Nº 109 O MELHOR… OS PORQUÊS SUBESTIMADOS…. Continuação. (III)
Estamos na terceira crónica, a descrever os acontecimentos precedidos da ascendência, pela segunda vez, ( a primeira, durante uma semana, em 1926) a Ministro da Finanças, em 1928, do Dr. Oliveira Salazar. Em 1926, já avisara, que o amontoado de pareceres, no mesmo cofre dos dinheiros do Povo, não permitia arranjar a canalização antiquada, cheia de ferrugem, com buracos por todos os lados e de torneiras emperradas.
E teria acrescentado, - palavras nossas - ser necessário escolher, entre o mando dos «Senhores das Ideias» ( que eram os «Senhores da Guerra, ou das Revoluções Diárias») ou a moderação de seguir uma nova escrita, onde constassem os valores recebidos e colocá-los, em irrigação igualitária, para cada destino, com conta, peso e medida.
Cremos que a opção de fazer uma nova contabilidade, com a lei dos direitos a respeitar e a obrigação dos deveres a cumprir, foi a linha apresentada, para salvar o País, que nessa altura e como já concluímos com o caso da Sociedade das Nações, só podia contar consigo própria.
O Dr. Salazar, não tinha outro recurso que pudesse suster o descalabro, então visível. Igualzinho ao actual.
Hoje, os «Senhores das Ideias», vestidos com a roupagem da «bondade», contam com a União Europeia para «amanhar» os danos que provocam nos empecilhos ideológicos, mas estão prontos a comprar o «fato macaco» de «Senhores da Guerra» ( que é o que, na realidade se lhes ajusta), envolvendo o povo submisso, no desbarato do que a coerência, ainda mantém de pé. E, hoje, como em 1928, se tenta resolver o mesmo dilema :- Ou mandam os «Senhores das Ideias», os «Senhores da Guerra», e a independência desaparecerá, ou se retoma a directriz da razão, para continuarmos a vivência portuguesa.
Continuemos com a História, no percurso do Dr. Salazar.
A nova escrita contabilística, sem rasuras, nem troca tintas, começou a dar resultados.
Numa entrevista ao jornal « O Século», em 1929, exprime: - Para poder, basta querer; para querer, basta saber que pode; a maior parte da vida económica, repousa sobre um acto de fé.
Frase esperançosa, baseada no «saber»… «saber que pode».
Hoje, ouvem-se veemências de autoridade, não as de capacidade lúcida, de «saber …para onde se vai».
Uma evidência insofismável: - O Dr. Salazar, encontrou o «Erário», com as ondas sonoras a fazerem «eco» no vazio e depositava confiança, para o regularizar, unicamente nos contáveis rendimentos portugueses.
Desde há anos, foram recebidos muitos milhões de escudos e euros da União Europeia e, hoje, está-se à espera desse patrocínio acrescentado, talvez por mais tempo do que irá durar, para satisfação de compromissos, tendentes a envelhecer, sem conseguir afastar a rampa da falência, ensebada pela saliva dos ditirambos entusiásticos aos «aprendizes de feitiçarias» administrativas.
O Dr. Salazar, endireitou as finanças públicas com a valorização do trabalhado pelo povo português e resultou na melhor solução, na altura, conseguindo cumprir pagamentos atempados, extenuar a guerrilha interina provocada pela Rússia por intermédio de assalariados portugueses e restabelecer a paz. Os partidos, actuais, apregoam qualidades administrativas excelentes, distribuindo o produto interno, mais o subsídio financiado pela União Europeia e, em vez de folgarem o Tesouro Público, obtendo duas fontes de receita, não só cada vez mais o encurtam, como afastam a possibilidade de vir a amenizar as diferenças sociais.
A pobreza sempre existiu, para suplicar que deveria ser extinta.
É esta a prece, que faz ajoelhar as religiões universais e onde se vangloria a humanidade evoluída. É este o tema dos coros que cantam as governações voluntariosas ao progresso da civilização. É este o hino de apoio ao arranjo a uma igualização, contentável à auto confiança e à soma dos menos satisfeitos. Hossanas às intenções.
Mas não são elas - as intenções - que resolvem o crescimento do produto necessário e suficiente para igualar posses, individuais e familiares. Quantos factores intervêm nesse fogo fátuo de imaginar ordem, onde a Natureza promete à sua maneira de fazer crescer, porém sem certezas no acabamento?
Regressemos, sem poesias, nem alaridos, à História de Portugal, do Dr. Damião Peres.
Eliminada a distorção da «ordem pública» e firmada a obediência à Lei, o Dr. Salazar, prosseguiu nas sua funções no Ministério das Finanças. O General Domingos de Oliveira, Primeiro Ministro, em 1930, declarava que o Governo ia começar a execução de um dos maiores empreendimentos que foram confiados pela Nação e pelo Exército à Ditadura, a preparação efectiva de nova ordem constitucional, com a organização política civil que possa manter e continuar a obra da Ditadura.
O Dr. Oliveira Salazar, continha arroubos ditatoriais, com o parecer: - devido ao patriotismo do povo e ao apoio da força pública, pode já afirmar-se estarem construídos os fundamentos e erguidos os mais sólidos pilares da obra de reorganização. Compreender-se-á, facilmente que não havia maneira de lançar mãos a obra que exigia paz, ordem nas ruas, colaboração nacional, alheamento do espírito de facção, senão começando por uma solução política transitória, que seria o estabelecimento da própria Ditadura.
O Dr. Salazar, patenteia com toda a clareza, de forma simples, só aprovar ditadura, até ao conter os ímpetos dos amotinadores.
Em 30 de Julho, do mesmo ano, o General Domingos de Oliveira, recordando o sarcasmo que havia sujeito a Nação, anunciava: A vida constitucional a restabelecer em Portugal, será tão somente a que resulte de transformação que a Ditadura foi chamada a iniciar e por forma que não se possam repetir as causas políticas dos males contra os quais vinha desenvolver a sua acção reparadora.
O Dr. Salazar, por seu lado, expunha: - Que fazer então? A atitude de aconselhada independência e neutralidade, aguardando que do simples embate das forças políticas surja o Estado futuro, é atitude imprevidente, indigna de governantes, falha de lógica, desconhecedora das realidades sociais: nunca barco abandonado à fúria dos ventos contrários, demandou porto de abrigo e muitas vezes se despedaçou, ao tocar a terra, contra os rochedos da costa. Que fazer então? Tomar resolutamente nas mãos as tradições aproveitáveis do passado, as realidades do presente, os frutos da experiência própria e alheia, a antevisão do futuro, as justas aspirações dos povos, a ânsia de autoridade e disciplina que agita as gerações do nosso tempo e construir a nova ordem de coisas que, sem excluir aquelas verdades substanciais a todos os sistemas políticos, melhor se ajuste ao nosso temperamento e às nossas necessidades……… na nossa ordem política, a primeira realidade é a existência independente da Nação Portuguesa, com o direito de possuir fora do continente europeu, acrescendo à sua herança peninsular, por um imperativo categórico da História, pela sua acção ultramarina em descobertas e conquistas e pela conjugação e harmonia dos esforços civilizadores, o património marítimo, territorial, político e espiritual, abrangido na esfera do seu domínio ou influência.
Continua.
Até próximo.
E teria acrescentado, - palavras nossas - ser necessário escolher, entre o mando dos «Senhores das Ideias» ( que eram os «Senhores da Guerra, ou das Revoluções Diárias») ou a moderação de seguir uma nova escrita, onde constassem os valores recebidos e colocá-los, em irrigação igualitária, para cada destino, com conta, peso e medida.
Cremos que a opção de fazer uma nova contabilidade, com a lei dos direitos a respeitar e a obrigação dos deveres a cumprir, foi a linha apresentada, para salvar o País, que nessa altura e como já concluímos com o caso da Sociedade das Nações, só podia contar consigo própria.
O Dr. Salazar, não tinha outro recurso que pudesse suster o descalabro, então visível. Igualzinho ao actual.
Hoje, os «Senhores das Ideias», vestidos com a roupagem da «bondade», contam com a União Europeia para «amanhar» os danos que provocam nos empecilhos ideológicos, mas estão prontos a comprar o «fato macaco» de «Senhores da Guerra» ( que é o que, na realidade se lhes ajusta), envolvendo o povo submisso, no desbarato do que a coerência, ainda mantém de pé. E, hoje, como em 1928, se tenta resolver o mesmo dilema :- Ou mandam os «Senhores das Ideias», os «Senhores da Guerra», e a independência desaparecerá, ou se retoma a directriz da razão, para continuarmos a vivência portuguesa.
Continuemos com a História, no percurso do Dr. Salazar.
A nova escrita contabilística, sem rasuras, nem troca tintas, começou a dar resultados.
Numa entrevista ao jornal « O Século», em 1929, exprime: - Para poder, basta querer; para querer, basta saber que pode; a maior parte da vida económica, repousa sobre um acto de fé.
Frase esperançosa, baseada no «saber»… «saber que pode».
Hoje, ouvem-se veemências de autoridade, não as de capacidade lúcida, de «saber …para onde se vai».
Uma evidência insofismável: - O Dr. Salazar, encontrou o «Erário», com as ondas sonoras a fazerem «eco» no vazio e depositava confiança, para o regularizar, unicamente nos contáveis rendimentos portugueses.
Desde há anos, foram recebidos muitos milhões de escudos e euros da União Europeia e, hoje, está-se à espera desse patrocínio acrescentado, talvez por mais tempo do que irá durar, para satisfação de compromissos, tendentes a envelhecer, sem conseguir afastar a rampa da falência, ensebada pela saliva dos ditirambos entusiásticos aos «aprendizes de feitiçarias» administrativas.
O Dr. Salazar, endireitou as finanças públicas com a valorização do trabalhado pelo povo português e resultou na melhor solução, na altura, conseguindo cumprir pagamentos atempados, extenuar a guerrilha interina provocada pela Rússia por intermédio de assalariados portugueses e restabelecer a paz. Os partidos, actuais, apregoam qualidades administrativas excelentes, distribuindo o produto interno, mais o subsídio financiado pela União Europeia e, em vez de folgarem o Tesouro Público, obtendo duas fontes de receita, não só cada vez mais o encurtam, como afastam a possibilidade de vir a amenizar as diferenças sociais.
A pobreza sempre existiu, para suplicar que deveria ser extinta.
É esta a prece, que faz ajoelhar as religiões universais e onde se vangloria a humanidade evoluída. É este o tema dos coros que cantam as governações voluntariosas ao progresso da civilização. É este o hino de apoio ao arranjo a uma igualização, contentável à auto confiança e à soma dos menos satisfeitos. Hossanas às intenções.
Mas não são elas - as intenções - que resolvem o crescimento do produto necessário e suficiente para igualar posses, individuais e familiares. Quantos factores intervêm nesse fogo fátuo de imaginar ordem, onde a Natureza promete à sua maneira de fazer crescer, porém sem certezas no acabamento?
Regressemos, sem poesias, nem alaridos, à História de Portugal, do Dr. Damião Peres.
Eliminada a distorção da «ordem pública» e firmada a obediência à Lei, o Dr. Salazar, prosseguiu nas sua funções no Ministério das Finanças. O General Domingos de Oliveira, Primeiro Ministro, em 1930, declarava que o Governo ia começar a execução de um dos maiores empreendimentos que foram confiados pela Nação e pelo Exército à Ditadura, a preparação efectiva de nova ordem constitucional, com a organização política civil que possa manter e continuar a obra da Ditadura.
O Dr. Oliveira Salazar, continha arroubos ditatoriais, com o parecer: - devido ao patriotismo do povo e ao apoio da força pública, pode já afirmar-se estarem construídos os fundamentos e erguidos os mais sólidos pilares da obra de reorganização. Compreender-se-á, facilmente que não havia maneira de lançar mãos a obra que exigia paz, ordem nas ruas, colaboração nacional, alheamento do espírito de facção, senão começando por uma solução política transitória, que seria o estabelecimento da própria Ditadura.
O Dr. Salazar, patenteia com toda a clareza, de forma simples, só aprovar ditadura, até ao conter os ímpetos dos amotinadores.
Em 30 de Julho, do mesmo ano, o General Domingos de Oliveira, recordando o sarcasmo que havia sujeito a Nação, anunciava: A vida constitucional a restabelecer em Portugal, será tão somente a que resulte de transformação que a Ditadura foi chamada a iniciar e por forma que não se possam repetir as causas políticas dos males contra os quais vinha desenvolver a sua acção reparadora.
O Dr. Salazar, por seu lado, expunha: - Que fazer então? A atitude de aconselhada independência e neutralidade, aguardando que do simples embate das forças políticas surja o Estado futuro, é atitude imprevidente, indigna de governantes, falha de lógica, desconhecedora das realidades sociais: nunca barco abandonado à fúria dos ventos contrários, demandou porto de abrigo e muitas vezes se despedaçou, ao tocar a terra, contra os rochedos da costa. Que fazer então? Tomar resolutamente nas mãos as tradições aproveitáveis do passado, as realidades do presente, os frutos da experiência própria e alheia, a antevisão do futuro, as justas aspirações dos povos, a ânsia de autoridade e disciplina que agita as gerações do nosso tempo e construir a nova ordem de coisas que, sem excluir aquelas verdades substanciais a todos os sistemas políticos, melhor se ajuste ao nosso temperamento e às nossas necessidades……… na nossa ordem política, a primeira realidade é a existência independente da Nação Portuguesa, com o direito de possuir fora do continente europeu, acrescendo à sua herança peninsular, por um imperativo categórico da História, pela sua acção ultramarina em descobertas e conquistas e pela conjugação e harmonia dos esforços civilizadores, o património marítimo, territorial, político e espiritual, abrangido na esfera do seu domínio ou influência.
Continua.
Até próximo.



<< Home