Nº 86 IDEIA … O DESAFIO DE SER HOMEM
Razão, a faculdade de discernir… o bem, oposto ao mal, o médio, preferível à fantasia e à tristeza.
Da razão, brota a ideia, o bem maior do poder de escolha. Enquanto não pisa a linha que a separa da matéria.
Dificultoso descrever os favores prestados pela ideia. Ela conduz o lápis que desenha as letras pelas mãos dos escritores; nas pranchetas arquitecta as construções; nos momentos azados defende vidas; inventa para facilitar esforços; colocou as notas a Shubert, Beetoven, Bontempo; guiou os riscos na areia, a pintura nas cavernas, a Miguel Ângelo, a Fra Angélico, a Grão Vasco; predisse o voo, subiu aos céus… desce ao fundo dos mares, Quantas vantagens preconizou, fez construir e conseguiu efectuar… E tem ainda farta reserva para as emergências...Quantidades incomensuráveis…
Imparável carreira a conduz, de influência directa a favor da vida.
Por muito que lhe custe, porém, atinge o limite. Quase… quase se confundiu com a matéria… mas … mas não pode transformar-se no corpo que se desenvolve molécula a molécula . Esse quase contacto, todavia, desvirtua-lhe a argúcia e a precisão no seu conteúdo de avaliar as leis naturais, morosas e atempadas.
A ideia, deserdada de formato, destituída de constituição atómica, que nem com o éter se deturpa ou mistura, na Natureza, é a força mais poderosa e acutilante, nas manifestações referenciadas ao humano. Tolera a interpretação de que é matéria, o que nunca pode ser. Daí, contudo, de tanto intervir, convence, se um tem propriedades definidas, aceita-se acompanhamento igual de ambos. Onde estiver a ideia, estará a matéria pronta a satisfazer, com todos os seus ingredientes, para uso e glória da humanidade….
Satisfeito o homem pouco afeito ao estudo, mas necessitado de salário para compra dos materiais alimentares e porque não sabe muito mais, bate palmas à ideia, salvadora da paz e harmonizadora de antagonismos na produção, não obstante, permaneça escrava sem indulgência, das leis que regulam o Universo.
As opiniões, porém, contentadas com este simples termo, juntam-se em grupos, desfraldam bandeiras de cores berrantes, gritam frases decoradas no interesse da classe, defendem e morrem, em nome do milagre da ideia vir a ser transformada na promessa de preços liberalizados nos mercados abertos à eliminação das necessidades do fracola corpo humano.
Eis, como uma obstinação, provocou uma falsa vitória que, por sua vez, deu lugar ao «busílis» assombroso, que hoje adoenta as sociedades.
A ideia, nasce, volita, transmite o que lhe ocorreu, repete-se e multiplica-se, faz executar maravilhas ou publica nomes feios, sem usar sequer, apetrecho palpável. Vem e vai, no silêncio da inexistência.
Mas provoca reviravoltas em tudo o que existe. Bastantes vezes, corrompendo o positivo, para se espalhar no negativo desumanizado, extenso e incongruente.
Era, pelo sim, pelo não, o motivo que levava Rousseau a detestar a realidade. E quem diz, Rousseau, provavelmente se referirá a grande parte dos pensadores. A realidade, meticulosa a catar factos, chega a ser a antítese da ideia leviana a medir ao calhas, utilizando o padrão do «mais ou menos», mas no final, supondo tudo bem na sociedade imaginária.
A chusma de ideias a encarecer o necessário para satisfazer as condições físicas do Homem, que se foram avolumando dos séculos XVI ao XVIII, não caíram no saco roto do desleixo. Foram sendo reunidas, uma a uma, para uso urgente das multidões.
Embora envolvendo certa confusão, pela quantidade e qualidade dos distintos intelectuais, de mérito indiscutível, ainda hoje, válidas, tornou-se público, ser o « somatório dos valores acrescentados produzidos em cada ano, mais que bastante para o comum social.
Por pouco se não afirmava que na lavoura, as fases da cava, da sementeira, da colheita, se processavam na mesma ligeireza dos argumentos postos a circular, como futura legislação a oficializar. Haveria, simplesmente, que evitar abusos na repartição dos produtos colhidos, usando equidade para eliminar glutões e famintos.
Mais uma vez se chama Rousseau, a desabafar, abominando a realidade triste … pobre, ilusória… ofensiva à esperança da perfeição...
Superior faculdade de entender e exteriorizar, tinha a consciência, de que nem tudo o que idealizara, se coordenava com a marcha lenta dos condicionalismos das forças que obram no Universo. Impressionável à verdade, ele que faleceu em 1778, é de supor que se assistisse às consequências de 1789, desse à estampa, soluções que aliviassem os enganos, as pungentes revindictas, que estremeceram o Mundo nos últimos 11 anos do Século XVIII e princípios do Século XIX.
A Revolução Francesa, mostrou até à saciedade, o modesto rendimento da superfície europeia, para sustentar a população que a apeteça habitar. Evidenciou a força da ideia …gloriosa, excelente… decidida a proteger o ser predestinado a buscar companhia e a respeitá-la como a ele próprio. Mas, também, ministrou conhecimentos, incomoda e dispendiosamente práticos, do exíguo talento, da arte, da ciência, da técnica, para possuírem os mesmos predicados evolucionistas, dos conjecturados pelo circunspecto, afectado, libertino e para completar, volúvel pensamento.
As conclusões, se não foram pueris, ficaram muito aquém dos dotes intelectuais que remexeram no encruado em usos, hábitos e consciências. O materialmente útil e proveitoso, continua em suspenso até melhor qualidade:
A Monarquia, cedeu a cadeira a outros Homens e Mulheres, mas
Sem diferenças de agrado dos cinco sentidos;
Os Direitos do Homem e das Mulheres, recauchutagem da Magna
Carta de 1215, está a sofrer, nesta data, nova demão
quando começa e onde acaba;
O Produto Bruto, não cresceu o suficiente para designar o que toca a
Cada cidadão;
A Igualdade, não conseguiu ainda acatar o anúncio de Igual ;
A Fraternidade, anda à procura do Irmão;
A Liberdade, aconselha à construção de novos estabelecimentos
Prisionais.
Até próximo.
Da razão, brota a ideia, o bem maior do poder de escolha. Enquanto não pisa a linha que a separa da matéria.
Dificultoso descrever os favores prestados pela ideia. Ela conduz o lápis que desenha as letras pelas mãos dos escritores; nas pranchetas arquitecta as construções; nos momentos azados defende vidas; inventa para facilitar esforços; colocou as notas a Shubert, Beetoven, Bontempo; guiou os riscos na areia, a pintura nas cavernas, a Miguel Ângelo, a Fra Angélico, a Grão Vasco; predisse o voo, subiu aos céus… desce ao fundo dos mares, Quantas vantagens preconizou, fez construir e conseguiu efectuar… E tem ainda farta reserva para as emergências...Quantidades incomensuráveis…
Imparável carreira a conduz, de influência directa a favor da vida.
Por muito que lhe custe, porém, atinge o limite. Quase… quase se confundiu com a matéria… mas … mas não pode transformar-se no corpo que se desenvolve molécula a molécula . Esse quase contacto, todavia, desvirtua-lhe a argúcia e a precisão no seu conteúdo de avaliar as leis naturais, morosas e atempadas.
A ideia, deserdada de formato, destituída de constituição atómica, que nem com o éter se deturpa ou mistura, na Natureza, é a força mais poderosa e acutilante, nas manifestações referenciadas ao humano. Tolera a interpretação de que é matéria, o que nunca pode ser. Daí, contudo, de tanto intervir, convence, se um tem propriedades definidas, aceita-se acompanhamento igual de ambos. Onde estiver a ideia, estará a matéria pronta a satisfazer, com todos os seus ingredientes, para uso e glória da humanidade….
Satisfeito o homem pouco afeito ao estudo, mas necessitado de salário para compra dos materiais alimentares e porque não sabe muito mais, bate palmas à ideia, salvadora da paz e harmonizadora de antagonismos na produção, não obstante, permaneça escrava sem indulgência, das leis que regulam o Universo.
As opiniões, porém, contentadas com este simples termo, juntam-se em grupos, desfraldam bandeiras de cores berrantes, gritam frases decoradas no interesse da classe, defendem e morrem, em nome do milagre da ideia vir a ser transformada na promessa de preços liberalizados nos mercados abertos à eliminação das necessidades do fracola corpo humano.
Eis, como uma obstinação, provocou uma falsa vitória que, por sua vez, deu lugar ao «busílis» assombroso, que hoje adoenta as sociedades.
A ideia, nasce, volita, transmite o que lhe ocorreu, repete-se e multiplica-se, faz executar maravilhas ou publica nomes feios, sem usar sequer, apetrecho palpável. Vem e vai, no silêncio da inexistência.
Mas provoca reviravoltas em tudo o que existe. Bastantes vezes, corrompendo o positivo, para se espalhar no negativo desumanizado, extenso e incongruente.
Era, pelo sim, pelo não, o motivo que levava Rousseau a detestar a realidade. E quem diz, Rousseau, provavelmente se referirá a grande parte dos pensadores. A realidade, meticulosa a catar factos, chega a ser a antítese da ideia leviana a medir ao calhas, utilizando o padrão do «mais ou menos», mas no final, supondo tudo bem na sociedade imaginária.
A chusma de ideias a encarecer o necessário para satisfazer as condições físicas do Homem, que se foram avolumando dos séculos XVI ao XVIII, não caíram no saco roto do desleixo. Foram sendo reunidas, uma a uma, para uso urgente das multidões.
Embora envolvendo certa confusão, pela quantidade e qualidade dos distintos intelectuais, de mérito indiscutível, ainda hoje, válidas, tornou-se público, ser o « somatório dos valores acrescentados produzidos em cada ano, mais que bastante para o comum social.
Por pouco se não afirmava que na lavoura, as fases da cava, da sementeira, da colheita, se processavam na mesma ligeireza dos argumentos postos a circular, como futura legislação a oficializar. Haveria, simplesmente, que evitar abusos na repartição dos produtos colhidos, usando equidade para eliminar glutões e famintos.
Mais uma vez se chama Rousseau, a desabafar, abominando a realidade triste … pobre, ilusória… ofensiva à esperança da perfeição...
Superior faculdade de entender e exteriorizar, tinha a consciência, de que nem tudo o que idealizara, se coordenava com a marcha lenta dos condicionalismos das forças que obram no Universo. Impressionável à verdade, ele que faleceu em 1778, é de supor que se assistisse às consequências de 1789, desse à estampa, soluções que aliviassem os enganos, as pungentes revindictas, que estremeceram o Mundo nos últimos 11 anos do Século XVIII e princípios do Século XIX.
A Revolução Francesa, mostrou até à saciedade, o modesto rendimento da superfície europeia, para sustentar a população que a apeteça habitar. Evidenciou a força da ideia …gloriosa, excelente… decidida a proteger o ser predestinado a buscar companhia e a respeitá-la como a ele próprio. Mas, também, ministrou conhecimentos, incomoda e dispendiosamente práticos, do exíguo talento, da arte, da ciência, da técnica, para possuírem os mesmos predicados evolucionistas, dos conjecturados pelo circunspecto, afectado, libertino e para completar, volúvel pensamento.
As conclusões, se não foram pueris, ficaram muito aquém dos dotes intelectuais que remexeram no encruado em usos, hábitos e consciências. O materialmente útil e proveitoso, continua em suspenso até melhor qualidade:
A Monarquia, cedeu a cadeira a outros Homens e Mulheres, mas
Sem diferenças de agrado dos cinco sentidos;
Os Direitos do Homem e das Mulheres, recauchutagem da Magna
Carta de 1215, está a sofrer, nesta data, nova demão
quando começa e onde acaba;
O Produto Bruto, não cresceu o suficiente para designar o que toca a
Cada cidadão;
A Igualdade, não conseguiu ainda acatar o anúncio de Igual ;
A Fraternidade, anda à procura do Irmão;
A Liberdade, aconselha à construção de novos estabelecimentos
Prisionais.
Até próximo.



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