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Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

24 de novembro de 2008

Nº 186 DOS PIBs… DOS BOLOS… O CONTENTAMENTO HUMANO…VEM DA EPOPEIA DA AMBIÇÃO O DESENGANO DA CONFIANÇA…É A FRAGILIDADE DA CRENÇA

A ilusão augura à esperança, a ilimitação do contentamento. Serve de balastro emocional regulador das incertezas que a cada momento, abalam o que parecia certo e seguro, perfeito no executado e fixo no tempo.
A crença, anima a ambição, enquanto o desengano não chega. A fragilidade, em tudo omnipresente, «pinta a manta» por onde passa. Nas coisas afecta o que os sentidos alcançam, enquanto nas emoções, amachucam o amor próprio, a integridade do comportamento, a negação da força encaixada na insignificância do orgulho.
Ninguém quer comparar-se à importância do zero vírgula zero centésima..
Na concepção do ideal, na convivência humana, misturam-se a crença, a ilusão, a amizade, com a transladação da violência em tanque de guerra, para o disfarce engalanado, de coche real, florido, da Paz.
A ambição, da juventude à velhice, deseja celebrar heroísmos valorosos, que ascendam à gravação na página do reconhecimento da «voz pública».
. Por muitos trabalhos que passe, raro chega ao contentamento desejado. Há sempre borbulhas a comichar no desengano, a interromper o ambicionado, posto à disposição de quem o possa apanhar.
Do PIB, sobrevive o Homem. Perdê-lo, enreda derrota e desalenta a herança dos que a vierem a receber. Ganhá-lo, aumenta a abundância e fortalece a continuidade da existência.
Será um dos efeitos dúbios, a massacrar a mente do comum dos Homens e a empurrá-los às crendices na contra razão. O horror ao fiasco, faz superar a convicção do desastre ser pertença de outrem, longe do ego.
É opinião geral e firme, de o facho da vitória não escapar de facto adquirido e afiançado. Em todos os tempos assim foi, posto à mercê do temor à morte, ao fracasso e, quando surgiu mais tarde, à vergonha de perder.
Nesta ânsia de controlo da superioridade, o Homem, ao lobrigar a submissão ao indesejável, refugia-se no poder aguçado da ideia e até lhe atribui a transposição em matéria actuante no partido de aspecto mais valente.
O PIB, é o foco enérgico de emenda ou apoio ao sector físico no Planeta.
Seduz dar-lhe o título de «imorredouro» e farto em ofertas de todos os tamanhos e valores. Por essa vantagem, se bem que imaginada insubstituível, os espíritos crêem no PIB, Planeta Terra e, sem hesitações no PIB E1 e no PIB E2. E, se algum falhar, no PIB Ex, mais milagroso que se arranje.
Por conseguinte, é desculpável a qualquer mortal, atribuir crédito ao BOLO do Dr. Mário Soares, acompanhado das virtudes impressas em oráculos filosóficos e nas iluminuras artísticas nos programas partidários. A ânsia de viver e usufruir bens de conforto resume a concorrência às promessas que se lhes estão ligadas.
Alguma discordância de agouro malvisto, está, tão somente, não em avaliações isoladas, previstas em reuniões molhadas de «sabores e saúdes», de amigos de «ideal + ismo.», mas do realmente produzido, consumível e pagável em moeda corrente.
Perguntas fáceis… respostas não tanto…
Teria o BOLO de 1974, o mesmo valor contínuo, até 2008?
Resposta trapalhona…
Em 1974, o BOLO, continha seis milhões de contos, que os «novos sábios patriotas, auto nomeados administradores», fizeram acompanhar com o abandono insubordinado, desprezando a licença da autoridade que as «UNIA» e dos Povos das Províncias Ultramarinas. Em moeda forte ao lado das restantes europeias, foram pagas as despesas do mais de milhão de «retornados», composto de «Famílias portuguesas , moral e monetariamente desfeitas», ou seja, Portugal PAGOU milhões de contos, furtados, levianamente do tal BOLO, para desprezar filhos e descendentes e pô-los à caridade do samaritano. Foi desse BOLO, que saíram verbas - fora ( ou dentro ) do «ordinário» -, para saldar dívidas de estroinas, apagando assim «alevantes» que poderiam terminar em «guerra civil».
Nos novos Estados, o dinheiro desviado do BOLO, para fazer fermentar os BOLOS, independentes, não por vontade própria e, por isso, não evitando carnificinas e desmandos, deixando cicatrizes ainda não sanadas neste 2008, preocupado com o fim do ano, começo do outro e sem saber até quando haverá mais outros. Em 1974, não era preciso serrar um grama, das 800 toneladas de ouro em lingotes, que estavam de reserva para leviandades repentinas, como as havidas de 1910 a 1926. Em 1974, o BOLO era são, sem embustes nos ingredientes na cozinha governativa. As contas estavam em dia e as dívidas tinham garantia de liquidação nos períodos combinados com seriedade por honesto «maioral» da Nação.
O BOLO de 1974, tinha, de facto, embora não na totalidade, conteúdo assemelhado ao PIB idealizado desde que o Homem se apercebeu que estava rodeado de todas as substâncias necessárias à existência, quer no aspecto da culinária, como os empregues na sua defesa e embelezamento do tosco natural, mais os que poderiam oferecer conforto e construção de riqueza. Mas o que o Homem não sentiu especial atractivo, foi constatar que nada lhe faltaria se mantivesse a vontade de viver, desde que… desde que tomasse a responsabilidade no trabalho e de tudo converter em utilidade à vida e contrariasse a morte. Não lhe foi dada escolha… Somente…baixar a cabeça…
Ao chegar à idade da compreensão, ou do Humano, as sensibilidades acalmaram, mantendo-se, porém, a não esquecida «picardia», de nada progredir sem o emprego no trabalho, por mais «duro» que se interponha o poder da atracção e da legitimidade da conquista.
Essa imagem de contrariedade, de irredutível, passou a incluir-se nas reacções normais da intuição, o que leva à preferência da norma de conduta no menor esforço. Assim ficou… assim se mantém… e asfixia a «Liberdade»...
Não se pode estranhar, portanto, que os profissionais atraídos pelo poder público, também se sintam com os mesmos direitos de aceitarem trabalhar nas condições que lhes dá a particularidade de fazerem contas, o menos possível. É normal…
Até próximo.

17 de novembro de 2008

Nº 185 OUTRA VEZ O BOLO… O DESTRONADO PIB PLANETA TERRA AS CERTEZAS DE 1974 E AS DESMISTIFICAÇÕES DE 2008

O apanhado de factos concretos para os arremeter para o futuro, segue o critério preventivo de sequência e qualidade intencional. Não é, com certeza, oportunidade para agravos.
A verdade ocupa o seu devido lugar e, por nossa parte, demarcamo-nos a respeitar o que pretendemos transmitir aos nossos netos, com a lisura do culto ao espírito crítico dos homens e à destrinça da pureza nos actos e nas consequências.
Em 1974, deu-se em Portugal um «levantamento» armado. No Exército, a patente de capitão, queixava-se de receber um ordenado, relativamente baixo
para as despesas privadas e sociais, a que era obrigada a manter com dignidade.
Apresentou ao Ministério da Defesa a que pertencia, exposição, para ser rectificada a diferença em causa. Chegou-se ao ainda General Costa Gomes, a solicitar-lhe a sua influência como Chefe do Estado Maior do Exército, para intervir, Junto do Ministro, General Viana Rebelo. Sendo assunto melindroso de decidir pois que «mexer» numa patente, deveria coordenar-se com as restantes. A resposta não poderia ser imediata e favorável. Tinha de esperar.
Entretanto, ligando agora, o Ofício do Governo Geral de Angola, dado ao público nas nossas crónicas nºs 57 e 172, ficámos esclarecidos do desenvolvimento do reviralho, no aspecto restrito da classe de oficiais do Exército e no que passou a localizar-se mais distante - no político - de maior impacto nas multidões, sensíveis aos primeiros arautos da vitória, para dar mais ênfase convincente, na mudança do sistema governativo.
No início, os Capitães, não tinham intenções políticas. Elas vieram acompanhadas de técnicos distintos, doutrinados para tapar o Sol Leninista, como mestre de cerimónias. Criaram heróis enfeitados com os cravos e deram-lhe a cor vermelha, a avisar os ferrugentos que poderão vir a ser os mais perduráveis, semelhantes aos de 1580 que duraram 60 anos…
Desfraldada a bandeira da vitória, os subjugadores, continuando a usar armas, brancas e de fogo, quiseram confirmar o que já sabiam e fora motivo da intentona: - Medir o nível positivo dos fundos públicos. Alegria no triunfo.
Logo se promoveram festivais para entretenimento e distracção do Povo, etapa importante, para a centena, no singular ou no plural, dos intervenientes na aventura, mais os camaradas entrados pela porta da oportunidade, pedaço a pedaço, repartirem o que estava unido pelo mérito dos antigos portugueses e grande poder administrativo de um HOMEM, do Século XX.
Atendendo às contas começarem a confundir-se e, dos presentes a álgebra não ser dos seus fortes, houve que martirizar um nome, por todo aquele dinheiro já não ter sido gasto com rapidez. Pronto… O do Dr. Salazar...
Se não foi assim, os acontecidos seguintes têm muitos traços análogos… aos dos gastadores de hoje e da propaganda do BOLO, sem ter fundo…retirado do cesto milagroso no sermão da Montanha…
A riqueza é benéfica para as sociedades… Os herdeiros é que nem sempre estão aptos na escolha dos melhores canais de produtos concretos …deixando-se levar pelo mais rápido, menos trabalhoso e mais consumível.
Apresentando aspecto brincalhão ou circunspecto, o grupo detentor da autoridade, no Portugal atarantado por falatórios de todas as coordenadas geográficas, predispôs-se a partir o BOLO, pertença do Povo, mesmo sem autorização, mas afirmando, aos ventos gélidos da História Contemporânea, ser a favor do dono.
Por se tratar do mesmo BOLO, o Dr. Mário Soares, um dos mais crentes
da sua excelência no «ideal+ ismo», estava na primeira linha dos convidados na conjura do corte em fatias. Não deu tempo, porém, esperar por faca afiada.
O machado pesado e inflexível, manejado pelos «bondosos corações» do almirante ou vice, Rosa Coutinho e do amigo do peito Álvaro Cunhal, de pancada, decepou o ramo das Províncias Ultramarinas, de que nenhum dos presentes era proprietário, como acima se referiu. Como não eram formados em contas, essa particularidade foi dispensada. Menos vinte ou trinta milhões de portugueses, era quantidade irrelevante, pois o cofre administrado pelo perseguidor dos «bons rapazes» que se dedicavam a aterrorizar o País e informar para o estrangeiro inverdades internas, continha avultados milhões de contos, para resolver quaisquer complicações financeiras no momento.
Dinheiro não faltava e não faltou, para calar recalcitrantes que, atrevidamente quisessem travar a doutrina de «interesse» público que se estava a pregar e a por em prática.
Desculpe leitor Amigo, esta nossa mudança de expressão dos graves acontecimentos que reduziram Portugal a 10 milhões de portugueses, nas extremas da independência. Ainda nos custa olhar a realidade e acolher num mau sonho. O luto, ainda paira sobre a maioria dos que se foram, revoltados em genocídios arrepiantes e dos que ficaram, envoltos em verbosidade levada pelo éter, mas corrosiva das poupanças e canseiras do Povo.
Não se permitiu – admitimos nós - a discussão inter conjurados, se 10 milhões de pessoas, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Acres, se bem que situados entre a América e a Europa, seriam capazes de resistir às lutas imprevisíveis, adivinhadas no porvir incerto, num Mundo em evolução, de travões desafinados e de olhos arregalados na intervenção sobrenatural da utopia, cheia de promessas felizes, mas pingando sangue e dor, encobertos no livro científico «Crítica da Economia Política» publicado em 1869, por K. Marx. Confiava-se neste filósofo, pela maravilhosa concepção do PIB – Planeta Terra, preencher todas as carências do ambicioso humano e tinha inspirado a novela na arte do engano, em 1917, na Rússia, entusiasmando a esperança de gerações, a um Mundo ideal.
Ainda que nas experiências, até então concluídas, as rosas não fizessem parte dos adornos no percurso, previa-se a substituição dos «cravos» ensanguentados, por jardins floridos e habitações à preferência.
A álgebra foi posta de lado. As posições estratégicas da Madeira e dos Açores, eram contrapartida – assim pensavam eles, os « armados donos, mas pobres de estratégia, do que fora o Portugal no Mundo.
Abusaram e amesquinharam o regime que combatiam, não tendo, porém, pejo de lhe ir aos fundos e «retirar» 6 milhões de contos ( câmbio de 1974 ) em companhia com os territórios abandonados e muitos mais milhões para pagar as despesas dos 800.000 ou mais centenas de milhar, de trabalhadores espoliados, chegados à metrópole com a roupa da ocasião.
Não lhes ficaria mal, se desabafassem, ao feitio do Dr. Marcelo Caetano, de lhes pesar na consciência, as matanças de todos os calibres nas nossas antigas Províncias.
O pote de Mofina Mendes…já entorna azeite na mística de 1974… A dança e os estalidos dos dedos, tendem a saturar e perder o fôlego…
Até próximo.

10 de novembro de 2008

Nº 184 O ARGUMENTO, O BOLO, A EQUAÇÃO… NO IDEAL + ISMO O PIB PLANETA TERRA.

O argumento, trespassa ao Humano, o mistério da controvérsia na profundidade do entendimento, à superfície da ilusão. O Mundo seria mais pobre, sem a faculdade de correspondência de rudimentos, generalidades e da luta pelo simples, em divagação à procura do absurdo.
A matéria e a ideia, entremeadas na corrida desenfreada da ciência, baralham-se na velocidade, acabando por confundir as funções para que estão vaticinadas. A primeira, pertencente ao grupo atómico e, portanto de modificação lenta, tal como pedreiro a colocar pedra sobre pedra, inventora do trabalho que permita salvar os seres vivos, solicita à ideia a ordem e disciplina para dotar o Globo Terrestre dos meios possíveis de sobrevivência, às agruras e rusticidades, abaixo e acima da estratosfera, a cerca de 13 quilómetros da Terra.
A segunda, a ideia, etérea, fluida, diáfana, sublime, redutora e expansível de volume, por onde passa, formato e grandeza alterados a cada instante, conselheira a todo o momento, convence a matéria, complexada por lhe ser cerceada a iniciativa, possuir melhores dotes para mandar onde houver vida a valer continuidade. Como garante, chancelam contracto de interesse mútuo, perante a mira de relações com o humano. Sabido do entendimento deste par, foi rastilho que chegou a todo o Mundo.
Os anos, quando se contavam em milénios e centenários, matéria e ideia seguiam o seu caminho, na exemplar harmonia da sementeira, trato e colheita dos serviços agrícolas, do gado auxiliar, da escolha para o alimento e na construção das habitações no resguardo das alterações climatéricas.
À maneira que o número de pessoas foi crescendo, as cavaqueiras iam preenchendo os tempos de repouso e nos cérebros em evolução, os argumentos
aperfeiçoavam as soluções na comodidade ao corpo, e na cópia aos aspectos gerais no propósito de igualar os individuais.
Pouco depois da germinação da filosofia, na Grécia, na Índia, na China, e mesmo na América, quando se encontrava escondida, entre a Europa e a Ásia, as censuras aos excessos tiveram os seus princípios e não se espere que venham a ter fim.
Mas como o Mundo ainda era grande para o número de habitantes, a matéria e a ideia, continuaram a manter bom relacionamento, sem usurpações de competências. Os nascimentos, porém nunca pararam de aumentar e, na proporção, os acordos e alteração de humores, também.
Agruparam-se famílias, clãs, cubatas, senzalas, tribos, reinos, impérios, em busca da fascinação de um uniforme para vestir e prato igual para comer.
O aprisionamento do vestuário e dos sabores da Natureza, desagradou à imaginação, pródiga em variar o agrado à vista e ao apropriado para mastigar. A liberdade desanexada de compromissos, rendeu graças por se acabarem as tréguas de produção para os seus melhores clientes, a «farpela» e a comida.
Tanto tempo passou, que foram esquecidos os ajustes estabelecidos pela matéria em confronto com a ideia. A filosofia, porém, apropriou-se do esquecimento e chamou a si o critério das conveniências futuras.
Quando tudo parecia correr nas maravilhas naturais, excepções começaram a amontoar-se muito além das previstas no âmbito do fogo-fátuo do inteligível. Matéria e ideia, aproximavam-se e afastavam-se fora da harmonia convencionada nas regras do Planeta Terra. Ilações algo oblíquas, aconteciam na nomenclatura de factos normais. Levou esperas para descobrir origens. Afinal tudo se esclareceu… Fácil.
A matéria e a ideia, tanto se envolveram na prestação de serviços ao necessitado humano, que já não diferenciavam o desempenho responsável e arbítrio diferenciado.
Desde então, a matéria considerou-se semelhante aos encolhimentos e expansões da ideia e esta avantajou-se a converter-se, também em volátil e expansível na solução dos falados problemas sociais, criados por teorias e boas intenções da filosofia, rotulada mensageira da paz.
Até hoje, conforme nos consta, ainda não apareceu antídoto a abafar intérpretes desavindos com a coerência. Acredita-se, compassivamente nas transmutações da matéria e da ideia, o de ambas possuírem especificidades iguais. Quando houver referências a dinheiro, logo ali ele surge e aparecem as aplicações e os prédios construídos. Se compromissos e despesas de necessidade discutível, embora, forem requisitados, o dinheiro aparece a liquidar contas novas ou avelhentadas pela idade da promessa. Num Zape, nada fica por resolver.
Crentes ? … Muitos… Nacionais, estrangeiros…
Chegámos, finalmente ao BOLO DO ESTADO, do Dr. Mário Soares, feito anúncio no Coliseu Micaelense, há 34 anos, de possuir forte poder na solução das vidas atrapalhadas de todos os portugueses.
Auto admirador fervoroso do ideal, seu ego a vida inteira, superiorizou-o em altar de «vistas largas » a passar a diante de regimes rotineiros, encolhidos na evolução, enquanto esta brilhava, de asas livres, para o bem da humanidade.
Os 900 anos do Portugal de Afonso Henriques, de D. Dinis ao fazer plantar o Pinhal de Leiria, em preparo às Descobertas, de D. João Primeiro e sua Ínclita Geração e das mais dinastias defensoras do rectângulo da Península Ibérica, era idade a merecer reformas dessas mentalidades, desfasadas da actual, regozijada na ciência e técnica que, por si sós, alargam à inteligência o dom de predizer o futuro, conquanto lhe faltem os preparatórios para atingir os fins. O Ideal, ao receber o sufixo ISMO, desacostumou-se do controlo da matemática e adoptou intermitências no perigo dos efeitos.
Torna-se curioso notar com atenção, a disciplina «matemática», como sendo das mais necessitadas no dia a dia social. É um risco a mais «chumbos», durante a escolaridade do que as restantes mais protegidas e desculpadas. Fazer contas, passou a ser «uma carga de trabalhos».
O BOLO, do Dr. Mário Soares, em 1974, tinha uma determinada dimensão. Era só olhar e, à vista desarmada, encontrar milhões de contos, amontoados com sacrifício, para enfrentar as despesas que estavam a ser implementadas e viriam a ser correntes, no desenvolvimento do País.
Esse recheio nos cofres do Estado, em vez de ser um aviso à poupança para a sobrevivência nacional, se não houvesse certa aversão a « contas a receber e contas a pagar», que resultou em interpretações completamente opostas ao ensino que ali estava bem às claras»
De repente, demos CONTA, do termo do espaço para esta crónica. Ainda fazemos contas.
Até próximo.