América América

Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

18 de junho de 2007

Nº 128 ADMINISTRAR PORTUGAL… DESGOVERNADO DE 1910 a 1926… SOLON, O SÁBIO… RESOLVEU HÁ 2.600 ANOS…

Dos bons propósitos que titulam esta crónica, partiram, de 1926 a 1928, os convites ao Dr. António de Oliveira Salazar, para timonar a atrapalhada pasta das Finanças e por cobro às ofensas à protecção e moral públicas. A última insistência, levou-a o Engenheiro Duarte Pacheco, em 1928, resultando feliz para a normalização da vida em Portugal, mas envolto no sacrifício pessoal do novo Ministro, consciente da aventura a enfrentar, no ambiente reinadio da governação vigorante dos «Senhores das Ideias», ávida de vantagens preconcebidas, umas «no papo, outras no saco».

Os prosadores, os poetas, os cientistas, os artistas plásticos ou pintores, os Engenheiros, os músicos, os inventores na transformação da matéria, etc. e mais os de «mãos nas algibeiras» a verem passar a procissão dos menos afortunados, afincam a instalação neurótica, no contacto directo com a sua especialidade e desapertam as cautelas, no desempenho ordenado da coisa pública e do «amanho da terra» para o pão nosso de cada dia. São, por isso, de quantidade baixa, os sabidos em governar lares e sociedades, os cientes do sentido humano indivíduo e da metamorfose desventurada, quando em esbracejo compacto e gritos discordes, busca vencer o negativo às melhorias espelhadas nos semelhantes.

A partilha, em partes proporcionais de grandeza e valores, é uma sapiência mental, invulgar na orgânica distributiva nos mercados e nos consumos. Em cada especialidade se acredita na utopia de merecimentos ou finalidades de medidas iguais. Até, porque já se sabe que cada especialidade, puxa para si o quinhão mais gordo.

Na fuga a prestar contas e a fazer valer o ardil de considerar distúrbios áridos de razão, constituem-se partidos políticos. Agora, sim, tudo correrá para a perfeição. Palavra de um lado, resposta do outro, o fiel da balança tomará o fio de prumo e os pratos conterão a pertença certa e justa… nas milésimas em grãos de areia.

Quando, porém, se reconhecem as fatias desajustadas no corte e a substância se apresenta esponjosa, com demasiados poros prenhes de vento, o verniz da capa da «Democracia», estala e desfeia o intento, traduzido na palavra que tomará a forma moderada, libertina ou ofensiva. Os remendos mal cosidos, rebentam os pontos essenciais nas discussões. A esperança esvai-se. O comestível, obtido nas colheitas, em vez de produzir melhores resultados, tende a secar, o PO -«Produto Obtido».

Se cada pessoa tem de produzir para viver, -Lei Universal - o método actualizado de confiar na «palavra», lançada de tribuna bem paga pelo Povo, não dá fruto. Saltita de cabeça em cabeça para o cesto do Erário, fazendo engrossar o rol das despesas.

Sólon ( 640-560 AC), por consequência, cerca de dois mil e seiscentos anos atrás, ao ser «convidado» para cercear as animosidades excitadas pelos influências dos habitantes da «Superfície», da «Montanha» e da «Costa», correspondendo em termos actuais, dos Ricos, da Plebe e dos Comerciantes, abateu-lhes as excentricidades de mandões auto nomeados.

O Estado, – disse Sólon - representava o Povo acima de classes, agrupamentos, individualizações. Superior a ideias circundantes à esfera escavada dos conhecimentos.

Desde então, direitos, pelos séculos adiante, até aos nossos dias não sofreram grandes alterações. Foram gérmen dos impressos na «Revolução Francesa», (1789). O que pende favorável ao Século das Luzes, proveio do desvendamento da ciência e da técnica, a mimosear a qualidade e quantidade no trabalho. O temperamento humano, ainda é o mesmo. Mantém-se irrequieto e insatisfeito.

Os deveres, contudo, mereceram cautela há 2.600 anos, se bem que nos Séculos XVIII e seguintes, quase caíram no esquecimento, falha que confunde obrigações nos tempos que correm.

O ser pensante, só por se ligar à ideia, exige direitos e passa por alto na lista comprida dos deveres. O Homem não aprecia o trabalho, desde que entrou na civilização e, ao somar as regalias da ciência e da técnica, mais se quer ver livre do esforço para sustentar a vida.

O convite, de 1926 a 1928, ao Dr. António de Oliveira Salazar, para deter Portugal, da queda eminente, correspondeu, sem dúvida ao que SOLON recebera há 2.600 anos. Em primeiro lugar, firmar a paz interna e em segundo, tirar proveito dos bens existentes e distribui-los o mais acertado possível.

A base da paz, aplanou-a o Marechal Gomes da Costa, em 1926, dando o mote para ser continuada. Gerir os domínios produtivos, era principal função do Ministro da Finanças. Os «convites» dirigidos a Sólon e Salazar, apesar de 2.600 anos os separarem, nada tinham a ver com políticos e politicagens.

Ambos foram convidados para ADMINISTRAR os bens das suas nações. Sólon, teve de « baixar a grimpa» à arrogância, auto assumida soberana da lei. Subiu mais elevado o nível da cidadania. Diminuiu para níveis mais equilibrados, as faculdades cívicas. Pôs de pé, o esquema da verdade útil e produtiva, a que chamou «democracia». Emparedou a turbulência e o assalto ao arbítrio de mandar.

O Dr. Salazar, para exercer a incumbência tomada por respeito a Portugal, não aviltou o que de útil saiu da imparcialidade de Sólon. Sabia dos princípios que a actualizavam em todas as épocas. Não ignorava as deturpações, minadas por desmedidas cobiças de compadrios e desejos de tomadas ou mudanças do poder, por investidas contra a fraqueza do pouco saber do Povo.

Nenhum Governo Português, podia deixar «à solta», a traição atraída pelo Sol russo ou de outro jogo de interesses encapotados, e que no território nacional, às ocultas, atentasse contra a segurança da gente ordeira, com actos criminosos, a provocar temores, mortes e destruições. Nem tão pouco, permitiria a propaganda de qualquer advogado noctívago e folgazão, a lançar boatos infundados no estrangeiro. Mandá-lo-ia para S. Tomé para amornar vaidades e atalhar a piromania, de apagar fogos, por si acesos. Também não deixaria ao seu bel-prazer, os que se propusessem desertar dos seus deveres cívicos ou militares . Nas casas de correcção, entravam os prevaricadores da ordem pública e dos contrários à missão expressa nos convites propostos ao Dr. Salazar.

As prisões não receberam inocentes. Mas sim, mais ou menos culpados, com a vantagem de serem em muito menores quantidades dos actuais. O número de polícias inovadas, são disso prova. Evitar faltas, é empreitada muito mais humana do que corrigi-las. A emenda deixa marca. Do cerzido ou do remendo.

Desde algumas crónicas anteriores, decidimos parar com os antecedentes históricos do Dr. Salazar. E esta, era a definitiva, chegamos a pensar. Diligenciaremos acabar na que vai seguir-se. Mas não tomamos compromissos…

Até próximo.

10 de junho de 2007

Nº 127 O VERBO UNIU RAÇAS E FORMOU NAÇÕES…

No tempo em que a fecundidade da terra, era o suporte do emprego e da fartura nos lares, declamava~se o provérbio apropriado à insatisfação humana: «O Homem quer, ao mesmo tempo, chuva nas couves e Sol na eira».

Mudados os nomes para a actualidade, tentando o melhor acerto, fugindo ao pior sentido, traduz: - O uso da palavra quer sentir-se liberto de peias, dentro e fora da prudência e do que não convém ao tino que a comanda, exigindo AO MESMO TEMPO, manjares prontos a servir à mesa, confiando armazenagem na despensa. O que expressa, considerar o etéreo da instalação neurótica, perfeitamente fundível, ou paralelo com o átomo da matéria.

Os factos, contudo, demonstram que, instantaneamente a ideia desponta e perde-se, sem satisfação do fenómeno, enquanto, em igual período, nos reinos animal, vegetal e mineral, nem há tempo de deslocar átomo ou molécula, perceptíveis aos sentidos humanos.

Para a Humanidade entrar no Homem, milhares de experiências foram absorvidas, umas de agrado certo, outras de consternação desanimadora.

Aos Homens que primeiro desagrilhoaram a comoção, fazendo perturbar o espírito para a causa civilizadora, quer tenham nascido em países no Oriente, na Índia, norte de África, ou na Grécia, na nossa Europa, assessorou-se a luz da liberdade, na expansão de mais acendedores de sóis mentais. Os reflexos desses focos, acenderam as fogueiras, onde se refugiaram as populações que se foram civilizando, condicionadas a uma cooperação de sentimentalidade comum.

O indivíduo acordou ceder parte do seu património de solitário e isolado, herdado, gratuitamente da Natureza, para se juntar aos demais indivíduos na defesa, ataque e aprovisionamento do indispensável à vida.

Nesse momento, a liberdade herdada, perdeu os pergaminhos da nascença e o ÓBVIO, de ser independente.

Milénios e séculos, encaixaram o edifício material, de proveito comunitário, inventando a ordem, para a distribuição ser, tanto quanto possível equitativa, reunindo no lucro do consumo alimentar, a protecção directa à existência.

Os neurónios, porém, razoavelmente instalados, ( embora não por método politécnico igualitário), dispondo de uma produção irregular e descompassada da matéria, desenvolveu e aperfeiçoou a palavra, destinada a adubar, as raízes educativa, arquitectural e construtiva. O excesso de produção verbal, todavia, ultrapassou as necessidades essenciais em quantidade e qualidade quase saturando as trocas de valores, mas fazendo depreciar o mérito e o proveito aguardados.

Porque, desmedidamente cresceram os antagonismos.

A criatividade foi sufocada pela adulteração. A afirmativa da palavra sincera, teve de recuar diante da oposta, a negação ao realismo, pretendente ao lugar de mais destaque e proveito individual. A palavra, a mesma palavra, desentendeu-se entre si.

Os ensaios de mistura das capacidades desafinadas nos sons, sem termómetro para medir temperaturas emocionais, falho de pedómetro para acertar distâncias acanhadas pela educação, a palavra perdeu grande parte das mercas e prorrogativas no que interessa à aptidão de criar e à sementeira do civismo.

Donde se conclui, que tudo quanto é demais, ou perde o préstimo, ou deteriora o ambiente saudável da harmonia no trato entre o siso e o desregramento.

Havendo, porém, a poupança de não desperdiçar o vendável cru, foi criada a indústria da ORATÓRIA, apetrechada com os maquinismos próprios de enlatar os excessos. Serve o mercado de consumidores, ajuntando-se tempero de sal, vinagre, pimenta… e o amargo do lúpulo em fermentação alcoólica, abrindo novos tipos de emprego, bastante procurados pelos candidatos às boas remunerações, sem a passagem pelo jugo duradouro do esforço no estudo ou na simples compra da «cautela» na lotaria.

Mesmo assim, contudo, o ponto de saturação não chega a ter um fim. Os atentos na busca de brechas ocasionais para caçar lucro, encontram sempre campo frutuoso no terreno dos incautos e dos «padrinhos» no grémio ideológico, enquanto os mais verdadeiros e competentes, se obrigam a aceitar as sobras no mercado da recompensa.

Os «enlatados», contudo, de produção com mira no lucro, mas «metida a unha» na venda, encarecem nos mercados de consumo, que são os erários públicos. Sobejam, por isso, muitas «latas» de competência furada, confundindo os gestores nos crescentes, mas insuficientes « Produtos Internos Brutos». No final, em virtude dos enlatados conterem fraco produto rentável nas Assembleias, são encomendadas mais «latas de conserva de palavreado», enviando para o Estado a factura para pagamento, com o visto dos alegres tesoureiros por facilitarem mais um emprego «chorudo» a amigo da cor governativa.

A crença alucinada, da Europa produzir abastança satisfatória ao bem estar dos povos que nela empregam o seu esforço físico e intelectual, tem sido desfeita nas contendas que lhe têm custado rios de sangue entornado no chão frio do desânimo e da ilusão. Programam-se orçamentos para orgulhar Pátrias e raças em construções arquitectadas pela inteligência que modifica a rusticidade da Natureza, mas que se desfazem em lutas fratricidas com retrocessos à pobreza chagada de profundas feridas para sarar. A Europa já se familiarizou nos passos em frente para o progresso, logo seguido de outros à retaguarda, a causar choros e ranger de dentes. A dança do vai vem, tornou banal o conflito pela hegemonia do mais forte, como se essa constante desforra, fosse o alimento da sua existência.

São frisantes, os exemplos doados, gratuitamente, nas descrições estampadas nos livros da História europeia.

Mas a Europa, não só se escusa a aprender, como se pavoneia em riqueza obcecada em orgulho de rico decadente. Discursa, «bota palavra», embrulha palavrório em sacos de rifa, atira-os por todo o lado, a distribuir boas intenções. A maré enchente da credibilidade apazigua ânimos e desarma receios. A Europa, basta-se a si própria…. e cresce para os amigos…Viva a Europa..

Gemidos, contudo, ouvidos de algures, alertam alguém em amarguras.

Há esquecidos… ou não há matéria-prima para lhes valer. Então, como é? Há, ou não, abastança para todos ?

Na hora das refeições, muitos pratos continuam vazios. Em áreas previstas e outras impensadas. A Europa prometera, mas não pudera cumprir. A palavra que unira raças e formara Nações, perdera confiança. A algaraviada não distingue desagravo . As Nações desconjuntam-se. A má educação destrói o que parecia sólido. A guerra esbandalha leis e pulveriza estruturas feitas para durar. É o regresso ao poder desordenado, contrário à autoridade. Outro afundamento europeu…

Tem sido esta, a História da Europa.

O «sobe e desce» que já deu comédia no cinema, mas permita Deus, não venha a inspirar outro « to be or not to be».

Até próximo.

3 de junho de 2007

Nº 126 A IDEIA…NAVEGA NA CIRCULAÇÂO DO SANGUE… A PROSÁPIA, ESTICA E DESVIRTUA A IDEALIDADE..

A Humanidade, no presente, sofre atroz dilema, na distinção dos valores reais do idealismo e do aparelho produtor do quimo, qual ocupa o primeiro lugar no enquadramento sociável.

Soam trombetas a acompanhar coros, na defesa da IDEIA, como arrasto dos condimentos a mastigar no irritável e desapiedado aparelho digestivo. Ouvem-se gorjeios e vozes fanfarronadas, a defender com unhas e dentes, as idealidades solitárias ou colectivas, como se cada qual acertasse na verdade indiscutível e redentora. Defender as suas ideias… objectivo na luta pela vida… com carradas de géneros alimentícios a entrar pela porta dentro.

Quantos textos temos lido e quantas transmissões nos dá a televisão, concentradas na defesa arrogante de ideologias velhas e relhas, que não passam de meros desabafos de pessoas carentes de conhecimentos capazes de transmitirem parco benefício a alguém com o tino no seu lugar ?...

São os temperamentos, ditos «sanguíneos», arautos da justiça, mesmo embaraçados com as mudanças de cor pelos borrifos das malas - artes e avermelhadas de sangue inocente e puro.

Por desventura do «humano vulgar, afeiçoado à serenidade», esses temperamentos têm «carta branca» de exteriorizarem o que lhes vai no improviso, essa doença que lhes corre nas veias, contrária à lei e ao equilíbrio da sociabilidade. Transmitem o verbo «querer» na primeira pessoa, agredindo o, ou os concorrentes ao mesmo posto. Sem compaixão justa ou diálogo pacificador...

Será esta, a interpretação a quem diz defender as suas ideias, custe o que custar. Evidentemente, alguém paga a despesa. A quota dolorosa e elevada, caberá à inocência do «rebanho da Nação», sem dúvida, o suporte garantido das falhas dos supostos pensadores.

Somos levados a repetir, o que já foi dito, escrito, mascarado e corrompido, nestes últimos anos de crescente número de idólatras dos seus próprios sonhos, cheios de vaidades incontidas, desejosas de ocupar postos mais acima do cume, com condecorações na lapela e carteira recheada para vestir caro e abastecer a moradia de bandeiras multicores, iluminadas por deslumbrante fogo de artifício…a relampejar artimanhas ao plebeu, ajoujado ao pagamento da festa e manter o silêncio na face cansada do muito trabalho e do esvaimento dos seus direitos.

A recente aguerrida contenda, entre os gratos ao Dr. Oliveira Salazar, homenageando-o na terra natal - Santa Comba Dão – com MUSEU, a relembrar os serviços prestados ao País e os que o renegam por se sentirem lesados, com a redução das diatribes e activismos nocivos à segurança dos restantes cidadãos, cerceando –lhes a clandestinidade de violências e instabilidades, simboliza a actual barriga redonda, em vias de emurchar na esparrela de predilecção estrangeira e a adiposidade no interior craniano, a elanguescer o saudável raciocínio para o reconhecimento merecido aos grandes que tiveram o senso de defenderem a ordem, os bens transpirados pelo Povo e a paz que empurra à civilização.

Transpira, agressivamente, o engano de quem está bem instalado e não quer sofrer incómodos para quando lhe der na gana, atirar falácia ou armar escaramuça, ambas de vaga intenção a proteger os pouco felizes e esmolar aos menos abonados. Demonstra o medo da perda de regalias, a quem pouco entende do que representa uma Nação de novecentos anos, que tem de subsistir com a presença de maior número de Portugueses de alma grande, do que a quantidade enfezada, preferente dos benefícios pessoais, que crescem em número, enquanto o Povo, definha em direitos e valores derramados sem proveito.

Domina a atracção pelo abismo.

A respeitável e prestante assistência do União Europeia, na ajuda à nossa pequenez no tamanho e no tacto administrativo, apresenta em amostra, visível a olho nu, o «novo rico» a botar «cantiga» de gente endinheirada e, por isso mesmo, importante na figura e na opinião.

A cedência do império ultramarino, pertença do Portugal marinheiro e combativo, sem uma pergunta ou «referendo» ao verdadeiro proprietário - a vontade do Povo - desmascara as boas intenções dos intervenientes. Acima de tudo e de todos, o representante dos negociantes, auto decisores da negociata.

O senhor Almeida Santos, o pregoeiro do «leilão», preparado pela rapaziada de Abril de 1974, avisou em tom peremptório, com o camartelo de juiz e dono, ou na inversa, que se podia dar ou transferir o direito de posse das Províncias Ultramarinas e MAIS 6 milhões de contos. Isso era uma mera banalidade. E acrescentou, como grão mestre, que no ano seguinte, era melhor não contar com outro cheque, porque poderia sair em branco. O senhor Almeida Santos, escreveu recente livro, a desculpar-se de lhe ter sido impossível rejeitar o convite para intervir na abrilada de 1974, por ter sempre defendido a independência dos territórios Ultramarinos. Cada pessoa é livre para praticar altruísmos e infelicidades.

O que não pode nunca, é tirar sem licença do proprietário e negociar ao seu belo prazer. Isso é arranque, oposto à justiça. Tanto tem nome feio, o que pratica como o que consente. Fugir deste dilema, quererá «tapar O Sol, ( russo?) com uma peneira».

O engraçado –sem graça patriótica – torna evidente, que o pagamento, saiu dos contributos do Povo, devidamente poupados pelo Homem pobre de nome Salazar, e que, ainda hoje, serve de encosto aos palradores que nada fizeram, nem têm talento para doar benesses ao Portugal que ansiaria por reconstruir o desfeito no terramoto ideológico que faz enriquecer pirómanos políticos, que largaram o fogo e se aprestaram para o apagar, mas que fazem empobrecer a Nação que vai tentando arrimo na independência, até ela durar.

Ter sido contra o Dr. Salazar, ou sê-lo pela «língua» de Esopo, dá direito aos louros de «herói». Como é vã a cobiça, bem patente na fábula ou na lição universal de Esopo…

Mesmo depois de morto, é a verdade de António de Oliveira Salazar, quem manda. Pois se é Ele o apoio para a subida do degrau da importância… Os oportunismos…abundam e são lucro na carteira. É só falar mal do Homem…

Até próximo.