Nº 168 A VERDADE NEM SEMPRE É BONITA. OS ACTOS NOTÁVEIS EMBELEZAM-NA… OS DESMANDOS, MASCARRAM-NA… AS INVERDADES ENVERGONHAM-NA
A História, para alguns intérpretes, é boneca de braços esticados para a frente ou para trás, ao sabor da menina que com ela brinca. Ou pode ser automóvel e condutor em corrida para alcançar o primeiro prémio, se for menino sabedor de marcas e mecanismos.
O propósito de atribuir a verdade Histórica, à infância para a julgar nos seus defeitos e virtudes, encobre a invalidade dos adultos lhe tentarem colorir o rosto, quando está lavado com água pura e inodora. Os «batons» idealísticos artificiais, salientam os amarelos, azuis e dourados, dispensando, todavia, a cor do sangue vertido, amaciando o vermelho da face, mas deixando sulcos e rabiscos, prejudiciais ao aspecto que se queira alindar.
Se o hábito não faz o monge, o monge distingue-se pelo traje austero e modesto, se não do exacto, mas do verosímil, descrito por respeitadores das lutas para formarem as nações. Dê-se à História, por conseguinte, o seu próprio rosto, com os traços que o suor traçou e a sobrevivência exigiu, pois é esse que a honestidade e o bom senso a querem ver e estudar nas sua estantes.
Revoltear factos dignos de memória, no círculo principiante da ideologia, disfarçado de «escola básica» das questões anexas sociais, será aviltar a inteligência e adulterar o bonito ou feio da verdade.
A ideologia, além de posar com roupagens concebidas para espectadores descontraídos, tenta caiar-se do branco da pureza. Intromete-se, nos meandros da normalidade no quotidiano, «assoprando a flauta mágica» do pagador de sonhos ou promessas. E lá vai semeando pólvora para o rastilho da desilusão...
Nos propósitos destes nossos escritos, não se conjugam merecimentos ou depreciações de «dedo indicador» a pessoas ou grupos. Por isso, servimo-nos, dos elementos que nos chegam do que está impresso, contendo os informes de responsabilização dos seu autores.
É este o motivo, porque vamos regressar ao livro do 12º ano de escolaridade, mais de uma vez referido anteriormente e que se mantém - ou não - aprovado pelo ministério que a dirige. Consequentemente, representa o parecer ACTUAL, de quem levanta a batuta dos compassos em conserto, das «bandas de sopro ou verbosidade», contendo os clarins das esperanças celestiais… embora não conheçam as «notas» da música ao ar livre do trabalho, da consciência e da psicologia dos executantes.
Na nossa crónica nº 164, transcrevemos, uma parte da página 166, omitindo, contudo, o ponto «um» da «instauração da democracia em Portugal», na década de 1950 – cinco anos apenas, após terminar a guerra 1939/1945. Período de retoma da normalidade legislativa em todo o Mundo, mantendo-se, à cautela, a espionagem, onde Lisboa era «ponto de encontro» dos beligerantes e dos ventos agressivos de Moscovo, a fazer danos na «massa fresca e destemperada, por falta do comestível», dos muito necessitados de ganhos para sustento das famílias e respectiva prole, em confronto com a passagem da indústria de guerra, para o lado da produção que abriria mercados e cimentaria o desejado bom convívio entre os Povos.
O livro do 12º ano, amachuca a legislação que permite ainda funcionar a «Manutenção do Estado policial. Imposição de obediência ao regime, favorecido pelo clima de guerra fria»
Em anotação passageira, podemos recordar que o SIS, Serviço Internacional de Segurança foi, não há muitos anos, oficializado por necessário ao País, a retomar o impedimento dos estímulos das desobediências interna e externa. E, depois de mais legislação sobre o assunto, no dia 22 de Fevereiro, de 2008, outro Decreto entrou em actividade, rebaixando a «obrigação» do civismo – o aperfeiçoamento social - entrar, em igualdade com o despundonor da «denúncia» - o fomentador do ódio na igualdade humana. Diz-se que para impedir «impulsos familiares e quejandos, continuando o fortalecimento da Polícia – que chegou a ser considerada desnecessária no mito dos cozinheiros da nova receita, adulterada, do que consumiram os DEMOCRATAS GREGOS. Conclui-se, portanto, que a Polícia é indispensável, mas que na reviravolta do conceito de justiça, passa a agregar-se à «baixeza de escolher a verdade ou o oposto», conquanto sujeito a aumento das despesas no tribunal da pesagem e medida das reacções humanas. Um aumento de trabalho, no já sobrecarregado ministério que avalia os direitos e os deveres do «HOMEM COMUM», ausente de políticas de « água morna» que não coze os ingredientes da sopa sadia em cima da mesa.
Até 2008, a denúncia era doença latente, necessitada de «choque», para não conspurcar a saúde da sociabilidade civilizada. A nova mentalidade, dita evoluída, não a entende assim. Dá-lhe «carta branca» para tornar negro o interior de muitos lares, que chegariam a solucionar, portas a dentro, incompreensões de momento, se o pão estivesse garantido nas refeições da família, ou por outros motivos mais íntimos, caídos no acaso das circunstâncias.
Pelo andar da leveza da legislação e da carência de «barragens» reguladoras do lógico e do hipotético do Erário Público, leva a supor o acumulo de mais restrições, a avolumar as não cumpridas, pelos travões da perda de votos.
O movimento fiduciário está a abrandar de forma suspeitosa de faltar talento e meios para o solver. Quem gasta o que tem… a pedir vem. E confiar em esmolas, ofertas ou qualquer outro nome de referência com carácter de garantia…poderá vir a ser o dia do arrependimento ou a véspera de andar calçado, como os nossos antepassados descidos das árvores para experimentarem a aventura de procurarem mais caça, mais pesca, mais fruta e terem de confrontar-se…com MAIS combates corpo a corpo.
As conspirações avolumam os receios de males maiores, facilmente previstos no decorrer do dia a dia. O que a polícia ainda atrasa, enquanto a União Europeia, estiver presente, são as reservas de «ouro» poupados pelo salvador/condenado, no decurso de meia centena de anos, cheios de complicações e maleitas externas, agravadas pelo terror espalhado por mercenários, interesseiros na desavença interna, em busca da melhora de empregos e rendimentos. E para esfacelar, o que só aconteceu nas interrogações e interpretações repentinas de 1974.
Em política, o que parece é… era o mote da razão suprir a força dos grandes, de 1926 a 1974. E o «crédito», deveria centrar-se na «honestidade» de quem o proclamava e assumia o cumprimento dos contratos a entabular ao nível da responsabilidade e de quem o assinava. Estado e Governantes de verdade, são gémeos unidos, inseparáveis enquanto dura o contrato.
Os polvilhos da verdade, envergonham a História, as Nações, os Povos. Nós queremos fazer parte da gente ponderada do Mundo.
É preferível pertencer à política de que o que parece…é…
Não ao agradável à vista e ao sinuoso, confiando na luz tremeluzente da candeia que não ilumina as sombras. Clarear o que somos, contribuirá para reaver os perdidos louros do direito à existência . A verdade, impulsora do esforço de sobreviver. Para sobrevivermos…
Até próximo.



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