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Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

11 de fevereiro de 2007

Nº 111 SALVADOR FERNANDES ZARCO… ENCOBERTO POR CRISTÓVÃO COLON !... DIVULGAÇÃO DO SANGUE PORTUGUÊS….

As grandes inteligências, honram as origens e afamam as populações. À sombra dos seus nomes, as nações embandeiram o grau de desenvolvimento intelectual, científico, moral dos genes que reproduziram raças e contribuíram para a melhoria do Mundo. Será isso que faz a História no sorriso indefinível da Gioconda de Leonardo da Vinci.
O que nos quererão dizer os olhos matreiros da Gioconda, ou do Pai, Leonardo?... Uma certeza?... Uma dúvida?... Algo para além da nossa limitada compreensão?...
Ou um conselho, que nos sossegue o desejo de aprofundar o encoberto pelo tempo, pelas descrições temperadas com o mistério do acontecido, pela verdade cambaleante do contador da História ?... Que será?...
O contador da História, tem lugar de nascimento. Ama o pó que primeiro lhe polvilhou os pés, sujou as mãos e recebeu a face na primeira queda de menino a engatinhar. Daí, a terra transmitiu cheiro, sabor e benquerença. Adulto, não mais se livra das amarras com a terra maternal, com a terra que dá pão, com a Terra que receberá os seus descendentes. À sua Terra, dedicará a defesa dos condicionalismos e êxitos mais nobres.
Salvador Gonçalves Zarco, teve a sorte de possuir cérebro bem instalado, a que se juntou uma instrução invulgar em qualquer época, ansiosamente absorvida, para reconquistar o que havia perdido na concepção amorosa de seus Pais.
Neto de Rei, D. Duarte e do judeu navegador português João Gonçalves Zarco, descobridor da Ilha do Porto Santo em 1418 e da Madeira em 1419, nunca se conformou do Pai, o Infante D. Fernando, Primeiro Duque de Beja, não poder ter casado com sua Mãe, Isabel Gonçalves Zarco, pelo «anátema» no tempo, o ter nascido Judia. Desconhecedor da têmpera dos metais, mas, extraordinariamente bem a dos homens, a si próprio a aplicou para alcançar a posição que lhe caberia na normal junção de um casal, de um Infante com uma mulher.
Estudou grego, latim, hebraico e acobertou o nome de baptismo, por outro que traduzisse a transposição dos Continentes e o crescimento da humanidade. Passar além do conhecido e povoá-lo de humanos, crentes no desbravamento e na dedicação à descendência – Cristo + vão ( ou ponte de passagem) – Cristóvão + Cólon ( o marco reprodutivo). Cristóvão Cólon.
Dedicou-se à náutica. Estudou-a em todos os pormenores, com o afinco de alinhar entre os aventureiros desbravadores dos segredos do mar alto e da linha amovível do horizonte. Riscar o passado hebreu, com actos de bravura singulares, objectivo a repor o mérito próprio, na posição que daria o desapossado título de nobreza.
Tratou, lado a lado, com os Reis de Espanha. Ganhou a confiança da Rainha. Obteve a «armada» que o levaria ao Novo Mundo, em 1492. Por 4 vezes, pisou aquela terra, pertença da família de João Corte Real, desde 1472, oficializada, somente pelo Rei Português. O Tratado de Tordesilhas, definiu a posse.
Destrinçar a teia envolvente do personagem Salvador Gonçalves Zarco, tecida por inteligência distante da vulgaridade, soletra hipóteses e inspira amores nacionais. É a Itália, que o quer para si, é a Espanha que lhe dá o berço Catalão, é a França que tem famílias com o nome de «Colom».
Chegados aos nossos dias, da ciência poder clarear o imbróglio, surge um técnico decidido a por em «pratos limpos», o que fora clandestino, por motivos de sobrevivência e ânsia de readquirição dos valores heráldicos e legados da Família.

O especialista, Professor de Medicina Legal da Universidade de Granada, Espanha, José Lorente, foi nomeado Chefe da Equipa, pelas «Cortes de Espanha, para investigar o ADN, nas ossadas de Cristóvão Cólon. Revelou através do programa de Televisão «Discovery Channel», transmitido em Maio de 2005, que havia sido obtido o cromossoma Y, do irmão Diogo Cólon e do filho Fernando Cólon, extraídos dos ossos que estavam preservados na Catedral de Sevilha. Os ossos atribuídos ao navegador Cristóvão Colon, guardados no enorme mausoléu, naquela Catedral eram muito pequenos (costelas) para ser extraído o cromossoma Y. De notar que os dois cromossomas, do irmão e do filho eram iguais.
O Professor Lorente, dispôs grupos de equipas de analistas, em espalhadas regiões onde o sobrenome Cólon, Colom e Colombo, ainda vigorasse. Foi escolhido a sexo masculino, para as procuradas análises corresponderem ao cromossoma Y, para, assim, precisar o troféu da localização dos nascimento.
Na Catalunha, foram feitas 125 análises; em Valenciana 45. nas Baleares 50, no Sul da França 35. Na Itália: Lombardia 52, Ligúria 47; Piemonte, 14. Outras regiões foram experimentadas, perfazendo ao todo 477 pesquisas.
Nenhum átomo foi encontrado nos laços de sangue.
O Professor Lorente cheirara o tal pó que atrai a nacionalidade, igual a todos nós, que não somos melhores que os outros. Ficou, isso sim, dcsapontado do que rezara a tradição e experimentou dúvidas em documentos, reputados como originais.
E por aí ficaram as tentativas de por a claro, as origens do grande navegador, com a portentosa ligação da ciência dos nossos dias, com o passado expresso no rosto chistoso da Gioconda de Leonardo da Vinci.
O Cientista ….. contrariado, embora, decidiu, ter feito o suficiente para atingir os fins que entusiasmariam a Nação felizarda de conter o Y procurado. Cansou-se sem proveito científico, nem diploma de bons serviços. Continuou e continua a fomentar colóquios livres, na França, Itália e Espanha na vã esperança de num desses países encontrar o Y, pertencente, na realidade, a Salvador Gonçalves Zarco. Esqueceu que Portugal, o iniciador dos descobrimentos, albergaria hipóteses de ganhar a corrida à meta dos factos reais.
Esta questão, importa demasiado ao nosso adoentado País, para nos contentarmos com o acabado de descrever. Nova crónica, dará mais alguns passos.
Até próximo.