Nº 26 CIVILIZAÇÕES AMERICANAS
Fazer turismo, é prática corrente engraçada, com um quê encapotado,
que se deixa enredar na dúvida e na surpresa.
. Ao primeiro impulso, a vista delicia-se com os panoramas ambientais e agradece a novidade dessas outras paisagens, que não as do dia a dia. O Mundo tem tanto merecedor de estima pessoal, que dá pena as finanças não disporem de verbas para viajar quando a tineta reclama mudar de pouso, com vista a dar vazão à curiosidade de coscuvilhar o viver de outras gentes, conhecer sua variedade de gostos, avaliar o tamanho do seu poder criativo.
Proporcionadas as sensações de contentamento aos órgãos dos sentidos, algo se segue a enredar insatisfação. São as averiguações mexeriqueiras inquietantes de: Quem...onde...porquê, como... quando...etc..
Perante perguntas misturadas com pressupostos aprendidos e outros retirados da surpresa imaginativa, com e sem nexo, em nós se abre um formigueiro, que o saber mais, não deixa parar quieto o desejo de responder, com o melhor acerto o que nos for possível conseguir.
Estudar, é o mais eficaz remédio conhecido. Temos sempre ocupado a posição comedida de aluno. Conservemo-nos como dantes.
Além da civilização INCA, mais duas bastante avançadas, pontificaram no «extraviado» continente americano:
MAIA, no promontório de YUCATAN, no Golfo do México, abrangendo uma faixa de território encostado ao Oceano Pacífico
ASTECA, território com fronteira Sul com os MAIA, no YUCATAN, norte, cerca da actual cidade do México, banhado a este pelo Oceano Atlântico e oeste pelo Pacífico.
As civilizações MAIA, tal como a INCA, e a ASTECA, corroboram o respeito que nos deve merecer o intelecto humano, em qualquer ponto do globo. onde tenha de puxar os dons que a Natureza lhe implantou, para proteger e amestrar a matéria. O «trabalho intelectual», regula-se por deduções, sequentes à exclusão de resistências à vontade humana de poder dispor e melhorar a vida.
Todos os cérebros, em todos os tempos e lugares, do passado ao presente, encontram causas e buscam efeitos. Nem todos, contudo, completam este circuito singelo por lhes reduzir determinada percentagem hormonal, mas, sobretudo, por o esforço físico se antepor, na escolha, ao da mente. A preferência vulgarizada da transpiração, é mais numerosa, do que a opção ao raciocínio. A instalação dos neurónios, «custa os olhos da cara», para o Humano a conseguir trabalhar com ornamentos polidos e atinada clareza. Os músculos são mais agradáveis no traquejo.
São, todavia, os cérebros mais dotados que acertam e, esses, se bem que rarefeitos, mesmo em número singular, servem o progresso e classificam o grau civilizador. Cultura apressada não enxerga consequências. A graça da convivência em sociedade, suplanta os atrasos nos vazios que se vão preenchendo na movimentação dos raciocínios.
Nada surge do que não existe. Bem vivas, as inteligências de muitos ou, até de um só, mas resistentes a renúncias, remam e vencem o toque no futuro.
Tal é, a presença das civilizações originadas e dirigidas pela lógica, primeiramente explicada por Aristóteles ( 384-322 AC ) mas incrustada nos cérebros humanos no globo terrestre, desde o nascimento do indivíduo.
Cada aglomerado de pessoas que completou povo, adoptou princípios aceitáveis, de conformidade à vida em comum. Povos, mutuamente desconhecidos, autónomos e de modo livre, seguiram quase â risca, o mesmo traçado para o progresso. Sem antecipar a lógica, mas aplicando-a em seu devido lugar, nos momentos psicológicos.
Á primeira vista, transmite-nos alguma perplexidade, a evolução das civilizações, ter decorrido, numa correspondência de grande semelhança. Independentes de paralelos e meridianos.
Mas depressa se entende a constância das ideias, na análise ao contorno da rusticidade da Natureza, ao retirar-lhe os segredos mais necessários à vivência e, chegando-se, sempre, não a uma final de satisfação completa, mas à crença de ser possível limar as aparas das imperfeições nunca extintas, de acorrer ao desnude da ciência, desfazendo o seu potencial oculto e colaborar no fomento da técnica, presenteadora de mimos ao corpo e espírito humanos.
Requebros do corpo, logo recebem leitura e entendimento. Espontaneidade e encanto para o sentido dos olhos.
Para a essência incorpórea do espírito, os reflexos não são do mesmo modo, de aplauso repentino. Os ecos do intelecto, ou emudecem no enfado do saber, ou repercutem louvores à ocupação, permanente ao estudo. A escolha tem lugar voluntário. Matéria ou mente. Ou a fusão, matéria e mente, a que se completa !... Laboriosa, esta, mas a que a ciência e a técnica não vão deixar alternativa... nem à mocidade, nem à velhice, no «amanhã» de vertigem e espectativa. O intelecto, irá ocupar mais tempo em serviço, pese, embora, o efeito do facilitismo desregrado, vulgar e pernicioso do presente.
. Os MAIAS, estabeleceram-se no território parco de condições naturais do Yucatan e aí, acamaradando e fundindo-se com os já instalados, paciente e metodicamente, construíram uma cultura com direito à reverência da humanidade. Como a INCA, parece que foi a frugalidade, obrigando ao método, que a fez grande. Metodizar, purifica a inteligência e alinha a postura.
Edificaram cidades, ajuntando templos com o formato de pirâmides, campos para jogos de bola, observatório meteorológico para desenvolverem os seus conhecimentos do Sol, da Lua, do planeta Vénus, da Estrela Polar, e mais constelações que enfeitiçam o Céu. Perceberam o ano de 365 dias, que adaptavam com rigor o ano trópico. Usavam numeração semelhante à romana, Empregavam escrita ideográfica, nos seus tratados de astronomia, religião, história, medicina, de tudo que abrangeram os seus conhecimentos. Demarcavam as questões da instrução.
As estruturas, continham o emprego da abóbada, quando se dá tanta importância a uma pequena parte, que é o ARCO, descoberto pelos etruscos, povo que habitou na Itália, desde antes do Século VI AC.
A abóbada, técnica difícil de atingir, tem história que não deixa Portugal de fora .
Quando foi construído o Convento de Mafra (1387-1492), provável projecto do arquitecto Afonso Domingues, este foi preterido, na parte da construção da abóbada do convento pelo francês, Mestre David Ouget. Retirados os cimbres, ruiu a obra de Mestre David.
Mestre Afonso Domingues, que havia perdido o tão estimado sentido da visão, foi instado pelo Rei D. João I, a dirigir a reconstrução. O português, mesmo a apalpar o projecto que desenhara, aceitou o encargo, tomando o compromisso de se deixar ficar no recinto, até três dias após a retirada dos cimbres, sem comer nem beber. A Abóbada, ainda lá se encontra firme, imponente, para ser admirada por muitas gerações que a irão visitar para aprender. Mestre Afonso Domingues, fraco e doente, não resistiu à dieta. A sua morte chocou o Rei e o País. E comoverá, para sempre, quem quiser bem aos quase mil anos da história de Portugal. Fica, assim, exemplificada a dificuldade de construir a abóbada e tornará mais «visível», a complexidade de a conceber.
que se deixa enredar na dúvida e na surpresa.
. Ao primeiro impulso, a vista delicia-se com os panoramas ambientais e agradece a novidade dessas outras paisagens, que não as do dia a dia. O Mundo tem tanto merecedor de estima pessoal, que dá pena as finanças não disporem de verbas para viajar quando a tineta reclama mudar de pouso, com vista a dar vazão à curiosidade de coscuvilhar o viver de outras gentes, conhecer sua variedade de gostos, avaliar o tamanho do seu poder criativo.
Proporcionadas as sensações de contentamento aos órgãos dos sentidos, algo se segue a enredar insatisfação. São as averiguações mexeriqueiras inquietantes de: Quem...onde...porquê, como... quando...etc..
Perante perguntas misturadas com pressupostos aprendidos e outros retirados da surpresa imaginativa, com e sem nexo, em nós se abre um formigueiro, que o saber mais, não deixa parar quieto o desejo de responder, com o melhor acerto o que nos for possível conseguir.
Estudar, é o mais eficaz remédio conhecido. Temos sempre ocupado a posição comedida de aluno. Conservemo-nos como dantes.
Além da civilização INCA, mais duas bastante avançadas, pontificaram no «extraviado» continente americano:
MAIA, no promontório de YUCATAN, no Golfo do México, abrangendo uma faixa de território encostado ao Oceano Pacífico
ASTECA, território com fronteira Sul com os MAIA, no YUCATAN, norte, cerca da actual cidade do México, banhado a este pelo Oceano Atlântico e oeste pelo Pacífico.
As civilizações MAIA, tal como a INCA, e a ASTECA, corroboram o respeito que nos deve merecer o intelecto humano, em qualquer ponto do globo. onde tenha de puxar os dons que a Natureza lhe implantou, para proteger e amestrar a matéria. O «trabalho intelectual», regula-se por deduções, sequentes à exclusão de resistências à vontade humana de poder dispor e melhorar a vida.
Todos os cérebros, em todos os tempos e lugares, do passado ao presente, encontram causas e buscam efeitos. Nem todos, contudo, completam este circuito singelo por lhes reduzir determinada percentagem hormonal, mas, sobretudo, por o esforço físico se antepor, na escolha, ao da mente. A preferência vulgarizada da transpiração, é mais numerosa, do que a opção ao raciocínio. A instalação dos neurónios, «custa os olhos da cara», para o Humano a conseguir trabalhar com ornamentos polidos e atinada clareza. Os músculos são mais agradáveis no traquejo.
São, todavia, os cérebros mais dotados que acertam e, esses, se bem que rarefeitos, mesmo em número singular, servem o progresso e classificam o grau civilizador. Cultura apressada não enxerga consequências. A graça da convivência em sociedade, suplanta os atrasos nos vazios que se vão preenchendo na movimentação dos raciocínios.
Nada surge do que não existe. Bem vivas, as inteligências de muitos ou, até de um só, mas resistentes a renúncias, remam e vencem o toque no futuro.
Tal é, a presença das civilizações originadas e dirigidas pela lógica, primeiramente explicada por Aristóteles ( 384-322 AC ) mas incrustada nos cérebros humanos no globo terrestre, desde o nascimento do indivíduo.
Cada aglomerado de pessoas que completou povo, adoptou princípios aceitáveis, de conformidade à vida em comum. Povos, mutuamente desconhecidos, autónomos e de modo livre, seguiram quase â risca, o mesmo traçado para o progresso. Sem antecipar a lógica, mas aplicando-a em seu devido lugar, nos momentos psicológicos.
Á primeira vista, transmite-nos alguma perplexidade, a evolução das civilizações, ter decorrido, numa correspondência de grande semelhança. Independentes de paralelos e meridianos.
Mas depressa se entende a constância das ideias, na análise ao contorno da rusticidade da Natureza, ao retirar-lhe os segredos mais necessários à vivência e, chegando-se, sempre, não a uma final de satisfação completa, mas à crença de ser possível limar as aparas das imperfeições nunca extintas, de acorrer ao desnude da ciência, desfazendo o seu potencial oculto e colaborar no fomento da técnica, presenteadora de mimos ao corpo e espírito humanos.
Requebros do corpo, logo recebem leitura e entendimento. Espontaneidade e encanto para o sentido dos olhos.
Para a essência incorpórea do espírito, os reflexos não são do mesmo modo, de aplauso repentino. Os ecos do intelecto, ou emudecem no enfado do saber, ou repercutem louvores à ocupação, permanente ao estudo. A escolha tem lugar voluntário. Matéria ou mente. Ou a fusão, matéria e mente, a que se completa !... Laboriosa, esta, mas a que a ciência e a técnica não vão deixar alternativa... nem à mocidade, nem à velhice, no «amanhã» de vertigem e espectativa. O intelecto, irá ocupar mais tempo em serviço, pese, embora, o efeito do facilitismo desregrado, vulgar e pernicioso do presente.
. Os MAIAS, estabeleceram-se no território parco de condições naturais do Yucatan e aí, acamaradando e fundindo-se com os já instalados, paciente e metodicamente, construíram uma cultura com direito à reverência da humanidade. Como a INCA, parece que foi a frugalidade, obrigando ao método, que a fez grande. Metodizar, purifica a inteligência e alinha a postura.
Edificaram cidades, ajuntando templos com o formato de pirâmides, campos para jogos de bola, observatório meteorológico para desenvolverem os seus conhecimentos do Sol, da Lua, do planeta Vénus, da Estrela Polar, e mais constelações que enfeitiçam o Céu. Perceberam o ano de 365 dias, que adaptavam com rigor o ano trópico. Usavam numeração semelhante à romana, Empregavam escrita ideográfica, nos seus tratados de astronomia, religião, história, medicina, de tudo que abrangeram os seus conhecimentos. Demarcavam as questões da instrução.
As estruturas, continham o emprego da abóbada, quando se dá tanta importância a uma pequena parte, que é o ARCO, descoberto pelos etruscos, povo que habitou na Itália, desde antes do Século VI AC.
A abóbada, técnica difícil de atingir, tem história que não deixa Portugal de fora .
Quando foi construído o Convento de Mafra (1387-1492), provável projecto do arquitecto Afonso Domingues, este foi preterido, na parte da construção da abóbada do convento pelo francês, Mestre David Ouget. Retirados os cimbres, ruiu a obra de Mestre David.
Mestre Afonso Domingues, que havia perdido o tão estimado sentido da visão, foi instado pelo Rei D. João I, a dirigir a reconstrução. O português, mesmo a apalpar o projecto que desenhara, aceitou o encargo, tomando o compromisso de se deixar ficar no recinto, até três dias após a retirada dos cimbres, sem comer nem beber. A Abóbada, ainda lá se encontra firme, imponente, para ser admirada por muitas gerações que a irão visitar para aprender. Mestre Afonso Domingues, fraco e doente, não resistiu à dieta. A sua morte chocou o Rei e o País. E comoverá, para sempre, quem quiser bem aos quase mil anos da história de Portugal. Fica, assim, exemplificada a dificuldade de construir a abóbada e tornará mais «visível», a complexidade de a conceber.



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