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Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

7 de setembro de 2009

Nº 216 A MATEMÁTICA EM ACÇÃO… PROBLEMAS… TEOREMAS

É sabido o estado de equilíbrio das Nações depender da solidez do PIB e dos equivalentes valores circulantes, o motor da rodagem da economia, se bem dirigida pela «moeda», cunhada para valer no comércio, indústria, imobiliário e acompanhantes. Esta regra, acolhida como a forma aproximada de evitar abusos nas permutas, com fim lucrativo e os valores se não desviarem uns dos outros. Desde antes de Afonso Henriques já desempenhava o seu «papel».

Na nossa crónica nº 215, citámos o programa televisivo de 11-05-2009, «Prós e Contras», constando da apresentação dos 13 candidatos a representar Portugal, junto da União Europeia. Testemunhamos respeito aos 13 portugueses, inteligências em serviço ao Povo e, em particular, à divulgação dos seus ideais. Nos países de 40, 50, 60 e mais milhões de habitantes, há quantidade a menos de pretendentes, o que nos distingue a ousadia de mais ampla panorâmica política ( afinal, continuando estática ) ou maiores hipóteses a solavancos sociais… ( na realidade, persistentes a fazer moças ).

O realce do que lhes era importante, constou da individualidade do encargo recebido dos seus partidos, como gestação de novas sociedades, eleitas para rectificarem a anomalia que enferma o nivelador dos altos e baixos no organograma humanizado. Nos olhos, a maravilha da vitória antecipada. Nas palavras, a convicção a pedir licença para passar… A verdura da juventude, ensoberbecida com os «direitos» de 1789… a sugerir o oráculo da felicidade , de gene mitológico…

Mesmo tombando para «relógio de repetição», relembremos:

Da resistência do PIB e do movimento dos valores reais, se tiram as medidas do poder que encerra na ambiência sustentável. Não é, contudo, na fusão dos dois, para uma só proposição - do PIB e da circulação do produzido - a claridade da confiança, no êxito do resultado a atingir.

A matemática presta serviço aos pontos merecedores de discussão e propõe-se resolve-los, reunidos em problemas e teoremas, conduzindo a indispensável veracidade ao que se pretender demonstrar para chegar à meta equilibrada. As questões enroladas em dificuldades, de igual forma, somente após compreendidas e explicadas, poderão ser solucionadas. São o «problema» matemático, completo.

Primeiro, tirar as roupagens do PIB, para saber e demonstrar o «esqueleto» do verdade, na influência da acção associativa.

Este pormenor, será uma chamada de atenção para as exposições dos candidatos à União Europeia. À semelhança das disputas políticas, o tema em evidência, correspondeu à canalização das regalias sociais. A intenção de aplanar o bem estar das pessoas acalorou o debate televisivo e a susceptibilidade dos assistentes. E a nós, também. Mas pesarosos éramos…de pesarosos, nem de milímetro passámos.

Da palavra falada e da palavra escrita, do conhecimento aberto à liberdade de pensar, sobre as questões base, para alcançar a concordância universal, a nossa atenção, desde a dúvida, tem ficado retida, na ideologia agressiva, a afunilar os raciocínios para num mesmo princípio, se obterem todos os elementos na finalidade proposta. O facto extraordinário do PIB, de qualquer país, enfartar os cofres públicos, aonde as ilimitadas petições, podem e devem ser satisfeitas. Uma estranheza particular, ou uma imitação, para não ficar inferior ao «cesto de pão» do Sermão da Montanha… Claro!... sem «bem-aventuranças»…

A aspiração, tanto pode ser alimento, como desgaste no decorrer da vida.

Influencia a consciência no complemento do respeito e elevação do intelecto humano, ou desacredita a fama, no equívoco aprendido sem alicerce dedutivo da verdade.

Tal ilação, guia-nos a outro caminho, se não novo, mas acessível para ordenar ideias e, pelo menos, retocar conceitos, estabilizados em hábitos e tradições.

A política que se tem mostrado de acção visual orientadora, mas de resultados de nota baixa, a pagar pelo Povo que vai sofrendo meio calado, meio sorumbático, utiliza a «filosofia» recebida de inteligências privilegiadas, na solução de questões, afins à aritmética e dos parentais matemáticos.

Das «hipóteses», ou colocação de vias diferentes para encaixe da lógica, o aspecto exterior, assemelha empreitada de bom conserto. Pouco tempo passado, todavia, põem-se culpas ao empreiteiro, porque a «obra», arruinou. As certezas, afinal, não passaram de hesitações mal plantadas no terreno, desenraizadas pelo «sopro» da teoria dedutiva.

Na proposição final do raciocínio, o remendo satisfez, mas a duração apresentou o logro do que veio envolto em «hipótese», ou explicação teórica a farejar consequências lógicas. E é, de engano a engano, que as sociedades se vão deteriorando, em usos, costumes, leis… e na confiança aos governantes.

De volta aos concorrentes à União Europeia, o ânimo a «boa figura», exteriorizou-se em frases agradáveis, medidas em promessas sensíveis a soluções em maturação, porém, conciliadoras da juventude com «direitos» de esperança possível, mas vacilantes, diante do milagre sobre terrestre, do produto interno – o PIB -, bastar às populações crescentes no número e cómodos existenciais. O ateísmo conhecido nos baldões de cátedra e tribuna, não crê em factos sobrenaturais, mas neste, é seu defensor apaixonado…

Fácil de crer e confiar, a dedução filosófica. Satisfaz a petulância partidária e abafa a desilusão do real, palpável e aromático, posicionando a física, como argumento amovível e marginalizável…

Se, porém, como já tivemos ocasião de perceber, há imaterialidade em excesso, nada mais natural, virarmo-nos para método mais coeso e de sentido onde melhor guardar a lógica que, por si própria, tenta evitar contradições e erros.

Como o modo de concluir, se difunde em operações da mente ( já tentadas e postas em uso, improdutivas por mau embrião) e da materialidade, ainda por descobrir processo resistente a rupturas, a chamada à matemática é proposta a aceitar.

Batemos à porta dos «problemas e teoremas», esperançados de algum nos valer na manutenção da vida, neste planeta a circular em torno do Sol, sem outro a acenar-nos poiso garantido e clima saudável.

Concisamente, recordamos «problema», como difícil proposta, para lhe ser dada solução. Pode ser indeterminado, admitindo infinidade de soluções. Mas todas subjugadas, não ao tempero repentista ou cozinhado em partido, mas na «tabuada» de números e provas convincentes.

O «Teorema», proposição demonstrável, irreverente a propaganda, sugere boa relação com a sinceridade do Povo. De uma «hipótese» se chega à «tese», mas para demonstrar esta, é indispensável aquela ter sido demonstrada em todos os seus postulados e definições. Levanta-se, assim, a «verdade» acessível ao Homem Comum, permitindo a aplicação do voto, de modo a melhor clarear a preparação dos oradores, proponentes a governantes dos valores dos cidadãos, ligados pelas mesmas, língua, tradições, costumes, aspirações, usufruindo do trabalho herdado dos antepassados e do suor, encharcando medos do presente.

O «poder» de governar, não deverá, ou não deveria, subir a tribuna reservada à eloquência, a enfeitar ramalhetes de propostas, sem antes ou depois do exercício, apresentar credencial de competência e rectidão. Atirar baforadas de grandes planos, para enganar o voto do trabalhador, dedicado a esforçar-se na atenção ao seu ofício, cremos constar em artigo legal, a merecer intervenção da equidade das pessoas e deveres morais.

Portugal, a Europa, o Mundo, estão enfartados dos mensageiros de promessas. E, quando não adiadas por, na realidade inexistentes, trocadas por quinquilharia de feira, para agrado de menino do monte e da ceara…

Os OCS, Órgãos da Comunicação Social, recebem «de bandeja», as notícias velhas sempre novas, das arruaças, nas cidades, nos campos, nas escolas, a doar noticiário, reflectido no lucro, que deveria chegar por meios mais sãos. Corresponde à deslealdade para com os amigos, a mistura do Povo, a felicidade da criança e do adolescente. Destrói os sonhos das gentes, da civilização, das Famílias …do Homem que, por parentesco, adquiriu o pensamento para espalhar a bondade.

Na corrida, ao lado da ciência e da técnica, a infelicidade ganha vantagem. Paradoxo, quase confundido com os louros do triunfo…

O encolhimento do Mundo, por via da rapidez dos transportes e restantes comunicações, repercute-se nas leis, durante séculos e a muito custo inventadas para harmonização das relações dos direitos e deveres, esteios da civilização. A verdade, a honra, a vergonha, o brio da respeitabilidade, inventos humanos para fazerem descer punições e evidenciar a diferença da importância da emoção agradável, é o próprio ser humano a anulá-los do convívio e das obrigações para com o semelhante.

É somatório de virtudes, que se pretende venha a desaparecer, ao abrigo de uma fantasiosa liberdade, antecipadamente preparada em oficina de ferreiro, no exterior c flores vermelhas, no interior, especializada em anéis de ferro, para candeeiro preso no teto, ou nos pés e mãos de quem continuar a cumprir o que fora educação e justiça. O Homem, não o está a preferir. Mas a deixar-se levar, confuso na verbosidade de aproveitadores da ingenuidade do trabalhador, mais atento à Família, que a aventuras de ambições destravadas…

Até próximo.