Nº 120 DO REI… AO 1926. DO 1926… EM DIANTE
O Idealismo, será a forma cómoda de mostragem que a instalação neurótica está montada para brilho externo, só aguardando o recebimento da factura, em encómios engrinaldados e lugar na secretária a justificar o salário. para liquidação das despesas correntes.
Olhar e ver a matéria, mais a valia constante na presença, representa a ambição por que corre o humano nas estradas rumo aos lugares cimeiros nas sociedades em permanente mudança de sítios e comportamentos, onde residem as dúvidas que levam ao salto para o civismo. Os olhos, porém, têm de se manter bem abertos e de ligação com a utilidade incomensurável .do raciocínio, a formar o exemplo, aliado da memória.
No Século XX, em Portugal, sucederam-se quatro períodos alternados, todos pretensos a festejar e defender o Povo, sabido ser este o resignado à mercê da bitola dos que tomavam as rédeas do poder, soltando-as como rede pesqueira, para apreender fragmentos de psicologia reactiva à submissão ou à resistência. Porque, na devida altura, os grandes pensadores adiantavam mais os defeitos que as soluções, de passagem em metamorfoses, a par com a ciência e a técnica a produzirem novidades.
O período nº 1 – de 1900 a 1910 - conteve-se nos últimos 10 anos da Monarquia, sob a cobiça dos « Senhores das Ideias», desde 1822, quando da assinatura da Constituição mas não esgotada dos seus princípios e os primeiros 10 do Século a prometer novidades, de importação francesa.
A autoridade ocupava dois centros: - o Rei e a Constituição.
A irritabilidade dos assaltantes ao domínio dos órgãos de soberania, abria e fechava, sem dar tempo à reflexão.
Para a retirada dos nervos tensos, foram sacrificados o Rei e o sucessor, em 1908 e a restante Família, embarcada na Ericeira em 1910, para não incomodar a República.
O período nº 2 – de 1910 a 1926- ensaiou a República.
A autoridade, prestava serviço à Constituição, ao Presidente da República para nomear Governo, aos Ministros, desobrigados na gerência das necessidades públicas, a cuidar do nível favorável ou não, do erário público e ao «livre arbítrio» dos cidadãos.
Assim, o direito de delimitar obediência, saltitava de critério em critério, de função privada a colectiva, da vontade individual ao respeito à Lei. Leque demasiado amplo para definir ordem e serenar ânimos.
Logo nos dois anos principiantes, eram libertos os actos menos aceitáveis a sociedade aspirante a cultura e progresso sociais. O Dr. Afonso Costa, um proeminente guia do 1910, subiu a Ministro. Baseando-se nos factos, regularizou as Finanças e, alcançou o orçamento positivo. Mas fê-lo, tomando decisões de «ditador». Caiu no desagrado dos companheiros, Dr. António José de Almeida e outros. Desceu o degrau que parecia sólido.
Os destemperos, continuaram. Em 1915, uma « Ditadura Democrática» assentou arraiais. Para defender o título «República», que não o Povo, enviou para os campos de batalha, na França, o respeitado e heróico exército de Portugal, armado de material envelhecido e municiado para carreira de tiro ao alvo. Aconteceu o 9 de Abril de 1918. A data obteve a honra de ser dia feriado nacional. Assim se engrandeceu a bravura do Povo, com mortos e feridos e se encobriu a falta de capacidade governativa, responsável pelo desastre sofrido pelo denodo português.
A descida moral, continuou. Em 19 de Outubro de 1920, a anárquica camioneta, saída do Arsenal do Alfeite, pegou no Primeiro Ministro Dr. António Granjo e mais quatro ex- ministros e foi-os furando de balas, nas ruas de Lisboa, incluindo o comandante do 5 de Outubro de 1910, Almirante Machado Santos. Acontecimento, no mandato de Presidente da República, do Dr. António José de Almeida, ( 1919-1923 ) o vaticinador que bastaria o abate da Monarquia, para todos os problemas nacionais serem solucionados … A inversão à promessa… A dependência do Povo inocente, para a incógnita do « amanhã encoberto »…
O idealismo, solitário de escrúpulos, falho no conhecimento administrativo, desprovido de moralidade patriótica, teimoso a conduzir Portugal ao bel-prazer de convicções estéreis, empurrava o País para a inicial situação, anterior a 1140. O General, depois Marechal, Gomes da Costa, susteve-o. À vista de portugueses e estrangeiros.
Restrito número de Portugueses, não aprovou. Os «Senhores das ideias», reprovam a materialidade dos valores sociais, quando falam ao Povo. Na vida privada, porém, o bem-estar material, é bem vindo, sob todos os aspectos, salientando-se casa de bons cómodos e mesa farta e seleccionada. E enriquecer… não é pecado… Porque a ideia tem franca validade, no acto de ganhar dinheiro de contado, mesmo que não fale na pureza da verdade.
Estamos a terminar o resumo do 2º período, atravessado por Portugal, no primeiro quarto do século XX. Não descrevemos o muito sangue derramado, os bombardeamentos de Lisboa, por navios de guerra portugueses, da falta de alimentos à população, dos atentados com explosivos, das traições à ordem e à disciplina das revoltas provocadas pelo Sol russo. Se o Povo ler estes escritos, tem muito que pensar, para vir a entregar o seu voto em chamadas futuras. Os dois restantes períodos, ficarão para outra crónica.
Até próximo.
Olhar e ver a matéria, mais a valia constante na presença, representa a ambição por que corre o humano nas estradas rumo aos lugares cimeiros nas sociedades em permanente mudança de sítios e comportamentos, onde residem as dúvidas que levam ao salto para o civismo. Os olhos, porém, têm de se manter bem abertos e de ligação com a utilidade incomensurável .do raciocínio, a formar o exemplo, aliado da memória.
No Século XX, em Portugal, sucederam-se quatro períodos alternados, todos pretensos a festejar e defender o Povo, sabido ser este o resignado à mercê da bitola dos que tomavam as rédeas do poder, soltando-as como rede pesqueira, para apreender fragmentos de psicologia reactiva à submissão ou à resistência. Porque, na devida altura, os grandes pensadores adiantavam mais os defeitos que as soluções, de passagem em metamorfoses, a par com a ciência e a técnica a produzirem novidades.
O período nº 1 – de 1900 a 1910 - conteve-se nos últimos 10 anos da Monarquia, sob a cobiça dos « Senhores das Ideias», desde 1822, quando da assinatura da Constituição mas não esgotada dos seus princípios e os primeiros 10 do Século a prometer novidades, de importação francesa.
A autoridade ocupava dois centros: - o Rei e a Constituição.
A irritabilidade dos assaltantes ao domínio dos órgãos de soberania, abria e fechava, sem dar tempo à reflexão.
Para a retirada dos nervos tensos, foram sacrificados o Rei e o sucessor, em 1908 e a restante Família, embarcada na Ericeira em 1910, para não incomodar a República.
O período nº 2 – de 1910 a 1926- ensaiou a República.
A autoridade, prestava serviço à Constituição, ao Presidente da República para nomear Governo, aos Ministros, desobrigados na gerência das necessidades públicas, a cuidar do nível favorável ou não, do erário público e ao «livre arbítrio» dos cidadãos.
Assim, o direito de delimitar obediência, saltitava de critério em critério, de função privada a colectiva, da vontade individual ao respeito à Lei. Leque demasiado amplo para definir ordem e serenar ânimos.
Logo nos dois anos principiantes, eram libertos os actos menos aceitáveis a sociedade aspirante a cultura e progresso sociais. O Dr. Afonso Costa, um proeminente guia do 1910, subiu a Ministro. Baseando-se nos factos, regularizou as Finanças e, alcançou o orçamento positivo. Mas fê-lo, tomando decisões de «ditador». Caiu no desagrado dos companheiros, Dr. António José de Almeida e outros. Desceu o degrau que parecia sólido.
Os destemperos, continuaram. Em 1915, uma « Ditadura Democrática» assentou arraiais. Para defender o título «República», que não o Povo, enviou para os campos de batalha, na França, o respeitado e heróico exército de Portugal, armado de material envelhecido e municiado para carreira de tiro ao alvo. Aconteceu o 9 de Abril de 1918. A data obteve a honra de ser dia feriado nacional. Assim se engrandeceu a bravura do Povo, com mortos e feridos e se encobriu a falta de capacidade governativa, responsável pelo desastre sofrido pelo denodo português.
A descida moral, continuou. Em 19 de Outubro de 1920, a anárquica camioneta, saída do Arsenal do Alfeite, pegou no Primeiro Ministro Dr. António Granjo e mais quatro ex- ministros e foi-os furando de balas, nas ruas de Lisboa, incluindo o comandante do 5 de Outubro de 1910, Almirante Machado Santos. Acontecimento, no mandato de Presidente da República, do Dr. António José de Almeida, ( 1919-1923 ) o vaticinador que bastaria o abate da Monarquia, para todos os problemas nacionais serem solucionados … A inversão à promessa… A dependência do Povo inocente, para a incógnita do « amanhã encoberto »…
O idealismo, solitário de escrúpulos, falho no conhecimento administrativo, desprovido de moralidade patriótica, teimoso a conduzir Portugal ao bel-prazer de convicções estéreis, empurrava o País para a inicial situação, anterior a 1140. O General, depois Marechal, Gomes da Costa, susteve-o. À vista de portugueses e estrangeiros.
Restrito número de Portugueses, não aprovou. Os «Senhores das ideias», reprovam a materialidade dos valores sociais, quando falam ao Povo. Na vida privada, porém, o bem-estar material, é bem vindo, sob todos os aspectos, salientando-se casa de bons cómodos e mesa farta e seleccionada. E enriquecer… não é pecado… Porque a ideia tem franca validade, no acto de ganhar dinheiro de contado, mesmo que não fale na pureza da verdade.
Estamos a terminar o resumo do 2º período, atravessado por Portugal, no primeiro quarto do século XX. Não descrevemos o muito sangue derramado, os bombardeamentos de Lisboa, por navios de guerra portugueses, da falta de alimentos à população, dos atentados com explosivos, das traições à ordem e à disciplina das revoltas provocadas pelo Sol russo. Se o Povo ler estes escritos, tem muito que pensar, para vir a entregar o seu voto em chamadas futuras. Os dois restantes períodos, ficarão para outra crónica.
Até próximo.



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