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Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

11 de maio de 2009

Nº 205 A VANGLÓRIA DE ATINGIR GRANDEZAS… PODERÁ VIR A SER A FUNDURA DA VERBOSIDADE

No tosco projecto apresentado à sociedade pelos angariadores de votos para Ministros Mandantes, consta o traçado de uma «semi-recta», a representar o trabalho oficial, simples, corriqueiro, fácil…de «perna leve».

Após a assinatura de posse, contudo, são fracas todas as forças, para se agarrarem a uma ponta, amarrarem-lhe ideologia, elevarem-na a pedestal e fazerem-na rodar com os três reinos – animal, vegetal e mineral - dependurados na outra ponta, na base lisa.

A semi-recta forma, assim, um «cone», servindo o vértice de posto de comando e as geratrizes, a superfície inclinada e escorregadia, onde terão de compartilhar a regência, ao compasso de autoridade responsável.

Para maior relevância no cargo, chamam-se a si próprios, de chefes democráticos e ao sistema, de acordo com o estilo prevalecente, metido no ouvido dos refugiados no trabalho, de «Democracia».

Com esta «couraça» de poder, «mandam»…e têm «comandado, desde 1974, até aos nossos dias, atingido o Século XXI.

O que já não é passado, porém, não se apresenta bonançoso. As previsões das trombetas financeiras e económicas, soam, dia a dia, mais roufenhas a acompanhar chaminés de fumaceiras a encobrir silhuetas de estatísticas de aspecto incolor, e preocupações a desfazer oráculos desengodados de alucinações altruístas. O escuro misterioso, fechado pelo traumatismo da desilusão e conspurcado pela irrelevância à verdade, ameaça o respeito pelo trabalho - o suporte das Famílias.

A decadência da «arte» de garantir a vida, está a tornar-se contrariedade incontrolada e «atracção para escarpas em «buracos perigosos». O «conforto» discursado pelos responsáveis do mergulho, mancham a própria sensibilidade do ser humano. E mais fundo, se atolados nas complicações económicas e financeiras, criadas por quem as deveria ter evitado, se lhes não faltasse talento, aptidão e nível… na habilitação experimentada na verticalidade do estudo, cônscio da Lei e do dever.

Mais importante que o País e o semelhante, pontifica o partido. E a ideologia milagrosa, se bem que inactiva e incapaz de forçar a suspensão do lamento desastroso que se aproxima e irá magoar a ousadia de entrosar o desfazer da unidade, batalhada por antepassados valorosos no heroísmo e na crença de ser possível vencer os tempos e deixar herança de bravura e senso de independência, face a baixa corruptiva patriota.

Deixar de querer bem à Pátria, também é corrupção e acumula todos os seus efeitos. Perverte o amor aos antepassados e nega ao afecto, o futuro dos descendentes. Destaca a insolência e atropela a personalidade.

A «falsa fé» na audiência do discurso lusíada, tem vindo a suplantar a coragem de luta, para que não venha a acontecer outro 1640, exigente de sacrifícios para os nossos descendentes. Com duvidosas possibilidades de êxito, mas certezas de espinhos na carne e nos corações.

Porquê, a embrulhada interrogação que avassala o Mundo, a nossa Europa, o nosso Portugal? Haverá razões para tanto alarme, depois das repercussões ouvidas a cada instante das quatro partes do Planeta Terra ?

O que acontece, situa-se no Planeta, donde a emigração – até agora – não é possível. No intuito de amenizar o impasse para o encontro de bifurcação salvadora, foi entregue ao pensamento, de bandeja, o direito de se fazer obedecer. E, com este «direito», desgarrado da razão insubstituível da «matéria», em 1789, se relacionaram os nascidos restantes, para «impor» no limitado «Produto Interna Bruto» (PIB), os encargos «ilimitados» na mantença do «Homem» e todas as suas necessidades, extensíveis à entrada e saída das ideias. A inteligência francesa resolveu, acompanhada da máquina da degola em funcionamento ( de baptismo guilhotina), os problemas aflitivos da «revolta» ensanguentada e plena de «terror», a que era preciso dar aspecto de antes do «pecado original». Oferecer «direitos», mesmo que nunca viessem a ser praticados. Engrinaldaram medonhas ofensas ao Homem, com os falazes «direitos» que só chegam aos afortunados em parentelas ou amizades.

A «Revolução Francesa», rendeu-se ao imperador Bonaparte. O Mundo, alquebrou-se à França. O medo, interpôs-se a resolver a Paz.

O Homem…a contar consigo próprio…não se rendeu, nem se alquebrou…ficou submetido à Natureza do Planeta… Donde, afinal, não há provas de evasão à rigidez dos princípios, nem acrescento de áreas de produção multiplicada.

As reacções em cadeia, às subtilezas das contra-testemunhas aos argumentos dos «estenderetes» administrativos, intermedeiam carências de conhecimentos e atenção à rigidez do Planeta, perante o largo espaço, avistado do «posto de comando» situado no vértice do cone da ideia.

Temo-nos obrigado a identificar nomes, de actores, sobejamente conhecidos, no estímulo de governar um pequeno território com 10 milhões de habitantes. Relembramos o orgulho do Dr. Mário Soares, em 1974, ao apresentar, como exemplo, o «BOLO» do Erário Público Português, no Coliseu Micaelense, de valor reconhecido suficiente, para terminar, com os transtornos de todas as encrencas nacionais.

Estamos a ver o rosto sorridente à confiança no futuro, do Eng.º Guterres, ao anunciar o GORDO Tesouro Público, distribuído aos necessitados pelo « sentimento de solidariedade do seu Ministério, único no Século XX Português.

Assistimos ao aparecimento do Eng.º Sócrates, como 1º Ministro, com o seu sorriso vaivém, alegre e não tanto, a prometer o optimismo do Dr. Soares e a fartura do colega Eng.º Guterres.

Hoje, desgosto pungente, vemos o BOLO do Dr. Soares, mais diminuído do que um rebuçado de mentol para o catarro das constipações. O Tesouro GORDO, foi anunciado na hora da cantata de despedida em «solo», a boiar em pântano. As promessas, à luz fosca de lamparinas vacilantes, são adiadas, pelo sorriso descorado de sua excelência o Eng.º Sócrates, enquanto se continua a esvair para o mar «tormentoso» do porvir o que resta da GORDURA, do cofre do Povo. Tristeza no presente…ansiedade, quanto ao futuro.

Mas a vida continua ao compasso da matraca a inocentar actos e danos.

Os dois ex Primeiros Ministros e o ainda en funções, deixam-se levar nas ondas do tempo.

O Dr. Soares, varia a receita para o Humanismo», como o melhor entendimento entre os promotores a «humanos». Nesta inspiração astuciosa, desloca os seus ideais de sempre, para a sarjeta dos já saídos da confiança e influência associativa. Ou então, repensou fazer contas, para certificar, se o rendimento dos PIB (singelos, sem Expansibilidade, ou Infindáveis) são suficientes para facilitar a igualdade prometida e não cumprida.

Atropela o esforço para mais nivelados objectivos. Intimida barricada do trabalho com o manto diáfano Queirozeano. Troca, no mesmo espaço, a fantasia vertida em doutrinas fatalistas, recusando contrição a um passado, desavindo com a rectidão patriota e audiência com a «arraia miúda». Com o agasalho da modéstia, fez-se «rei»… ou presidente de «perfil» único, no Portugal, perdido em ideologias, desencontradas com a realidade.

Para o «que der e vier», escora-se na enfiada de trambolhões económicos e financeiros, reflectida da América para o resto do Mundo, nos finais de 2008.

Tem esperança que, desde a tomada de posse em 20 de Janeiro, de 2009, o novo presidente Obama, vai resolver as fatalidades caídas, também, na administração portuguesa.

Até próximo.