Nº 126 A IDEIA…NAVEGA NA CIRCULAÇÂO DO SANGUE… A PROSÁPIA, ESTICA E DESVIRTUA A IDEALIDADE..
A Humanidade, no presente, sofre atroz dilema, na distinção dos valores reais do idealismo e do aparelho produtor do quimo, qual ocupa o primeiro lugar no enquadramento sociável.
Soam trombetas a acompanhar coros, na defesa da IDEIA, como arrasto dos condimentos a mastigar no irritável e desapiedado aparelho digestivo. Ouvem-se gorjeios e vozes fanfarronadas, a defender com unhas e dentes, as idealidades solitárias ou colectivas, como se cada qual acertasse na verdade indiscutível e redentora. Defender as suas ideias… objectivo na luta pela vida… com carradas de géneros alimentícios a entrar pela porta dentro.
Quantos textos temos lido e quantas transmissões nos dá a televisão, concentradas na defesa arrogante de ideologias velhas e relhas, que não passam de meros desabafos de pessoas carentes de conhecimentos capazes de transmitirem parco benefício a alguém com o tino no seu lugar ?...
São os temperamentos, ditos «sanguíneos», arautos da justiça, mesmo embaraçados com as mudanças de cor pelos borrifos das malas - artes e avermelhadas de sangue inocente e puro.
Por desventura do «humano vulgar, afeiçoado à serenidade», esses temperamentos têm «carta branca» de exteriorizarem o que lhes vai no improviso, essa doença que lhes corre nas veias, contrária à lei e ao equilíbrio da sociabilidade. Transmitem o verbo «querer» na primeira pessoa, agredindo o, ou os concorrentes ao mesmo posto. Sem compaixão justa ou diálogo pacificador...
Será esta, a interpretação a quem diz defender as suas ideias, custe o que custar. Evidentemente, alguém paga a despesa. A quota dolorosa e elevada, caberá à inocência do «rebanho da Nação», sem dúvida, o suporte garantido das falhas dos supostos pensadores.
Somos levados a repetir, o que já foi dito, escrito, mascarado e corrompido, nestes últimos anos de crescente número de idólatras dos seus próprios sonhos, cheios de vaidades incontidas, desejosas de ocupar postos mais acima do cume, com condecorações na lapela e carteira recheada para vestir caro e abastecer a moradia de bandeiras multicores, iluminadas por deslumbrante fogo de artifício…a relampejar artimanhas ao plebeu, ajoujado ao pagamento da festa e manter o silêncio na face cansada do muito trabalho e do esvaimento dos seus direitos.
A recente aguerrida contenda, entre os gratos ao Dr. Oliveira Salazar, homenageando-o na terra natal - Santa Comba Dão – com MUSEU, a relembrar os serviços prestados ao País e os que o renegam por se sentirem lesados, com a redução das diatribes e activismos nocivos à segurança dos restantes cidadãos, cerceando –lhes a clandestinidade de violências e instabilidades, simboliza a actual barriga redonda, em vias de emurchar na esparrela de predilecção estrangeira e a adiposidade no interior craniano, a elanguescer o saudável raciocínio para o reconhecimento merecido aos grandes que tiveram o senso de defenderem a ordem, os bens transpirados pelo Povo e a paz que empurra à civilização.
Transpira, agressivamente, o engano de quem está bem instalado e não quer sofrer incómodos para quando lhe der na gana, atirar falácia ou armar escaramuça, ambas de vaga intenção a proteger os pouco felizes e esmolar aos menos abonados. Demonstra o medo da perda de regalias, a quem pouco entende do que representa uma Nação de novecentos anos, que tem de subsistir com a presença de maior número de Portugueses de alma grande, do que a quantidade enfezada, preferente dos benefícios pessoais, que crescem em número, enquanto o Povo, definha em direitos e valores derramados sem proveito.
Domina a atracção pelo abismo.
A respeitável e prestante assistência do União Europeia, na ajuda à nossa pequenez no tamanho e no tacto administrativo, apresenta em amostra, visível a olho nu, o «novo rico» a botar «cantiga» de gente endinheirada e, por isso mesmo, importante na figura e na opinião.
A cedência do império ultramarino, pertença do Portugal marinheiro e combativo, sem uma pergunta ou «referendo» ao verdadeiro proprietário - a vontade do Povo - desmascara as boas intenções dos intervenientes. Acima de tudo e de todos, o representante dos negociantes, auto decisores da negociata.
O senhor Almeida Santos, o pregoeiro do «leilão», preparado pela rapaziada de Abril de 1974, avisou em tom peremptório, com o camartelo de juiz e dono, ou na inversa, que se podia dar ou transferir o direito de posse das Províncias Ultramarinas e MAIS 6 milhões de contos. Isso era uma mera banalidade. E acrescentou, como grão mestre, que no ano seguinte, era melhor não contar com outro cheque, porque poderia sair em branco. O senhor Almeida Santos, escreveu recente livro, a desculpar-se de lhe ter sido impossível rejeitar o convite para intervir na abrilada de 1974, por ter sempre defendido a independência dos territórios Ultramarinos. Cada pessoa é livre para praticar altruísmos e infelicidades.
O que não pode nunca, é tirar sem licença do proprietário e negociar ao seu belo prazer. Isso é arranque, oposto à justiça. Tanto tem nome feio, o que pratica como o que consente. Fugir deste dilema, quererá «tapar O Sol, ( russo?) com uma peneira».
O engraçado –sem graça patriótica – torna evidente, que o pagamento, saiu dos contributos do Povo, devidamente poupados pelo Homem pobre de nome Salazar, e que, ainda hoje, serve de encosto aos palradores que nada fizeram, nem têm talento para doar benesses ao Portugal que ansiaria por reconstruir o desfeito no terramoto ideológico que faz enriquecer pirómanos políticos, que largaram o fogo e se aprestaram para o apagar, mas que fazem empobrecer a Nação que vai tentando arrimo na independência, até ela durar.
Ter sido contra o Dr. Salazar, ou sê-lo pela «língua» de Esopo, dá direito aos louros de «herói». Como é vã a cobiça, bem patente na fábula ou na lição universal de Esopo…
Mesmo depois de morto, é a verdade de António de Oliveira Salazar, quem manda. Pois se é Ele o apoio para a subida do degrau da importância… Os oportunismos…abundam e são lucro na carteira. É só falar mal do Homem…
Até próximo.



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