Nº 77 AS BOLANDAS DA EUROPA
O orgulho de ter nascido na Europa, perfilha-se na comunidade que tomou as rédeas da civilização MODERNA, tirando proveito dos adiantados ensinamentos, escoados dos egípcios, gregos, orientais e com essa mistura praticar a sua própria vivência.
A necessidade «aguçou o engenho dos Romanos», tornando-os pioneiros na divulgação do que deveria corresponder à vida de um, ou de todos os povos. A codificação de leis, incentivo e distribuição dos alimentos e uniformização da linguagem falada e escrita, agruparam-se ao caldeio das ideias, para criar autoridades privativas, onde a harmonia do convívio espalhasse confiança e retribuísse o sorriso franco aos usos, costumes, temperamento e carácter das inteligências que se agrupam.
Se a intenção não corresponde ao perfeito, como se sabe, nem todos os nacionais são amigos, a média maioritária releva os despiques de pequena monta, enquanto não firam o interesse do conjunto.
Na digressão iniciada na nossa anterior crónica, visitámos a França e a Inglaterra, compreendendo-as no contexto europeu.
Em continuação, vamos passar à Espanha, copiadora das determinações portuguesas, envolvendo uma organizada rede espiatória. Os Reis Católicos, aceitaram os serviços do português Cristóvão Cólon, com o disfarce de Cristóvão Colombo, na procura de cumprimentar Vasco da Gama na Índia, mas ajuntando o imaginativo de poder chegar mais rápido, ao chorudo comércio das especiarias.
Na verdade, ficou-se a aproar a meio termo e noutra terra firme. Mas alcançou territórios no ocidente desconhecido, o mais tarde baptizado, Continente Americano, que foi acrescento chorudo, aos cofres públicos do país vizinho e extensão à língua de Cervantes.
Na Áustria, para entroncar valores e força, os Reis Católicos, de Espanha, casaram a filha, Joana, com Filipe, o Belo, falecido jovem, dando causa à esposa vir a ser cognominada a Louca.
Para acabar com a demasiado comprida Guerra dos Cem Anos, (1337- 1453) os ingleses, adaptaram a pólvora, descoberta na China, no começo da era cristã, para o brilhantismo fugaz, o «artifício» de brincadeira, que num momento pasma e deslumbra, para logo se inutilizar em pedaços de carvão, que nem os pés evitam o desprezo. A mistura de carvão, enxofre e salitre, alterou as armas e matar passou a ser mais rápido que punhais e espadas. Mosquetes e canhões armaram os exércitos. Outra moda pegou, nas disputas de amealhar mantimentos.
Foram estas armas, que os portugueses, já levavam a bordo das caravelas, para defesa no «Mar Tenebroso», dos monstros mitológicos e de quem ripostasse ao progresso das Descobertas.
Os espanhóis propuseram-se conquistar, os filões de riqueza, mais evoluídos no Novo Continente: México e Peru.
Os comandantes das expedições, broncos, carentes pobres no saber, de sensibilidade escorada na ligeireza dos cavalos e na ferocidade das escopetas, com ânsias de riqueza servilista, respectivamente, Fernando Cortez e Almagro, sócio de Pizarro, desmantelaram duas civilizações, muito mais seguidoras do progresso e da «ordem» que a mescla rixosa do Continente Europeu
Foram as novas armas que matavam a distância, com ribombos de canhonaços, que deram a machadada de morte no «feudalismo». Os «senhores», defendidos na imponência nos seus castelos, deixaram de se considerar seguros das peças de artilharia e das balas das escopetas, mais tarde promovidas a espingardas. A forma de guerrear, abrandou a coragem balofa e abafou a impertinência da fidalguia petulante e despótica.
As questiúnculas entre feudos, por «dá cá aquela palha», acabaram. Passou a valer e defesa da nação. Do Rei, símbolo do Estado, dos que faziam parte da mesma bandeira e acatavam leis iguais.
Brigas de vassalagens feudais, desvaneceram-se com as explosões das novas armas, que metiam mais medos que o tilintar de espadas contra os elmos defensores do tronco dos guerreadores.
A Espanha, a França e Alemanha, tiveram a primazia de serem Nações, uma só autoridade, um só chefe – um Rei. A lutar pela posse de mais valias, num abraço chamado «povo». E porque nenhuma era rica, determinaram-se a submeter pela força da pólvora, os territórios mais próximos e produtivos.
Quem estava mais encostado e apresentava menos unidade de resistência, era a Itália, enfraquecida por famílias dominantes nas cidades. Pois foi ela, a Itália, a ser invadida por tácticas organizadas, para melhorarem os negócios e as culturas em mais fartos ambientes. Dilatar superfícies e populações, sempre teve a finalidade de assegurar confiança nos futuros incertos, caprichosos e submetidos aos efeitos da Natureza, sem dúvida Mãe, mas ignara de comportamentos fixos. Nada é estável. Tudo é cautela. Por isso, a meditação é tese fundamental na arte e ciência nas miríades conjunturas da vida.
Gutemberg, em 1435, imprimiu o primeiro livro, a Bíblia. Estava inventada a imprensa, que fez correr o ensino para todos os cantos onde funciona o intelecto. Os portugueses tinham iniciado as Descobertas e, portanto, estava germinado o incentivo para a multiplicação dos inventos.
A Renascença literária saiu do ovo obscurantista, uniu-se às artes da pintura, da gravura e passou a instruir a humanidade. As mais luzes ao Mundo, de Camões, reflectidas no desembaraço actual, em todos os ramos da evolução e da ciência.
A Religião, foi também, tocada. Martinho Lutero, ( 1483-1546 ), cindiu a religião católica em duas, uma continuou sob a bênção do Papa e outra, que tomou a seu nome – a Luterana – mais ao seu gosto e têmpera, liberta de comprometimentos espirituais, mais condescendentes com a matéria.
Esta Reforma, partiu da Alemanha e espalhou-se para a Escandinávia, Suissa, Inglaterra, Escócia, Países baixos e França. Fez feridas graves dentro de todos os Estados, mas mais cruentas na França. Entre os próprios Estados, intumesceram ódios que deram guerras. Ainda hoje, em exemplo mais evidente sucessão do Século XVI, as lutas na Irlanda do Norte, não honram, nem lavam as consequências sociais aberrantes, neste Século XXI, herdeiro do XX, chamado das LUZES.
Em 1519, a Casa de Áustria, adquiriu tal poder, que atemorizou as restantes nações. As nações Europeias, nunca aceitaram uma acima da média. A França, foi a primeira a ripostar à Áustria e conseguiu levar consigo as outras, a princípio, por uma só religião, mas depois, já sem escolha de católicas ou protestantes. Vencer era o lema… dominar a portentosa Áustria, antes que ela resolva avassalar vitórias e entese uma só coroa dominante e insolente.
O espaço da «crónica terminou.
Encontramo-nos, numa grande «alhada». Pretendíamos apresentar breve «olhadela», na História europeia, a fim de, na relembrança com o leitor, apresentar parecer compreensível do momento actual. Seriam só uma ou duas crónicas, em saltos olímpicos de comprimento. Mas onde intercalar evidências, completamente esquecidas para a compreensão no Século XXI? Paragem ou abuso do resumo, não resolvem… Que Deus nos ajude, ao leitor e ao que escrevemos.
Até próximo.
A necessidade «aguçou o engenho dos Romanos», tornando-os pioneiros na divulgação do que deveria corresponder à vida de um, ou de todos os povos. A codificação de leis, incentivo e distribuição dos alimentos e uniformização da linguagem falada e escrita, agruparam-se ao caldeio das ideias, para criar autoridades privativas, onde a harmonia do convívio espalhasse confiança e retribuísse o sorriso franco aos usos, costumes, temperamento e carácter das inteligências que se agrupam.
Se a intenção não corresponde ao perfeito, como se sabe, nem todos os nacionais são amigos, a média maioritária releva os despiques de pequena monta, enquanto não firam o interesse do conjunto.
Na digressão iniciada na nossa anterior crónica, visitámos a França e a Inglaterra, compreendendo-as no contexto europeu.
Em continuação, vamos passar à Espanha, copiadora das determinações portuguesas, envolvendo uma organizada rede espiatória. Os Reis Católicos, aceitaram os serviços do português Cristóvão Cólon, com o disfarce de Cristóvão Colombo, na procura de cumprimentar Vasco da Gama na Índia, mas ajuntando o imaginativo de poder chegar mais rápido, ao chorudo comércio das especiarias.
Na verdade, ficou-se a aproar a meio termo e noutra terra firme. Mas alcançou territórios no ocidente desconhecido, o mais tarde baptizado, Continente Americano, que foi acrescento chorudo, aos cofres públicos do país vizinho e extensão à língua de Cervantes.
Na Áustria, para entroncar valores e força, os Reis Católicos, de Espanha, casaram a filha, Joana, com Filipe, o Belo, falecido jovem, dando causa à esposa vir a ser cognominada a Louca.
Para acabar com a demasiado comprida Guerra dos Cem Anos, (1337- 1453) os ingleses, adaptaram a pólvora, descoberta na China, no começo da era cristã, para o brilhantismo fugaz, o «artifício» de brincadeira, que num momento pasma e deslumbra, para logo se inutilizar em pedaços de carvão, que nem os pés evitam o desprezo. A mistura de carvão, enxofre e salitre, alterou as armas e matar passou a ser mais rápido que punhais e espadas. Mosquetes e canhões armaram os exércitos. Outra moda pegou, nas disputas de amealhar mantimentos.
Foram estas armas, que os portugueses, já levavam a bordo das caravelas, para defesa no «Mar Tenebroso», dos monstros mitológicos e de quem ripostasse ao progresso das Descobertas.
Os espanhóis propuseram-se conquistar, os filões de riqueza, mais evoluídos no Novo Continente: México e Peru.
Os comandantes das expedições, broncos, carentes pobres no saber, de sensibilidade escorada na ligeireza dos cavalos e na ferocidade das escopetas, com ânsias de riqueza servilista, respectivamente, Fernando Cortez e Almagro, sócio de Pizarro, desmantelaram duas civilizações, muito mais seguidoras do progresso e da «ordem» que a mescla rixosa do Continente Europeu
Foram as novas armas que matavam a distância, com ribombos de canhonaços, que deram a machadada de morte no «feudalismo». Os «senhores», defendidos na imponência nos seus castelos, deixaram de se considerar seguros das peças de artilharia e das balas das escopetas, mais tarde promovidas a espingardas. A forma de guerrear, abrandou a coragem balofa e abafou a impertinência da fidalguia petulante e despótica.
As questiúnculas entre feudos, por «dá cá aquela palha», acabaram. Passou a valer e defesa da nação. Do Rei, símbolo do Estado, dos que faziam parte da mesma bandeira e acatavam leis iguais.
Brigas de vassalagens feudais, desvaneceram-se com as explosões das novas armas, que metiam mais medos que o tilintar de espadas contra os elmos defensores do tronco dos guerreadores.
A Espanha, a França e Alemanha, tiveram a primazia de serem Nações, uma só autoridade, um só chefe – um Rei. A lutar pela posse de mais valias, num abraço chamado «povo». E porque nenhuma era rica, determinaram-se a submeter pela força da pólvora, os territórios mais próximos e produtivos.
Quem estava mais encostado e apresentava menos unidade de resistência, era a Itália, enfraquecida por famílias dominantes nas cidades. Pois foi ela, a Itália, a ser invadida por tácticas organizadas, para melhorarem os negócios e as culturas em mais fartos ambientes. Dilatar superfícies e populações, sempre teve a finalidade de assegurar confiança nos futuros incertos, caprichosos e submetidos aos efeitos da Natureza, sem dúvida Mãe, mas ignara de comportamentos fixos. Nada é estável. Tudo é cautela. Por isso, a meditação é tese fundamental na arte e ciência nas miríades conjunturas da vida.
Gutemberg, em 1435, imprimiu o primeiro livro, a Bíblia. Estava inventada a imprensa, que fez correr o ensino para todos os cantos onde funciona o intelecto. Os portugueses tinham iniciado as Descobertas e, portanto, estava germinado o incentivo para a multiplicação dos inventos.
A Renascença literária saiu do ovo obscurantista, uniu-se às artes da pintura, da gravura e passou a instruir a humanidade. As mais luzes ao Mundo, de Camões, reflectidas no desembaraço actual, em todos os ramos da evolução e da ciência.
A Religião, foi também, tocada. Martinho Lutero, ( 1483-1546 ), cindiu a religião católica em duas, uma continuou sob a bênção do Papa e outra, que tomou a seu nome – a Luterana – mais ao seu gosto e têmpera, liberta de comprometimentos espirituais, mais condescendentes com a matéria.
Esta Reforma, partiu da Alemanha e espalhou-se para a Escandinávia, Suissa, Inglaterra, Escócia, Países baixos e França. Fez feridas graves dentro de todos os Estados, mas mais cruentas na França. Entre os próprios Estados, intumesceram ódios que deram guerras. Ainda hoje, em exemplo mais evidente sucessão do Século XVI, as lutas na Irlanda do Norte, não honram, nem lavam as consequências sociais aberrantes, neste Século XXI, herdeiro do XX, chamado das LUZES.
Em 1519, a Casa de Áustria, adquiriu tal poder, que atemorizou as restantes nações. As nações Europeias, nunca aceitaram uma acima da média. A França, foi a primeira a ripostar à Áustria e conseguiu levar consigo as outras, a princípio, por uma só religião, mas depois, já sem escolha de católicas ou protestantes. Vencer era o lema… dominar a portentosa Áustria, antes que ela resolva avassalar vitórias e entese uma só coroa dominante e insolente.
O espaço da «crónica terminou.
Encontramo-nos, numa grande «alhada». Pretendíamos apresentar breve «olhadela», na História europeia, a fim de, na relembrança com o leitor, apresentar parecer compreensível do momento actual. Seriam só uma ou duas crónicas, em saltos olímpicos de comprimento. Mas onde intercalar evidências, completamente esquecidas para a compreensão no Século XXI? Paragem ou abuso do resumo, não resolvem… Que Deus nos ajude, ao leitor e ao que escrevemos.
Até próximo.



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