Nº 121 A HISTÓRIA DO REI… AO 1926… NO TEMPO, NO ESPAÇO E NAS ACÇÕES
No tempo de…
Começo de frase a vincar acontecimento digno de ser relembrado como exemplar em meio acanhado de família, ou aviso aos povos, para prosseguirem nos trilhos limpos do passado, evitando o matagal das incertezas.
No tempo de … 1926, Portugal atravessava o fim do segundo período conturbado, que lhe oferecera o Século da «electricidade». Não gozava da «luz» que lhe alumiasse o futuro. Sem dinheiro e rendimentos activos, em 1928, pedia à Sociedade das Nações, 12 milhões de libras para normalizar compromissos.
Nesse tempo… não pontificava a União Europeia a esmolar os mais pobres, Maus portugueses, hoje, recordados como «bons», na área pós 1974, remoeram « queixinhas» à Sociedade das Nações para não aceder ao empréstimo. Não foram acreditados na totalidade. Seis técnicos estrangeiros vieram certificar. Acordaram na justeza do pedido, « exigindo, porém a criação de um agente de ligação, junto do Governo Português, com funções de controle». As sobras de patriotismo, ainda existentes, gritaram: - Portugal não se vende por 12 milhões de libras. E não se vendeu. A venda ficou adiada… mas no «olho» dos denunciantes, desejosos de serem eles os vendilhões…
Houve, contudo, a necessidade de encontrar alguém que percebesse de «contas». Gomes da Costa, chegara a ser nomeado Ministro da Agricultura, mas recusara por razões diversas, em particular, por nem saber plantar uma couve, segundo confissão do próprio. Os revolucionários honestos, falam direito. Os interesseiros, atiram a verborreia, como «pano de boca» do seu teatro e acabam «pano de fundo» da peça, transformada em tragédia.
Completos os Ministérios, faltava o das Finanças. Teria de conjugar competência de mestre, honradez do Povo e personalidade segura. Experimentado em 1926, ele se rejeitou. Foi buscado em 27-4-1928. O Dr. António de Oliveira Salazar, tomou posse da pasta. Tinha 39 anos de idade.
Trabalhou, de acordo com os que nele depositaram esperanças, para salvação de Portugal. Fez reformas orçamentais, tributárias, pautais e de crédito», saneou as finanças do Estado, extinguiu o deficit orçamental, diminuiu a dívida pública flutuante, assumindo a Presidência de Primeiro Ministro em 1932, e em situações difíceis, acumulou os Ministérios das Colónias, dos Negócios Estrangeiros, da Defesa, da Guerra.
Tudo isto, mencionado na Enciclopédia Visum, que nos vai acompanhar em mais dados.
Em 1933, promulgou nova Constituição, com base no Estado Corporativo. Durante a guerra civil espanhola, auxiliou a causa franquista. Assinado em 17-3-1939, o Bloco Peninsular, tratado de Amizade e não agressão com a Espanha. Correu às claras e para quem quisesse ver e ouvir, que o Dr. Oliveira Salazar era o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal e da nossa vizinha, que tanto poderia pender para os aliados Inglaterra e França, como para a agressora Alemanha.
Mérito excepcional obteve, na sua proclamada neutralidade, na segunda Guerra Mundial. Verdadeiro Homem de ESTADO, defendeu tal promessa, enfrentando Churchil, Roosevelt e Hitler, de forma franca e directa, pois qualquer deslize diplomático, poderia levar um deles a desconfiar da palavra do Primeiro Ministro português e invadir território nacional, sobretudo pela posse do Arquipélago dos Açores. O livro «O Estado Novo», do Dr. Franco Nogueira, é preciso em datas e acontecimentos. Defronte da residência do Dr. Salazar, as Mães Portuguesas, mandaram erigir um monumento, modesto mas simbólico, agradecidas pelos seus filhos não entrarem na chacina de 1939 a 1945. Em populações, sem ou com poucos adulteradores da História , tal facto mereceria o reconhecimento público para a vida futura.
O Presidente Roosevelt, reconhecendo a razão de ter sido «travado» pelo Dr. Oliveira Salazar, na prevista tomada dos Açores, declarou que teria muita honra em cumprimentar o HOMEM que teve o «atrevimento» de se lhe opor, de forma digna de estadista de eleição. Não foi concretizado o desejo, pelo falecimento repentino.
Portugal aderiu à Aliança Atlântica em 1949, solicitou o ingresso na ONU, em 1955, aprovou a Concordata com a Santa Sé e um acordo Missionário, em 1940. Predominou a sua atenção, na defesa intransigente dos territórios ultramarinos, posse legítima de Portugal, paga em fundos públicos, vidas heroificadas lutos e amarguras. Oferta gratuita à evolução da humanidade, que o Mundo, nestes últimos tempos, tem fingido não ligar importância, para se escusar ao agradecimento que o obrigam os benefícios recebidos.
Para levar a efeito os resultados positivos descritos, foi primordial, a reimplantação da paz no País, por Gomes da Costa.
Dar-lhe prolongamento, evitando a repetição dos dois primeiros desnorteados períodos ( 1900-1910 e 1910-1926), ambos chafarizes de excessos, soltos os travões à tendência anárquica, era obrigatório manter a estabilidade. Com estas determinações, a «anarquia», invertendo o intento, «fundou» a Polícia Defensora do Estado. Sem a anarquia, não teria sido concebida a PIDE.
Se a razão, ainda tem lugar, opinamos que o SIS vem para defender o singelo primeiro Portugal, mais os sobejos dos Açores e Madeira. Não, certamente, para preparar a liquidação total da mercadoria, de nome Portugal, fechando o armazém da fama de grandes Homens e atirar ao Mar, que lhes deu glória eterna, os meios de vivência independente e soberana.
Até próximo.



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