América América

Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

29 de dezembro de 2008

Nº 190 TRABALHO… GERA FAMÍLIA…ARRECADA ECONOMIAS… AMONTOA CAPITAL…COGNOMISA CAPITALISMO… … OU SE DESFAZ PELO CAMINHO…

Será redundância chamar ao Planeta Terra, a nossa Natureza, pois é o limite dos contactos directos com a existência dos seres que lutam para a conservação da vida. Não obstante os homens terem evoluído a ciência, ao ponto crítico de terem alcançado a primazia de poderem destruir tudo o que vemos, num abrir e fechar de olhos, a realidade ainda não deu o tiro de pistola para acender o rastilho que irá queimar a explosão final.
Até lá, vivamos, não o que Deus quer, ou o Planeta resistir, mas o arbitrado por taras ou ambições libertas de escrúpulos.
No Planeta Terra, onde nos é permitido viver, teremos de por no seu lugar, os potenciais, em defeitos, permissões ou virtuosismos na eternidade ideológica, sentimental à espécie humana. Teremos de reconhecer, a verdade nunca estar só e nos ser dificultada a certeza do seu paradeiro. Mas não podemos desistir de por no são, o danificado em momentos esquizofrénicos.
A nossa crónica nº 188, ficou incompleta. Terminá-la, sem recapitular pontos importantes da História, teria sido decisão mal conduzida perante o País, ávido de por cobro aos desafortunados informes, lançados a rodos, por força dos mandantes, aliviados por nunca serem chamados à tomada de responsabilidades, em Tribunal respeitador da «Gente Séria, Honesta, Trabalhadora, da «Honra e da Verdade».
Estávamos, na reocupação da política do Engº Guterres, como cooperador da União Europeia. Visitava Portugal, em missão de pedinte de auxílio às carências da África inactiva por politiquices que nada produzem, mas aptas a tudo destruírem, sem olhar aos princípios elementares do relacionado aos Povos, que lhes sofrem as consequências e a quem juraram lealdade.
O Egrº. Guterres saíra da política portuguesa, por dois motivos: O número UM, por ter sido promovido a Presidente dos Ministros e ter encontrado o Tesouro Público, GORDO.
O número DOIS, por, quando afirmações e juras, davam segurança, às contas públicas, pediu a sua inesperada demissão, alegando estar a escrita no Ministério das Finanças a nadar em PÂNTANO, a borbulhar «gás metano» que arde com o azul da esperança, mas pode adquirir qualidades «detonantes» se ao ar, um volume, para dois de oxigénio. Pelo sim, pelo não, o melhor foi afastar-se da emanação do cheiro adocicado, mas que poderia produzir labareda c chamuscar a sua «inocência» naquela transformação imprevisível ao seu idealismo, de pureza contaminada com substâncias corrozivas.
Reaparece, agora, com o proverbial altruísmo de «fazer bem e não olhar a quem». Nunca lhe será negada a bondade. Do coração lha saudamos
A obcecação partidária, fugidia à responsabilidade, porém, é mais poderosa que o dever na figuração ao sistema administrativo.
Quando tudo indicava que o Egº. Guterres tinha aprendido a lição de serem exigidos conhecimentos matemáticos, na manobra de acertar os dinheiros alheios e em especial, os públicos, ficámos a constatar não ter havido qualquer tipo de perfeição, até este ressurgimento.
Depois de alargada e imprudente abertura das torneiras alimentadoras dos compromissos do Estado, motivo real da sua saída à rua do agradável posto de comando, deveria ter estudado as importâncias que restavam no Erário Público e a, ou as causas do presenciado definhamento e concluiria a responsabilidade herdada por quem o viesse a substituir. E que a leviandade aceitaria a resposta de nada de anormal estar a acontecer, mas, por tristeza, ser difícil repor o nível normal, num recinto de mais vazão que o caudal de abastecimento.
E teria ampliado semelhante panorama a toda a Europa. As guerras intestinas, peninsulares e europeias, sempre mataram e destruíram, para instalar autoridades duradouras e mais fortes da dos vizinhos, sinal de haver mais fraqueza que forças inatacáveis.
Quanto ao referente á África, os séculos XVI a XIX, tinham demonstrado ser habitada por autóctones arreigados às suas origens e que os desbravadores, para os trazer à civilização, despenderam vidas…muitas vidas e verbas avultadas para as tornarem reversíveis. O mato é uma atracção, mais para os aborígenes, mas também para os urbanos, desejosos de se infiltrarem no passado, rentável no presente.
A «lógica» nos seus domínios de análise do pensamento, no período que decorreu da baliza do PÂNTANO financeiro, até à actual função de se envolver em «milhões de euros», parecia que algo diferente, brotaria dos seus conhecimentos sobre a Europa, a África e…Portugal.
A Europa, sempre fora Continente de «Migrações». Hordas a entrar, outras a sair e dentro várias as escolher melhores produções. Quem chegava, sorria às diferenças de civilização e aos alimentos franqueados a visitantes e a quem se intrometia em trabalho para os merecer. Os cansados da curvatura no cultivo de sementes e plantas, deixando os campos a chegar aos limites de produção, lá iam fora, rompendo fronteiras à procura de terrenos mais amplos e fecundos.
A África, vasta na policromia de amarelos desérticos, verdes de exuberância e encanto, repleta de mistérios, acolhia a aventura, ambição de riquezas, honras, glórias, cobiças e ganâncias, condicionalismos desinteressados da população indígena, mais sabedora na apanha do fruto maduro, - que o tinha em abundância - que a sementeira e colheita das vitaminas dos vegetais.
África, susceptível às intempéries da Natureza, sempre adoeceu quando surgiam e surgem, impetuosas de aguaceiros e ventanias descontroladas.
Apesar dos Povos ripostarem em mau receber estranhos, eram os europeus a darem o exemplo de solidariedade para com os africanos. Tirando mais do que davam, mas suavizando as desgraças impiedosas.
Portugal, deveria ter sido estudado, neste interregno de presença, pelo Engenheiro Guterres. E concluído que era o «herdeiro» - Portugal, não ele - de heróis, temerários, com pontinha de loucura, a aumentar o valor científico dado ao Mundo nas descobertas. Mas, infelizmente, continuava pobre como nos primeiros anos de Afonso Henriques e das dinastias ansiosas de continuarem com a independência. Necessitado, isso sim, de governantes administradores, não como ele – ex primeiro ministro – mas de alguém sabedor das maleitas e dos medicamentos apropriados.
O Engº Guterres, está de passagem na Europa, com a sacola de Francisco de Assis. A sua palavra fluente e persuasiva, convencê-lo-á e aos amigos mais amigos, do bem que deseja espalhar. Estamos do seu lado, no altruísmo das intenções. No emblema da consciência humana, haverá divergências fundadas em contrafeitos incompletos.
O Engº. Guterres, lutador pela LIBERDADE, de expressão, a desejada, como fora o Rei morto em Alcácer Kibir. Se em absoluto, já terá compreendido, que o excesso, desvirtua a harmonia.
O que circula, é meia instrução, mais meia educação, quebradas para perfazer uma completa. O senso estigmatiza as duas metades que faltam. E ele sabe , por experiência própria, que gera burburinho e afasta prudência nas decisões.
FRATERNIDADE, a obrigatoriedade de ser o arauto e chamariz do entendimento humano. A meia educação e a meia instrução, não elevam o nível do saber na sociedade que pretenda familiarizar as virtudes humanas.
IGUALDADE, enquanto a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança, forem arbitradas por metades da educação e instrução, nenhum significado completo, poderá ser gerado.
Três palavras simples, sensíveis ao Engrº. Guterres, reunidas em 1789, na França amargurada, onde o ideólogo adquiriu a especialidade de arregimentar adeptos e energia para impor ao Planeta Terra, o produzível e o que vier a faltar ao consumo inesgotável do inteligente, mas não hábil em conciliar os números, com a álgebra de mercados rigorosos nas compras para consumo e nas vendas, para pagar despesas e fazer proveito das sobras que, também são valor activo
Até próximo.

22 de dezembro de 2008

Nº 189 TRABALHO… GERA FAMÍLIA… ARRECADA ECONOMIAS… AMONTOA CAPITAL… COGNOMIZA O CAPITALISMO … OU SE DESFAZ PELO CAMINHO… ( 2 )

A narração de factos actuais, timbrados como virgens com o biombo do passado, satisfará o leitor distraído, mas não o responsável do escrito, cioso do estudo da verdade, tanto quanto possível identificável.
Breves crónicas, não podem descrever em minúcia, mas há um mínimo que deve constar no aspecto informático. O Leitor sabe, pelo que nos lê, não conseguirmos a perfeição, mas esperamos nos perdoe esta falha difícil de regularizar, como desejaríamos. Por isso, lá de vez em quando, alongamos, como aconteceu com a anterior, a sequência histórica, para lhe colocar datas a melhor elucidar a ligação das épocas distanciadas.
Interrompemos a crónica anterior, quase a terminar, quando nos referíamos ao sultanato da equipa do Engenheiro Guterres. Ao iniciar a governança, encontrara o Estado GORDO e no momento da retirada rápida, deixara o Ministério da Finanças, em PÂNTANO, para quem o viesse substituir se entretece a drenar as « águas turvas» e, ou entulhar os buracos fundos nos orçamentos descapitalizados.
Actualmente, alto funcionário das Nações Unidas, o Engenheiro Guterres, pede… mão estendida à Europa, para auxiliar a África.
Os Continentes, à semelhança das nações, das empresas, dos homens, quando agregados a estratégias humanas, também se sujeitam ao perder e ao ganhar e nesta alternância, mudam de valor,
A dependência corre ao lado da capitalização, o factor principal para as «maratonas» dos diários de subidas e descidas. Num momento, brinca o ganho, para logo seguir-se a carranca do prejuízo. Para um e para o outro, porém, contam os antecedentes, pois são estes que ditam as consequências.
A História, é o «Grande Livro» do ensino, onde moram as lições dos Homens que aprenderam à custa das feridas no corpo e nas mudanças de grandeza da alma. Guardaram muito da sapiência acessível ao Humano. Talvez mais do que as actuais «letras» que oferecem diplomas, mas lhes falta a sensibilidade para acompanhar as benesses do progresso…
Deixemo-nos de divagações. Regressemos ao Século XVIII.
A Revolução Francesa, de 1789, foi campo psicológico de fainas e amanhos caseiros. A França, que levantara o alvoroço na Europa, breve encontrou o capitão Bonaparte para encolher a extensão.
Os franceses, por sua vontade apagariam a labareda acesa para durar, Os estrangeiros, porém, é que não estavam para tais ajustes, sem recuos da França.
Em 1793, praticando actos de salvação da república, o capitão recebeu a promoção a General e em 1796, dois dias após o casamento com Josefina de Beauhernais, era enviado para a Campanha da Itália, concebida por ele, dois anos antes.
Nesta execução, deu liberdade aos seus extraordinários dons de estratega militar e larga visão política. Afastou-se da obrigação de informar o Directório das decisões a tomar nas ocasiões próprias. Sem título, já era Imperador dos Franceses em quatro anos. Depois das batalhas e conquistas concluídas, enviava para Paris os compromissos dos adversários e da sua assinatura, em nome da França.
Waterloo, em 1815, acabou com o poderio napoleónico. O que estaria à vez de entrar na «boca do lobo», respirou fundo e continuou com a sua independência. A questão mais importante, foi fretar um navio para transporte de Napoleão à Ilha de Santa Helena. A Europa, regressou à mercê do pacifismo ou elegância das autoridades governativas, representadas no Congresso de Viena.
O retalho da Europa, dessa data, nunca foi riscado ao metro ou ao quilómetro. As quezílias de fronteiras e de «coroas», perdurou dando lugar a novos baptismos, alterações de fronteiras e inimizades a pedir retaliações. O solo, todavia, não dava os frutos desejados para vida folgada aos habitantes e fortificações de exércitos para defesa e conquistas aquém e além mar.
A África estava ali, à tentação dos mais fortes. Portugal possuía territórios muito acima do que poderia defender, visto o exército que lá mantinha ( e manteve desde as descobertas, até 1974, na hora da renúncia mal – propícia, por « rapazes portugueses» ) era pouco eficiente e numeroso, para reclamar fatias a quem as desejasse.
A Europa, nos ciclos de dificuldades, encontrou na África, alívio da sua economia. A África, no período em que foi chamada à civilização, sempre recebeu o abraço da Europa, de partilha com troca de favores.
Assim, fácil organizar a Conferência de Berlim de 1884 – 1885 e distribuir à vontade dos candidatos, o enchimento da «bolsa de colónias».
Teria, contudo, de haver um iniciador que apresentasse programa e relatório que convencesse o maior número das nações, ainda receptíveis ao temor de nova devastação franco – napoleónica, ou outra que surgisse.
O «relatório» chegou. Elaborado e escrito por quem não possuía colónias, mas necessitava delas. A Alemanha, recém unida pela vitória contra a França, em 1870. Jovem e agressiva, não se contentava em conviver com vizinhos mais poderosos na Europa e, sobretudo, na África. Queria igualdade na fortuna. Bismark, o chanceler de ferro, indicou Berlim, proposta de mudança da capital europeia. Em sua casa, cada pessoa vale por quatro, já dizia o Marquês de Pombal.
Mas foi em Versailhes, na França, vencida, em 18-01-1871, a proclamação do Império Alemão. Por outro lado, em 1884-5, 14 anos passados, Berlim permitiu-se iniciar a expansão colonial. À custa deste nosso País, que despendera a pequena fortuna e sacrificou milhares de vidas em gerações sucessivas, para assegurar a independência, jogada fora por arrebatamentos ideológicos, auto falseados em hipóteses malbaratadas em indagações racionais.
Em Berlim, todos os presentes se submetiam às mais elevadas intenções, durante a conferência, mas o pagamento do resultado, apesar de reclamada a injustiça, recaiu na coragem de quem contornou o Cabo Bojador e foi descobrindo a Guiné, os Brasis, o Caminho Marítimo para a Índia, as costas Ocidental e Oriental da «Africa» mas, sem dúvida, o menos autorizado a expor a legalidade e a moral. Portugal foi colocado a um «canto».
Portugal, que fora o dono dos territórios em discussão, por direito próprio, o de os trazer, à sua custa, ao Mundo já meio civilizado e à evolução da ciência, era aconselhado a aceitar o que lhe estava a ser proposto com a «bondade» dos assistentes. Esta, não foi a primeira, nem a última humilhação por ter de desistir da posse de territórios, sofrida por Portugal.
A mais humilhante, porém, foi a de 1974. Por nascidos, bem instalados e a receber sustento do mesmo Povo que tudo sacrificara para assegurar o reino.
Toda a África, todo o Mundo, devem estar agradecidos a Portugal pela obra GIGANDESCA dos Descobrimentos.
Vamos terminar esta segunda crónica, com o mesmo título. O Amigo leitor, desabafará ser abuso da nossa parte. Não lhe retiramos a razão. Diligenciaremos concluir o enredado do, ou dos assuntos em questão na que vem a seguir.
Até próximo.

15 de dezembro de 2008

Nº 188 TRABALHO…GERA FAMÍLIA, ARRECADA ECONOMIAS, AMONTOA CAPITAL… COGNOMIZA CAPITALISMO…

Esta crónica, pretende continuar a anterior. Não se prende, todavia, à economia de um BOLO, exteriorizado num comício de substituição de actos menos saudáveis em patriotismo, para os colocar em andor aureolado de flores da cor do sangue vertido há quase um milhar de anos, por gente que abraçou o sacrifício na ânsia de dar continuidade à independência de «portugueses».
A interpretação ficará ao livre critério do leitor, a quem oferecemos o julgamento das convicções do passado ideológico, não distante, ou de filosofias mais longínquas e das evidências aos nossos olhos a prever futuro dependente de acasos produtivos, de rifas de riqueza, premiadas ou em branco, e dos interesses – talvez o mais acertado - da força, ou das forças «capitalistas» que vierem a mandar entre as nações.
Referimos, anteriormente, a bonomia de quem se atribui conhecimentos sociais e económicos de alta fasquia técnica, em discurso do Dr. Mário Soares, no Coliseu Micaelense, em 1974, constar os rendimentos públicos, de valores sobre valiosos de apoio ao cidadão que paga impostos para serem geridos, como se fora um bolo de família em momento de aniversário.
Aquele bolo, representava um Padrão, para todos os «cofres do Estado que se iriam seguir, pelos séculos ou milénios fora. Um milagre da nova
engenharia administrativa que se substituíra ao «bafiento e em desuso do Estado Novo», que ninguém conseguira vencer e, somente a queda da cadeira, em 3 de Agosto de 1968, dera a sentença de morte.
Sem nada de fantasiado, constava do fabrico perfeito, nas regras de quem entendia da profissão de fé, em cumprir as leis da Natureza e das humanas. E tanto assim valia, que os recém mandões da Nação, o aproveitaram, na totalidade, para pagarem capas a grande soma de caprichos e leviandades.
Envolvidos no abandono das Províncias Ultramarinas, sem um obrigatório «referendo nacional » –para o tornar dentro da lei, de Homens Leais ( com H e L grandes) e dos pensamentos alardeados em clarins ao toque de recolher – entraram, sorrateiros, com as verbas no «trespasse», deixando-as ao livre fratricídio e deslocando mais de um milhão de portugueses do Rectângulo e das Ilhas Adjacentes que ali viviam, aplicando trabalho honrado em prol de Portugal - em prol de famílias constituídas portuguesas. Sempre falando mal do regime deposto, poupador para os actuais gastadores, retiraram dos rendimentos do Povo, a quem juravam defender, para procederem à custa dele, as verbas, absolutamente necessárias para evitar uma sanguinolenta «guerra», a mais odienta de todas, a deflagrada entre irmãos, a guerra civil».
Depois de 1974, a sensatez não mais assentou arraiais, para ser conseguida a cozedura de outro «bolo igual», de acordo com o prometido. E, daí, os orçamentos do Estado, terem vindo a emurchecer no positivo. Neste 2008, as afirmações de um «amanhã» feliz, esmorecem quem ama a verdade e prevê o futuro Demasiado fortes, as previsões do provérbio negativo…«quem tudo quer…tudo perde», na falácia da competência fictícia…
Destas desanimadoras realidades, temos retirado desafios ao encadeamento da lógica, nas instalações neuróticas e nas tomadas de responsabilidade de quem se propõe exercer governo, por aventura ou real detentor de conhecimento das diversas matérias que compõem uma nação e consequente sabedoria de as dominar.
No desenrolo do novelo das verbosidades nas intermináveis promessas que se não cumprem, mais nos convencem ser o PIB, o responsável pela decadência do que deve permanecer garantido à existência.
Não ao PIB real, porque esse é a verdade, mas à interpretação que os idealismos deduzem, aliás característica desta época. Os partidos para alcançarem os recursos e meios do Povo, vêm-se obrigados a prometer mais do que chegou antes, a reger segundo a batuta e a partitura. O inquilino no poder, redobra as voltas possíveis, para cumprir o que havia prometido e, ainda vai no meio da composição. Todo o Mundo afirma não haver motivo para desculpas.
O governante, acusa a ameaça e até concorda. O PIB, não é, assim tão solitário. Tem margens. É o PIBE (Expectante ou Expansível).
Terá sido este o motivo porque o Engenheiro Guterres abriu as torneiras, das canalizações dos encargos públicos, aumentando o caudal para a obtenção de votos, justificando estar o Estado GORDO ( foi o termo usado ) e, quando reconheceu ter-se excedido, sem fazer as contas cautelares, confessou, na hora da «retirada rápida», estarem as contas públicas a boiar em verdadeiro PÂNTANO ( termo usado).
Descuido que o obrigou a afastar-se do cadeirado governativo. E depressa… Sujeitou, porém, o País a constipar por qualquer aragem de «crises económicas» internas e a delirar com febre alta, as coincidentes com as externas. A lição, todavia, de pouco serviu. Não tinha «massa» para frutificar. O gasto exagerado numa finalidade, deixa outras «magras», igualmente importantes.
O Engenheiro Guterres, hoje, alto representante das Nações Unidas, no apoio aos mais carentes, pede aos europeus e a Portugal também, ajuda à África, martirizada por intempéries e desavenças na disputa de báculos de autoridade. Lastima a penúria e louva as boas acções... Coração de ouro…
Os equívocos, contudo, não desaparecem com facilidade… enquanto o bom senso esvoaça ao sabor da obcecação de partidos e cartilhas decoradas.
O senso, para ser considerado bom, tem de enraizar, primeiro dentro da coerência humana social e, depois sair à rua para entender a ambiência da vizinhança e o rasto exacto da Paz.
Nomeado Primeiro Ministro, sob as ordenações do partido e da vulgarizada ingenuidade «expansível» do PIBE, obedeceu aos estatutos da opção política. Deu cabo do senso, das esperanças dos apaniguados e, malgrado, das reservas do Tesouro Público.
Agora na Europa, sente o impulso de repetir o catecismo partidário. «Catequese», que já está a verter lágrimas a muitos portugueses e vai sair cara ao Portugal de Afonso Henriques.
Uma pequena paragem para relembrança do leitor.
A Revolução Francesa, de 1789, quebrou o verniz civilizacional, até à data, luzente. Reclamava o direito de afastar a crosta e possibilitar a visão do interior, pleno de riquezas e vitualhas. Mas não encontrou maravilhas escondidas, para o comum das gentes.
Ao abrir a tampa da «caixa de Pandora», esguicharam as barbaridades físicas e morais, ainda na Idade da Pedra. Obtida a completa liberdade do nocivo à inovada civilização, em vez de um quadro de perfeito acabamento, sobressaiu o negrume dos sentimentos humanos.
Os lucros, conquanto modestos, mas não igualados das nações constituídas, tinham comprimido ódios que tendiam rebentar e agredir a paz desejada, depois de Napoleão ficar guardado na Ilha de Santa Helena, em 1815.
Os ceptros sobreviventes dessa salteada europeia, reuniram o Congresso de Viena, neste mesmo ano de 1815, no desejo uniforme de gozarem o direito do sossego.
Bailes de Gala, encheram os ouvidos e despertaram o «amor» nos «pés de dança», comezainas abundantes e bem regadas, transigiram insistências razoáveis, imperou a tolerância e o receio de caras feias. Tal como se presenciou no último quarto do Século XX, e permanece no XXI.
Já no tempo do cinema, inspirou um filme que deixava a assistência risonha e bem disposta, esquecida dos desaires e sangrias da revolução e da imperial época napoleónica. O europeu, riu…As gargalhadas rompidas nas salas de espectáculos, atingiam-no, directamente. Ria de si próprio... Também pode ser considerado um desabafo de amolecimento patriótico – ou de temor – transigindo dos deveres, a qualquer preço. Talvez esteja, agora, a iniciar o pagamento do custo elevado da transigência.
Deixemo-nos de tristezas. Terminou a crónica.
Até próximo.

8 de dezembro de 2008

Nº187 TRABALHO…CAPITAL E ECONOMIAS DO POVO. CAPITALISMO … VALIDEZ OU REVÉS … DA COERÊNCIA

TRABALHO, é um dos tipos ou normas, no quadro da sobrevivência humana. Representa o CAPITAL e as economias resultantes, de um Homem, de uma organização de interesses comuns, de soberania de raça ou costumes…do Povo. Experimentador de leis, garantes da harmonia social nas sensíveis estruturas regulamentadas.
Referenciando-o mais rastejante, longe de benquerenças ou malquistos ideológicos, «capital» é o somatório dos valores de bens móveis, imóveis, em fabrico e, ainda, atractivos pedaços de metal de formato redondo ou papéis rectangulares, com as efígies dos cidadãos mais respeitados em mando, heroicidade ou dotados da melhor afinação nas funções mentais.
Apesar de o «Capital», boiar neste resumo simplista, o Senhor Karl Marx, escreveu um livro, de excepcional sucesso, mas de interpretação complicada, merecendo, no entanto, ser guindado à adoração do Mundo trabalhador e dos que preferem transmitir frases decoradas a bem da «paz» ou dos pretextos para declarações de guerra.
Para valorizar o trabalho menos qualificado, o Sr. K.Marx, contou os pontos de agulha e linha no vestuário da época – 1867 - , lançamento do primeiro volume - tornando desadequado de comparação com a Máquina de Costura, começada a inventar, de 1825 a 1830, por Barthelemi Thimonnier, operário francês e Elias Howe, operário americano, mas só começando a dar lucros, vinte anos depois, em 1850.
Pertinaz defensor do seu ideal, tão perfeito o tinha K. Marx, que acirrava os trabalhadores a pô-lo em prática mortífera, na «luta de classes», o que foi exemplarmente cumprido na União Soviética, de 1917 até poucos anos antes de 1989.- data da queda dos regimes comunistas na Europa.
A tal incitamento, o receio de renovação das misérias provocadas pela mortandade de 1914 a 1918, e consequentes paralisações na produção, base da vida de cada Povo, aliciou temperamentos moldáveis a reviravoltas na estabilidade, antiquado meio de progresso, para a opção modernizada, revolucionária a lançar o medo, sem hesitação da violência, para apoio à bazófia do senhor Marx.
A medicina, porém, não correspondeu à receita. Mas entusiasmou «metade do Mundo», a experimentar revoluções, ficando a outra metade, a aguardar o fim, real ou aparente dos resultados.
Foi do «Capital», obtido mentalmente pelo Senhor K. Marx, mas contando intacta a maior quantia nos cofres do Estado Português, que o Dr. Mário Soares, em 1974, apresentou o BOLO profético, pródigo em abonações a tempo de não criarem dissabores à habituada «Plebe Pagante».
Em verdade se diga, contudo, ser esse Bolo, o valor aproximado da receita contribuída pelo Povo para as despesas do Estado em favor das melhoras ao Cidadão, à sociedade e, em especial, à defesa do Estado Pátria.
A administração de Portugal, com os «cofres desalentados de 1910 a 1926 e deferidos empréstimos da Sociedade da Nações, sedeada em Genebra, SE… representantes seus viessem conferir a utilização nos gastos, tinha sido confiada ao rigor das exigências nacionais, perante as circunstâncias de declarações guerreiras de nações, contra nações. Fase já antiga, antes da Idade Média, da EUROPA, nunca assentar, se era a favor ou contra a EUROPA.
Os povos errantes, que por Ela transitavam, levavam e traziam as novidades da civilização … Os que preferiam tornar-se residentes, ficavam em canseiras para a todos facilitar alimento e dissimular fortunas. EUROPA… imutável, por estrutura e produção bruta.
É, ainda, a nossa Europa, onde as ideologias se concentram, se divulgam de Continente a Continente, levando consigo a crença em riquezas imaginárias de auto suficiências, transbordantes para os carenciados onde quer se encontrem. Mas é, desta necessidade de promessas além possíveis, donde se transcrevem os catecismos dos partidos políticos, conquanto se fundamentem em provas teóricas de ambições desmedidas, açambarcadoras do que pertence aos mais fracos.
Tantas raízes cresceram neste pensamento, que a política o arrebatou como facto consumado e irredutível.
É nossa birra, ou credencial de livre opinião, estarem os políticos europeus, imbuídos ou hipnotizados dos facilitismos que lhes permite poupar tempo a manejar os algarismos frios da álgebra e aquecê-los com novas colheitas no trabalho intenso da produção.
A assinatura da «Constituição Europeia», é teste, de quem faz contas e de quem assiste à deriva do barco e aguarda para ver onde irá encalhar. A França fez contas mas, como pertence ao júri das decisões, deu a volta, pois saberá a tempo, a finta no momento exacto. A Holanda, como lhe competia pelo tamanho, também usou papel e lápis, ficando, porém desagradada com a prova dos nove». Pois nestas andanças, nunca se sabe quanta resistência física será necessária para a chegada à meta que dará, pelo menos, prémio de consolação.
Em Portugal, as convicções próprias e as plagiadas, acolhem-se em pareceres não individualizados, para dar margem à evidência dos espertalhões e ao acerto no prestígio dos espias a altares de relevo.
Quaisquer explicações a justificar anomalias nas realidades que se vão evidenciando, neste «mar aberto» de conceitos e procedimentos, resguardamos o nosso modo de ver, nos repentes dos autores durante os actos, nas palavras e, sobretudo, dos dedutivos nas contas a pagar.
O recheio do Bolo que o Dr. Mário Soares, realçara as qualidades e, segundo o que vira no conteúdo em 1974, respeitava a receita completa para bom acabamento nutritivo no presente e no futuro. Os conluiados e, também o Dr. M. Soares, sempre tinham combatido a forma de cozinhar do «Estado Novo» mas, de relance, sem esforço - nem sentir obrigação de aprofundar matemáticas - entenderam, ou passou pelas suas cabeças, serem capazes de fabricar «bolos» iguais e melhores, em todos os tempos, com a mesma «massa» e condimentos.
Ao desejar usufruir a sensação de pagar a pronto acordos e compromissos, avançaram em despesas, conforme iam aparecendo na mira de alardear a bondade, no emprego de votos submissos ao partido.
Quanto à Matemática, quebra cabeças na escola e no Liceu, continua a sê-lo, nos meandros da actividade política. E é tão necessária para quem arrosta responsabilidades públicas e tem de se fazer acompanhar dos conhecimentos da História…
Até próximo.