América América

Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

23 de fevereiro de 2009

Nº 197 GUERRAS PASSADAS…ENSINAM A EVITAR FUTURAS…

A crónica anterior, terminou com os três factos mais importantes na alvorada da Idade Moderna: 1 -A realeza a retomar a supremacia, o garante da autoridade; 2 – As viagens das naus portuguesas, a descobrir e MODERNIZAR a ainda incógnita do Mundo; 3 - Os inventos de auxílio aos humanos a transpor o horizonte da ciência.
Não fora Portugal uma Nação Pequena, as águas do baptismo derramariam para IDADE PORTUGUESA, termo técnico bastante mais verdadeiro, pois foram os portugueses a «modernizar» a geografia, os povos desconhecidos até então, a misturar costumes e sentimentos, a abrir novos rumos e portos, a aperfeiçoar transportes para chegar longe… mais longe do que nunca e menos cansaço na obtenção das mercadorias, diferentes sabores e vestimentas. E abrir aos sentidos, as nuances da arte ou os acrescentos à beleza e aperfeiçoamento do sistema nervoso em complemento da civilização.
Perguntamo-nos, se as nossas divagações, são tropeços distraídos ou recordações necessárias à gratidão e respeito aos nossos antepassados. Por escrito ou verbalmente, transmitimos o que resta da experiência na fase da barbárie e no releio da História, sem preconceito no uso do martelo de juiz.
O que temos estado a recordar, abrange, tão somente, a compreensão da realidade europeia. Excessiva farfância da influência intelectual, em desigualdade com as produções totais, para, de forma geral, distribuir o rendimento «idealizado» para cada europeu.
A História até agora revista, incluindo a Idade Média, mostra abundância ininterrupta de aguerridas pendências. A que terminou, não sem chacina, mas menos sangrenta, foi a assinatura da « Magna Carta », em 1215, até porque representou a predisposição para o abrandamento do «humano», para com a Lei e o semelhante.
O «Mandamento» de Cristo, para ser obedecido, requer paz no aparelho digestivo. As Legiões Romanas, organizaram-se contra a surripiagem do seu trabalho nos terrenos alagados e pouco produtivos no Lácio.
A princípio, varapaus e utensílios de metais, serviram de armas eficazes, na defesa dos celeiros . O advento do ferro, trouxe melhorias na arte de matar e, depois o exército nunca mais deixou de ser indipensável, no combate ao instintivo acto de acrescentar ao seu, o que é de outrem.
Sabido que a seguir às guerras se transformam usos, costumes, conhecimentos e realizações a alterar métodos e comportamentos sociais e políticos na mecânica da têmpera humana. Dedutível, por isso, que ao enxame das europeias, se tivessem embutido, ao lado de factos negativos, outros mais de efeitos positivos. A igualdade é um projecto do Homem e, como tal, tem preparação longa, mas fim limitado no temp
Portugal, solitário e escondido na Península Ibérica, trabalhou para ser moderno e espalhou o que de bem daí adveio no avanço do progresso.
Idade Moderna, não sugere os factos. Idade Portuguesa, simboliza os actos extra-humanos, praticados pela coragem, esforço e financiamento de nascidos no Portugal lutador para merecer a independência, perante o resto do Mundo assombrado, mas aproveitador das oportunidades, para saborear lucros onde fossem rebentando fontes lucrativas.
Às grandes andanças de guerreiros e amorosos, os povos dedicam especial atenção ao rasto das cicatrizes de cura do que ficou no corpo e na dor guardada na sensibilidade.
A Idade Moderna, segundo a enciclopédia, adoptou coisas nunca presenciadas, no adiantado ponto de vista técnico e científico. Com deformidades e temperanças, foi a movimentação dos exércitos e as sequelas deixadas nos corpos e na parte inteligente dos que sofreram os embates e as consequências dolorosas, o que serviu de impulso às melhorias do entendimento europeu. Algo, porém, continuou a matutar na mobilidade do sentimento humano e a duvidar de soluções definitivas, tenham elas origem na boa fé dos Homens, rebentem de armistícios eternos, ou juras de amizades dos amores mais profundos. Fatias de desconfiança, servem-se em todas as lautas refeições e assinaturas de paz.
A Idade Moderna, não abafou a «queda» para a guerra dos povos europeus. Desforras de reveses antigos ou recentes, colheitas destruídas e fome à vista, filosofias religiosas de alma autoritária, serviram de rastilho para explosões despropositadas e desatinos históricos. De todas elas, todavia, pousaram sedimentos no fundo dos instintos emocionais. Alguns bons, mas muitos a aguardar ensejo, para retaliar o perdido nas primeiras arremetidas.
Desta mescla de sentimentos, germinou a União Europeia. Eis aí, a prestar grandes benevolências às nações suas filhas, carenciadas de posses para contentar as «sublevações» dos idealismos . E apresta-se para enviar «cabazes» à África, que a repudiou. Espera receber nota alta do altruísmo de bem -fazer.
A revisão da História europeia, que temos vindo a relembrar, contudo, sugere-nos a desilusão do intento.
As causas intrínsecas que motivaram as guerras passadas, no fundo, continuam pendentes das «provisões de boca» e armas de ataque a fraudulências vindas do exterior, ou ás que, veladamente se pretendem aplicar no interior.
As guerras sempre deixam cicatrizes de feridas mal curadas, em particular, quando a infelicidade fica mais crescida do que dantes. Os corpos emagrecem e nas almas estampam-se chagas de dor e ódio. São realidades nunca esquecidas e prontas a ressuscitar nas hipotéticas línguas de fogo da vingança.
A Europa sempre seguiu o lema de assinar paz, depois de grande estardalhaço em vítimas e destruições. O resumo das guerras até à Idade Média, recordadas nestas crónicas, autorizam-nos a fazer tal afirmativa. Mas as explodidas nas Idades Moderna e Contemporânea, seguiram a mesma regra. E o mais curioso, é estudar os sinais ainda hoje constatados, pouco se terem alterado dos de há mil anos.
A confiança entre países e povos, nada se modificou. Ninguém confia no vizinho. Olham-se uns para os outros a suspeitar da lealdade nos prognósticos, nos contratos de «amizade» e no armamento ostensivo no mar, em terra e nos ares.
A influência das declarações de guerra nos períodos subdesenvolvidos de escudo, cavalo e lança, ainda continua de pé, mantendo-se feridas identificadas pelo sofrimento que os séculos não saram, nem terão a cura apregoada pelos partidos políticos. As guerras, são evidências do convívio humano, em todo o Mundo. A obsessão às riquezas, a cleptomania, doença do furto e a necessidade de agir para obter alimento.
As características, entremeiam-se analogamente, sobressaindo a disputa dos géneros alimentícios e armas de projécteis contra atrevidos. de Princípios e causas, não solúveis por interveniente de fraco pendor administrativos
A Europa é, assim. Tanto acomete à guerra na conquista de bens para garantia de despensa cheia, como aceita a conciliação quando fica na penúria
Até próximo.

16 de fevereiro de 2009

Nº 196 AS FACULDADES EUROPEIAS SEDUUZEM E ALUNIAM O MUNDO. OS PIB… DISTANCIADOS DA CONTABILIDADE IDEOLÓGICA, FOMENTAM DISCÒRDIAS E MORTICÍNIOS…

Antes da Paz ou da Guerra, o Humano sempre preferiu comer. Depois, o descanso para a digestão, os preparatórios para o convívio e evolução intelectual e a difícil destrinça das coisas e intento de as destacar por ordem, desde o ponto que faz doer todo o organismo - os baques do aparelho digestivo - sustentáculo da «caixa craniana», poiso das actividades do pensamento, seguro do milagre da rede nervosa onde se activa a razão.

Desta série de acções vitais, se desenvolve a História e se escreve o livro guia para a leitura do passado, da situação presente e das bases que estão a receber consertos, para não afundarem com o peso teimoso de não se dar a conhecer e se desenha desmedido no horizonte, a separar o hoje insensato, do amanhã envergonhado a recuperar forças, ou a tratar de doença prolongada e incurável.

Continuemos a crónica anterior, pois é este o compromisso tomado.

Submetemo-nos à realidade de conceber raciocínio convincente, para demonstrar a insubmissão dos europeus para com europeus. A interrogação que tem abalado e continua a destrambelhar o Mundo, no rasto dos caracteres que o último milénio não conseguiu apagar. E o que se segue, contradito de materialista, confiado na mística ideóloga, adia a descida à Terra, por não alinhar no aeroporto onde poderia aterrar de «pára quedas»..

Estávamos no «Feudalismo anárquico a retalhar o Continente e a atormentar o Povo, se bem que suavizasse as leis muito mais cruentas dos romanos, relativamente à escravatura.

A Europa, para acabar com o feudalismo, retomou expressão de responsabilidade governativa, por países. Recuando e avançando. Da paulada ou usando as últimas invenções em armas de guerra. UMA AUTORIDADE, recuperada de forças, conseguia ser reconhecida, pelas auto implantadas em terrenos alheios, por violência ou gabações de rapina.

Na Alemanha, aproveitando a febre guerreira dos grandes senhores, no Século X, Henrique I obrigou os nobres a cumprir regras, tanto quanto possível igualitárias na altura, prestando serviço e habituando-se a respeitar o exército e a Ele, Rei.

Henrique III, exerceu soberania na ITÁLIA, onde mandou no Império e na Igreja. O Papa Gregório VII, ( 1073 – 1085 ), terminou com o extravasamento de autoridade terrena e transitória, junto à imaterial dos 10 mandamentos. Nem por isso a paz sossegou. Guerras continuaram a suceder-se entre Reis, e na epidemia guerreira, também os Papas. A França e a Inglaterra, por impulso de ódios antigos, igualmente se desavieram, derramando sangue, de bem intencionados, mas tornando a animosidade herança corrosiva, às gerações sucessoras.

É escrito o primeiro grande contracto para adiantar Paz. A «Magna Carta», 1215, leva à formação do «Parlamento Inglês », destinado a deter em repouso, embora à força para não ferir os súbditos, a «cabeça coroada» do Rei, antes da publicação das suas «reais» intenções. Corte profundo nos abusos da «Coroa», perante os que lhe ficavam mais abaixo.

Em 1453, as nações europeias, reorganizaram-se com o governo central – o Rei - e extinguem o Feudalismo. É assim o início da Idade Moderna.

Mas, ainda se sobreponham, porém, a vaidade descomedida e a posse de produções agrícolas para o sustento dos povos. O sangue escorria pelas armas e empapava a terra, requerente de autoridade, para rumo civilizado.

Portugal, governado, no princípio da independência, por homens de poucas letras, assistia, de longe, à balbúrdia europeia, temendo pelo seu tamanho e localização geográfica, se a sua construção «de barro», embatesse com as panelas de ferro dos zaragateiros. Por essa cautela, cerca de dois séculos antes, a evolução portuguesa, já preparava elementos de base e culturais a precaver o futuro e construía barcos em propósito de «achar» o que na terra mingava.

Lembremos o poeta e Lavrador, D. Dinis, por 1286, mandando plantar o Pinhal de Leiria, fundação da Universidade dos Mestres e Estudantes de Lisboa, em 1290, tratado de Alcanizes, em 1297, desenvolvimento da Marinha de Guerra, em 1317, seguida da Mercante, a Ordem de Cristo, 1319.

Trabalho custoso, físico, a VER e OUVIR o País e intelectual a preparar, com OBRA a servir de exemplo a uma Nação trabalhadora, ambiciosa de viver, graças ao seu próprio esforço, valentia de defesa e coragem na discussão.

D. Fuas Roupinho será ou não figura lendária. Se Ele ou outro exerceu as funções de Almirante da Armada, se bem que de barcos a remos e à vela, prova para D. Afonso Henriques, ter em vista o mar alto, por onde passavam os cruzados, a fortaleza onde poderia encontrar razões legítimas de segurança da independência, conseguida no acordo de Zamora em 1143. Foram estes princípios fundamentais, o alimento dos Reis cimentados na Idade Média, (395-1453) construtores da Idade Moderna, (1453 – 1789) com o rompimento dos mares nas «Descobertas » e influentes na Idade Contemporânea ( 1789 - …) no desenvolvimento da Ciência e da filha adoptiva, a Técnica, a toda a hora, a darem à luz, benesses em auxílio à fracalhotice dos humanos.

Chegavam à Península Hispânica, rumores das discórdias mesquinhas da parte incivilizada dos restantes povos europeus e das normas de conduta dos mais fortes para com os de menor poder de resistência.

A Inglaterra, de posse da cidade de Calais, não estava de boas relações com a França, conquanto tivessem, os dois terminado a Guerra dos 100 anos. Para ocupação do trono, de 1455 a 1485, DUAS ROSAS, branca, dos Duques de Yiork e vermelha dos de Lencastre, envolveram-se em feroz guerra, terminada pelo casamento das Duas Famílias.

Essas matanças, representam o «modelo» europeu: - Contendas, chinfrim, «Sangue, Suor, Lágrimas», destruições do muito ou pouco, pertença do humano inculto, mas já atamancando bases para a tranquilidade, berreiros de Rectidão e Justiça, para tudo terminar em juras de paz, abraços comovidos, banquetes bem regados e assinaturas em «papeis» de fácil «rasgamento».

Na Espanha, lutava-se pela expulsão dos árabes, ao mesmo tempo que se elevavam fronteiras a separar Navarra, Aragão, Castela e Portugal, enquanto Granada continuava árabe.

Na Itália, as cidades experimentaram a sensação de serem independentes e os Estados Pontifícios, no centro, pela lógica religiosa. Os desentendimentos, porém, atingiam todas. Em 1377, na barafunda generalizada, foram eleitos dois Papas, vivendo um em Roma a outro em Avinhão.

A Suíssa era um ducado da Áustria. Os aldeãos, em 1307, a « ferro e fogo», proclamaram a independência. Robustos no físico e hábeis em armas, prestaram a sua especialidade guerreira, em quase todos os exércitos europeus. Era a profissão lucrativa para amealhar « pé de meia», na aventura de escapar com vida, das espadeiradas dos adversários variados

A Europa, exerceu a atracção da inteligência, na aventura e curiosidade.

É o Velho Continente, receptivo às civilizações, naturais e vizinhas e às que os portugueses trouxeram nas caravelas desbravantes da virgindade de praias, rios, florestas e gentes.

Segundo Historiadores consagrados, os Tempos Modernos tiveram início, no ano 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Turcos, assinalados por três factos mais em evidência:

1º - A Realeza passou a dirigir as Nações Modernas.

2º - Os «Descobrimentos Marítimos», aumentam para o ilimitado, a abrangência da actividade humana,

3º - As invenções despontam em ritmo constante, elevando altar ao frágil corpo humano.

Até próximo.

9 de fevereiro de 2009

Nº 195 A OPORTUNIDADE É O MEIO MAIS SIMPLES PARA LOUROS E COROA … OU O CRÉDITO À DESVIRTUDE…

Quer-se Um Mundo justo e generoso para quem pousa os pés na terra e acorda a alma para a igualdade, fraternidade, liberdade. À frente do possuidor de alma, porém, a parcela animal visível, necessitada de alimento.

O racional e irracional, nascem apetrechados do necessário instinto para a sobrevivência. Leite quentinho para a tubagem digestiva e carinho amoroso para a ramificada sensibilidade.

O ser humano, logo no princípio, é bem claro no que precisa no decorrer da vida que vier a alcançar. Comer ... para tornar possível o movimento físico, a ambição nos desígnios da juntura sócio cultural e, no seu devido tempo, raciocínio para obter a plenitude das benesses da Natureza.

A Europa, sempre sofreu maldades das desregras inesperadas nas estações do ano e dos Humanos, na demora de aprender. Em todas as irregulares, sequências atmosféricas e mudanças no talhe de modas e reflexões, intercalam-se os direitos, os serviços e os deveres.

Nas ventanias, cheias, derrocadas, o que há a fazer, será meter a mão na bolsa e pagar o despedaçado. Na gestão dos negócios e obrigações, todavia, contendas públicas e privadas, desastres vindos dos céus, consertos ou construções novas, inventos úteis ou malfadados, deverá constar reserva de provisões e economias tementes a reveses sem aviso prévio, tanto vindas do lado exterior, como as laboradas no seio das famílias. Ao posto avançado que é o cérebro, é-lhe dada a faculdade de espreita permanente à realidade, no raio de acção dos cinco sentidos e na resistência do preparo essencial da física.

A variedade de alternativas e inconstâncias, à mostra ou de soslaio,

assomadas no quotidiano, disfarçam as realidades e evitam a atenção da máquina do pensamento, em pormenores de interesse do sector social.

A verbo mania de exprimir magnanimidade em origens além naturais e possíveis, quebra o ramo produtivo e adensa a distinção da impotência.

Entretanto, a crença persiste. Essa credibilidade, sobreleva a paralisia do fatalismo em desfavor da razão.

Andando aos apanhados de algumas das nossas crónicas, encontramos vazio o espaço do BOLO de 1974, que tinha sido cozinhado nos anos antecedentes. A base de cálculo do Dr. Soares, vinha da tradição ideológica, do PIBExpansível. Desfeito o logro, o BOLO, desapareceu.

O Eng.º Guterres, quando primeiro ministro, aumentou a torrente das despesas permanentes a cargo do Erário Público, sem fazer contas à correspondência do caudal entrado, substituindo, na camaradagem pré-partilhada, o Cofre GORDO, por dívidas PANTANOSAS, desde então a complicar a vida no País e o seu «Amigo do Coração e do Partido», Sócrates, que se multiplica em promessas tardias para evitar a banca rota. E, porque também se deixou levar no irreflectido PIBExpansível, leviano no catecismo político e fatal nos projecteis em ricochete, tocantes à abalada e ferida Nação.

O Eng.º Sócrates, ao lançar-se, como cabeça de lista, para vestir o hábito franciscano da caridade, levado pela barateza da esmola, estava convicto de receber a bênção de objectivo comum. Em virtude da «coisa pública», apresentar sintomas de fraqueza geral, o Eng.º Sócrates, optou por I em vez do E no PIB Ilimitado, a garantir êxito e o mais importante, votos nos dias de eleições.

Nos actos governativos destes Três Primeiros Ministros, o nosso acordo na intenção de consolo nas aflições dos menos aptos em especializações e menos felizes no rendimento do trabalho que lhe coube em sorte.

As consequências gravosas que o País atravessa e o diagnóstico prevê a subida de sofrimento, nos juros imparáveis da dívida pública, enquanto não caem amortizações, o nosso destino, parece estar a afastar-se da força própria, correndo para a incógnita de um tribunal colectivo… ou cru de História...

Os três primeiros ministros, ostentam, excessivamente presumida, a sua «bondade» «política» das interferências aos carecidos de moeda para subirem os degraus da autonomia financeira. O cidadão agradece, algo atarantado, pois sabe que os dinheiros vieram da União Europeia, uma parte para esse fim e outra para o desenvolvimento do País e, assim ampliar o fortalecimento comunitário. Escorrendo a parte maior, para consumo directo, transtornou a politicologia, em ruína dramática e irremediável.

O Dr. M. Soares, prevendo ser capaz de apresentar BOLOS iguais e melhores do de 1974, não só tropeçou como 1º. Ministro, como deu cabo, com os outros dois, do recebido e apresentado exemplo a continuar. O Eng.º Guterres, orgulhoso de se tornar responsável do GORDO orçamento para distribuir «rosas de Santa Isabel», viu-se, de repente rodeado de PÂNTANO e previsível epidemia de penúria. E, finalmente o Eng.º Sócrates que está a ver-se rodeado de dificuldades para inventar promessas verídicas ou enredadas a cumprir e que, no âmbito dos seus conhecimentos, pouco ou nada pode fazer para adelgaçar a dívida pública, nem tapar ou diminuir o caudal aberto pelo Eng.º Guterres.

O Dr. Soares, sempre pronto a assumir-se vidente dos factos vencedores, deu a nova de se estar em «crise de civilização». Não refere ser a política ideológica por ele abraçada, a ocupar soluções obcecadas, pretendentes a reger o Mundo, sem base material de sustentação.

Porque a vida usa os sentidos e o elemento físico, para distinguir o espaço mensurável durante a existência do Homem e da Mulher, façamos uma pequena ronda em alguns pontos, do que se vem reflectir na História recente: -



A História da Europa na Idade Média, (395- 1453 ) traduz, a vida dura do Homem, pressionado pelo instinto ansioso de se afeiçoar à civilização.

Correrias para obter alimento e emigrações, após tornadas improdutivas as regiões devassadas.

Por muito que se queira resumir História, aconteceram períodos marcantes, de projecção de século em século, deixando rasto inapagável na têmpera dos povos e na escultura das sociedades.

Os Historiadores, elevaram marco diferenciado, a data de 395, começo da Idade Média, a invasão dos «germanos», sobre os conquistadores romanos.

Campeavam na Europa, nesses inícios, estes e outros povos, denominados os «Bárbaros», ferrenhos defensores da independência e dos costumes frugais, de fácil deslocação para regiões mais prósperas. Os Romanos, para poderem guardar o produto do trabalho agrícola, viram-se obrigados a organizar o exército, de manutenção dispendiosa, transformando a finalidade de defesa, em ataque a celeiros estrangeiros. Mas não com poder de resistência ao ímpeto dos Bárbaros.

Os árabes, emergindo do «deserto» oriental», norte de África, romperam a Península Ibérica, sendo detidos em 732, por Carlos Martel, na célebre Batalha de Poitiers, na França. Este, deixou ao neto, Carlos Magno, um grande Império, sem continuidade, por temores dos filhos. Ainda assim, o tratado de Verdun, em 843, formou a França, a Alemanha e a Itália, mas sem autoridade para impor respeito e obediência.

Os duques, marqueses, condes, barões apossaram-se das terras, dando lugar ao feudalismo, uma espécie de ideologia, parente de anarquismo.

Os senhores feudais, de repente ricos e desligados de obediência, entretinham-se a fomentar guerras onde mexiam interesses valiosos para juntar aos já adquiridos.

A Europa era campo largo de «justas». Conflitos, torneios, confrontos, contendas, desavenças, antipatias, honras raivosas, justiça sem juízes. Lanças e escudos, atravessaram época áurea, em prol de «orgulho e soberba», da frivolidade e da moral, da revindicta, de indultos amachucados. Guerrear era o desejo maior, o fazer justiça, a desculpa». No meio, o Povo, contra vontade, pagava a leviandade…

A Europa aprendeu não ser o anarquismo feudal, de credibilidade para a coexistência no incentivo à civilização. O regresso a Nações fortes de autoridade, dos Séculos X ao XII, tornou nova rota de mentalidade. Lutar, sim, quando necessário, mas com finalidades mais construtivas e ponderadas na união social. Mil anos nos afastam das Cruzadas e da exacta maneira de pensar das gentes e dos sentimentos mais à solta, mas acompanhamos quem atribuir às lutas religiosas dos Árabes e dos Cristãos, a mudança de mentalidade do que representam seres inteligentes, com a lança de matar.

Até próximo.

2 de fevereiro de 2009

Nº 194 ADMINISTRAÇÃO… AJUNTA E REFORÇA O PRODUTO COMUM. PROMESSA… FLUTUA…NADA …EXÍMIA EM POLÍTICA

No exercício da sua nova e rentável profissão, de ajuda aos desalojados a vaguear em África, à procura de enganar a fome e abrigo em cabana, ou furna de humano ou irracional, o Eng.º Guterres passou por Lisboa, de braço estendido â comiseração europeia.

Verbosidade de combate, os argumentos brotam em sequência imparável a implorar socorro, dos mais afortunados no abastecimento das cozinhas e mudanças de vestuário, para os sofredores dos males das depressões atmosféricas e dos desaforos de mandões e mandados, de baixa craveira para entender acordos.

Sublinhou-se a falta de tempo ou colaboração para com o camarada José Sócrates, não o ter aconselhado, de merecer censura e, ser mesmo feio, não levar a efeito o que se anuncia aos pobres, ávidos de paz, conforto e crença na palavra de quem se propõe ocupar a cadeira do poder.

Nefasto pormenor, no exemplo aos portugueses, o Eng,º Sócrates, sem rubor na face, prodigaliza distribuir esperanças, na mesma frase que decepciona a dignidade própria, o cargo que prometeu honrar com palavras e obras e o Povo, desde o indivíduo até o que perfaz a Nação…

Dá como fiança, a fantasiosa crendice de já não haver PIB, singelo.

Garante até à saciedade, no PIBE, expansível que chega aos vales e montes «farto e cheio», à espreita da carripana do Pai Natal, para distribuir «pensões» do Espírito Santo.

Enquanto espalha optimismo, mensagem gratuita, de valência simulada, acalma as expectativas da oferta em valor material, do necessitado de pão, agasalho e a segurança de viver em ambiente civilizado. O Eng.º Sócrates, governa, confiado na Lei que o protege. Quer acertar na lógica do orgulho pessoal. E, porventura, no prestígio do seu homónimo grego nascido há 2.470 anos. Sócrates, o Primeiro, acompanhava a ideia do Homem ser a medida de todas as coisas. Não como indivíduo, mas como «espécie racional».

O Sócrates do nossos dias, porém , confina-se ao que o outro repudiou.

Mecanizou-se no programa partidário, tal como o fizeram os seus antecessores, na chefia do Governo, Dr. Mário Soares e Eng.º Guterres, ambos falidos nas previsões brilhantes na facilidade discursiva. O Dr. Soares, tanto confiava no PIBE, expansivo, que leiloava o rendimento público, no Coliseu Micaelense em 1974, como um BOLO, «enorme», suficiente para o bem estar do Povo e o Egº. Guterres, comparou-o a GORDO cofre, a perder-se por incapacidade e falta de saber dos dirigentes da «outra senhora política» que o cozinhou.

O Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, espalhou a estranheza, para quem pouco entende das realidades, de o Dr. Mário Soares, ter sido um mau primeiro ministro e o Eng.º Guterres, ter sabido imitá-lo demasiado bem.

O certo…certo, é que, desde a subida ao trono destes presidentes do ministério, o BOLO, desapareceu… e a GORDURA no cofre, foi transformada em Pântano. Entretanto, o Eng.º Sócrates, insiste…insiste no milagre do PIBE, expansível.. Promete…, não vá ficar mal conceituado, nas comparações do esquema «engenhado» e pago adiantado e da obra encarecida com trabalhos a mais, perante projecto de contornos demorados e caros..

Salvar as aparências, porém, não é empreitada exequível, sem materiais apropriados à resistência do ideado, posto em edifício de construção segura.

Corroído por machadadas de destino ideológico, o BOLO do Dr. Mário Soares, foi desaparecendo da despensa da administração sábia que o tinha produzido até 1974. A abertura do caudal nos compromissos do Estado, pelo Eng.º Guterres, engrossaram a permanência dos gastos públicos, em volume superior às receitas normais entradas para as despesas correntes e desnivelaram mais o que restava do GORDO cofre, para satisfazer a normal exigência do Povo e uma faixa para os imprevistos.

O Eng.º Sócrates, assim desfalcado pelos princípios que o norteiam, anda à procura de verbas que o tirem das ilusões do acrescentamento do PIB.

O Dr. Mário Soares, velho destabilizador político, já terá descido da carruagem da impecabilidade para mudar discurso, em nova área político/profética. A prevaricação, tem regras cautelares na especialização de atenuantes explicativas de sentenças à tripa - forra.

A resposta a esta proposição dedutiva, captámo-la no nosso jornal, fundado em 1835, Açoriano Oriental», de 18 de Julho de 2008: - Mário Soares alerta para a decadência do Ocidente. No I Fórum Açoriano Franklin D. Roosevelt que termina hoje no Teatro Micaelense, ex – Presidente da República defendeu o humanismo como solução.

A enchó do tempo, tem-nos vindo a escavacar o físico, tramando o que já fora resistente. Por essa perda de liberdade, não assistimos às rectificações apresentadas.

No mesmo jornal, alguns períodos, podem ser, desde já, evidenciados à atenção do leitor curioso:

« Estamos numa crise de civilização» - O Ocidente e o neoliberalismo estão decadentes, pedindo bom - senso e diálogo nas relações internacionais. Além de financeira e económica, é, também política, social, ambiental, energética e alimentar, com os preços do petróleo, do gás, dos minerais, e dos produtos alimentares a aumentar em flecha. É caso para nos perguntarmos para onde caminha o Ocidente.

Todos nós sabemos que o Ocidente caminha. Mas porque caminha mal, como se depreende do exposto, conduzirá a rectificações que o progresso não perdoará, terem de ser adiáveis e inseguras. Os ideais até então, em voga e, ardentemente defendidos soçobraram na « crise de civilização». Assim o discursou o Dr. M. Soares. Mas, sendo pessoa de não desperdiçar oportunidades, tenta manter-se arauto na proa da «barca» da impecabilidade,

Em nossa versão, este «aviso», não será uma simples mensagem a quem exerceu, exerce ou exercerá poderes governativos. Contém a «confissão», sem dar parte de fraco, dos ideais, até agora martelados nas mentes sãs da ingenuidade do Povo, não terem resolvido, nem o conseguirão, na mistela de supérfluas discussões, líquidas do suor, mas redundantes negaças à harmonização social. Lança-se em predições messiânicas, anuncia o «humanismo» como solução, novidade de milhares de anos, onde o EGO, se sente bem instalado, com frasqueira e «aperitivos à escolha. Atinge o seu critério habitual na cedência... Doar é sua predestinação…desde que também cresça para os seus máximos…

Estremecimento a receios, submissão ao embate de pessoas ou coisas, reverência ao sugestivo e afável. Mas… doar o quê e a quem?

A Europa, por ser o mais conhecido e habitado Continente, é chamado de VELHO. Experimentando a velhice e a História, sabemos que nunca foi rico. Se focos de riqueza davam mostras de relativo poder e sumptuosidade, logo se seguiam decrescimentos em todos os ramos do convívio e relações de vizinhança e poder. As Hordas «Bárbaras» que se deslocavam de zona em zona, abandonando-a depois de a deixar exausta de produzir, é prova de fartura passageira. Carlos Martel, deixou imponência e sabedoria a Carlos Magno, desfeitas após a morte deste Imperador Modelar. Luís XIV, foi Sol que perdeu o brilho, antes do seu fim e se apagou para preparar a Revolução Francesa, e lugar condigno a Napoleão.

O Professor Mussolini e o pintor Adolfo Hitler indignaram-se com o desaire na Guerra 1914-1918, e, com ou sem razão, nas causas do início, sentiram-se chocados com as cozinhas ambulantes nas cidades dos seus países, para matar a fome aos italianos e alemães que quisesse resistir à morte. O resultado, foi o que toda a gente diz que sabe, mas deturpa o sofrimento da humilhação e angústia de ver o Povo na miséria, dentro e fora de casa.

Até próximo.