Nº 159 A FICÇÂO, PERSUADE…E TRAPACEIA GOVERNAMENTOS… A VERDADE INVESTIGA…TREMULA O ÂNIMO… DESFAZ ILUSÔES
Nos dias que correm, o IDEAL+ISMO, tomou cátedra de curso, com dourados, vernizes e pingues lucros. Assim disfarçado o «diploma» de competência, para todas as engenharias, constrói aquedutos para «levar a água ao seu «moinho», que mói, cereal seco ou tenro para clientes de papa, leite e açúcar.
Com comida pronta a servir, dulcificada a contento, fácil é, ganhar clientela ainda sem conhecer os tachos da cozinha.
Ao afastar o cortinado da janela que dá para a rua, o «humano» só vê rapidez nos transportes e frenesim na resolução de questões pessoais ou de agrupamentos. Deduzindo estes princípios, atribui-se a faculdade de usar dos mesmos processos nas incumbências a que tiver de se sujeitar.
Pressa será, portanto, o seu lema de actuação para não perder competições, oportunidades, lugares presidenciais e, sobretudo, as notas validando moedas, livres de despesas, atractivas e brilhantes, resolúveis em compras e vendas.
A entrada na arena dos comestíveis, desportos, recreios e onde ganhar mesa e teto, o passo apressado, passa a ser uma distinção a acrescer ao diploma dourado, pincelado a verniz, dispensando tirocínios na franquia aos cabimentos de maior lustre. A aparência, será a reserva disfarçada ou o «trunfo de ouros», para vencer o jogo da vida.
O parecido, todavia, não é o real. E não há crenças demonstradas, sem a presença dos cinco sentidos. O «corte mal intencionado» no que existe, pode persuadir, em tempo incerto, mas não vence a dúvida na carência do exacto.
Injusto seria dar título qualificável ou no inverso, a quem siga os princípios activos das pessoas, pós fase estudantil, e conseguem ocupar posições de relativo destaque na compilação das sentenças ou ajustamentos administrativos. O «tira-dúvidas», sobressai no modo agradável, ambíguo ou repulsivo, no tratamento espontâneo de cada requisito, para cada responsabilidade, de cada assunto para cada solução, de cada aspecto para cada panorâmica. Nada é fixo… De tudo se pode esperar no domínio da «máquina» cerebral. Imensurável o tráfico de origem neurótica…
As reacções instantâneas, abrem e fecham a clareza do espírito e é deste, que emana a estabilidade do carácter, na ambiência do voejo imaginado, ou no produto concreto, principiado e concluído, pela mão calejada do Homem.
Se a força da gravidade, puxa os reinos da Natureza para o centro da Terra, o inexplicável maquinismo da ideia, eleva-os para o etéreo, moldando ambos, num mesmo fantástico cadinho.
No actual meio das obrigações públicas, não consta haver alguém crente em tamanha maravilha... ninguém o confessa. Envergonha, dar parte de fraco...
Por assistência milagrosa da contradição, bem paga nas assembleias onde se discutem leis, porém, é em tal princípio que parecem cimentadas as bases dos triunfos políticos vistos, ouvidos, falados, escritos e que estão a ser incutidos na massa anónima, a dar esperança de que algumas fagulhas das promessas lhe caiam à porta da residência. O «pobre» guarda, na sua infinita vontade de viver, o conforto espiritual de que migalhas, também se podem juntar ao prato raso de água, sem legumes ou hortaliça, para completar a sopa. A eterna indolência dos que por falta ou negação ao trabalho, nada ou pouco, conseguem melhorar o seu poder de adquirir o essencial, resignados com a fortuita aparição do milagre das rosas no regaço da santidade.
O pobre, imobiliza a virtude de ser útil, até à encruzilhada de expelir sentimentos revoltosos ou modorrar até à última colher do líquido ali perto, a que pode estender a mão. É chocante, o ócio dos desvalidos da ânsia de viver do trabalho corporal. E mais ainda, dos que optam pela auto-estima de se valerem a si próprios e não encontrarem mister para prestar serviço que lhe renda o sustento da família.
Entretanto… o ar, inodoro e insípido, ameno ou em corrente que, tal como orçamentos vulgares, tem de ser comprimido, assopra vida a plenos pulmões ou geme o último suspiro de alívio na modéstia do endividamento.
Neste curto intervalo, referimo-nos ao AR. Porque algumas opiniões vindas a público, em discursos e escritos, exteriorizam prontidões de arranjos nos sistemas económicos, como se fizessem parte da expansão livre, da mistura de gases que forma a « atmosfera terrestre».
Solitária ou agrupada, a obrigação de cumprir acções associativas, conduz o Homem à ponderação de actos, atitudes e propósitos. São condicionalismos que só os séculos se encarregam de normalizar, nem sempre com sucesso. Neste caso se pode incluir a colocação do leme governativo a nações, empresas, interesses pessoais. Todos usando meios diferentes, todos intencionados à precisão da uniformidade e ao afastamento do queixume. Mas alterando métodos e esgaravatando cobiças e magnificências.
A Revolução Francesa é, sem dúvida, um ponto de referência na imensidade das tentativas ao bom convívio humano. O sangue derramado, não desautoriza o intento, na explosão de paixões. A alternativa, pomposamente erguida para ser avistada dos quatro pontos cardeais, todavia, não conseguiu ainda remediar o que era considerado ineficiente para a maioria, reduzida à angariação dos bens mínimos, redutores do sofrimento.
Ao antever crescimento de desacordos, os grupos – ou partidos - bem intencionados, no seu modo interpretativo, aumentam o número de associados, no sentido de encontrar avenidas ou atalhos, confluentes à conciliação das leis com os indivíduos. A bola das diligências, rola, avoluma-se, em pessoas, fazendo aumentar as despesas para a assinatura que tarde ou nunca chega. Enquanto a esperança de triunfos se esvai na ginástica da mente, abre-se a torneira do erário público ao volume de pagamentos a inteligências a trabalhar em proveito da irrealidade no desconhecido.
Muitas versões, têm colorido o mal-humorado desabafo francês, com máscara de inalação de clorofórmio para esquecer o «terror», vermelho de ódios incitados à ira e à matança de mais inocentes que culpados.
Segundo a História, foram Homens de inteligências excepcionais e corações sensíveis, de dedicação enciclopedista, os instigadores à crise de sentimentos, em 1789. Em primeiro lugar, a cultura … em segundo, as consequências.
Daí para cá, as nações passaram a ser governadas pela mesma ordem de discernimento. Primeiro a ideia, depois…se verá… O que, todavia, se sabe em concreto, é que solitárias, tanto a cultura, como a previsão de consequências, não abrangem capacidade de solução aos problemas da vida humana.
E para que as «coisas» dessem certo, puxaram da cachimónia… pensaram, duramente…e criaram o esquema político, que poderia vir a ser o infalível… Já o divulgámos na anterior crónica número 153. Estamos a repeti-lo, pois merece não ficar esquecido. Damos a sequência mais ou menos estabelecida, conservando o PIB, ( o mais importante para manter a vida, que deveria ficar em número UM ), abaixo do meio da tabela:
1 – Ideal + ismo = ideia, superlativa à física .
2- Direitos = Prémio adiantado a cada nascituro
3 . Política = solução simultânea do real e do abstracto.
4- Partidos = transportes dos problemas.
5- Distribuição dos fundos = dar ao indivíduo, o possível e o imaginado.
6 - Contagem do Erário = dispensa da matemática.
7 - Discussão política dos fundos = indiferença do saber.
8 –PIB - soma dos fundos = obediência da física à ideia,
9- Correcção das disparidades = queixumes ao PIB
10-Rasura do passado = Raspar os efeitos nocivos e colocar o acaso a presidir às aprovações… ou emendas.
Como acima confessámos, não nos foi possível fixar a tabela inteira.
O exposto já é suficiente para mexer com o tino.



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