Nº 15 O NEOLÍTICO E OS CABOUCOS
O senso que conduziu o Homem ao Neolítico, apareceu quando as comunidades sentiram a necessidade de aproveitar o trabalho de conjunto. Ou seja, logo que a Natureza deixou de equilibrar a produção gratuita consumida pelo Homem, com a exigência mínima suficiente ao crescimento da procriação, a falta de substâncias digestivas, não mais deixou de chocalhar a impor nutrientes a tempo mais ou menos contado.
Já que a Natureza não se mostrava infinitamente pródiga para tudo oferecer de mão beijada, o cérebro viu-se obrigado a trabalhar. Repor ordem, no vasto campo de semear e colher, única via de sobrevivência.
Não sucedeu, contudo, nem espontaneamente, nem em áreas privilegiadas. A distribuição de benesses pela Natureza, é que foi determinando, pouco a pouco o desenvolvimento intelectual, conforme os locais ressentidos de carências. Obrigou a pensar... e no pensamento da obrigação de manter a vida, a massa encefálica, aos poucos, foi subdividindo as suas instalações neuróticas nos quadros apropriados.
Assim, o Neolítico tomou forma, em primeiro terreno, na Europa, na Mesopotâmia, entre os Rios Tigre e Eufrates.
Um dos elementos que diferencia o neolítico, portanto, é a dominação, pelo Homem, de animais e, depois, vegetais Trata-se da garantia de alimento para a tranquila comodidade do convívio em aglomerados
O Japão e a China, possuíam comunidades neolíticas 7.000 anos AC. e a América Central, autonomamente, pouco depois. Cerca de 7.000 anos AC. cultivava-se trigo no próximo oriente e milho, cabaças e abacate, na América. Por esta altura, já se cultivava arroz no Extremo Oriente.
Para utilização e serventia directa ao Homem, as ovelhas, foram domadas em rebanho, por 9.000 anos AC., no Norte do Iraque ; o cão passou a ser caseiro 8.400 anos AC. no Idaho ; a cabra 7.000 anos AC. no Irão ; o gado bovino, 6.500 anos AC., na Grécia ; porcos 6.000 anos AC., na Anatólia.
Na Europa, no milénio V AC, a domação intensiva de plantas – cereais, tubérculos, legumes, vegetais - e animais e na América Central, no milénio III AC. - 2.500 AC. – espertaram para as irrigações artificiais. Uma larga passada para o incremento do engenho retirar a desordem da rusticidade e submeter os elementos da Natureza, ao serviço das indigências e critérios dos seres pensantes.
Os Maias, aperfeiçoaram as técnicas de corte e queima de árvores, 5.000 e 4.000 anos AC.
O pastoreio, os trabalhos agrícolas e a colaboração dos dois, como aumento de comestíveis, concorreram, em todos os continentes, para o aperfeiçoamento intelectual e a formação de aldeias em crescendo, para cidades. E estas, amontoada abundância nas cavernas melhor defensáveis, armaram as suas gentes. Aos intrusos não convidados, é defendido o que está amealhado e a luta continua para dependerem só de si próprias.
A volubilidade da terra e das procelas, acicatam o egoísmo. Colher do semeado com canseiras, é manter a vida. A dúvida das condições atmosféricas exaspera. Ter à mão com que conforte o apetite, em primeiro lugar, os vizinhos que se governem....
O Homem, tudo começa na melhor das intenções. Aferrolha, porém, com «unhas e dentes», o que lhe entra no celeiro, ao passo que outro Homem pretende perseguir a manutenção da vida, astuciando o trabalho alheio. A quem muito se esforça, não lhe falta companhia para tirar proveitos sem despesas. Conflito inalterável e hereditário ...
Os primeiros Estados e Impérios, na América, surgiram nos Andes, entre 2.350 AC. e a nossa era. Nesta região já se cultivavam cereais, tubérculos e vegetais e se pastoreavam lamas e tratavam coelhos das índias, para alimento caseiro.
Interessante saber onde o «antigo» aglomerou pessoas, ao ponto de ser necessário criar cúpulas de autoridade para manter a unificação e a concórdia - os Estados- com a orgânica da autoridade a reter excessos.
Nº 1 - Em primeiro lugar, os grandes impérios surgiram na Mesopotâmia, onde semear, sachar e colher cereais esperançaram a sobrevivência e se construíram grandes obras hidráulicas de drenagem de zonas pantanosas, a evitar inundações de rios e garantir o adiantamento da arte de trabalhar a terra.
Nº 2 – Em segundo plano, o Egipto, onde obras de engenharia foram concebidas e executadas para domar o rio Nilo, tornando o deserto luxuriante e alimentador, também, das regiões vizinhas.
Nº 3 – Vale do Indo, onde nasceram e cresceram as duas maiores cidades do Velho Mundo no milénio 3.000, Harappa ao Norte e Mohenjo Daro ao Sul, que tiveram influência no Afganistão e no Golfo da Arábia
Nº 4 – Bacia do Rio Amarelo. Como já se referiu, há 7.000 anos AC., o Japão e a China, alargavam cidades neolíticas. O arroz passou a ser alimento cultivado.
Nº 5 – Perú. O Velho Mundo, desconhecia o Novo e, consequentemente, também os seus produtos, o que pressupõe que a América se desenvolveu com os próprios recursos. O empenho pelos cereais, tubérculos e vegetais, estimulou a formação de Estados e Impérios na região dos Andes.
Nº 6 – América Central. A agricultura glorifica-se com a constituição de Cidades e Estados. Os Maias atingiram grande progresso intelectual, projectando-o em obras ainda hoje admiradas.
Na América Central, a irrigação artificial, alimentada por mananciais e terraços agrícolas, 2.500 anos AC., em Teotihuacán, é exemplo evidente que a faculdade inventiva funcionava nos cálculos, em elevado grau.
O aparecimento de obsidianas perto da capital asteca de Tenochtitlán, confirma a existência de mão de obra e intelecto com aptidões para, os dois em concórdia, construírem pirâmides maciças e uma escultura de grandes proporções.
A organização de redes comerciais, demonstra que haveria legislação a educar o respeito ao obtido pelo trabalho, seja verbal, ou exemplificada em correcções forçadas e públicas.
Desculpe o leitor, por esta ronda pelos princípios do Homem para se organizar. Pela nossa parte, confessamos que tivemos de compulsar livros que nos ajudassem a expor a razão da América, ter ascendido ao pódio actual, em relativos poucos anos. Podia ter sido herança dos povoadores, antes de 1620.... Podia ter sido, mas...
Do Neolítico, até 1620, todavia, cumpre-nos admitir, uma evolução semelhante ao resto do Mundo. Sem dúvida, não paralela. A Natureza, não se preocupou em distribuir por igual, a fertilidade destinada a auxiliar o Homem.
Deixou para o Homem, o esforço de inventar o ordenamento para, a seu interesse e imaginação, remediar desconcertos e construir inovações.
Já que a Natureza não se mostrava infinitamente pródiga para tudo oferecer de mão beijada, o cérebro viu-se obrigado a trabalhar. Repor ordem, no vasto campo de semear e colher, única via de sobrevivência.
Não sucedeu, contudo, nem espontaneamente, nem em áreas privilegiadas. A distribuição de benesses pela Natureza, é que foi determinando, pouco a pouco o desenvolvimento intelectual, conforme os locais ressentidos de carências. Obrigou a pensar... e no pensamento da obrigação de manter a vida, a massa encefálica, aos poucos, foi subdividindo as suas instalações neuróticas nos quadros apropriados.
Assim, o Neolítico tomou forma, em primeiro terreno, na Europa, na Mesopotâmia, entre os Rios Tigre e Eufrates.
Um dos elementos que diferencia o neolítico, portanto, é a dominação, pelo Homem, de animais e, depois, vegetais Trata-se da garantia de alimento para a tranquila comodidade do convívio em aglomerados
O Japão e a China, possuíam comunidades neolíticas 7.000 anos AC. e a América Central, autonomamente, pouco depois. Cerca de 7.000 anos AC. cultivava-se trigo no próximo oriente e milho, cabaças e abacate, na América. Por esta altura, já se cultivava arroz no Extremo Oriente.
Para utilização e serventia directa ao Homem, as ovelhas, foram domadas em rebanho, por 9.000 anos AC., no Norte do Iraque ; o cão passou a ser caseiro 8.400 anos AC. no Idaho ; a cabra 7.000 anos AC. no Irão ; o gado bovino, 6.500 anos AC., na Grécia ; porcos 6.000 anos AC., na Anatólia.
Na Europa, no milénio V AC, a domação intensiva de plantas – cereais, tubérculos, legumes, vegetais - e animais e na América Central, no milénio III AC. - 2.500 AC. – espertaram para as irrigações artificiais. Uma larga passada para o incremento do engenho retirar a desordem da rusticidade e submeter os elementos da Natureza, ao serviço das indigências e critérios dos seres pensantes.
Os Maias, aperfeiçoaram as técnicas de corte e queima de árvores, 5.000 e 4.000 anos AC.
O pastoreio, os trabalhos agrícolas e a colaboração dos dois, como aumento de comestíveis, concorreram, em todos os continentes, para o aperfeiçoamento intelectual e a formação de aldeias em crescendo, para cidades. E estas, amontoada abundância nas cavernas melhor defensáveis, armaram as suas gentes. Aos intrusos não convidados, é defendido o que está amealhado e a luta continua para dependerem só de si próprias.
A volubilidade da terra e das procelas, acicatam o egoísmo. Colher do semeado com canseiras, é manter a vida. A dúvida das condições atmosféricas exaspera. Ter à mão com que conforte o apetite, em primeiro lugar, os vizinhos que se governem....
O Homem, tudo começa na melhor das intenções. Aferrolha, porém, com «unhas e dentes», o que lhe entra no celeiro, ao passo que outro Homem pretende perseguir a manutenção da vida, astuciando o trabalho alheio. A quem muito se esforça, não lhe falta companhia para tirar proveitos sem despesas. Conflito inalterável e hereditário ...
Os primeiros Estados e Impérios, na América, surgiram nos Andes, entre 2.350 AC. e a nossa era. Nesta região já se cultivavam cereais, tubérculos e vegetais e se pastoreavam lamas e tratavam coelhos das índias, para alimento caseiro.
Interessante saber onde o «antigo» aglomerou pessoas, ao ponto de ser necessário criar cúpulas de autoridade para manter a unificação e a concórdia - os Estados- com a orgânica da autoridade a reter excessos.
Nº 1 - Em primeiro lugar, os grandes impérios surgiram na Mesopotâmia, onde semear, sachar e colher cereais esperançaram a sobrevivência e se construíram grandes obras hidráulicas de drenagem de zonas pantanosas, a evitar inundações de rios e garantir o adiantamento da arte de trabalhar a terra.
Nº 2 – Em segundo plano, o Egipto, onde obras de engenharia foram concebidas e executadas para domar o rio Nilo, tornando o deserto luxuriante e alimentador, também, das regiões vizinhas.
Nº 3 – Vale do Indo, onde nasceram e cresceram as duas maiores cidades do Velho Mundo no milénio 3.000, Harappa ao Norte e Mohenjo Daro ao Sul, que tiveram influência no Afganistão e no Golfo da Arábia
Nº 4 – Bacia do Rio Amarelo. Como já se referiu, há 7.000 anos AC., o Japão e a China, alargavam cidades neolíticas. O arroz passou a ser alimento cultivado.
Nº 5 – Perú. O Velho Mundo, desconhecia o Novo e, consequentemente, também os seus produtos, o que pressupõe que a América se desenvolveu com os próprios recursos. O empenho pelos cereais, tubérculos e vegetais, estimulou a formação de Estados e Impérios na região dos Andes.
Nº 6 – América Central. A agricultura glorifica-se com a constituição de Cidades e Estados. Os Maias atingiram grande progresso intelectual, projectando-o em obras ainda hoje admiradas.
Na América Central, a irrigação artificial, alimentada por mananciais e terraços agrícolas, 2.500 anos AC., em Teotihuacán, é exemplo evidente que a faculdade inventiva funcionava nos cálculos, em elevado grau.
O aparecimento de obsidianas perto da capital asteca de Tenochtitlán, confirma a existência de mão de obra e intelecto com aptidões para, os dois em concórdia, construírem pirâmides maciças e uma escultura de grandes proporções.
A organização de redes comerciais, demonstra que haveria legislação a educar o respeito ao obtido pelo trabalho, seja verbal, ou exemplificada em correcções forçadas e públicas.
Desculpe o leitor, por esta ronda pelos princípios do Homem para se organizar. Pela nossa parte, confessamos que tivemos de compulsar livros que nos ajudassem a expor a razão da América, ter ascendido ao pódio actual, em relativos poucos anos. Podia ter sido herança dos povoadores, antes de 1620.... Podia ter sido, mas...
Do Neolítico, até 1620, todavia, cumpre-nos admitir, uma evolução semelhante ao resto do Mundo. Sem dúvida, não paralela. A Natureza, não se preocupou em distribuir por igual, a fertilidade destinada a auxiliar o Homem.
Deixou para o Homem, o esforço de inventar o ordenamento para, a seu interesse e imaginação, remediar desconcertos e construir inovações.



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