Nº 20 O CADINHO DOS CONTINENTES
Comecemos por recordar o título e significados da nossa última crónica:
INTELECTO, compreensão da realidade.
PUZZLE, impresso recortado em diversos fragmentos desiguais entre si. Paciência ... e tempo, para os recolocar.
DIRECTRIZ, linha geradora de uma superfície, de acordo com movimento estável. Será o INTELECTO, formado por uma enfiada de anotações precisas, destinada a gerar e conduzir o aperfeiçoamento até à balança do real?...
Este começo, oferece uma bengala ao que se vai seguir.
O silêncio espalhou a tristeza e a angústia, ao emergirem os Continentes.
As folhagens dos organismos vegetais, animaram as vibrações sonoras e coloriram o basalto escuro e o chão barrento e terroso.
Os roufenhos e gritarias dos animais, romperam a atmosfera, ecoaram por rochas e planícies, juntaram-se aos silvos dos ventos e marulhadas das tempestades e completaram o recheio do globo terrestre.
As condições de vida, ficaram, assim distribuídas por igual, ao dispor de quem resolvesse abrir o pensamento ao que interessasse à prosperidade e delícias da bem-aventurança.
O Homem, como estamos a constatar – nós e o leitor - foi o único que apresentou as melhores credenciais. Naturalmente, recebeu a aprovação.
Obrigou-se, porém, a utilizar-se dos haveres repartidos sem jeito, nem objectivo, de forma prudente e experimental. Que fosse desvendando, à medida das carências, dos acasos, dos cordelinhos dos sentidos.
Bem podem ter sido estes os motivos, porque os habitantes daquela alongada e estreita faixa de pedra e terra na América do Sul, ainda não tivessem descoberto um carregador com rodas e se contentassem com os transportes disponíveis – os lamas, que como já vimos, além de animal de carga, até 50/60 quilos, davam, também, leite, carne, lã, excrementos, desdobráveis em adubo e material para queima; a alpaca, que fornecia uma lã sedosa e comprida que teares, engenhados pelos necessitados de proteger o corpo das diferenças de temperatura, teciam vestimentas de bonito colorido e complicado trabalho de tecelagem; a vicunha, da família dos lama, mas mais pequena, cede uma lã avermelhada.
O intelecto INCA, ia moendo a reflexão, se devia ou não ser o único mandão daqueles dispersos habitantes do comprido território, quer vizinhos ou mais afastados. Por isso, aos poucos, os foi agregando à sua guarda, com todos os conhecimentos e valores de utilidade para as gentes. Quer na actividade física, quer intelectual, tudo se ajuntava para avantajar a Nação à custa dos que iam perdendo força e consequente autoridade.
Os inimigos vencidos, tornavam-se cidadãos de pleno direito, obedecendo à engrenagem na unificação completa, tanto nos indispensáveis e infinitos bicos -de- obra e engenharias de conjunto, como na adoração ao Deus Único, o Sol, ao cumprir as ordens do seu representante, o mais sábio e poderoso governador na Terra, o SAPA INCA....
Vigorava idêntica participação nas normas civis e religiosas. Formar um só povo, constava das directrizes uniformes do SAPA INCA e valorizava contra quem ousasse imiscuir-se na ordem e direitos vigentes.
A sua importância tinha a mesma dimensão dos faraós no distante Egipto.
Podia e tinha muitas mulheres, mas casar, só com a irmã mais velha, para o filho ter direito a subir ao trono, como descendente directo do Céu. Civilizações afastadas, no Peru e no Egipto, sem convivências a influenciar, mas confluindo no encadeamento dos argumentos.
Poderá inferir-se, se nos é permitido dar uma achega de dimensão humana, que o raciocínio, não dispõe, assim, de tanta largueza, como os pareceres correntes asseveram, simplificando lógicas e filosofias. A abundância de coincidências que se notam em todos os continentes, sem barcos resistentes, de carreira acertada, telefonias sem fios e aviões de fácil intercâmbio, para influenciar costumes, atestam, até certo ponto, que «puzzles», ou «geratrizes», fazem parte das instalações cerebrais.
Provável, ainda, que os condicionalismos da existência, se regem com uniformidade. Crença, é crença, em qualquer parte, por mais actualizados que sejam os entes supremos acreditados, assim como Ordem, é ordem, Lei, é lei, Dever é dever, Trabalho, é trabalho, Instrução é Instrução, Educação é educação, Acto bom, é bondade, Má acção, é maldade, orientações que o Homem tem de respeitar, ou proceder a emenda, se quiser, calmamente respirar . E o Homem não deseja extinguir-se, sem opor a máxima resistência.
O ambiente, cede os meios, o Homem usa- os, em acordo com os sentidos, que o egoísmo deixa seguir, depois de ver satisfeitos os interesses individuais e ficar com a melhor parte. Os fins tendem a acamaradar, quando os riscos são a favor do lucro maior e o prejuízo desce para o mínimo.
Neste imbróglio, anula-se o carácter mítico na confusão de mistérios, dos mesmos pensamentos existirem, desde os tempos imemoriais, tanto na Europa, como nos outros Continentes. Viver, é uma função comum. As responsabilidades, alertam os sentimentos e convergem as ideias.
Parece, até, que há «puzzle» ou «uma linha direccionada» à existência...
Mais uma vez, leitor amigo, a vossa condescendência. Vale a pena, pensar. Mas o acerto ... brinca às escondidas...
Na teima de entender, supomos um «cadinho» em cada Continente, em cada civilização, onde são vazadas as condições essenciais do seguro de vida da Humanidade, para se sobreerguer nos escalonados períodos de ascendência do intelecto, até atingir o ponto de fusão que uniformiza a convivência, para se proteger na sombra da justiça.
Leva tempo a fundir o que caiu no cadinho. Dessa fusão, se moldam e assemelham os sentimentos colectivos.
INTELECTO, compreensão da realidade.
PUZZLE, impresso recortado em diversos fragmentos desiguais entre si. Paciência ... e tempo, para os recolocar.
DIRECTRIZ, linha geradora de uma superfície, de acordo com movimento estável. Será o INTELECTO, formado por uma enfiada de anotações precisas, destinada a gerar e conduzir o aperfeiçoamento até à balança do real?...
Este começo, oferece uma bengala ao que se vai seguir.
O silêncio espalhou a tristeza e a angústia, ao emergirem os Continentes.
As folhagens dos organismos vegetais, animaram as vibrações sonoras e coloriram o basalto escuro e o chão barrento e terroso.
Os roufenhos e gritarias dos animais, romperam a atmosfera, ecoaram por rochas e planícies, juntaram-se aos silvos dos ventos e marulhadas das tempestades e completaram o recheio do globo terrestre.
As condições de vida, ficaram, assim distribuídas por igual, ao dispor de quem resolvesse abrir o pensamento ao que interessasse à prosperidade e delícias da bem-aventurança.
O Homem, como estamos a constatar – nós e o leitor - foi o único que apresentou as melhores credenciais. Naturalmente, recebeu a aprovação.
Obrigou-se, porém, a utilizar-se dos haveres repartidos sem jeito, nem objectivo, de forma prudente e experimental. Que fosse desvendando, à medida das carências, dos acasos, dos cordelinhos dos sentidos.
Bem podem ter sido estes os motivos, porque os habitantes daquela alongada e estreita faixa de pedra e terra na América do Sul, ainda não tivessem descoberto um carregador com rodas e se contentassem com os transportes disponíveis – os lamas, que como já vimos, além de animal de carga, até 50/60 quilos, davam, também, leite, carne, lã, excrementos, desdobráveis em adubo e material para queima; a alpaca, que fornecia uma lã sedosa e comprida que teares, engenhados pelos necessitados de proteger o corpo das diferenças de temperatura, teciam vestimentas de bonito colorido e complicado trabalho de tecelagem; a vicunha, da família dos lama, mas mais pequena, cede uma lã avermelhada.
O intelecto INCA, ia moendo a reflexão, se devia ou não ser o único mandão daqueles dispersos habitantes do comprido território, quer vizinhos ou mais afastados. Por isso, aos poucos, os foi agregando à sua guarda, com todos os conhecimentos e valores de utilidade para as gentes. Quer na actividade física, quer intelectual, tudo se ajuntava para avantajar a Nação à custa dos que iam perdendo força e consequente autoridade.
Os inimigos vencidos, tornavam-se cidadãos de pleno direito, obedecendo à engrenagem na unificação completa, tanto nos indispensáveis e infinitos bicos -de- obra e engenharias de conjunto, como na adoração ao Deus Único, o Sol, ao cumprir as ordens do seu representante, o mais sábio e poderoso governador na Terra, o SAPA INCA....
Vigorava idêntica participação nas normas civis e religiosas. Formar um só povo, constava das directrizes uniformes do SAPA INCA e valorizava contra quem ousasse imiscuir-se na ordem e direitos vigentes.
A sua importância tinha a mesma dimensão dos faraós no distante Egipto.
Podia e tinha muitas mulheres, mas casar, só com a irmã mais velha, para o filho ter direito a subir ao trono, como descendente directo do Céu. Civilizações afastadas, no Peru e no Egipto, sem convivências a influenciar, mas confluindo no encadeamento dos argumentos.
Poderá inferir-se, se nos é permitido dar uma achega de dimensão humana, que o raciocínio, não dispõe, assim, de tanta largueza, como os pareceres correntes asseveram, simplificando lógicas e filosofias. A abundância de coincidências que se notam em todos os continentes, sem barcos resistentes, de carreira acertada, telefonias sem fios e aviões de fácil intercâmbio, para influenciar costumes, atestam, até certo ponto, que «puzzles», ou «geratrizes», fazem parte das instalações cerebrais.
Provável, ainda, que os condicionalismos da existência, se regem com uniformidade. Crença, é crença, em qualquer parte, por mais actualizados que sejam os entes supremos acreditados, assim como Ordem, é ordem, Lei, é lei, Dever é dever, Trabalho, é trabalho, Instrução é Instrução, Educação é educação, Acto bom, é bondade, Má acção, é maldade, orientações que o Homem tem de respeitar, ou proceder a emenda, se quiser, calmamente respirar . E o Homem não deseja extinguir-se, sem opor a máxima resistência.
O ambiente, cede os meios, o Homem usa- os, em acordo com os sentidos, que o egoísmo deixa seguir, depois de ver satisfeitos os interesses individuais e ficar com a melhor parte. Os fins tendem a acamaradar, quando os riscos são a favor do lucro maior e o prejuízo desce para o mínimo.
Neste imbróglio, anula-se o carácter mítico na confusão de mistérios, dos mesmos pensamentos existirem, desde os tempos imemoriais, tanto na Europa, como nos outros Continentes. Viver, é uma função comum. As responsabilidades, alertam os sentimentos e convergem as ideias.
Parece, até, que há «puzzle» ou «uma linha direccionada» à existência...
Mais uma vez, leitor amigo, a vossa condescendência. Vale a pena, pensar. Mas o acerto ... brinca às escondidas...
Na teima de entender, supomos um «cadinho» em cada Continente, em cada civilização, onde são vazadas as condições essenciais do seguro de vida da Humanidade, para se sobreerguer nos escalonados períodos de ascendência do intelecto, até atingir o ponto de fusão que uniformiza a convivência, para se proteger na sombra da justiça.
Leva tempo a fundir o que caiu no cadinho. Dessa fusão, se moldam e assemelham os sentimentos colectivos.



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