomadas e tirar-lhe as dúvidas principais, que comicham nos ouvidos de curiosos, falhos de leituras.
Continuemos com a História «acontecida», para, melhor habilitados, tirarmos conclusões, um tanto mais seguras. Retomemos o desconjunto das «sentenças» do Congresso de Viena.
Depois de 1815, pouco além de meio século, mais de metade da superfície europeia, tinha desviado as fronteiras, em acordo com consentâneos ajustamentos, a nível linguístico, de raças, de interesses aprofundados em convivências de séculos. Os agrupamentos de pessoas, assim como as repulsas, servem-se de mecanismo próprio, nem sempre fácil de explicar e entender pelos mesmos vizinhos e casamenteiros.
No oriente europeu, a paz sempre foi «bem de pouca dura». Superfícies aráveis, exigentes para dar «pão e conduto», fundem os temperamentos, na forja do fogo e do martelo. Alimento é sagrado. É a vida. Não se brinca com a Família.
A Áustria e a Rússia, aproveitaram pequena fraqueza turca e abocanharam o que puderam. A França, a Inglaterra e o Piemonte, opuseram-se e a guerra da Crimeia, durou de 1854 a 1856. Perdeu o lado russo.
A Rússia, todavia, não tirava os olhos de Constantinopla, que já havia acalentado como sua, para dominar o Oriente. Meio esquecido o desgosto anterior, em 1871, rompe-se o tratado de Paris. Assinar e romper tratados, eram gestos que a arrogância desculpava. O Montenegro, a Sérvia, Bulgária, Romania, Rússia, de 1876 a 1878, divertiram-se a «petiscar» no território turco, cabendo ainda algum quinhão à Áustria e à Grécia, por questões de apaziguamento. Em 1908, a Bulgária, anunciou que era independente. Em 1912, coube à Itália, a vez de subtrair à Turquia e chamar seus, a Tripolitana e a Cirenaica. No mesmo ano, Montenegro, Sérvia, Bulgária e Grécia, para mostrarem que também eram gente, declararam guerra à Turquia e dilataram as suas fronteiras, em tratados de Londres e Bucarest, de 1913.
Em 1914, a Áustria, redige «ultimato» à Sérvia, pela assassinato do Arquiduque Francisco Fernando e faz explodir a Primeira Grande Guerra, para exemplificar que durante quatro anos, não era execrando matar e destruir, desde que fosse justificado o motivo de posse, no aumento territorial. Mais superfície arável, fazia parte da «arte de governar», na abastança dos povos.
A Europa, quando recebeu a responsabilidade de ser a dirigente máxima do Mundo, por ter aceite a herança intelectual, das diversas civilizações que a ela se foram juntar, promoveu-se a orientadora do desenvolvimento e depositária dos fundamentos nos preceitos legislativos da convivência de simples aglomerado de pessoas, ou num povo, ou entre todos os povos.
Dispensável será inferir, que à Europa, sôfrega de mais fartura na dispensa, e usando fundilhos para tapar buracos, nunca estiveram em falta, nem esquemas de jogos do perde ganha, nem prosápias de grandes títulos. «Vaidade e água benta», sempre tomou a quantidade das conveniências, só pecando, por amiudados excessos…
Por isso, ao proporcionarem-lhe ocasião, resolvia-se a fazer reformas, mudando as pedras mais cansadas de serem vistas e maior número de topadas tinham provocado, por outras de cor diferente, ainda não gastas pelo bater da sola.
O absolutismo dos reis europeus, não podia durar sempre, pois até tinha sido ultrapassado pelo irrequieto Napoleão. Para o combater, outra força teria de se interpor, com hipótese de êxito, Assim, nasceu o liberalismo, para corrigir os vícios e acertar as virtudes.
Os absolutistas tomaram a posição de defesa, mas prontos a atacar. Os liberais, entraram na forma dos pelotões de vanguarda, carregaram as espingardas, enfiaram as baionetas e correram a agredir quem se lhe opusesse. O choque provocou mortes…. Quantas ?...Milhares.?... Milhões.?...
Os soberanos, os absolutistas «pela graça de Deus», renitentes nos seu direitos, lutaram até lhes cair as coroas. Os conformados com as surpresas naturais que encadeiam os factos armados com armas de fogo, cederam a novos administradores, o lugar da autoridade.
Na cadeira real, outro arbítrio se sentou. Alguém, predisposto a emendar os desacertos malbaratados do passado e atingir a perfeição, prometendo as delícias e os favores de tudo o que existe.
A plebe, aguardou… aguarda…e guardará…Não se apercebe que a cadeira do poder, tem sido tomada, a maioria das vezes, pela vanglória de mandar e que desregramentos…são parte intrínseca do Homem…
Até próximo.



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