Nº 10 A VISITA E A MEMÓRIA
A nossa visita à América, reservou-se a rever pessoas de Família e à curiosidade de apreciar o meio ambiente onde moravam.
Não nos movia a intenção, de observar aquele País, enfeitiçado para os demais, no seu todo, na pujança da sua expressão empertigada de abrir alas, nas intricadas e múltiplas mexeriquices e abusamentos de entidades da estranja que, pelas suas vibrantes falações, davam a aparência de terem juízo. Não pretendíamos destapar, por que motivo a América era condenada por aparentar desdém, perante mortes inocentes, quando nações se envolviam na troca de tiros e pólvora destrutiva e aguardava a serenidade dos intervenientes para chegarem a uma paz que a ambos agradasse. Nem, tampouco, quando, na mesma, era condenada, por querer conquistar o mundo, ao intervir, para apartar os tresloucados, de quererem mandar em terra alheia.
O pouco tempo que lá estivéssemos, não dava para quase nada. E não deu...
Tanto mais, que a América do Norte é crescida, tem muito para contar e maior quantidade para ver. Os filmes que entusiasmaram a nossa e a actual juventude, dos guardadores e comerciantes de gado, mostram as extensas e fecundas pradarias, onde uma fonte da riqueza da Nação, desagua rios de dolars nos mercados de consumo.
Outros filmes, da luta dos banqueiros sérios, ou assim, assim, contra o oportunismo, preguiçoso para trabalhar, mas activo nas contas de subtracção, planificam aposentos e edifícios de gigantescas fachadas, onde se movimentam milhões para milhões de dolars, que se somam aos primeiros, aos da carne.
As filmagens sentimentais, que dão a conhecer jardins privados com desenhos e flora harmónica e os públicos higienizados, de limpeza impecável; parques de laser para famílias e respectiva prole brincar à vontade; paisagens edénicas que fazem pousar os joelhos a agradecer tamanhas dádivas da Natureza toda poderosa, perfazem um conjunto de trabalhos do homem, que acrescem o valor da moeda nacional.
Mais os panoramas de bruta rusticidade e angustiante e desértica solidão, donde, de quando em quando, se descerram ossadas e velharias que desmentem datas e acontecimentos anteriores, constrangendo os antropólogos a coçar no queixo e a rectificar os livros de estudo.
Os filmes de pontaria aos congressos, às reuniões de concórdia, ou talvez não, das ciências descobertas, ou as com cauda de fora, que é preciso puxar com custos de dollars, dão à vassalagem dos mais necessitados, a clareza do vigor americano.
As fitas cinematográficas, exibem esperanças de outros mundos, depois da conquista da Lua, para atamancar porto de salvação, se o Sol gastar a sua energia de fenómenos termonucleares.
Os primeiros planos dos escritórios equipados a preceito, das magníficas residências, ostentando luxaria torneada a ouro de-lei e das esplendorosas propriedades a distinguir finança em primeiro grau, exibem a mão-de-obra honesta, na construção de conforto e beleza progressivos. Mas não escondem a choldra que os habita em alguns andares, da atmosfera enfumarada das fumaças de charutos de bom preço, nas jogatinas malinadas para briguentas, constituindo outra mão de obra mal guiada, que se especializou, por meio do tiro ou da faca, em substituir verbas a descoberto, por válidas na compra e venda de bens individuais. A luta do bem e do mal, também faz parte da valentia económica americana, posto que o segundo, tem a Lei na peugada.
Os auto vencidos, ou auto excluídos, perdedores do convívio social, por inaptidão ao trabalho, ou mandriice de cumprir normas de concórdia, expelem, para formar grupelhos, os componentes mais irrritadiços para com o semelhante e os adversos da submissão aos preconceitos legais. Esses excedentários da inactividade, criam casulos autóctones, que invertem a indolência, na preponderância em negociatas.
Sem bolsas de conteúdo humano, enchem os bornais de armas e munições. Assim munidos, num triz, têm trabalho para fazer e saber adquirido para trocar a subserviência, por conquistados valores à vista.
São os auto dominantes. Ou desafiadores, ou esgueirados, ou sujos de sangue, ou ... apresados pela Lei...
Estas singelas «crónicas», não têm o objectivo, de descrever o que o cinema todos os dias apresenta na televisão, ou se lêm em jornais, ou revistas. Nasceram, por acaso, ao constatar, - ou mais emocional e claro- ao por os pés, em relva semeada por funcionários contratados para manter o terreno limpo e convidativo a visitas. E pensar que, precisamente ali, 500 anos atrás, outros pés de portugueses oriundos do rectângulo europeu e das Ilhas dos Açores, pisaram em chão, pela certa, de rusticidade bravia, coberto de matagal emaranhado a encobrir pedrouços e lama, em circunstâncias dramáticas, que, como existentes neste Mundo só contaram na Carta Real do Rei D. Manuel I, de 11 de Janeiro de 1502, « ao permitir ir buscar Gaspar Corte Real».
Postos preenchidos pela companha de valentes e esperançosos tripulantes, as naus partiram de Lisboa. A energia, suplantava a Fé e a esperança.
De semanas a Séculos, nunca mais as viram atracar.
O que chegou, foi o esquecimento. A História, na peculiar frialdade da narração, a custo escreveu afoiteza e coragem. Sem documentos exactos, porém, nada mais poderia aventar.
Dentro de nós, o desatino da sorte apertou- nos a sensibilidade. Dor e incómodo, em cada passada no relvado macio e impecável do Parque de Plimoth. As personagens do passado, estavam em nosso redor. Entendiam-se entre si e apontavam o silêncio do seu esquecimento. Esforçámo-nos por as entender.
Mãos no computador e logo nos dispusemos a reavivar os padecimentos de há 503 anos de Miguel Corte Real e 384 anos, dos «peregrinos» ingleses, triunfadores de 1620.
Não nos movia a intenção, de observar aquele País, enfeitiçado para os demais, no seu todo, na pujança da sua expressão empertigada de abrir alas, nas intricadas e múltiplas mexeriquices e abusamentos de entidades da estranja que, pelas suas vibrantes falações, davam a aparência de terem juízo. Não pretendíamos destapar, por que motivo a América era condenada por aparentar desdém, perante mortes inocentes, quando nações se envolviam na troca de tiros e pólvora destrutiva e aguardava a serenidade dos intervenientes para chegarem a uma paz que a ambos agradasse. Nem, tampouco, quando, na mesma, era condenada, por querer conquistar o mundo, ao intervir, para apartar os tresloucados, de quererem mandar em terra alheia.
O pouco tempo que lá estivéssemos, não dava para quase nada. E não deu...
Tanto mais, que a América do Norte é crescida, tem muito para contar e maior quantidade para ver. Os filmes que entusiasmaram a nossa e a actual juventude, dos guardadores e comerciantes de gado, mostram as extensas e fecundas pradarias, onde uma fonte da riqueza da Nação, desagua rios de dolars nos mercados de consumo.
Outros filmes, da luta dos banqueiros sérios, ou assim, assim, contra o oportunismo, preguiçoso para trabalhar, mas activo nas contas de subtracção, planificam aposentos e edifícios de gigantescas fachadas, onde se movimentam milhões para milhões de dolars, que se somam aos primeiros, aos da carne.
As filmagens sentimentais, que dão a conhecer jardins privados com desenhos e flora harmónica e os públicos higienizados, de limpeza impecável; parques de laser para famílias e respectiva prole brincar à vontade; paisagens edénicas que fazem pousar os joelhos a agradecer tamanhas dádivas da Natureza toda poderosa, perfazem um conjunto de trabalhos do homem, que acrescem o valor da moeda nacional.
Mais os panoramas de bruta rusticidade e angustiante e desértica solidão, donde, de quando em quando, se descerram ossadas e velharias que desmentem datas e acontecimentos anteriores, constrangendo os antropólogos a coçar no queixo e a rectificar os livros de estudo.
Os filmes de pontaria aos congressos, às reuniões de concórdia, ou talvez não, das ciências descobertas, ou as com cauda de fora, que é preciso puxar com custos de dollars, dão à vassalagem dos mais necessitados, a clareza do vigor americano.
As fitas cinematográficas, exibem esperanças de outros mundos, depois da conquista da Lua, para atamancar porto de salvação, se o Sol gastar a sua energia de fenómenos termonucleares.
Os primeiros planos dos escritórios equipados a preceito, das magníficas residências, ostentando luxaria torneada a ouro de-lei e das esplendorosas propriedades a distinguir finança em primeiro grau, exibem a mão-de-obra honesta, na construção de conforto e beleza progressivos. Mas não escondem a choldra que os habita em alguns andares, da atmosfera enfumarada das fumaças de charutos de bom preço, nas jogatinas malinadas para briguentas, constituindo outra mão de obra mal guiada, que se especializou, por meio do tiro ou da faca, em substituir verbas a descoberto, por válidas na compra e venda de bens individuais. A luta do bem e do mal, também faz parte da valentia económica americana, posto que o segundo, tem a Lei na peugada.
Os auto vencidos, ou auto excluídos, perdedores do convívio social, por inaptidão ao trabalho, ou mandriice de cumprir normas de concórdia, expelem, para formar grupelhos, os componentes mais irrritadiços para com o semelhante e os adversos da submissão aos preconceitos legais. Esses excedentários da inactividade, criam casulos autóctones, que invertem a indolência, na preponderância em negociatas.
Sem bolsas de conteúdo humano, enchem os bornais de armas e munições. Assim munidos, num triz, têm trabalho para fazer e saber adquirido para trocar a subserviência, por conquistados valores à vista.
São os auto dominantes. Ou desafiadores, ou esgueirados, ou sujos de sangue, ou ... apresados pela Lei...
Estas singelas «crónicas», não têm o objectivo, de descrever o que o cinema todos os dias apresenta na televisão, ou se lêm em jornais, ou revistas. Nasceram, por acaso, ao constatar, - ou mais emocional e claro- ao por os pés, em relva semeada por funcionários contratados para manter o terreno limpo e convidativo a visitas. E pensar que, precisamente ali, 500 anos atrás, outros pés de portugueses oriundos do rectângulo europeu e das Ilhas dos Açores, pisaram em chão, pela certa, de rusticidade bravia, coberto de matagal emaranhado a encobrir pedrouços e lama, em circunstâncias dramáticas, que, como existentes neste Mundo só contaram na Carta Real do Rei D. Manuel I, de 11 de Janeiro de 1502, « ao permitir ir buscar Gaspar Corte Real».
Postos preenchidos pela companha de valentes e esperançosos tripulantes, as naus partiram de Lisboa. A energia, suplantava a Fé e a esperança.
De semanas a Séculos, nunca mais as viram atracar.
O que chegou, foi o esquecimento. A História, na peculiar frialdade da narração, a custo escreveu afoiteza e coragem. Sem documentos exactos, porém, nada mais poderia aventar.
Dentro de nós, o desatino da sorte apertou- nos a sensibilidade. Dor e incómodo, em cada passada no relvado macio e impecável do Parque de Plimoth. As personagens do passado, estavam em nosso redor. Entendiam-se entre si e apontavam o silêncio do seu esquecimento. Esforçámo-nos por as entender.
Mãos no computador e logo nos dispusemos a reavivar os padecimentos de há 503 anos de Miguel Corte Real e 384 anos, dos «peregrinos» ingleses, triunfadores de 1620.



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