América América

Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

28 de setembro de 2008

Nº 180 A EQUAÇÂO E O BOLO… OS TRÊS PIBs… A MUDANÇA… E A INTERROGAÇÃO…

Ao passar por alto, o estatuto que regula o formato da Nação, a imitar equipa de futebol –esquerda, direita, centro, defesa – esquerda, direita, centro, secundando a defesa e colocando todos os jogadores ao «ataque», reexaminámos a táctica, ficando com a sensação de que ali havia pontos a matutar, no que respeita à matemática.

E logo nos ocorreu barafustar com números, onde estaria encoberto o hipotético falhanço, muito em foco e de pregão altissonante, nos meios onde o consumo teria de ser, detalhadamente dividido, peça a peça, cêntimo a cêntimo para não exceder a moeda no bolso e que a barafunda da verborreia, circunscrevia a lugar instável, mas de crédito não merecedor de desconfiança.

Insistimos, todavia, confiado que a obrigação de igualdade entre duas partes separadas, se juntariam para formarem a equação demonstrativa.

O princípio, ensina ser o PIB, a sustentação dos seres vivos conhecidos e se multiplicam no Globo que gira em volta do Sol, nos movimentos rotativo e translação, em busca da vida metódica para os seus habitantes. Sabe-se, assim, calcular o PIB, como a realidade terrestre, ou «padrão» de valores a comparar, sem bater na cepa torta da adivinha.

Esta descoberta, que se poderá atribuir a um senhor De La Palisse de médio plano, é a primeira expressão a por no quadro preto do aguardado dilema:

PLANETA TERRA … PIB unificado = Valor Real.

Para formar uma equação, porém, deverá haver duas rxpressões. Cumpre-nos, agora procurar o outra expressão, que nos poderá ser fornecida, pelos Josés La Palisses, que se espalham nas governanças modernas:

( IDEAL + ISMO )… PIB E1 ou PIB E2,

expressões que trocadas por miúdos, conterá: - No Idealismo, há dois PIBs: o PIB E1, ou PIB Expectável, determinado pelo catecismo do «Partido, ou pelas promessas eleitorais do seu Chefe Mor. Se, porém, surgirem falta de verbas para liquidar afirmação verbal, ou mesmo aumentá-las para agrado de aderentes e parentescos, requer-se a fórmula PIB E2, ou Expansível, nas emergências não pensadas.

Depois de toda esta trabalheira de equacionar PIBs, concedendo dois ao IDEALISMO, conclui a Família La Palisse, que se fosse ela a mandar, a equação ficaria certa e retiraria das preocupações sociais o receio de que a fatalidade ronda, de perto e mal humorada, a repetição de mais destruições, superiores em tamanho e desgosto, das passadas, não há muitos anos. E das que enxameiam os Cinco Continentes, com a jactância de afirmar a esta era de aviões e naves espaciais, não temer o complemento da arte de cometer erros sem castigo e queda de ganhos e sempre a amealhar aplausos e vanglórias.

O Mundo, todavia, continua a obedecer à Família La Palisse. Quem promete deve cumprir. Logo e já.

Recordo um dia – quatro Séculos, após 1580, menos seis anos.

Assistimos a um comício, no nosso Coliseu Micaelense. Já nos carregavam mais de 50 anos e sabíamos que eventos destes, constavam de um ou mais profetas, a malfadarem pecados e pecadores. E salvações ainda a tempo, nas profecias que iriam ser proclamadas.

Mas fomos, no intento de aprender algo que se apresentava como novidade de excepção. Para quem esteja atento, o ensino está em cada dia que passa, em qualquer momento de convívio. E nós não enjeitamos oportunidades de ouvir as vozes da perfeição.

Sentámo-nos no último degrau do desaparecido «palqueton», ou a GERAL da minha classe, a arraia miúda, afastado de respingos de malquerença.

Três ou quatro oradores. Um moço do Faial, cremos que estudante e do conteúdo dos discursos, a memória reteve a finalidade interessante e elucidativa, exposta com entusiasmo pelo Dr. Mário Soares:

« O Rendimento do Estado, é um BOLO. Suficiente para chegar a todos os portugueses. Dá e cresce. O preciso é saber e querer dividir».

Não será o textual, mas contém o alcance.

Demos por bem empregue, o tempo ali distraído. Aprendemos parte do que nos preocupava, em resultados futuros, nos festejos do optimismo, decorrentes nas ruas, nos salões e nos locais de trabalho. Queríamos obrigar-nos, a entrar, também, nessa amálgama de alegria, de dúvidas e de esperanças.

Era uma forma de conformismo e obediência aos factos consumados e aceitar o vácuo da morte de D. Sebastião, de semelhança ( embora sem ela ) com o que estava a acontecer.

O tempo passou. A profissão absorveu-nos. A aposentação chegou e a viuvez, também. A escrita predispôs-se a tapar com argamassa, a divisória da parte mais pujante da vida. Não olhar para trás, evitou o sofrimento da estátua de sal de Gomorra.

Despertou o comprimido nos anos obrigatórios do ofício.

Fazer boiar verdades, em cavalgada para o esquecimento. Tentação, quando a maldade se esforça por abrasar a imprudência, na promessa de alcançar a quimera, longínqua e sem a «rosa dos ventos» para orientar.

Meditando e escrevendo, descobrimos a existência dos três PIBs., que acendem o mal-entendido no seio das disputas intestinas e externas, que fazem retroceder a civilização nos corações humanos e se reflectem em hipóteses de continuidade de nações e independências.

Foi quando nos relembrámos do BOLO, do Dr. Mário Soares.

De 1974 para cá, séries de acontecimentos se substituíram a outras sequências, alternando modelos e experimentações, num propósito de acertar o que nunca ficava direito. E ainda duram, as voltas, piruetas e cambalhotas, não constando data para a reinauguração de sossego e confiança.

A governação, intrometeu-se na Justiça – o lugar sagrado do Homem e da sociedade –; a Justiça, entendeu ter direito em ocupar posições de relevo, donde sempre estivera ausente por motivos do temperamento Humano. O que estava definido, pôde voluntariamente, saltar o combro da incerteza.

Peias rigorosas, policiais e quejandas, deixaram divagar a autoridade, mantida por especial deferência do mandão maior no Governo.

Mudar…mudar…mudar… E o BOLO? Não cabe agora. Será mais adiante.

Até próximo.

22 de setembro de 2008

Nº 179 MATEMÁTICA FILOSOFISTA: PLANETA TERRA – PIB = VALOR REAL. IDEAL+ISMO– (PIB) < = > EXPECTÁVEL… < EXPANSÍVEL

No final da anterior crónica, seguindo o actual clima de adivinhações, quanto ao presente e ao futuro, também nos estatelámos, em saídas airosas e malquistas, nas directrizes que se transformaram em moda, no conserto de pessoas, famílias e bens.

Nas realidades e perante aspectos que envolvem a convivência, os conhecimentos generalizados ou convergentes, mais se alastram no intento de darem respostas discretas ao permanente estado de ebulição de sentimentos, ou na astúcia do saber para os harmonizar.

Como qualquer outro mortal, não nos safámos da imperiosa curiosidade em descobrir pontos de vista concernentes às questões perturbadoras da pacificação necessária, para ser possível a paz em aglomerados superiores a duas pessoas.

Quando pressentimos que argumentos já batidos e considerados, tinham sido levados pelo redemoinho de calores repetitivos, por discursos cordatos, alguns e desafiadores do senso, outros, elaborámos uma equação conciliável com os dois sentidos: - o primeiro, com a lógica para continuar em estudos científicos e o segundo, com os impedientes da falta de números exactos, estudados na tabuada.

Pelo sim, pelo não do mais conforme, demo-nos a compor uma equação com os princípios gerais na matemática, mas parente dos fins medianeiros indecisos nas modernas interpretações de amealhar e distribuir rendimentos, para assentar os pés no convívio e as trempes na cozinha.

Pretende que seja definido, como registar o valor total que conste na contabilidade e no entrado nos armazéns de recolha e despensas da multidão que trabalha para o essencial… mesmo, mesmo na beira mínima.

Após sangueiras e filosofias, criou-se a dúvida quem mandava mais, neste Mundo de riscos planeados e rabiscos ao acaso, em cata de saúde económica e mental. Estabilizar se o nascido da terra e o moldado na mão do Homem, desequilibrado o primeiro pelas alterações atmosféricas e descontinuado o segundo pela desordem de modas e técnicas em constantes modificações, estavam contidos no mesmo plano de valores do Expectável ou do Expansível, ambos pertencentes à confraria do «Ideal+ismo». Suposições havia, com visos de verdade.

Estavam estes prontos a aumentar chorudas e aliciantes alvíssaras, a toda a plebe que desejasse colaborar nessa oposição que estava a avassalar sobre partidos e ambiguidades, a esmagar suspeitas e processos de cálculo de números e que deveriam, em pouco tempo tomar conta da gerência e do juízo nos cinco continentes.

O que a veracidade constatou, em ambas as candidaturas, porém, foram reprovações no texto excessivo de promessas e na sovinice das importâncias entregues aos aspirantes a melhorias nos lares.

Na verdade as algibeiras receberam, mas o igual ao anterior. A magreza permaneceu. O necessário para cada um folgar consumo mais farto, parou em probabilidades adiadas para a próxima estação de governo.

Compreende-se, por isso, a levantada grande questão de saber em quem acreditar. No PIB terreno?... Não dá para todos, nos valores filosóficos apresentados, aliás os que o humano considera precisos para uma existência decente e razoável. Culpada a corrupção por tal falhanço? Isso seria a desculpa fácil para os desiludidos. A inconformidade à Lei, desproporciona-se no todo da produção mundial.

Descansar no PIB, «Ideal + ismo?... Também só dá o constante no PIB Planeta Terra, ficando no vácuo os valores que completariam as promessas.

Produto, para ser completo, tem de seguir a ordem do crescimento molecular, ou então, da complexidade da máquina. Produto não é repentino no aumento do volume.

A História dos Cinco Continentes, desenvolveu-se na base dos produtos oferecidos pelos solos.

Fracos solos reuniam as povoações a regimes duros e dietas singelas. América do Sul. Civilizações Inca e Maia

Melhores solos, permitiam a paz atingir a idade maior. Nas passagens dos inevitáveis e periódicos emagrecimento dos solos, os vizinhos recebiam as visitas dos mais carenciados, com armas para a luta e transportes para carregar, à força de pancada o que lhes faltava em casa, para nivelar a desnivelada resistência no trabalho do dia a dia. São exemplos África, Ásia, América do Norte e… Europa.

Mas voltemos à «equação» anunciada no cabeçalho desta crónica, obtida à semelhança dos consensos actuais, em voga nos programas pré governamentais, ansiosos por descobrir «grandes remédios para grandes males», com a eficiência de curar doenças perpétuas.

Desde já, prevenimos os que perfazem o plural dos nossos leitores, da desconfiança de estarmos a incorrer em autêntico plágio, a merecer pena, ao abrigo das «letras e dos algarismos». A denúncia a autoridades, apresentadas idóneas, obrigar-nos-á pagar coimas acima da nossa pensão, ou sofrer clausura nesta idade de panos quentes e gracejos com os netos. Por favor não nos deixem mal classificados. Eis os valores das expressões para a equação:

Planeta Terra…. PIB = Valor Real

Ideal + ismo ….. PIB > = < style="mso-spacerun:yes"> Expansível

Tentemos intrometer-nos na verbosidade dos candidatos a governantes e que, conseguidos os votos para o salto, desferem batalhas com os mesmos argumentos.

A base de sustentação, é o PIB, para qualquer entidade que governe. Assim tem decorrido, desde a «pedra lascada, polida, bronze, ferro até aos nossos dias. A Europa, com a História mais variada e descritiva, deu-nos sempre a sensação dos PIBs tangenciais, desafiarem a aventura de invasões, na busca de fortalecimento da independência e, se possível, de sobreposição à igualdade. Possuir o mesmo que o vizinho, foi um dos perigos mais evitados.

No caso de forças iguais, nunca se sabe quem perde, no previsível alargamento de fronteiras. Não são contadas as vezes que isso aconteceu. A hegemonia, foi, sem dúvida, uma faculdade de iludir surpresas, adiantando processos, para afastar a adversidade, mas caindo nela, nos maus cálculos da vitória.

No Século XXI, a Europa, faz por esquecer a sua própria História. É mais um desafio à ânsia de resguardar os seus pergaminhos de lutadora em todas as circunstâncias. O seu passado de confrontos dos PIB e respectivas consequências, restringem as propostas de acudir vitoriosamente às modernas regras de famílias abastadas ou de rendimentos garantidos.

A crónica está inacabada. Temos de a interromper.

Até próximo.

15 de setembro de 2008

Nº 178 MATEMÁTICA DOUTRINÁRIA: PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO + EU UNIÃO EUROPEIA? IEE – IDEOLOGIA EXPECTÁVEL E EXPANSÍVEL + U. EUROPEIA ?

Sem balança aferida, estas duas propostas ou orientações, parecerão iguais, formando uma equação na valência das incógnitas.

          Oferece, à primeira vista, melhores perspectivas, ao crédito vistoso, a trindade das letras IEE. Mais palavrosa em tentações de interesse público e privado, folgada em garantias de futuros inimagináveis de venturas, envoltas em tratados de verbo pródigo no agrado às promessas da felicidade terráquea, encena um magnete de sentimentos, facilmente captáveis ao entusiasmo das relações cívicas e da abastança.        

          Qualquer intelecto formado na Escola Superior da existência folgada, acolhe a IEE, como uma bem-aventurança à espécie humana, o recheio que faltava na Natureza, demasiadas vezes opressora dos «direitos» do gozo de tempos livres e heranças de mirantes altos, onde fruir a paisagem de flores, verduras e comestíveis, a crescer mais abaixo em ampla liberdade.  Trabalho voluntário, apresado na garantia de peso e alongamento. Linda a paisagem.     

          Convenhamos ser deveras tentadora, esta mensagem da IEE.

          A Ideologia, facilitada a mudar «panos de fundo», posta  a pré  determinar o Expectável, nas actividades agrícola, industrial e das restantes que fazem parte integrante do vagaroso e exigente nas presenças manuais e intelectuais do PIB. Era a realização contida na filosofia mais recheada, fazendo acreditar na Expansibilidade a preencher o incompleto nos apalavrados privilégios propostos para cargo de confiança. 

          Daí, já se poder firmar o mercantilismo da oferta para formar Governo com todas as substâncias prometidas e a procura de autorizações solenes, vulgarmente denominadas votos. Antes, contudo, armemo-nos de «presunção e água benta», para tentar  fazer o que convém prestar – explicação do positivo ou negativo em clareza de contas .

          A nossa crónica anterior, intitula duas expressões, obrigadas a igualdade, para formarem uma equação verdadeira.  Assim:

        « Planeta Terra = PIB =Valor Natureza Real  -                1ª expressão.

        « Ideal + Ismo = Valor expectável <= Valor expansível» - 2ª      

o que reduzida a incógnitas, representará:

           PT  (PIB) (VNR)  = Ia+ Ib (PIB E1 ou PIB E2 )  

          Completa-se, portanto uma «equação», com valores, embora representados por  incógnitas, deverão corresponder a números matemáticos.

         Descanse, leitor Amigo, pois não vamos demonstrar álgebra ou geometria,  não só por desnecessárias, mas porque a lógica considera verdadeira a primeira expressão e o Ia+Ib da segunda.  Indispensável, porém, simples aferição do (PIB)E1) e o (PIB)E2).

       O (PIB)E1 e o (PIB)E2, representam os «valores» EXPECTÁVEL e EXPANSÍVEL, ou promessas ideadas por pretensos candidatos à governação.

        Balanceiam relações com o  credível, pois provindo de uma conclusão verdadeira, ~- o Ideal mais Ismo,- não têm funções atómicas nem número exacto que satisfaça uma equação.

        A especialidade extra terrena, de aumentar volume, adianta que se as profecias do (PIB)E1, não forem suficientes para transmitir agrado às classes a abranger, os  predicados adquiridos nas filosofias, além normais e no «padrão» 1789, na França, torná-lo-ão pronto para tapar  os «buracos» em aberto e se for preciso transbordá-los para a estranja. A bazófia leva a esquecer que a constituição «diáfana» do E1 é a mesma da E2.

       Nesta altura, os leitores condescendentes dir-me-ão que este recreio de realentar  matemáticas aprendidas no nosso Liceu Nacional Antero do Quental, não servem a explicação pretendida. E terão as suas razões.

      Mas do aprendido dos excelentes professores, Dr. Mário Rego Costa e Dr. Lúcio de Miranda, ainda navegam as responsabilidades do que nos foi bem explicado. E nos tem prestado arrimo na profissão que nos coube, mas também na ambiência variável do respeito à sinceridade na teoria dos números.   

      Dir-nos-ão que a fórmula imagina defeitos, da maneira como a apresentámos.  Deficiência nossa, quanto ao modo de transmitir.  

     Mas é a clara e perigosa insistência da actual doutrina espalhada, em quantidades arriscadas, em todos os continentes. A vigorar, teimosamente, por entre as presenciadas vicissitudes,  crescidas a ritmo cada vez mais legionário a arrecadar seguidores incondicionais, de mais «querença» do que percepção consciente.

      Acreditar nos E 1 e E 2, ( valores ideológicos) – ou os da rã ambiciosa de ser boi - será esperançar o hipotético, a entrar nos mercados  de trabalho e  consumo, à frente das ferramentas e produções do Planeta Terra.   

       Não temos dúvidas, contudo, de que estes factos, não só acontecem, como tendem  a multiplicar-se de maneira a assustar os precavidos.  Os crentes e arautos do idealismo, todavia, por sua obcecação poética e feitio macambúzio, demasiado inconformados ou apoiantes da preguiça na razão, perante a falta real de mercadorias, verbalizam açambarcamentos em cada canto, monopólios em cada rua e acendem as consequências, no rebentamento da luta dos menos favorecidos a espada afiada, a ferro aguçado, do fogo a queimar o sossego.

       Com razão ou sem ela, recordemos  a grande falha na equação dos valores  desmancha prazeres, no ápice de uma ideia.

       Guardar o optimismo trancado a «sete chaves», não vá apresentar-se desnudado, no meio de familiares inquietos por resolver os espaços vazios na despensa, não disfarça o badalar doloroso no pedido alimento do aparelho digestivo. Escondido ou em liberdade, o badalo «bate o pé» e bate forte, até acontecer a mastigação ou o enfraquecimento extremo. A fome trabalha sempre, oculta ou às claras. 

      A ânsia de a eliminar nos agregados, onde a  civilização tomou lugar de destaque, deixa os espíritos pouco firmes em coerência.

      Entendido o regresso inesperado da mazela das privações, logo se acende a lâmpada de Aladino a iluminar o «pátio das cantigas», a saudar o melhor dos mundos, repleto dos ingredientes preciosos à vida.  Verificada a falácia de bailes e canções, de volta chegam indícios de mal estar nas gentes aflitas de pão e sabor, para o engolir. E de novo Aladino levanta a lâmpada, para de pronto baixar o foco de luz.  E assim por diante se seguem as visões do « ter e não ter ».    

       A estes clarões de abundâncias, se podem chamar, a intermitência de riqueza fugitiva e desmascaro do infortúnio. A política, é a ciência das previsões e quando não acerta, toma o hábito da virgindade, na arte de empobrecer alegremente.

       A calamitosa época que nos saiu  na rifa das sortes, exclui culpa formada  à utopia da organização social perfeita, à medida do «ideal+ismo».  A candura, envolta no capote do guerrilheiro pronto a disparar, elegeu a inocência intocável e repudiou o castigo à ignorância e má visão. 

       Mas isso será para outra oportunidade.

      Até próximo.