Nº 171 O HOMEM E A MULHER, SÂO ANIMAIS COM DIREITOS PRÉ-NATAL… O SOFRIMENTO, CONTUDO, RENEGA EXCEPÇÕES…
Assumem-se, todavia, felizardos a valer… No período da juventude, consideram-se «Senhores» do Mundo.
Alheios à álgebra, distraem-se quando começa a idade adulta. Não perdem o gosto de terem sido crianças, nem ao mais atraente de parecerem jovens. A despreocupação, fica-lhes a contento.
Não se apressam a ser o que são, para se juntarem aos sem fortuna.
Vasculham e encontram nos alfarrábios ou cartilhas de partidos, a lista dos direitos, mas em nenhum deles há referência dos cofres onde se resguardam as verbas para pagamento do que lhes cabe da fartura prometida, quando acabaram de nascer e os nomearam cidadãos «honoris causa». Compreendem, então, que os apregoados «direitos», são títulos da graça de ter nascido com potencial de se bastar a si próprio e da ideolatria inata no ser humano.
O rendimento para o sustento e agasalho, se quiser continuar vivo, terá, por consequência, de vir deles, do espírito e do corpo. O estudo fá-los-ão melhor preparados para o colóquio, «profissão – sociedade» a que terão de se sujeitar na luta pelo alimento.
Desses dois meios, derivará o reforço do «recheio» que obtenham para compor bom raciocínio na aplicação dos membros superiores, inferiores e da resistência para os manter em actividade, dentro das 24 horas diárias, descontando a folga aos olhos e do descanso total à parte física e instalação neurótica. O descanso, não será proibido, mas permitido em ajuste de cada função que a sorte, a escolha ou os locais cederem.
Isto que se vê e sente, aparecerá à primeira vista, de simplicidade contada ao sabor do acaso. E não faltam vaticinantes desta sequência permanente, estar ao alcance de todo o indivíduo, liberto da entrega dos seus préstimos ao isolamento, ou juntá-los aos agregados, crente de melhor servir a defesa e ganhar civilização.
O real, todavia, não sucede de forma tão singela e abstracta das exigências da Natureza e do conteúdo evolutivo.
As regalias usufruídas no seio dos agregados humanos, dependem dos contributos de cada cidadão, depositados no «grande tanque» denominado Erário». Também apelidado de «Tesouro Público», para espalhar à ingenuidade da gente sincera, de que é rico em metais parados, aguardando «iluminados» que os saibam aplicar a seu bel-prazer e «inesgotável» de proventos, disponíveis ao primeiro gastador.
É do caldo resultante de todas as verbas depositadas nesse tanque que se distribuem as importâncias para tratar da saúde, de viver no sossego geral , de se livrar dos ladrões, de esclarecer a Justiça, de transitar em arruamentos limpos, de frequentar escolas, liceus, universidades e obter ensinamentos apropriados ao intelecto, de progredir em ambientes condignos, de apreciar a vida, e as belezas que ela nos lega dia a dia, de se saber seguro de apetites estrangeiros, com exército aprumado, para proteger quem trabalha o produzido e as milhentas variedades de despesas que enxameiam os ajuntamentos de pessoas e correspondentes índoles de gastos e poupanças.
Mas mesmo co-pagando todas estes benefícios, terá de se contentar com a indispensável administração dos recursos do Erário Público. O saber gerir a distribuição da tubagem do caldo financeiro, para toda a espécie da orgânica social, trás dificuldades acrescidas, quando a política – aparecida só preparada para lugares políticos - se quer substituir à ciência, à técnica e à psicologia.
Se houver a pouca sorte de nomear «administradores, como os que temos, actualmente, não é possível augurar futuro prometedor e de confiança.
Quando o Engenheiro Guterres e toda a «companha» da barca administrativa, encontrou o «Erário GORDO», mandou abrir as torneiras para dar mais caudal à saída dos dinheiros públicos, num gesto de boa vontade e valorização do partido, mas sem sentido do que é o «Tesouro do Povo» que trabalha, desnivelando o PIB da torrente de compromissos permanentes e aumentados, conduziu o País para a crise económica presente na vivência portuguesa, meio resolvida com vendas do património nacional, mas não com rendimentos que impeçam a diferença.
Os paliativos empregues, não estacam a torrente e nela segue o diferencial que excede o volume do «tanque das contribuições».
A entrada de pareceres repartidos em grupos baptizados de «água benta, potável, salobra ou da fonte pública», agrava a carência de preparação dos que aparecem a sobrepor o rosário decorado das regras «salubres» .
Quando da aproximação da maturidade do raciocínio, o Homem e a Mulher, buscam a «Declaração dos Direitos do Homem», para começar a vida, dentro do legitimado no momento de nascer.
Ninguém lhes responde. Os Pais ou os amigos mais confiantes, aconselham esperança… Abraçam-se à hipótese de um dia…obterem o ganho bastante para o sustento da Família que desejam criar.
Demora a esperança… O rendimento a que - dizem os bem colocados no emprego - ter «direito» aguarda as milhentas boas vontades que não fecham portas. Sentem-se, porém, solitários. Tiram tempo para o pensamento… e perguntam, onde encontrar substituto das promessas ainda acesas e divulgadas…?
Continuam à deriva… Os olhos não derramam orvalhos da desilusão, porque ainda não têm idade de cultivar a lágrima… Mas os corações apertam e dilatam a ritmo além normal… As dores íntimas - física e moral – vêm preencher os vácuos alargados dos desenganos… A prometida transferência do «Céu para a Terra», levita, como anti milagre ao Humano, tendente à «saturação» do mal e do produtivo.
Entretanto, o «tanque do Povo», lá se vai esvaziando… para o Povo multiplicar o reenchimento… E volta a pagar…
Defender o Povo… é um grande… senão o maior e mais garantido negócio… Quer a ganhar…quer a perder…, é patrão que sempre paga.
Até próximo.


