América América

Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

28 de setembro de 2009

Nº 219 GANHAR E PERDER… A GRANDE INCÓGNITA OS SÉCULOS NÃO A RESOLVERAM…

A civilização, evoluiu na têmpera. De início nos metais, no projecto de os moldar à sobrevivência da razão. No Homem, para atingir o pormenor e orientá-lo ao civismo.

A têmpera, na matéria inerte, exige pesos e medidas, e definição de qualidades e quantidades. O gelo, solidifica, o calor rebenta a «vidraça»… No Homem, oferece o medo e cobardia e faz ramalhete com a heroicidade e a ciência. A maldade incrimina… o bem, glorifica.

As objecções entre o bem e o mal, imiscuíram-se na disputa da vida e da resistência a um final ignorado. A ciência, aberta para o bem, entregou-se a quem a quisesse possuir. A têmpera do Homem, considerando-se de maior importância, deixou a ciência à vontade. A virtude de Caim, aproveitou o falhanço do pensamento e refastelou-se no manuseamento de objectos exteriores à consciência, com o «objectivo» de abundar na subtileza da dúvida

Assim, foi entregue à ilusão, o direito de apontar quem mais tem ganho com a ciência. A força do trabalho, ou a tendência à inactividade …

A têmpera, no significado de «rectidão de princípios», constou de elogio ao Homem durante séculos. O Homem, impou de orgulho. O tempo esvaiu a importância. A têmpera, tornou-se vagabunda, perdedora de energia e inspiração dominante.

Tirar ganho e ganhar sem proveito, será a subida da colina da vida, pela encosta do triunfo e, no cimo da vitória, o cansaço ou o tédio, obrigar à descida no revés, o lado indesejado do derrotismo.

O «Ideal», progride no êxito, o idealismo, é faccioso, encosta-se a UM partido…

Se se pretender «retemperar» a «têmpera» do Homem Social, haverá que aperfeiçoar a «Educação e a Instrução». E analisá-las à luz da coerência.

Espalhar ódio, dissimulado por biombos políticos, não promove hipotéticos entendimentos e convivências amistosas. O desconhecimento, em profundidade das circunstâncias, questões e princípios imutáveis, deve ser expurgado do pretendente a legislador.

Admiremos a juventude, mas olhemos para o fato de treino na escola da experiência. Se apresenta limpeza, ou manchas dos salpicos de criança …

Folheemos a HISTÓRIA. Uma , Duas e mais vezes. Em toda a Europa, veremos países não ricos, remediados, alguns, em épocas alternadas.

O PIB da Europa, não consta ter algum dia alcançado poder económico de superior craveira e duração folgada. Nenhuma Nação, quando independente , o conseguiu. E se chegava a amealhar algum pecúlio, calculava as fraquezas dos vizinhos para se apropriar das talhadas de maior produção. Na França, Luís XIV (l643 – 1715), chamado o Rei Sol, por sentimento de auto superior ostentação do báculo francês e vaidade pessoal, morreu, deixando os cofres públicos bastante «emagrecidos».

Os Kaisers da Alemanha, Guilherme I, ( 1797-1888) e Guilherme II (1859- 1941), desavieram-se com a França, vencendo o primeiro na Batalha de Metz em 1870 e perdendo o segundo em 1918, abandonando a coroa e os fundos nacionais, tão bem escondidos que os aliados não os descobriram. Foi encenada tal debilidade que atraiu a audácia de Adolfo Hitler para reafirmar a Alemanha unidimensional, se retirada a vergonha das cozinhas volantes nas ruas para matar a fome ao Povo e apetrechar uma «máquina», eficaz e intimorata, para a guerra de 1939-1945. Os tais « fundos nacionais», escondidos por Guilherme II, deram arranjo do preparo técnico e material.

De notar que as nações que se lhe opuseram – a França e a Inglaterra – não se tinham armado, nem sentiam predisposição para despesas guerreiras e delapidações do que fora reconstruído do desastre de 1914-1918.

A Rússia, «a remar contra a maré», azafamada em agradar a Karl Marx, pela voz de intervenção rápida e violenta do extremista inexorável, Lenine, abandonou a guerra de 1914-1918, para por cobro a excessos fratricidas, que outros países, incluindo Portugal, pretenderam imitar.

Espicaçando a ânsia de melhorar as dádivas de vida, era voz revolucionária, para que os governantes europeus avançassem com o lema do degredo aos colegas dos Kzares, ou dar-lhes fim semelhante. O fuzilamento não permite discursos de defesa…nem adiamentos do que «deve ser feito», já…sem contemplações…

O Século XX, recebeu agitações violentas climáticas. Os destroços de bens de altos custos aos europeus, diminuíram poupanças, guardadas com trabalho esforçado, prevenido para a saúde e futuro menos bom.

Abundaram tumultos emocionais, efervescentes do encoberto que se passava na Rússia. Uma «cortina de ferro», não revelava a experiência de dolorosas trasladações para acomodar os que teimavam em viver…

Temos estado, até agora. a recordar fraquezas europeias, entre elas as ainda não sanadas e as que o martelo e a foice não conseguiram consertar. Prever a vinda de outro Estaline que controlava a economia, em modulo livre, esculpindo orçamentos no modelo idealista, será esperança vã. Com a mão nua, para se ver normal, dava o pão e com a enluvada, não parecendo lobrigar força, aplicava o «pau». Também não conhecemos nenhuma Nação com todos os «parafusos» no seu lugar… O que corre em notícias a Alemanha, a França, a Itália e mesmo a Inglaterra, sofrem de emperro dos «glóbulos» industriais e financeiros na rede económica. Está ao dispor de quem diligencie apurar a vista… e tirar prova «real».

O que quererá afirmar, continuarem como dantes, as consequências de economias modestas, suficientes para garantir alimento e vivência temperada com as benesses da terra e do trabalho. Uns mais laboriosos, com o benefício do produto, outros menos capazes com lucros mais baixos. Mas não, infelizmente, do agrado completo.

Chegados a este ponto, que não a meta definitiva, a nosso favor não restam certezas. Nada ganhamos. E perdas? Encalhamos, de proa, no título desta crónica.

Ganhar e Perder… a grande incógnita, de braço dado connosco.

Assentemos os pés no chão, aplanado de saliências… Agradeçamos à sorte, a lisura por onde pensamos ter palmilhado as agruras da vida… Sejamos francos, com as nossas limitações…do músculo e dos neurónios. Reconheçamos à Natureza, a nossa existência e a faculdade de a defendermos com a colaboração dos meios que se dão a conhecer a cada instante…para cada dificuldade … adaptável a cada temperamento.

Resignemo-nos a concordar que os ideais voejantes na Europa, actual, ultrapassando todas as fronteiras dos continentes, não estão no perfeito uso da física, da matemática, das ciências da Natureza. A conclusão, não é de agora. Já as deslocações dos bárbaros nos princípios do último milénio, quando os terrenos esgotavam as produções e, posteriormente, as correrias de árabes e cristãos, a assaltar celeiros e arrecadações de armas, queriam avisar que o solo não era abundante para abusos do consumo. Embora a agricultura, rondasse os rudimentos da técnica.

O Império Romano, renovador de Leis e processos baseados em conhecimentos mais evoluídos, não obteve riqueza que o mantivesse nos territórios conquistados, ou que o acompanhasse no regresso a casa. O pouco amealhado nos campos de Batalha, foi-se entornando pelos caminhos e nos traumas das missões de força sobre a rudeza.

Desfeito o maior império de Mundo, em 1453, D.C. – Queda de Constantinopla, tomada, incendiada e saqueada - parte - pelos turcos, cercada durante 53 dias de lutas medonhas, a Itália que nunca alardeou imagem falaciosa, assou à vida normal das restantes nações europeias. Experimentou regimes com rótulos diversificados, de milagrosos a insatisfeitos, enquadrando um misto de salvação e distintivos honoríficos decadentes. No Século XX, conseguiu rompantes de «Grande Senhora». Conquistou a Abissínia, em 1936, a Albânea em 1939 e teria conquistado o Mundo, se no mar, em terra e no ar, a sorte… ou a competência, a tivessem favorecido nas renhidas batalhas que lhe destruíram a marinha, o exército,,,, a aviação e, com elas, a fama da «Antiga Roma»…

Neste resumo de jornal, evidente na conclusão, fácil é, proporcionar à Europa, a realidade do seu valor rentável e distribuível. O alcance de um mais perfeito que o anterior – a especialidade da ciência – convenceu a megalomania do ideal, que podia, em mais subido grau, obter prodígios no despique do trabalho e da produção, suprimindo dificuldades, ao sentenciado a conservar a vida, « com o suor do rosto ». Assim pensado… assim feito… Por esta convicção, se ouve e lê : Defender os ideais, custe o que custar, a bons ou maus modos, a sorrir ou a ofender, a dar a alma ou tirar a vida… Ideologias…

Do nosso ponto de vista, é – nos, admissível, confundir estes pareceres com a graça de bons sentimentos. Mas o infeliz e necessitado HUMANO, ao desvendar a promessa ilusória, não obtendo «pão», nem sítio onde arrumar o corpo faminto, não sentirá no rosto o suor predito ao abandonar o Paraíso, mas a lágrima dolorosa da descrença nas consciências e no poder legislativo… Daqui parte o augúrio do sinal de alarme, que poderá chegar… quando aos estômagos, lhes faltar os víveres …

Porque, se aliviada de emblemas politiqueiros, a coragem de escrever HISTÓRIA, encerra elevada grandeza de verdade, caberá a quem avança para governar, o aprofundamento de conhecimentos, para por termo à arteirice sonora, entrada em usança banal para beneficiar uns tantos «chefes» governantes. Quem atenderá ao Povo, cansado, desiludido, frio, por fora e por dentro ? Qual a reacção à fatalidade? …

EUROPA…. EUROPA NOSSA… Sê modesta. Confessa as tuas fraquezas NATURAIS, Aconselha à PAZ… Vence os teus complexos de superioridade e desce à realidade, das tuas «posses efectivas», antes de explosões maiores das sofridas até agora.

A História, é eloquente, tanto na Guerra, como na Paz… O Idealismo, no lugar de voga - avante, na barca de contentores de soluções inacabadas, conduz a porto mal desejado, o lado fraco do PIB Europeu… e…Mundial. Deixe-se de alimentar ilusões… Fala franca e verdadeira …

Até próximo.

21 de setembro de 2009

Nº 218 DEPRESSÕES… PROBLEMAS … DEMONSTRAÇÕES

A civilização, foi o caminho acertado para a chegada à compostura de «pessoa» e associá-la à ordem em povoados e à acessibilidade às Leis abrangentes às demarcações de raças, hábitos e costumes. De «pessoa», indivíduo e espírito, se parte para a consciência de propósitos e responsabilidade do acto imediato. Currículo do carácter… finalidade no sucesso humano.

Neste esquema, simplificado entre o concreto e o abstracto, queremos enaltecer o Homem. Cai e levanta-se, afunda-se e emerge, erra e emenda, constrói e assola, assimila e ignora, entende e finge, brinca e zaragateia, ama e detesta, raciocina e desacata-se, planeja e desmancha, cumpre e foge, sem nunca perder o rumo a um esperançoso destino, ao alcance da felicidade à volta de suprema.

O encadeamento de juízos ou raciocínios, reaccionário em tudo, sem freio, onde se mete, suscita a confiança de conseguir a plenitude dos desejos concebidos na «presunção e água benta», em banho - maria, na «caixa craniana».

O Homem, por muitas voltas que dê, não quer mostrar vaidade. Prefere a quimera. A parecer valente com a cabeça de leão, a poder dar saltos confusos e desordenados com o corpo de cabra, a desnortear pistas com a cauda de dragão. Este monstro, todavia, se existiu, já foi esfumado pela lenda. Mas o rasto que deixou – a utopia - continua a travar o prosseguimento do remedeio ou resolução de problemas, a par com o sucesso ou o revés, vindo a adiar paliativos ou desfechos concretos e precisos.

A nossa crónica nº. 217, no entusiasmo de contribuir para a compreensão do imbróglio malfazejo do entrave da confiança do trabalho nos mercados de consumo, teve de ser interrompida, não fosse exceder o espaço no nosso Atlântico Expresso, quase saturado de tanta escrita e poucos resultados práticos. O que nos vale, é estarmos na moda…« Muita parra e pouca uva»… A intenção não executa, mas deveria corresponder, ao texto perfeito, exigido pelo leitor… Pois é… mas cá estamos nós, assarapantados com as esquisitices da «felicidade geral», a saturar a primeira pessoa do verbo «saber»…

Passemos a terminar o interrompido… : - A «Depressão Económica Portuguesa», a «Depressão Económica Mundial», a «Depressão Económica sem Pecadores», a «Depressão Económica Camuflada». A «Depressão», com um só significado – achatamento – a alargar o passo, para adquirir dianteira na experiência, nas proporções, nas moléculas reprodutivas e no produto acabado.

Com tantas depressões no dobre de sinos a «finados», as nuvens de angústia mais ensombram a vida em comum, manchando a qualidade do convívio, na esperança de um futuro melhorado pelo trabalho flexível, neste tempo que está a ser entregue à lamúria e emenda, no projecto da felicidade geral.

A trama das questões e dos acidentes, muda constantemente no tecido para vestimentas. A «depressão» pode, também, usar corresponsáveis, pelas quedas inesperadas no viaduto dos bens de consumo.

A economia ganha assento na MOEDA, COMÉRCIO, INDUSTRIA, AGRICULTURA, SERVIÇOS E …

Enquanto esta sequência carrilava normalmente, as trepidações ( pequenas depressões), não provocavam amolgaduras na circulação de rendimentos, nem ameaça de desastre. As queixas do trabalho, apesar de justas, encontravam paliativo na finança prazenteira. Quando, no trajecto, se afundavam as cavidades desgastadas pelo trânsito, as oscilações do pêndulo normativo, percorrendo maior ângulo de espaço vazio de numerário, baralhavam e causavam prejuízos nos respectivos valores, fazendo baixar o dinamismo de produção, compras e vendas. A esse entravamento, o governo «britava», ou cortava a «moeda» em bocadinhos mais pequenos ( desvalorizava) e a viagem prosseguia, tranquilamente.

A Filosofia, despontada para requestar solicitudes no crescimento da natalidade e não correspondência na formação de classes remediadas, tomou o exemplo da Revolução Francesa de 1789 e, aos poucos, foi influindo a «hipótese» de restituir e fazer prosperar as Albergarias, Hospitais, Misericórdias, acrescentando aumento de salários, aposentações, reunindo tudo em «Assistência Social», levada a efeito no Século XX, debaixo de chuva de coerências, discrepâncias, sensibilidades e …armamento de fogo e nuclear.

A sensibilidade, de «olho vivo» e interessadamente política, quis tomar parte integrante da solução «à vista desarmada». A mais evidente, foi a do Senhor Karl Marx, de todos conhecida. Procurou ser claro. Escreveu, envolto nas fumarolas de aromáticos charutos, sua opinião, que nos atrevemos a interpretar, resumindo: - Se as contas, por ele apresentadas para cálculo do salário não forem aceites, «matai-vos uns aos outros, mas que alguém fique para desempatar». Na Rússia, obteve êxito.

Da Família do CZAR, cossacos, cultivadores da terra, a razia enterrou milhões…em florestas e estepes, sepulturas ao acaso … A entre porta da serenidade, veio a desenferrujar os gonzos em 1989, nas primeiras eleições livres na Rússia. O muro de Berlim, desceu ao plano da rua…livre trânsito ao trabalho…

Leitor Amigo, desculpe estes nossos abanões nesta descrição, pretendida a apresentar a coerência na realidade.

As «depressões», de qualquer espécie, acontecem greladas à Natureza. Têm gérmen. Como animal ou planta. Há que explicá-las, se não com minúcia, mas com um mínimo de clareza. Leva tempo… Demos que fazer ao raciocínio…

A «Depressão Económica Portuguesa», obteve a sachada para lançar a riqueza no País, no Erário Público GORDO ( 1992-2002 ) anunciado pelo Eng.º Guterres e seu Ministério. O Governo alargou a canalização dos encargos públicos, sem se «ralar» com contabilidade e fez subir o nível de vida dos portugueses, nunca antes atingido. Apologias soaram à genialidade da iniciativa de BONDADE. O Povo, ingénuo, acreditou … maravilha na «manga»…

Em 2001, ainda os sinos do triunfo tocavam e já pedia a demissão de Primeiro Ministro, alegando – por nós visto e ouvido na Televisão – o Ministério das «Finanças se encontrar em PÂNTANO…

Algo desajustado aconteceu. Não importa, onde a despesa seja superior à receita, a falência apronta-se a bater à porta da prodigalidade. Portugal, contava com o PIB do seu espaço e com ele sempre viveu, desde a sua fundação em 1143, com dificuldades, ainda por nós sofridas, que os felizardos ( até ver ) portugueses de hoje desconhecem. Recebeu da União Europeia, verbas avultadas para melhorar a vida dos cidadãos, mas especialmente para modernizar o PIB e obter melhores rendimentos, quando terminassem aquelas ajudas « provisórias».

O que os Camaradas e o Eng.º Guterres, influenciados pelo termo corriqueiro e descansado de GORDO, determinaram, não foi administrar com cautela, mas emborcar o rendimento nacional, mais os empréstimos ( não reembolsáveis ? ) da EU, em proveito da Assistência Social. A BONDADE, prevaleceu e distribuiu benesses. Não foi pecado… coisas de rapazes…

Resultou, contudo, no que viria a ser a «Depressão Económica Portuguesa», a primeira e mais grave de todas. Pelos diagnósticos de técnicos, faz presumir ficará de longa duração... ou incurável…

Observemos, agora o « estado de choque », predominante no Mundo.

Nos princípios desta crónica expusemos os condicionalismos equilibradores da « economia », até ao começo da Século XX : - MOEDA, COMÉRCIO, AGRICULTURA, INDÚSTRIA, SERVIÇOS E…

Para resolução de anomalias nos diferentes sectores, a MOEDA, ao serviço do Estado, era a «sacrificada» e repunha a ordem, em «fila indiana», como todos sabem.

A Assistência Social Oficializada, introduzida, por ideologias e emoções, - de boa lógica humana - no sistema, alterou, porém, por completo, a horizontalidade do movimento económico. A MOEDA, perdeu confiança e supremacia na circulação fiduciária. Deu lugar ao SALÁRIO, sobreposto como valor de mudança legal, liberto de combinações prévias ou posteriores, ilibado de obrigações extra, ainda que não chegasse ao bolso dos sem ocupação.

As populações ficaram mais GORDAS ( utilizando o termo do Eng.º Guterres ), mas o Estado, não pôde manter a autoridade a par com os dois valores. De um era «dono», do outro, participava em «critério» e responsabilidade, nivelando a balança na troca e venda. Perdendo, assim, quantidades e proporções, sobretudo pelos encargos gerais a subir sem compensação que o socorresse em questões imprevisíveis, encolheu-se a limpar a casa, tapando buracos e a apagar os fogos ameaçadores das estruturas.

Agora, juntando as particularidades comuns: - Em Portugal, afirmam os Economistas de nomeada - os portugueses passaram a viver acima do que lhe permitia o PIB. Mas o que aconteceu no Mundo inteiro, foi o mesmo… O aumento de «salário», promessa após promessa, dos candidatos a governar, melhora o indivíduo que o ganha. O Estado fica com a fama e acaba por não poder pagar a «factura», dos milhões a seu cargo.

À responsabilidade, acresce os «Deveres». De controlo, do pagamento ao desemprego e incapacidade da doença, da justiça, da segurança, da defesa, das roturas administrativa e «favores» partidários». Tudo sobe, em acordo com o movimento económico. E pesam no … cofre do Povo.

Os «Direitos», mencionados para valer, na relação de 1789, mas sobrevoando hipóteses de improvável colocação efectiva, subdividiram-se a favor da mão-de-obra. Mais deveres, mais carga para o Estado. Desta forma o SALÁRIO, alterado conforme a necessidade política ou protecção de votos do governante, foi destronando a MOEDA, como «fiscal» do poder económico. Pois que falta um valor que reponha, ao Estado, o equilíbrio de «riqueza» com o trabalho. Por isso, se vive em Portugal, acima das suas possibilidades. E se fazem dívidas…

Conhece-se que um dos objectivos de juventude idealista, se concentra em fazer prosperar esta posição. Mas uma das principais causas das DEPRESSÕES, é a balança pender demasiado para um dos lados. Entender e SABER demonstrar isto, obterá o agrado dos dois contendentes – Estado e Salário ( visto que «salário» não é só «dinheiro imediato») – será a solução da contenda. Diminuirá a gravidade das «depressões»… e dos endividamentos…

Até próximo.

14 de setembro de 2009

Nº 217 DEPRESSÕES …ABAIXAMENTO DE NÍVEL… MATEMÁTICA… A POLÍTICA…

O Mundo, ora carrancudo, ora sorridente, lá vai concorrendo para agradar aos seus habitantes com o aspecto pachorrento de animal bravio, para com a ingenuidade brincalhona da filharada. O Homem ao presenciar tal mostra de afeição no irracional, todo se comove na sementeira de iguais gestos, para o rebanho da inteligência.

Os órgãos da vista aprovaram como expressão de ideias e sentimentos, ou exemplos a pontificar na cortesia progressiva. E assim ficou na transmissão da fé e confiança.

As reacções do animal, porém, são abundantes e de feitios imprevistos. Amaciar o pelo de um felino, tanto pode receber o obrigado no ronrom da sesta, como arranhadura na mão carinhosa a interromper a soneca. A razão e a irracionalidade, convivem, amigavelmente, nos momentos do aparelho digestivo funcionar, munido de alimento.

Enquanto, na irracionalidade se encontra a congruência do génio travesso, na atitude racional, seguem-se desquites por fiascos próprios, desmarcando prova matemática, apesar de conhecer álgebra e geometria.

O Mundo atravessa penosa anemia financeira, a debilitar-lhe a capacidade de escoar o produzido pela mão de obra necessitada de salário. Uma paragem repentina, a provocar acidentes em milhões de lares da gente que trabalha.

Chamam-lhe «depressão» ou abaixamento de nível circulatório dos valores que servem o Homem. Será prosápia a juntar às muitas, na irresponsabilidade da culpa. Além do mais, esta palavra deveria ser repudiada do dicionário, pois após o derrame de partidos, deixou de haver culpados. Há «beatos», aguardando altar mais subido…

O Mundo, bóia no mar esbranquiçado pelas pinceladas no capelo das ondas e nas doutrinas que dão diplomas e privilégios no rasto das leis humanas. Quase nunca de fim venturoso. Ou duradouro… As economias, quase à tona… só a insignificância com a cabeça de fora, volta para trás… Mergulha… Deprime-se…A Depressão Económica.

E já não é a primeira vez… Em 1929, também aconteceu… Na mesma origem, na América, confessa em ambas as datas.

Serão estas sacudidelas inesperadas no normal mercado mundial, factos cíclicos, a resolver antes do desperto da manhã, ainda entontecido com o sono por acabar, ou acontecem na pressa de chegar à concordância social, sem solução de empecilhos armados na malha de acordos e preceitos regulados pelo poder político?

Cremos ser a soberania, a autoridade a quem competirá decompor a questão e dar o veredicto nos efeitos da análise. Mas antes, uma retrogressão ao que se relaciona connosco, com as atribulações no nosso País.

Portugal, cruza-se, actualmente, com depressões de diferentes origens e aspectos.

»Económica – privada», a mais visível e constatada nas refeições das 24 horas do dia, introduzida nos hábitos, pelo Eng.º Guterres em 2001, convertida a longa duração, pela dificuldade que sentem os seus sucessores em fechar as torneiras da despesa, abertas por negligência na utilização da álgebra em todos os pormenores. A «Económica – Mundial», lançando na segunda metade de 2008, epidemia sem demarcação de territórios, constrangendo a por mais água na sopa e definhando a manja nos lares. A «Moral», com semelhante duração diária, a estrangular costumes, maneiras de fazer leis, modos de as cumprir e alevante de dúvidas nos técnicos especialistas na oficina, onde as produzir. O «Receio» do aumento da percentagem na extrema pobreza, dos 10% actual, para mais quantidade indeterminada, no amanhã que já desponta no horizonte. O « Corpo Franzino», cada vez mais fraco, apesar das promessas falhadas do Senhor Sócrates, maldizendo o ditado de que a « cão magro não lhe faltam pulgas ».

Dedos indicadores, apontam, de mau humor, a América, a pecadora confessada, como a única responsável do desastre à vista… Processo fácil de alijar responsabilidades, da outra parte, igual transgressora dos males que avassalam o Mundo.

Portugal, pela vulnerabilidade acrescida pelas más consequências da… impensada «descolonização », pouco pode alterar em remédios, finanças e valor territorial.

Alguns Governantes e amigalhaços, contudo, permitem-se dar mostras de importância representativa do que já foi e… agora desempenha «refúgio» de dez milhões de concidadãos, mal guardados de fronteiras e de dissolutas hesitações de Fé …

De descrença na defesa… ( recusamos acrescentar o que nos ocorre )…

Tentemos reconstituir acontecimentos, para deles retirar elementos explicativos.

O Eng.º Guterres, está demonstrado, pelos nossos mais proeminentes «Economistas», abriu a circulação do rendimento real público, em maior caudal, do que permitia a responsabilidade administrativa. Deu como consequência, subida do nível de vida, mais alta do que permitia o Erário Público. O mesmo Eng.º Guterres, ainda no seu mandato, averiguou e confirmou, ao pretender saudar a BONDADE, ter cometido falta grave, resultando em PÂNTANO, no ministério das Finanças. Com coragem e dignidade, pediu a demissão e… «ausentou-se»…depressa… Não se coibiu, todavia, de ser humilde… Honra lhe seja.

Donde, sem dificuldade, se passa da causa para o efeito e deste para o poiso dos pés no Planeta Terra. A Educação, a Instrução, são elementos base no desenvolvimento passo a passo, do animal PENSANTE. É o próprio aperfeiçoamento intelectual, o atractivo, ou o expediente para que a BONDADE seja aplicada na proporção dos valores sociais. Não basta, por isso, em altos sons, exibir «boa alma» para exteriorizar «boa pessoa». Ou partido ideológico...

É preciso SABER ser BOM. E o SABER, não se aprende em tertúlia de filosofias soletradas à mesa do café, ou regras a decorar.

Este é o problema que se põe, nos aumentos prometidos por todos – TODOS – os pretendentes a ocupar cadeira do «poder». Em Portugal, na Europa, na América, nos restantes continentes. Também se toma como verdadeira, a sentença de quem gasta mais do que recebe, vai cair no atoleiro da falência.

Não será como a parábola do « Filho Pródigo». Este, o «Filho Pródigo», na retoma da consciência e regresso ao abraço paterno, encontrou o perdão pronto e lúcido, a uma continuidade que já vinha de muitos Pais e Filhos do mesmo sangue. Foi sacrificado o BEZERRO GORDO para o banquete de recolha dos «amores do Filho e do Pai perdidos». Houve festa… Hosanas voltaram a cantar-se no triunfo da casa paterna… o amor familiar…sobressaiu …antepôs-se à desautorizada autoridade protectora… Cedeu, a autoridade sensível…

A introdução da rigidez dos números e da demonstração dos problemas reais, porém, não prometem regozijo na sentença que vier a ser projectada no Povo. O culpado, por não acertar o voto nas pessoas atinadas e inocente por prestar mais atenção ao trabalho e à Família, do que nos revezamentos de quem passará a mandar.

Por conseguinte, os dilemas em critérios, qual deles o menos esdrúxulo, perturbam o votante, possivelmente, futura vítima da sua desatenção ao alvo do acerto em cheio. O afastamento na muche, todavia, redunda em isolamento da finalidade. Perda de pontos e devolução das verbas gastas, mas não ganhas com o suor pingado no cálice do patriotismo. A recessão…

Os portugueses, ganharam desafogo económico e pensaram ter ganho a sequência de lotarias» para o futuro. E, assim seria, se a lógica obrigasse a União Europeia, a adoptar-se Mãe e Pai, dos Países «não alinhados», em adequar o seu PIB, ao nível da evolução social.

Mas o que o Eng.º Guterres, no empenho de representar um partido de «bondade» inexcedível para com o trabalhador, legislou de palpite. O resultado positivo aparente em 2001, não foi decisão única. Todos os Países do Mundo o têm feito e continuam a pedir e repisar, até entrada no folclore da propaganda.

O PIB, por si se define: - Produto Interno Bruto.

Inclui a MOEDA, a facilitar trocas, compras e vendas e a reprimir, tanto quanto o esforço , os valores em transacção, produtos agrícolas, industriais, imobiliários, etc. .

Os Estados, sempre guardaram para si, esse valor referência da MOEDA, no intuito, de «educarem as permutas, os câmbios, a convivência comercial e social dos povos. Não obstante a legalização pelo Estado, sempre sofreu desvalorizações pelos tempos fora, corrigidas de acordo com a ambiência administrativa, interna e externa.

O desenvolvimento progressivo do Homem, contudo, irrequieto na calma e… na violência, por graça das virtudes e defeitos, ou para tapar maldades incontroláveis, tendeu forçar os benefícios da ciência e técnica, a abranger a maioria das populações. A História regista esta tendência, conquanto amalgamada em actos à revelia da moral.

A Revolução Francesa deu a badalada de poupança, em 1789. Alarme, a predizer revindicações fundamentadas em sistemas ou doutrinas idealizadas. O temor assentou arraiais, deu mostras de avanço, mas não foi por diante por o PIB, não possuir volume de bens e serviços suficientes para « pagar as despesas daí, advenientes».

De então para cá, a Filosofia desenvolveu um sem número de hipóteses, baseadas nas experiências grega e romana e, por fim, no Século XX, não sem repelências merecedoras de exame qualitativo e quantitativo, se chegou a acordo de princípio.

Deu-se prosseguimento às «Albergarias, anexas aos mosteiros, já actuantes em 1097, a remediar as carências dos menos capazes de se bastarem a si próprios. E, também, à Assistência às viúvas dos oficiais do exército, em 1325, fundação dos Hospitais, por D. João II, em 1497 e da primeira Misericórdia, em 1498, pela Rainha D. Leonor, da qual se espalharam, aos poucos, por todos os concelhos do Continente, Ilhas Adjacentes e possessões em África, América e Ásia, portanto, para o Portugal unido em herança cultural e histórica.

Foi essa perseverança que, no Século XX, congregou a ASSISTÊNCIA SOCIAL, sob a salvaguarda da questão ser observada em plano acima dos conceitos apensos às leis naturais. A Filosofia, equipada de projectos e capacidade de escolha dos melhor parecidos com a Natureza e necessidades humanas, ganhou a competição de salvaguarda da esperança de apaziguamento das preocupações em ebulição nos cinco Continentes.

Venceu a empreitada, o conjunto de sistemas ou doutrinas estabelecidas.

O espaço terminou… mas não a crónica…

Até próximo.

7 de setembro de 2009

Nº 216 A MATEMÁTICA EM ACÇÃO… PROBLEMAS… TEOREMAS

É sabido o estado de equilíbrio das Nações depender da solidez do PIB e dos equivalentes valores circulantes, o motor da rodagem da economia, se bem dirigida pela «moeda», cunhada para valer no comércio, indústria, imobiliário e acompanhantes. Esta regra, acolhida como a forma aproximada de evitar abusos nas permutas, com fim lucrativo e os valores se não desviarem uns dos outros. Desde antes de Afonso Henriques já desempenhava o seu «papel».

Na nossa crónica nº 215, citámos o programa televisivo de 11-05-2009, «Prós e Contras», constando da apresentação dos 13 candidatos a representar Portugal, junto da União Europeia. Testemunhamos respeito aos 13 portugueses, inteligências em serviço ao Povo e, em particular, à divulgação dos seus ideais. Nos países de 40, 50, 60 e mais milhões de habitantes, há quantidade a menos de pretendentes, o que nos distingue a ousadia de mais ampla panorâmica política ( afinal, continuando estática ) ou maiores hipóteses a solavancos sociais… ( na realidade, persistentes a fazer moças ).

O realce do que lhes era importante, constou da individualidade do encargo recebido dos seus partidos, como gestação de novas sociedades, eleitas para rectificarem a anomalia que enferma o nivelador dos altos e baixos no organograma humanizado. Nos olhos, a maravilha da vitória antecipada. Nas palavras, a convicção a pedir licença para passar… A verdura da juventude, ensoberbecida com os «direitos» de 1789… a sugerir o oráculo da felicidade , de gene mitológico…

Mesmo tombando para «relógio de repetição», relembremos:

Da resistência do PIB e do movimento dos valores reais, se tiram as medidas do poder que encerra na ambiência sustentável. Não é, contudo, na fusão dos dois, para uma só proposição - do PIB e da circulação do produzido - a claridade da confiança, no êxito do resultado a atingir.

A matemática presta serviço aos pontos merecedores de discussão e propõe-se resolve-los, reunidos em problemas e teoremas, conduzindo a indispensável veracidade ao que se pretender demonstrar para chegar à meta equilibrada. As questões enroladas em dificuldades, de igual forma, somente após compreendidas e explicadas, poderão ser solucionadas. São o «problema» matemático, completo.

Primeiro, tirar as roupagens do PIB, para saber e demonstrar o «esqueleto» do verdade, na influência da acção associativa.

Este pormenor, será uma chamada de atenção para as exposições dos candidatos à União Europeia. À semelhança das disputas políticas, o tema em evidência, correspondeu à canalização das regalias sociais. A intenção de aplanar o bem estar das pessoas acalorou o debate televisivo e a susceptibilidade dos assistentes. E a nós, também. Mas pesarosos éramos…de pesarosos, nem de milímetro passámos.

Da palavra falada e da palavra escrita, do conhecimento aberto à liberdade de pensar, sobre as questões base, para alcançar a concordância universal, a nossa atenção, desde a dúvida, tem ficado retida, na ideologia agressiva, a afunilar os raciocínios para num mesmo princípio, se obterem todos os elementos na finalidade proposta. O facto extraordinário do PIB, de qualquer país, enfartar os cofres públicos, aonde as ilimitadas petições, podem e devem ser satisfeitas. Uma estranheza particular, ou uma imitação, para não ficar inferior ao «cesto de pão» do Sermão da Montanha… Claro!... sem «bem-aventuranças»…

A aspiração, tanto pode ser alimento, como desgaste no decorrer da vida.

Influencia a consciência no complemento do respeito e elevação do intelecto humano, ou desacredita a fama, no equívoco aprendido sem alicerce dedutivo da verdade.

Tal ilação, guia-nos a outro caminho, se não novo, mas acessível para ordenar ideias e, pelo menos, retocar conceitos, estabilizados em hábitos e tradições.

A política que se tem mostrado de acção visual orientadora, mas de resultados de nota baixa, a pagar pelo Povo que vai sofrendo meio calado, meio sorumbático, utiliza a «filosofia» recebida de inteligências privilegiadas, na solução de questões, afins à aritmética e dos parentais matemáticos.

Das «hipóteses», ou colocação de vias diferentes para encaixe da lógica, o aspecto exterior, assemelha empreitada de bom conserto. Pouco tempo passado, todavia, põem-se culpas ao empreiteiro, porque a «obra», arruinou. As certezas, afinal, não passaram de hesitações mal plantadas no terreno, desenraizadas pelo «sopro» da teoria dedutiva.

Na proposição final do raciocínio, o remendo satisfez, mas a duração apresentou o logro do que veio envolto em «hipótese», ou explicação teórica a farejar consequências lógicas. E é, de engano a engano, que as sociedades se vão deteriorando, em usos, costumes, leis… e na confiança aos governantes.

De volta aos concorrentes à União Europeia, o ânimo a «boa figura», exteriorizou-se em frases agradáveis, medidas em promessas sensíveis a soluções em maturação, porém, conciliadoras da juventude com «direitos» de esperança possível, mas vacilantes, diante do milagre sobre terrestre, do produto interno – o PIB -, bastar às populações crescentes no número e cómodos existenciais. O ateísmo conhecido nos baldões de cátedra e tribuna, não crê em factos sobrenaturais, mas neste, é seu defensor apaixonado…

Fácil de crer e confiar, a dedução filosófica. Satisfaz a petulância partidária e abafa a desilusão do real, palpável e aromático, posicionando a física, como argumento amovível e marginalizável…

Se, porém, como já tivemos ocasião de perceber, há imaterialidade em excesso, nada mais natural, virarmo-nos para método mais coeso e de sentido onde melhor guardar a lógica que, por si própria, tenta evitar contradições e erros.

Como o modo de concluir, se difunde em operações da mente ( já tentadas e postas em uso, improdutivas por mau embrião) e da materialidade, ainda por descobrir processo resistente a rupturas, a chamada à matemática é proposta a aceitar.

Batemos à porta dos «problemas e teoremas», esperançados de algum nos valer na manutenção da vida, neste planeta a circular em torno do Sol, sem outro a acenar-nos poiso garantido e clima saudável.

Concisamente, recordamos «problema», como difícil proposta, para lhe ser dada solução. Pode ser indeterminado, admitindo infinidade de soluções. Mas todas subjugadas, não ao tempero repentista ou cozinhado em partido, mas na «tabuada» de números e provas convincentes.

O «Teorema», proposição demonstrável, irreverente a propaganda, sugere boa relação com a sinceridade do Povo. De uma «hipótese» se chega à «tese», mas para demonstrar esta, é indispensável aquela ter sido demonstrada em todos os seus postulados e definições. Levanta-se, assim, a «verdade» acessível ao Homem Comum, permitindo a aplicação do voto, de modo a melhor clarear a preparação dos oradores, proponentes a governantes dos valores dos cidadãos, ligados pelas mesmas, língua, tradições, costumes, aspirações, usufruindo do trabalho herdado dos antepassados e do suor, encharcando medos do presente.

O «poder» de governar, não deverá, ou não deveria, subir a tribuna reservada à eloquência, a enfeitar ramalhetes de propostas, sem antes ou depois do exercício, apresentar credencial de competência e rectidão. Atirar baforadas de grandes planos, para enganar o voto do trabalhador, dedicado a esforçar-se na atenção ao seu ofício, cremos constar em artigo legal, a merecer intervenção da equidade das pessoas e deveres morais.

Portugal, a Europa, o Mundo, estão enfartados dos mensageiros de promessas. E, quando não adiadas por, na realidade inexistentes, trocadas por quinquilharia de feira, para agrado de menino do monte e da ceara…

Os OCS, Órgãos da Comunicação Social, recebem «de bandeja», as notícias velhas sempre novas, das arruaças, nas cidades, nos campos, nas escolas, a doar noticiário, reflectido no lucro, que deveria chegar por meios mais sãos. Corresponde à deslealdade para com os amigos, a mistura do Povo, a felicidade da criança e do adolescente. Destrói os sonhos das gentes, da civilização, das Famílias …do Homem que, por parentesco, adquiriu o pensamento para espalhar a bondade.

Na corrida, ao lado da ciência e da técnica, a infelicidade ganha vantagem. Paradoxo, quase confundido com os louros do triunfo…

O encolhimento do Mundo, por via da rapidez dos transportes e restantes comunicações, repercute-se nas leis, durante séculos e a muito custo inventadas para harmonização das relações dos direitos e deveres, esteios da civilização. A verdade, a honra, a vergonha, o brio da respeitabilidade, inventos humanos para fazerem descer punições e evidenciar a diferença da importância da emoção agradável, é o próprio ser humano a anulá-los do convívio e das obrigações para com o semelhante.

É somatório de virtudes, que se pretende venha a desaparecer, ao abrigo de uma fantasiosa liberdade, antecipadamente preparada em oficina de ferreiro, no exterior c flores vermelhas, no interior, especializada em anéis de ferro, para candeeiro preso no teto, ou nos pés e mãos de quem continuar a cumprir o que fora educação e justiça. O Homem, não o está a preferir. Mas a deixar-se levar, confuso na verbosidade de aproveitadores da ingenuidade do trabalhador, mais atento à Família, que a aventuras de ambições destravadas…

Até próximo.