América América

Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

A minha foto
Nome:
Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

26 de novembro de 2007

Nº 147 O PIB, É O PRODUTO DO TRABALHO…CONFORTA O ÂNIMO. O DISCERNIMENTO, MAIS VELOZ, CORRE O MUNDO, …ENSINA E APRENDE…MAS A MATÉRIA …CONTINUA A MESM

Ânimo!... energia adstrita à mente Humana. A primeira força de trabalho, estimulante da resistência à morte.

Pretendendo imitar a matéria, quer, também encaixar-se nas características da gravidade, do pesado ou leve e nas medidas de curto, médio e longo alcance. No peso imaginado ( melhor que em gramas), seduz-se à coerência. Na medida de oportunidades, enquadra-se na habilidade gradual dos actos e nas corrigendas intercalares.

No título desta crónica, admite-se, com boa vontade, a correlação do «ânimo» de conservação das sociedades, com a abundância do PIB na ambiência acalmada, da lógica se prevenir contra o desalento.

O PIB, é matéria, em obediência à constituição dos átomos e moléculas da Natureza. O ânimo pede mais e melhor, quando junto ao burburinho da evolução da comodidade humana.

Ofendem-se um ao outro, na malsinada diferença entre ambos. O « ânimo, leve», divagante de imagens, decide marcar ao PIB, o acordo com o andamento do ilimitado poder de expansão, enquanto este, por muito esforço transpirado, não consegue acompanhar. Chegamos, novamente, à impossibilidade da matéria – o PIB - se relacionar com a faísca espiritual da «massa craniana».

O PIB, de moléculas estremadas, é de valor impassível às consequências. O ânimo, ao contrário, divagante ou determinado, navega no mar das abstracções, ao sabor da volubilidade, da fantasia e da vaporização do desejo.

Esta, quase perversa insistência, na presença do PIB, em nossas crónicas, estará a enfartar os nossos leitores, preferidos a entreter o tempo em informes mais variados, a proporcionar utilidade em questões actualizadas, acrescidas de sensatez e boa mente.

Compreendemos as reacções espontâneas, a descargas repetitivas, a saturar os ouvidos, a paciência e a negatividade do «fazer que anda», com os pés fixos, em ângulo recto, agudo ou… obtuso.

Acreditem, serem iguais, as vossas e as nossas deduções, à «primeira vista». Permitimo-nos, contudo, acrescentar uma «adenda», à laia de desculpa de informador insatisfeito .

O PIB, desde a sombra dos tempos, foi a base de conservação da vida molecular, na esfera Terra. Anterior ao desabrolhar do ante aviso de guardar alimento e fazer contas.

Ao «apólogo» das «vacas magras e vacas gordas», a aliança da filosofia distintiva dos conceitos, poupador ou pródigo, começou a tomar forma, até ao tira teimas mais visível, em 1789, sujo de lama e sangue…na travagem aos inacabados conhecimentos das realidades… produtiva e consumidora.

Os ecos da Revolução Francesa, repercutiram na civilização vigente na altura, com tal intensidade que ainda hoje, milhares de livros a descrevem como conselho a todas as eras e regulamentos. Não é para menos. Tem muito de lição eterna, para aprendizes, professores e, sobretudo…educadores que tenham aprendido «educação» e a saibam comunicar…nas regras humanizadas.

Porque PIB, foi o primeiro sinal educativo, no sentido restrito da poupança e da prodigalidade e na justeza entre os dois. E está presente em todos os graus das obrigações sociais, aprovadas para cumprir. Nos lares individuais, solares nobres, empresas privadas e colectivas, em localidades densa ou rarefeitamente povoadas, províncias pegadas ou afastadas e da maior responsabilidade, nos meandros administrativos dos Estados.

PIB, indagado o valor contabilístico, com a ponderação do direito à vida e à Paz, é marco ou farol a atirar raios de luz à ordem e à disciplina.

Os enciclopedistas, aspirando harmonizar pessoas e bens, aceleraram a efervescência de 1789, na França. Outros mentores, alguns já mencionados nestas crónicas, têm dado o seu contributo, com as mesmas intenções. A «concórdia pública», todavia, mostra não conseguir entender os maus génios surgidos, nas conferências e nos abraços de amizade…

É verdade que os tambores que guiavam os exércitos, se calaram e não rufam como antigamente, pelo simples motivo de se tornarem desnecessários. Os sons que se ouvem, actualmente, após… ou antes das conversações… são os rebentamentos de bombas deixadas cair dos céus, por essa mesma excelente invenção nos transportes, que muitos serviços presta à humanidade. A ciência e a técnica, aplicadas na aeronáutica, permitem absolver ou castigar, sem balança aferida no tribunal da justiça.

Chegados à prova determinante, do destaque do PIB, na associação Humana, não deixemos que a memória se perca em conclusões avulsas.

A intelectualidade de Carnot, Rousseau e companheiros, sem usar armas de arremesso, sem querer provocar morticínios, e, até, com a melhor intenção de harmonizar a lei, o trabalho, os haveres e os efeitos positivos e justos durante a existência do Homem, foi a estimuladora do rastilho que atingiu as emoções acumuladas na rotina e expelidas a pingar sangue, em 1789.

A escrita e o verbo, orgulham o discernimento, mas, ao reformular «sabedorias» desobrigadas dos «saberes adquiridos na prática», possuem a outra faceta menos altruísta, de acirrarem a explosão de sentimentos.

O voto da severidade da álgebra, alterna-se na defesa do interesse humano.

O vaivém da produzido pela mão do Homem, pela mecanização qualitativa e quantitativa, pela cooperação da Natureza, umas vezes bem disposta aumenta a colheita, se irritada, destrói a tenrura agrícola, incute a incerteza no rendimento do produto e no valor a entrar no celeiro.

As quantidades e movimentos populacionais, da sedentariedade às emigrações errantes, ressurgem o ânimo maior no louvor à vida.

Se a escrita, o verbo, a matemática, a produção, os movimentos populacionais, se a comercialização, os transportes, a propriedade, se estas montanhas de complicações se esquivam a assegurar disciplina fiel das funções provindos da persistência ao ânimo, outras precauções cabem a ser tomadas, por outras inteligências, auto ascendentes à perspicácia e à sabedoria. Depois de 1789, desmantelado o «núcleo duro» do absoluto, antagonismos tomaram lugar para encher a vagatura.

Promovem-se agrupamentos – ou partidos - para, em naipes ou em coro, afirmarem sistemas de salvação, cantando salmos de imitação a David.

Conquanto esses grupos, não sejam crentes do pastor que matou Golias com uma só pedra, apropriam-se das hipotéticas soluções dos rebanhos em pastoreio, na veemência de discursos acalorados, na eficácia do «ideal+ismo» e na presença dos companheiros à ilharga, que podem servir de escudo, recebendo a pedrada que vier dirigida. Porque o «próximo», do «mandamento religioso», passou a ser quem se substitui para sofrer a pancada, em vez do «culpado». O egoísmo ascendeu a pedestal… de pessoa primeira…

Terminamos a crónica, sem definir o propósito. Mea culpa.

Até próximo.

19 de novembro de 2007

Nº 146 O ÂNIMO CRESCE E MORRE NA IDEOGRAFIA O PIB … É A MATÉRIA … QUE GOVERNA O ÂNIMO…

A Revolução Francesa, inimiga de reinos, ditaduras e quem pretendesse mandar sobre os franceses, ficou amortecida ( amedrontada, como todas as Nações que viram as suas fronteiras chamuscadas ) e, para se reabilitar…ou salvar… fez-se a mãe – gerada e política - de um imperador que se coroou a si próprio, a 02-12-1804, indiferente ao Papa PIO VII, ali presente . Acima de Rei, Ditador ou Papa. Acima de todos os outros homens, plebeus e cientistas, sábios ou chefes de Família, imperfeitos ou puros. Superior… a…ou aos outros pensantes… A França, que não queria um só, mas muitos tinos a governar, curvou-se a regressar por baixo de novo Sol, um Homem mais categorizado que Rei, - um imperador. O «centro» neurótico, um único critério, no «centro» da Europa…

A contradição do objectivo. A incongruência, a desfeitear a congruência.

Nem tudo, porém, se misturou com alvos idealizados . Algo ficou a sorrir-nos… porque:

Lá em baixo, a arraia miúda… A massa que não pode opor-se ao pronto a servir… e a pagar… A livre expressão, por palavras ou gestos, para todos os amigos e simpatizantes… A idolatria ao nível do ceptro Imperial. Surpresa das surpresas… a obediência… subserviente…

Era a elíptica que sobe, percorre o espaço da convicção e regressa ao ponto de partida, deixando pelo caminho, fúrias e tristezas e a nulidade de ilusões perdidas.

Aos opositores… (porque se não deveria tirar todas as promessas de liberdade)… dão-se conselhos de cautelas… Moderação na palavra, nas relações mais chegadas e nas sociedades. E avisos de que à posição de vítimas, ninguém se livra da autoridade do Estado...

O débil fio que suspendia a «espada de Dâmocles», tinha mudado de lugar, colocara-se sobre as cabeças dos não responsáveis na máquina administrativa. O castigo, pelo raciocínio e atletismo da pulga, galgara para sobre a cabeça dos «piões».

Os dirigentes, ou «infelicitados» da «coisa pública», cingiam-se a responder por actos e omissões, a ocupar ou abandonar, calmamente, os cargos oficiais para que tinham sido nomeados. A não ser… os destinados à bem afiada lâmina de aço…

A liberdade absoluta… divertia-se a castigar os recalcitrantes do poder instituído… a pedir sova, bala ou perda de emprego…

Esta verdade «com pés e desilusão», tem lugar quando o rigor na despesa corrente, se confunde com a certeza auxiliar na pedincha.

Para sermos mais claros, em «Revolução» - que não pede, mas exige - não é razoável fazer cálculo em resultados melhores ou piores e, muito menos, perfeitos. O impreciso, quando chega ao fim, pertence à comunicação Histórica, a quem a descreve, ao conteúdo esperançado nas dificuldades vencidas e à governação a um ideal que a mente deseja, sem resposta das moléculas que compõem a matéria.

Os improvisos inesperados, as inteligências para os resolver, negativamente preparadas nos aspectos técnico e moral, os imaginados pelos enciclopedistas e postos em prática por educações e temperamentos desiguais, transformaram as boas intenções, em resultados contraditórios da consciência e do ambicionado humano.

No fim da «Revolução», porém, o que a emblemou, foram as concepções e sedimentos, além de oportunidades ocasionais no tempo e opções de mandamentos, submissos à religiosidade inerente ao ser humano, companhia sempre presente na marcha para a civilização. A destrinça da bem-aventurança e do mau sucesso, na liga das células nervosas, atrai o regime das actividades físicas, mas espreguiça-se a acender focos de luz à ladeira erma da realidade. O escuro, dá lugar a topadas, que propagam a dor, dos pés à cabeça. Mas faz outros estragos de importância não menor do sofrimento. São os custos elevados, em facturas que excedem as reservas no cofre do esforço do dia a dia, dificilmente recuperáveis.

A História da «Revolução Francesa», esmiúça acontecimentos dramáticos, sem conta, e… alguns encenados, para dar mais colorido às consequências ideológicas impulsionadoras de regalias sociais no presente.

Os técnicos de esquemas guerreiros, desenham no chão ou papel de escrita, as posições dos exércitos, as manobras estratégicas, as sagacidades dos vencedores para alcançarem o triunfo, os «Campos Santos», de um e outro lado da beligerância. Tudo contado, como de pouca valia humana, os fins a justificar os meios. Porque matar, tem mais de uma versão. Se atingir os proprietários de valores consistentes, acima da suficiência, é obra de arte, a corrigir a autoridade no pelouro. Se caber nos intelectos impacientados de ocupar a subalternidade e aventurarem-se a impor imunidades individuais à precaridade em qualquer circunstância, será grave atitude a merecer correctivos imperdoáveis, incluindo o limite zero, ou do defunto.

São posições a por na mesa das sociedades que, para viver, querem trabalho até ao horizonte da vida. Ninguém deseja perder a sorte de ter nascido, de receber o calor dos raios do Sol, nem os afagos da água, ao envolver os corpos na limpeza dos poros, nem a alegria de continuar a família e ouvir as gargalhadas barulhentas dos filhos, nossos continuadores.

Desde o Princípio, porém, o Homem tomou consciência dos encargos e obrigações do que lhe competia, para conseguir os prazeres ao seu alcance. Produzir.

Muito antes do alfabeto «falar», o instinto regulava a despensa dos géneros alimentícios, como a segurança do animal e na progressiva aptidão de ir desvendando as qualidades «Humanas» no sector do intelecto. Foi desta tendência inata, de defesa da espécie, que nasceu o que viria a ser baptizado PIB, actualmente «discutido», embora não conste de todos os programas de eficácia, nas «agremiações» e governanças dos povos.

A organização das sociedades, demorou incontáveis «montes» de séculos. A destrinça de atitudes, tomadas certas, nas crescentes sensibilidades no aceite do Homem à civilização, atrasou o processo de divisão das áreas que caberiam a cada ser raciocinador e ao ajuntamento de muitos outros. As «máquinas neuróticas», que o tempo iria dar ajuda no aperfeiçoamento do cérebro… tornaram-se os postos de comando da vontade e do controlo da energia,

A firmeza, contudo, nunca chegou a receber dos materiais neuróticos, o preparado, necessário e suficiente, capaz de fazer aderir à memória, a todos por igual, compromissos, deveres e obrigações. Notada essa falha na Natureza, - pois se acreditava que a Natureza tinha de emendar todas as deficiências interpostas ao bem estar completo do Homem – a esperança nos séculos, foi adiando a rectificação.

Os Postos do Comando, secos da cola para a memória, desamarraram os deveres e os temperamentos ao mesmo tempo. Experiência, para tirar proveito de solução por meio do acaso . Não resultou. Lutas de todos os tamanhos, destruíram Patriarcas, condados,

reinos, impérios e…quantas obras excelsas para durar…

As Nações, formavam-se e desfaziam-se, orgulhosas da sua independência, esforçando-se por contentar os concidadãos. Espaços para cultivo – terras para semear e colher – sempre foram os principais atractivos, nas causas históricas de explosões guerreiras. Com o aparelho digestivo, não há condescendência em adiamentos. E… antes prevenir que remediar…

Até próximo

12 de novembro de 2007

Nº 145 O PIB … DÁ O PRODUTO CONTADO… UM A UM… A IDEIA… OFERECE O VÁCUO INTEIRO

O Homem, desde o Século XIX, conta com dois marcos fontanários, onde busca beber esperança de afastar a morte. O velho e essencial, está no produto alimentar, pormenorizado na actual contabilidade do PIB, na tentativa de dar para todos os contribuintes. E o secundário, amplamente dado a saber ao público em geral de ser capaz da mesma virtude, firmando-se na família ideológica de sapiências decoradas no desejo.

Nos tempos que correm, na descoberta do «consumo de massas», onde tudo se compra, tudo se vende e tudo se consome, entrou-se na órbita para o «Estado Providência». E acreditou-se que, se as «massas» QUEREM e pagam no mercado aberto ao capricho individual, razão existe, de as posses dos cofres públicos poderem acompanhar, instante a instante, as exigências do espírito, traçadas nos programas delineados nas maravilhosas partilhas das ciências políticas. O grito «Heureca», ouviu-se nos ecos de montes e vales.

As gargantas convencidas de possuírem «massa cinzenta» igual, semelhante ou … superior à de Arquimedes, ao descobrir a lei da física, ainda hoje com o seu nome, espantaram, por ondas sonoras, uma certeza ansiosamente esperada, mas nunca vista. O Espírito e a Física, fundidos no mesmo cadinho da Natureza. O etéreo, desprovido de átomos, a unir-se a moléculas constituídas por um ou mais átomos…uma rasteira bem sucedida à ambição humana. O movimento fiduciário, estava, finalmente, controlado pelo idealismo redentor das terminadas controvérsias em descontento.

Coordenada depois da «Segunda Guerra Mundial», tornada dona e Senhora dos sectores - chave dos rendimentos, para os poder planificar e distribuir, essa montanha de ideias criou um sistema adequado de «Segurança Social», imaginando dar resposta positiva, às reacções dos martirizados nas carnificinas, provocadas por inquietações de fome assumida, na Alemanha e Itália, depois da Primeira Grande Guerra. Era o aproveitamento de oportunidades a ambições mais alargadas, de absorver vantagens industriais e comerciais em territórios, onde mais farturas se expunham ao que mais valentia apresentasse.

O estado de fraqueza da França e Inglaterra, despreocupadas em armamento, confiantes na lição infligida à Alemanha no Armistício assinado em 1920 e 1921, também contribuiu para a segunda conflagração. O que nos faz repetir a locução romana: SI VIS PACEM PARA BELLUM, em português vulgar, quer dizer: Se queres a Paz, prepara a guerra.

Esta sentença, ainda não perdeu validade. Está encasulada, como a larva do «bicho da seda». Não morreu. Simula letargia, expelindo a saliva pegajosa da verbosidade. Um dia a capa do invólucro, amolece e rompe-se. Sairá a borboleta a por os ovos de armamento mais destruidor e deles nascerão desculpas bastantes para continuar as «guerrinhas» espalhadas por todo o orbe, com violência multiplicada para só escapar a quem pousar a sorte.

Ao afastarmo-nos, dos pensadores de cartaz, pousamos os olhos no livro «História», para o l2º ano de escolaridade, do Dr. Mário Sanches, 1ª edição-1999. Logo no início, na página 3, o autor, explica: - …procura-se colocar à disposição dos estudantes de 12º Ano…… um instrumento que, privilegiando critérios de rigor científico e qualidade pedagógico - didáctica, seja capaz de sintetizar as aprendizagens relevantes e essenciais a realizar pelo aluno.

. Trata-se, portanto de um livro dedicado a quem deseja não esquecer o passado e, por consequência, aos que nunca deixaram de ser alunos e se não envergonham no estudo permanente, em ligação com o respeito à memória e à expressão válida que ela contém.

O princípio desta crónica, destacou a retórica da fantasia, em contraste com a realidade nua, visível e palpável. A instalação neurótica, faz parte do Sistema Nervoso da Natureza, porém, não é órgão ou músculo, substituíveis por outros semelhantes.

O choro do nascimento, a sobreposição de moléculas para aumentar grandeza, a vontade e o querer alegram a paternidade, mas não expelem valores de troca. A realidade, ao contrário, tem formato, embolsa e desembolsa importâncias correspondentes aos compromissos técnicos, assinados e postos na atmosfera da propaganda, sujeitos às leis que sobraram do Big-Bang de há 15.000 milhões de Anos.

Por melhor que seja a vontade de espalhar « Heurecas», a Natureza permanece inalterável.

Abramos o livro do 12º ano escolar, acima mencionado, página 48.

Título: - O PROCESSO DE REGRESSÃO DAS DEMOCRACIAS.

Crise Económica e Afrontamentos Políticos.

Nos princípios dos anos 20 – dois anos após a Primeira Grande Guerra, 1914/1918 – a Europa, aumentava a massa monetária em circulação, sem a reserva do luzidio e poderoso ouro, para calar uma pequena parte, das muitas bocas necessitadas de pão e pedia empréstimos à América, na ânsia de ressuscitar o que as destruições haviam empandeirado, arriscando a liberdade de se bastar a si própria, na perda dos encargos financeiros que os credores não perdoam nos prazos, sem castigo de mais pesada carga.

Nuvens de furacões violentos, não conseguiam limpar o «Céu da Paz», nas « assinaturas entre vencidos, no Comboio francês dos Perdedores», em 11 de Novembro de 1918, pois vencedora tinha sido a crise europeia já enraizada para crescer até à América». Como nada se perde e tudo se aproveita, foi o mesmo chão, o escolhido por Hitler, para ser assinado o colapso da França em 1940. A data de 1918, caía muito bem ao ser relembrada…

De pouco serviram os «papéis, contendo os compromissos dos representantes das nações» para confirmar o Armistício de responsabilidade LIMITADA, nos salões da nobre Versailles, em 28-6-1919 e 10-01- 1920. Do lado Europeu, assinaram os dois lados. Ambos vencidos … O sangue vertido, as construções humanas destruídas, os campos devastados, não premiavam o nome de vencedor em nenhum aspecto.

Assim, ao luto do terminado pavor da mal sucedida Guerra, outro medo o preencheu, o da obrigação de dar trabalho, comida, vestimenta e teto aos milhões de desempregados de profissões estancadas por interrupção de transportes, terrestres e marítimos, de pessoas e bens de consumo, para mercados e serviços, regularizados para as condições normais de… volta à tranquilidade.

Um terceiro vazio se formou nas actividades físicas…em busca de soluções, para a humanidade se não matar até à exaustão.

Já se sabia, desde as primeiras balbuciadelas da indústria em Portugal, nos princípios do Século XIX. por volta de 1836, que são as «massas», os fundamentos para atrair capitais e satisfazer mercados, sendo imprescindível, organizar «empresas», construir «fábricas», assegurar transportes regulados para garantia da consequente rede de distribuição.

A página 22 lê-se: A difícil e tardia industrialização de Portugal.

Esta frase, merece breve comentário.

A Revolução Francesa, fez emergir ideais maravilhosos.

No prático, no terreno, produziu os efeitos imediatos: - Na França e no Mundo Europeu, alastrou temor por vidas e bens, nomeou aprendizes de proprietários, mais inexperientes e ineficazes que a acomodada nobreza, baralhou leis e conceitos, modificando modos de agir, em conformidade com exigências chanceladas com tinta limpa de vírus epidémicos ou soro anti-cívico. Plantou fruteiras intelectuais e alimentares de grande valia social, mas partiu o casulo do civismo, donde se espalharam ervados danosos para plantios tenros, batidos pelos vendavais nascidos dos três «ocos» do pós guerra, vagarosos a preencher, alguns e outros a aguardar o crescimento do PIB, para poderem oferecer matéria de utilidade pública.

A indecisão, perdurou por muitos anos e não lançou foguete que atingisse, logo e já, o Sol do progresso. Sem esquecer « os dias de Glória da Marselhesa», fez atordoar a França, empurrando-a para a debilidade económica.

Portugal, enfraquecido pelas Invasões Francesas, não tinha meios de entrar na corrida industrial, na proporção das suas necessidades.

Até próximo.

5 de novembro de 2007

Nº 144 O PIB… PRODUZ TRABALHO FÍSICO DIRECTO A IDEALIDADE… REFLETE … LUZ…DE FONTE ETÉREA.

Reunir raças e línguas, costumes e temperamentos, consciência nacional e interesses reflectidos em Leis, é tarefa de séculos, nunca perfeita. A intenção, imagina uma superfície plana, sem desigualdades de germinações ou crescimentos, nem seguranças às regras de contenção das sapiências do trânsito, dos modos de proceder e do que hoje é um tratado oficial, sob honras de «referendos e decretos», o da dor, vinculado à desacreditada irresponsabilidade do nascimento.

As Nações formam-se ou tendem a unir-se, na enchente ou vazante, das circunstâncias sociais de produção da riqueza e no acto de a distribuir ao Povo, consoante a receptividade ao desenvolvimento intelectual, advindo do nível de vida que o solo prodigaliza ou retarda.

De importância mais segura, supomos evidenciar-se, o poder económico, por agregar o meio social, no mais autoritário esquema sociológico, o de adquirir os produtos indispensáveis ao sossego do aparelho que conserva a vida.

Pelos anos fora, ou pelos anos adentro, pois no bafio das idades, não distinguimos quais as saudáveis, visto as mofinentas, descoladas no esvair do senso, estafado de ser bom, estão a tomar posição de maior destaque.

Esta indecisão, porém, leva-nos à proposta de expor, na companhia de sã independência, o argumento que revigora a essência humana.

O trabalho do Homem –concentrado no PIB - sustenta a existência. Desta, germina o ideário. A continuidade, depende da duração do Sol, satélites em vôo imparável e dos elementos onde assentam os reinos animal, mineral e vegetal. O Homem é, na trama da Natureza, o promotor da resistência ao caos, o destinado a aprender e transmitir, para ser o «mestre de toda a obra». Germinou a ideia para moldar. Ferramentas, de cavar a terra, colher sementes, aperfeiçoar a matéria rústica, maravilhar a vista.

No acento do trabalho, foi congregado no PIB. A responsabilidade para dar sentido ao impulso, do Homem que quer ser independente.

Nesta referência entendida ao PIB, quase nos esquecemos do fim deste nosso arrazoado. Mas ainda vem a tempo a explicação devida.

Tem acontecido a responsáveis da administração pública na Europa e no Mundo, falarem dele a rodos. Referências em turbilhão, lhe têm sido atribuídas com as misturas políticadas, chegando ao ponto de lhe inverterem a rotina, reduzindo o valor exacto na conservação da Paz e avaliação do que pertence a cada cidadão, na colheita e no trabalho, atrapalhando cada gestor público no entendimento das verbas com cabimentos justos, cientificados e precavidos na movimentação incerta das preferências dos agregados sociais .

PIB, ou Produto Interno Bruto, diz respeito à individualização dos Países, à responsabilidade de regular as condições essenciais humanas ou à multifacetada junção universal.

As Nações que pretendam gerir-se a si próprias, deverão cumprir as regras de abastecimento necessárias e suficientes ao bem estar da sociedade – as famílias - e assegurar ambiente pacífico e culto. E respeitar as congéneres estrangeiras, como querem ser respeitadas. Acessível corolário, para as aspiradas consequências da validade mútua se ficar no plano do repouso das águas e das aspirações além da acorrentada produção. Até dá partitura musical, suave ou violenta para com os tímpanos

Vários «maestros», já levantaram a batuta para dirigir com imponência, a orquestra mundial da Paz, gizada em 1789, na França. As cravelhas de retesar as cordas para dar o tom nos naipes dos direitos, porém, fixaram menos vibrações do que as «direitas», se bem que continuem a dar concertos a bateria, mais os tambores, as castanholas e os ferrinhos., para alardear festejos. Os naipes dos deveres, bastante mais atrasados, por falta e mal vistos desde o início, aguardam começar nos ensaios, enquanto a partitura da composição, se encontrar na inspiração de outros compositores, mais actualizados – segundo afirmam - na ciência das notas e que desejam alterá-la, de acordo com a evolução técnica nestas últimas duas centenas de anos.

Na carência de bons compositores de «política erudita», para terminar a discutida partitura, várias charangas apresentam nos seus reportórios, arranjos com algumas notas da original, não conseguindo, porém, convencer a assembleia que paga o espectáculo e reclama, sorridente ou macambúzia, a pouca preparação dos executantes e, sobretudo, dos chefes de orquestra que dizem entender de pausas, sustenidos, bemóis e bequadros. E, no caso que nos interessa particularmente, conhecer os livros de contabilidade, pelo lado de fora, o que está descrito dentro deles e o que a prática mais aconselha.

O factor, nestes concertos, que se mostra menos positivo, consta de todos os membros do organismo executante, receberem bons ordenados e não conseguirem afinar, com as vibrações do diapasão de receitas e despesas.

Evidentemente que se não contabilizam as juras de cumprimento dos deveres, enquanto estes se mantiverem na Cátedra política, que não no «martelo» da Justiça. Porque esta – a justiça – está a aborrecer-se e luta por se desenvencilhar dessa abusiva tutela, que lhe sonega a autoridade para que foi criada com custos crescidos, pois que representa a dignidade da Nação.

Deixando para trás o jocoso, que tem o seu lugar na teatralidade, medida no padrão do chiste, aproximemo-nos do que não usa enganos, na independência das certezas Há tanto a pensar a sério…

Paremos um pouco… É útil o tempo de meditar…

A clássica sobranceria reinante na autoridade de uma «corte» restrita, escolhida a dedo por um Monarca autoritário, terminou os seus dias, nos campos de batalha europeus.

Parecia que algo de novo iria ocupar os lugares vagos, a acreditar nos arautos mandados a desfazer receios de intromissões maldosas, que a gente ruim estava a ser afastada para bem do Povo pagador de impostos e, por isso, se adiantavam medidas para a supremacia de limpeza da inabilidade e desatinos na arte de governar.

Para dar mais ênfase a estes avisos cautelares a reacções de ingenuidade popular, jovens e adultos, deficientemente preparados em conhecimentos na «alta esfera da governação», gritavam nas ruas, a provocar tumultos e estorvos, onde só deveriam circular afazeres e bom senso. A realidade, responderia com razão, que em vez de projectar progresso civilizacional, estas corridas truanescas, reflectiam desprestígio da Nação e dos «órgãos governamentais», renegando a autoridade superior, atirando-a para cedência às fraquezas e imprevistos da grei não avisada. Além de que representava, perante nacionais e estrangeiros, a desaconselhável prova de impotência interna, tanto em auto educação e discernimento da justiça, como na ineficiência decidida por compadrio de votos.

A criação de adversários, - outro motivo a ponderar - internos e externos, passou a amedrontar a coragem dos dirigentes ou primeiras figuras, que se postam a evidenciar carisma no presente, que reflicta luminária no futuro. O «voto», um degrau na subida, pode ser o plano inclinado para a queda no caldeirão da mal calculada «sopa» política, com muitas mãos inexperientes a temperar e muitos amargos de boca de quem tem de ingerir os feitiços de cozinheiros aprendizes.

A ciência, - um ponto chave na teia social - sempre a subir de preço e divergindo originalidades, porém, cada vez mais necessária, em todos os recantos de uso comum e se ramifica em armamento mortífero directo ou suicídio por ricochete, se enche as bolsas dos ditos ricos de moedas e fortes de saúde , não remedeia a dos indigentes comprovados, de auxílio recomendado, possíveis futuros recalcitrantes a leis não cumpridas, ou promessas improvisadas, sem luz que permita crença.

As calamidades atmosféricas, - um gravoso influente nas contas públicas - que sendo o tempo da nossa respiração, sem dar contas a previsões, deixam-se cair à vontade da desgraça, sobre as obras esquematizadas na instalação neurótica que a mão física edificou para abrigo ou embelezamento da existência terrestre.

O negativo, mais vezes do que o previsto, contradiz o intento e sobe a fasquia dos valores que se perdem, pulando fora dos orçamentos do Estado.

Já paramos… mas não deu para tudo pensar.

Até Próximo.