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Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

2 de fevereiro de 2009

Nº 194 ADMINISTRAÇÃO… AJUNTA E REFORÇA O PRODUTO COMUM. PROMESSA… FLUTUA…NADA …EXÍMIA EM POLÍTICA

No exercício da sua nova e rentável profissão, de ajuda aos desalojados a vaguear em África, à procura de enganar a fome e abrigo em cabana, ou furna de humano ou irracional, o Eng.º Guterres passou por Lisboa, de braço estendido â comiseração europeia.

Verbosidade de combate, os argumentos brotam em sequência imparável a implorar socorro, dos mais afortunados no abastecimento das cozinhas e mudanças de vestuário, para os sofredores dos males das depressões atmosféricas e dos desaforos de mandões e mandados, de baixa craveira para entender acordos.

Sublinhou-se a falta de tempo ou colaboração para com o camarada José Sócrates, não o ter aconselhado, de merecer censura e, ser mesmo feio, não levar a efeito o que se anuncia aos pobres, ávidos de paz, conforto e crença na palavra de quem se propõe ocupar a cadeira do poder.

Nefasto pormenor, no exemplo aos portugueses, o Eng,º Sócrates, sem rubor na face, prodigaliza distribuir esperanças, na mesma frase que decepciona a dignidade própria, o cargo que prometeu honrar com palavras e obras e o Povo, desde o indivíduo até o que perfaz a Nação…

Dá como fiança, a fantasiosa crendice de já não haver PIB, singelo.

Garante até à saciedade, no PIBE, expansível que chega aos vales e montes «farto e cheio», à espreita da carripana do Pai Natal, para distribuir «pensões» do Espírito Santo.

Enquanto espalha optimismo, mensagem gratuita, de valência simulada, acalma as expectativas da oferta em valor material, do necessitado de pão, agasalho e a segurança de viver em ambiente civilizado. O Eng.º Sócrates, governa, confiado na Lei que o protege. Quer acertar na lógica do orgulho pessoal. E, porventura, no prestígio do seu homónimo grego nascido há 2.470 anos. Sócrates, o Primeiro, acompanhava a ideia do Homem ser a medida de todas as coisas. Não como indivíduo, mas como «espécie racional».

O Sócrates do nossos dias, porém , confina-se ao que o outro repudiou.

Mecanizou-se no programa partidário, tal como o fizeram os seus antecessores, na chefia do Governo, Dr. Mário Soares e Eng.º Guterres, ambos falidos nas previsões brilhantes na facilidade discursiva. O Dr. Soares, tanto confiava no PIBE, expansivo, que leiloava o rendimento público, no Coliseu Micaelense em 1974, como um BOLO, «enorme», suficiente para o bem estar do Povo e o Egº. Guterres, comparou-o a GORDO cofre, a perder-se por incapacidade e falta de saber dos dirigentes da «outra senhora política» que o cozinhou.

O Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, espalhou a estranheza, para quem pouco entende das realidades, de o Dr. Mário Soares, ter sido um mau primeiro ministro e o Eng.º Guterres, ter sabido imitá-lo demasiado bem.

O certo…certo, é que, desde a subida ao trono destes presidentes do ministério, o BOLO, desapareceu… e a GORDURA no cofre, foi transformada em Pântano. Entretanto, o Eng.º Sócrates, insiste…insiste no milagre do PIBE, expansível.. Promete…, não vá ficar mal conceituado, nas comparações do esquema «engenhado» e pago adiantado e da obra encarecida com trabalhos a mais, perante projecto de contornos demorados e caros..

Salvar as aparências, porém, não é empreitada exequível, sem materiais apropriados à resistência do ideado, posto em edifício de construção segura.

Corroído por machadadas de destino ideológico, o BOLO do Dr. Mário Soares, foi desaparecendo da despensa da administração sábia que o tinha produzido até 1974. A abertura do caudal nos compromissos do Estado, pelo Eng.º Guterres, engrossaram a permanência dos gastos públicos, em volume superior às receitas normais entradas para as despesas correntes e desnivelaram mais o que restava do GORDO cofre, para satisfazer a normal exigência do Povo e uma faixa para os imprevistos.

O Eng.º Sócrates, assim desfalcado pelos princípios que o norteiam, anda à procura de verbas que o tirem das ilusões do acrescentamento do PIB.

O Dr. Mário Soares, velho destabilizador político, já terá descido da carruagem da impecabilidade para mudar discurso, em nova área político/profética. A prevaricação, tem regras cautelares na especialização de atenuantes explicativas de sentenças à tripa - forra.

A resposta a esta proposição dedutiva, captámo-la no nosso jornal, fundado em 1835, Açoriano Oriental», de 18 de Julho de 2008: - Mário Soares alerta para a decadência do Ocidente. No I Fórum Açoriano Franklin D. Roosevelt que termina hoje no Teatro Micaelense, ex – Presidente da República defendeu o humanismo como solução.

A enchó do tempo, tem-nos vindo a escavacar o físico, tramando o que já fora resistente. Por essa perda de liberdade, não assistimos às rectificações apresentadas.

No mesmo jornal, alguns períodos, podem ser, desde já, evidenciados à atenção do leitor curioso:

« Estamos numa crise de civilização» - O Ocidente e o neoliberalismo estão decadentes, pedindo bom - senso e diálogo nas relações internacionais. Além de financeira e económica, é, também política, social, ambiental, energética e alimentar, com os preços do petróleo, do gás, dos minerais, e dos produtos alimentares a aumentar em flecha. É caso para nos perguntarmos para onde caminha o Ocidente.

Todos nós sabemos que o Ocidente caminha. Mas porque caminha mal, como se depreende do exposto, conduzirá a rectificações que o progresso não perdoará, terem de ser adiáveis e inseguras. Os ideais até então, em voga e, ardentemente defendidos soçobraram na « crise de civilização». Assim o discursou o Dr. M. Soares. Mas, sendo pessoa de não desperdiçar oportunidades, tenta manter-se arauto na proa da «barca» da impecabilidade,

Em nossa versão, este «aviso», não será uma simples mensagem a quem exerceu, exerce ou exercerá poderes governativos. Contém a «confissão», sem dar parte de fraco, dos ideais, até agora martelados nas mentes sãs da ingenuidade do Povo, não terem resolvido, nem o conseguirão, na mistela de supérfluas discussões, líquidas do suor, mas redundantes negaças à harmonização social. Lança-se em predições messiânicas, anuncia o «humanismo» como solução, novidade de milhares de anos, onde o EGO, se sente bem instalado, com frasqueira e «aperitivos à escolha. Atinge o seu critério habitual na cedência... Doar é sua predestinação…desde que também cresça para os seus máximos…

Estremecimento a receios, submissão ao embate de pessoas ou coisas, reverência ao sugestivo e afável. Mas… doar o quê e a quem?

A Europa, por ser o mais conhecido e habitado Continente, é chamado de VELHO. Experimentando a velhice e a História, sabemos que nunca foi rico. Se focos de riqueza davam mostras de relativo poder e sumptuosidade, logo se seguiam decrescimentos em todos os ramos do convívio e relações de vizinhança e poder. As Hordas «Bárbaras» que se deslocavam de zona em zona, abandonando-a depois de a deixar exausta de produzir, é prova de fartura passageira. Carlos Martel, deixou imponência e sabedoria a Carlos Magno, desfeitas após a morte deste Imperador Modelar. Luís XIV, foi Sol que perdeu o brilho, antes do seu fim e se apagou para preparar a Revolução Francesa, e lugar condigno a Napoleão.

O Professor Mussolini e o pintor Adolfo Hitler indignaram-se com o desaire na Guerra 1914-1918, e, com ou sem razão, nas causas do início, sentiram-se chocados com as cozinhas ambulantes nas cidades dos seus países, para matar a fome aos italianos e alemães que quisesse resistir à morte. O resultado, foi o que toda a gente diz que sabe, mas deturpa o sofrimento da humilhação e angústia de ver o Povo na miséria, dentro e fora de casa.

Até próximo.