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Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

24 de agosto de 2009

Nº 215 LIÇÕES DA HISTÓRIA. O PIB…SEMENTE, ÁRVORE E FRUTO … O TRABALHO DO HOMEM…

A actualidade, na enfiada, um a um, de acontecimentos, trazidos à luz pública pela Comunicação Social, ao despontar o dia, dispara oportunidades de informação na leitura de notícias, alternando a serenidade ao acordar, com neurastenias dos humores, confinantes com o carrossel de recordações, persistente em não voltar para o que já passou. O esquecimento da realidade, quer laureada, quer paciente, troca o passo à aprendizagem a acumular, nas variações do imprevisto no «amanhã» seguinte. Suplanta frivolidades, na vertente real e menospreza o que deve servir de modelo, no rol dos deveres instrutivos.
As épocas passam, levando consigo ambientes sempre renovados no nivelamento emocional, de indivíduo a indivíduo, no aspecto do préstimo ao colectivo e do modelo aceite para a descendência tomar as atitudes responsáveis do Homem, com astúcia, suor e desafio, no desbravamento do progresso.
Nem tudo permanece igual, nem o todo rebenta as amarras à tradição. Aos poucos, outra passada vai batendo no caminho, sem aparência de romper com o vivido.
Mas o que acabou de ser a última tendência cultural, foi apenas efémera modalidade de ver e analisar acontecimentos e consequências.
Não fora o orgulho de superioridade de cada egoísmo e a verdade poderia trazer mais senso ao conjunto de conhecimentos, para distinguir a conciliação social. São
as « meias águas» dos saberetes, que atrasam ou neutralizam o voo do correio da paz.
A nossa última crónica, vincou a REALIDADE dos valores circulantes constituírem a base do equilíbrio económico e financeiro.
A moeda, base inicial das vendas e compras na ocasião, facilidades que lhe dão direito a ocupar lugar sobranceiro aos que a acompanham e devem obediência. Como rebento do CAPITAL, o senhor Karl MARX, contou-lhe os dias de vida, mas até agora, não aparecendo substituto « à altura », continua nas suas « sete quintas », a tomar dianteira na circulação das permutas… e no suborno de consciências…
Mas cautela, o envelhecimento apanha o perfilado à frente, sabendo-se, pelo que se diz e ouve, haver funcionários do Estado, se bem com a «verbosa função» de « estender argumentos no bazar do conselho público », dispostos a completar a profecia, talvez embrulhada em compressas para os curativos às feridas dos condenados a «gladiadores». Nunca se sabe, porém, qual o lado dos ventos do acaso…ou do tira teimas do juízo…, nem sempre «atinado» à redução dos malefícios e avanços, nos combates acirrados de quem só possui o direito a defender a vida. Tudo envelhece… Enquanto há dúvidas, todavia, é de entre o Povo que se escolhem os atirados à «arena» para a desforra da razão sobre a ideia, contenda em que ambos têm saído vencidos. Pelo menos, acabrunhados na solidão do disfarce e da lealdade desapoiada.
Nestas saltitantes crónicas, mais de uma vez, com inquietude e preocupação, temos citado a Europa, o velho Continente que sabe receber quem procura estudo e coragem, alívio no fortalecimento do corpo e do espírito. Mas não paraíso de preguiça a alcançar bens, sequer riquezas à beira da estrada… para regalo dos marialvas, convencidos na apanha da oportunidade e da aventura na busca da fortuna doirada, de ostentação esmoler ou acumulo do trabalho braçal, multiplicador da semente.
A génese da Europa e das gerações para chegar aos nossos dias, obrigou, sempre ao emprego da energia na sementeira, promessa do cultivo, na incerteza da colheita. O frio e o calor, a chuva e a seca, os temporais e as calmarias, participaram na existência europeia e no carácter das populações. Até nos formatos de países, amalgamados a tradições, costumes, hábitos e temperamentos psicológicos e religiosos. Houve, em contínuo, uma repulsa de guerreio, contra a vizinhança não produtiva. A Europa, nunca foi unânime em acordos e convivência franca e sincera. Pela causa vigente do seu PIB, corresponder ao esforço dispendido, mas não ao desejável manto protector da abastança.
Quando acontecia uma Nação se evidenciar em ostentação e correspondente força atacante, as fronteiras logo eram fortificadas pelos vizinhos…a desencorajar oportunidades de assalto aos celeiros, às courelas e ao esconderijo do produto «ao poucochinho economizado».
Antes de passar à escrita por invulgares capacidades intelectuais, a História ocorreu, sem dar tempo à minúcia descrever o estado da civilização. Prova a legitimar, - não a justificar - a desajustada interpretação atribuída a casos «Históricos», actualmente bastante descidos à trivial inclinação de encobrir deslizes e ofensas à grei.
Exemplo frisante, o currículo do Engº. Guterres na «Internet», referido na nossa crónica nº 212. O historiador mentiu ao presente e vai enganar o futuro. É critério oposto à função educativa e instrutiva, mas que representa, com relativo realismo, as mudanças apressadas da indisciplina de 1974.
A adulteração constante de actos praticados, desde então, acobertando a crueza da ineficácia, revelam a mediania na avaliação de responsabilidades, dos protagonistas e sucessores, a quererem cobrir com véu pintado de cor indefinida, a realidade de hoje, diante da prevista rotura com a esperança.
A ligeireza de classificar o trabalho do Povo de BOLO, GORDO, PÂNTANO, é a análise superficial, como executantes da política se apoiam no ganho de votos.
É o «dado adquirido», donde partem para a verbalizada luta para o assento na soberania. Dessa malha de valores, determinada e fixa, conhecida dos ouvintes, - o povoléu, ansioso por fartura no lar - como seu depósito para auferir regalias sociais, nasce a aproximação de simpatia para os propostos a trocar administrações. E quanto mais esperanças lhes sai do discurso improvisado, maior a inclinação à música das palavras…
Em causa, porém, não está a melodia da «flauta mágica», nem o hino consagrado à ilusão. O prelúdio do toque a rebate, de matracas e ribombos de lutos e desesperos, o medo toma o lugar do que antes era manifestação de louvores ao triunfo. Em qual episódio, ficará a crença?
Na cena, onde a competência marcar a real valia.
Mais de uma vez, nestas nossas narrações, temos referido o PIB – Produto Interno Bruto -, o «arranjo» dos lares, dos aglomerados sociais, aldeias, cidades, países e Continentes. A poesia, terá tocado os corações, na apanha do grão, da caça, e do fruto, sustento da matéria e espírito, dom gratuito da essência humana.
Ali se entoam louvores ao trabalho da multiplicação da semente, o milagre todos os anos repetido, se bem que o Homem e a Mulher, nem sempre saibam agradecer, fascinados com a ciência e a técnica, oferentes da indústria, em auxílio às falhas da Natureza e descobrir a faculdade de expressar a gratidão à terra, de tudo produtora.
Cada qual terá de se agradar e responder por actos próprios, os produtos arrancados ao solo e clima, humedecidos com suor e cansaço, colhidos no clamor de bailados e cânticos aos fertilizantes raios do Sol.
Ao glorificar o PIB, como oferta essencial, os pretendentes a emprego e cargos em altos voos, fixam as atenções na meta final do elástico trampolim para o salto em altura.
Para complemento de bom administrador, obrigatório é estudo pormenorizado do PIB de uma casa, de uma empresa, de um Estado. Em seguida, do movimento real dos seus valores, para os orientar na segurança e rendibilidade.
Da sequência dos dois, - do PIB e do movimento real dos seus valores - depende a atribuição da importância administrativa, ou o nexo ligado à correspondência dos factos.
A feitura de projectos, será uma das formas directas para a escolha de processos, condutores às soluções abertas à claridade da compreensão. Pois a nossa dificuldade maior é «compreender», a permanência do vigor da ideologia, camuflada entre flores e espinhos, em desvalimento do préstimo visível da matéria, onde as propostas ao rigor são fáceis de ver e poderem ser corrigidas...
No dia 11 de Maio de 2009, na Televisão, o programa PRÒS E CONTRAS, apresentou ao público 13 candidaturas a deputados e deputadas, ao Parlamento Europeu. Pessoas de bom nivelamento intelectual, responsável por contribuir ao bem comum. Apresentamos os nossos respeitosos cumprimentos.
Tema central, a representação Portuguesa na União Europeia. A «Ideologia» melhor adaptada ao interesse de Portugal.
Admitimos, todos saberem o estado da Nação e o seu poder económico. Durante o debate, a questão surgiu em ocasiões várias, sem referências excepcionais para o PIB. Mas, de modo profuso, sobre « a idealidade de movimentar os seus valores».
Em nosso parecer, a administração, desde uma Família a um País, o PIB (que seja só salário) « é inseparável do movimento real dos seus valores ». E, em primeiro lugar, a solidez do PIB – neste caso o salário, repetidamente mencionado na reabertura de «postos de trabalho». O que o nosso siso anotou, apreensivo quanto ao futuro, consistiu na insistência de aumentos de maior volume de circulação fiduciária, quando o « Cofre Público » se anuncia de «fundo liso à vista desarmada» .
Repensando melhor, esta sinuosidade concebida sobre a administração das verbas públicas, tem sido propagada pelos candidatos aos postos de comando nos «governos». Em Portugal, na Europa, na América, em todo o Mundo.
E, depois, chega um dia MENOR. Abre-se a cratera da «Depressão Económica».
Até próximo, para tentar... esclarecer…

17 de agosto de 2009

Nº 214 VALORES CIRCULANTES… REAIS… A RECTA DO EQUILÍBRIO ECONÓMICO E FINANCEIRO…REAL..

A circulação de permutas – moeda, produtos industriais, agrícolas, lúdicos, construções, géneros, encargos sociais e trabalho (salário) – que sustêm as famílias, base das sociedades organizadas, com estrutura no Estado, afirmam-se equilibradas, quanto mais nivelados os padrões de valores, das fontes que os abastecem.
Dos consumidores apontados, a moeda tem ocupado o ponto de referência oficial, a que devem obedecer todos os restantes para manterem as populações no melhor estado de competição nas iniciativas, nas compras, nas vendas… no quadro geral do PIB, melhorando o encadeamento na confiança individual e colectiva.
Parece, segundo dados arqueológicos, que no neolítico, existiria uma «mercadoria / tipo», que serviria de «padrão», nas trocas rústicas, mas já necessárias, na contrariedade à « esperteza» de « adulteração », nos «pesos e medidas». O «espertalhão», nasceu «finório» … para ludibriar o incauto…
A oficialização de um «modelo», para deter epidemias cleptómanas, emergiu logo a seguir ao excesso do alimento empanturrar a primeira parte do mastigado, não permitindo a chegada ao quimo..
A série de truques no engano nas permutas, cedeu o lugar à desconfiança, à maneira que a burla – a tentação inata em acordos - obtinha mais êxitos que a paridade nos negócios. A integridade, sempre jurou honradez, «fazendo figas, defronte ao cóccix, remate da coluna vertebral», ao lucro inventariado num só cofre... elástico e avaro no enchimento…
Como pessoa não se desdobra em comeretes, - apanágio de um só a comer - houve que bater «cunho», para individualizar a propriedade. Na moeda, responsabilidade e ordenação do REI, ou o sucessor Estado, foi cunhada a chancela oficial, da valorização concertada com os elementos proporcionados aos PIBs, resultantes do trabalho na constância de produção do solo, subsolo e clima.
Desconhecida a data de cunhagem, como continuidade no equilíbrio de permutas de objectos, bens e serviços.
Em Roma era prática vulgar e, como quase todas as transmissões de conhecimentos, prodigamente distribuídos por onde passaram os seus exércitos, mantém-se prestante às proporções harmoniosas, embora crenças ideológicas, imaginadas ao abrigo de doutrinações circunscritas a regulamentos, lhe queiram encurtar os dias de existência.
Em aperto do cerco à realidade, não vá ela continuar fugida à lembrança nos breves períodos das « vacas gordas », permitimo-nos rever a nossa História, embora a traços largos, por não ser mais admitido o texto de uma crónica, pretendente a acertar, sem acrescentos minuciosos. Eis a expressão do conhecimento, advindo dos sentidos atentos aos factos preferentes à razão, da escolha da conveniência intuitiva, e das tomadas de atitudes, conforme a constituição física e o meio produtivo. Assim dotado, vemos Portugal e a extensão Europa, de haveres rasteiros os comparamos.

Apesar do PIB português, ter retido preocupação essencial dos seus governantes, desde a nascença, a área cultivada nunca amadureceu a certeza de corresponder a plena satisfação ou, medianamente folgada. A Europa, se bem que alargada em vales, subsolos e montes, as questiúnculas por mais áreas férteis provocaram toda a espécie de embates e consequentes derrames de sangue. As declarações de guerra e pedidos de paz, sempre alternaram o rompante da força e a genuflexão da fraqueza. Apagar tal realidade da memória, poderá vir alimentar repetições agravadas com população mais densa, recalcitrante de viver « a qualquer preço »… Abrangendo mais valias, liquidadas a pronto, no «cogumelo» atómico …
O condicionamento da vida, humanamente justo, estabelece regras de assistência e alento, nas economias da «Segurança Social». O Produto Interno Bruto, porém, insuficiente, para as regalias que se pretendem distribuir na Europa e, por arrastamento, ao Portugal de 1974, pela lógica da História, difícil de cumprir, será ideia petrificada, no mutilado à toa, em 1977.
O número de habitantes do Portugal de 1974 – cerca de vinte e tal milhões, já era complicado. Após a « intervenção cirúrgica» da «descolonização», por curandeiros ideólogos, poucos anos depois, restaram 10 milhões mal contados, que a «globalização», veio tornar, contas actuais, prática complicada. O número de habitantes solidários – DEZ MILHÕES – Continente, Açores e Madeira - é baixa quantidade para os benefícios sociais. A política, responsável pela «podagem», à reveria do Povo Português, das Províncias Ultramarinas», para se eximir a responsabilidades, determina ao PIB, qualquer expressão de grandeza que represente, ser bastante para aceder às disposições com força de Lei, emanadas de quem governa. Amiúde, menciona a Espanha, Itália, Alemanha, América, etc.. É o discurso da culpa, a desmerecer a má reputação actual e as nódoas encardidas até ao trapo. A capacidade de recuperação de Portugal, está demasiado longe das mencionadas nações. Sempre esteve, para mal do País.
Não é o poder legislativo, com todo o «miolo rarefeito» contido, bem ou mal parado, que cumpre desembolsar as verbas prometidas, consoante o acordo magnificente, assinado com os poderes do imaterial.
O valor mandado repartir, carimbado no gabinete das trocas de pareceres, não sai dos ideais discutidos nessas reuniões do sistema político.
O ERÁRIO PÚBLICO, ignora a ciência e arte de gerência dos bens comuns dos cidadãos. Recolhe o que lhe dão a guardar e entrega o que lhe pedem, mediante o correspondente documento comprovativo. Mas é o Erário, - o Depósito do suado no trabalho - que permite passar, de dentro para fora, as verbas requisitadas pela autoridade votada para mandar. Neste entremeio, algo faz a diferença no ponto final do voto e da distância para atingir o desempenho prometido.
A vastidão da ciência, requer tempo para lhe caçar a longa torrente do saber para dominar o teórico e o prático, quanto baste, em cada estrato social, no preparado na obtenção de votos. Nem tudo é possível. Ademais, a necessidade de sobrevivência, estuda fonte de certeza no testado entre as populações. É muita carga para o seirão às costas do carregador de decretos, leis e paisagens tranquilas.
Sendo, porém a vida breve, e a necessidade de chegar antes do concorrente, é mutilada a profundidade no estudo. A propósito, acrescentaremos ser esta uma das grandes mistificações, - com ou sem motivo aparente, da Instrução em Portugal estar sujeita a «indecisão», não existente no nosso tempo, nos primeiros anos do Século XX e seguintes …. Nessa altura, controlavam as escolas, « Inspectores Escolares», resultando eficiência. Dizem os técnicos que hoje, a criançada sai das Escolas Primária e Secundária, sabendo menos do que nos ensinaram os nunca esquecidos D. Zulmira Mota Vieira de Resende e Marido José Tavares de Resende, ali num edifício arrendado pelo Estado, no Campo de S. Francisco.
Não havia, ainda, edifícios construídos para o ensino básico, hoje a requisitar consertos, sem dinheiro nos cofres do Estado. Seguiram-se os professores de fato, gravata, aprumo e competência, no Liceu Central Antero do Quental. Era, assim o título. A massa dos que ensinavam e dos ensinandos, não mudou... Não nos levem a mal os sinais de interrogação a seguir: - ??? …
Como é possível que os profetas do progresso de 1974, tenham deixado deteriorar o mandado construir pelo MAU regime deposto, sem saber como o poderão conseguir, após destruída a solidez financeira e o alicerce da «independência» ?…
Ponhamos, ponto final nesta divagação, que nos transportou, quando ainda não existiam « SALAS DE AULA», construídas em Portugal, pelo Estado, para o alto serviço de instruir … Só depois de 1930, é que as Finanças Portuguesas, puderam aprovar tal empreendimento... Desde Afonso Henriques…
Terminado este desvio à crónica, regressemos ao caminho de a finalizar, um pouco melhor esclarecidos.
A Revolução Francesa, de 1789, atemorizou mais do que ensinou. Leia-se a sangueira industrializada de inocentes e a menos quantificada de pecadores, interpondo-se um Imperador, com mais poderes que os Reis amaldiçoados. No final…regresso ao Rei…
A Revolução Espanhola de 1936-38, teve semelhante directriz. Acabou, porém, por uma ordem de pacificação forçada, pois a mortandade já era excedida, o ódio fraterno, demasiado contagioso e não convinha prolongar o sofrimento, à Pátrias de Cervantes. Ficou o General Franco. A Monarquia, retomou a coroa.
A Revolução no extenso território da União Soviética, em 1917, não sobrou recanto onde não se tivesse rezado o « MISERERE » por alma de patriotas – do Regime e dos partidaristas de Lenine -. De 1917 a 1989, o vento desfraldou bandeiras de sucessos administrativos, onde fracassava a riqueza económica… Deixou sentimento de tristeza … e o amargor da impossibilidade de «decretos » não assinarem cheques endossados aos russos menos abonados de rublos. Aos sucessores do fuzilado com a Família, Nicolau II, já chamam novos CZARES. Uma volta ao passado. À realidade do Produto Interno Bruto…
As três «revoluções», dos séculos XVIII ( 1789) ao XX ( 1917 – 1936), passaram na passarela da amostragem do Homem e seus ideais . Esbugalharam os olhos à autenticidade da demente profecia ultrapassada, sem adagas, foices, nem cavaleiros do Apocalipse, quando servida pela chacina da ciência, a polvorada de medos, edificações e exércitos. A reconversão do Homem, duplo. A particularização à sensibilidade, acrescentando cautela e senso, eliminando ímpetos de mau acabar, em posições proeminentes.
Referência aos lutadores de saltos em altura na causa governativa. Os títulos em tratados, livros, conferências e intumescidos projectos, no tempero de ser governo, agradam às ilusões, mas entristecem a falta de circulação do crédito que suprime a fome.
Até próximo.

10 de agosto de 2009

Nº 213 O FIO PARA SER INDEPENDENTE… CARÁCTER SÂO DOS PRINCÍPIOS ELEMENTARES E LEIS UNIVERSAIS ÀS IDEOLOGIAS FACCIOSAS E IMATERIAIS

A História é um repositório de lembranças, irrevogavelmente acontecidas, de mistura com burilados sensitivos e realces patrióticos. Estas «especiarias» proporcionadas, sem desvio da verdade constatada por factos concretos, servem a narração crítica, desejável às ascensionais fases do ensino, aos propósitos culturais dos estudiosos e ao processo de unidade nacional, a impor respeito aos demais POVOS e NAÇÕES.
A quem se empreende relatar eventos ou sequência de impulsos nas ressacas de governar, o leitor dedica a esperança de saborear leitura atraente e conteúdo na ampliação de conhecimentos, retribuindo bom proveito ao alimento a «digerir» pela insaciável memória, divertida a escrever e apagar o dirigido à cultura do espírito e lhe entra pelos olhos.
Nesta fracção do período evolutivo, a autoridade decisora, assenta nos aspectos da Natureza, apresentados em toda a sua plenitude. São os banais CINCO SENTIDOS, donde a faculdade de aprender, absorve o valor da vida, nos princípios adoptados ao aperfeiçoamento intelectual, económico e tecnológico, sobrevindo a promoção da ORDEM e invento da Justiça.
O animal mais dotado para receber coroa, ceptro e confiança no engenho de correcções na superfície do globo terrestre, não chegou a receber o «material» completo e nas devidas condições de embalagem. O destinado à «caixa craniana», ressentiu-se das bolandas dos costumes nos cinco Continentes, reflexos dos solos e climas modificarem hábitos, cozinhas e temperamentos.
Por este disfunção natural, o raciocínio encandeia-se na lógica e na incoerência, correndo na direcção do ponto de apoio do atractivo e não do acto prudente.
A nós, a dificuldade de destrinça no obscuro e intrincado, nas mudas de pareceres, igualmente tem afectado a chegada do pensamento ao rigor dos efeitos da física.
E é aqui, o expediente de remoção do exacto acontecido e desvio para o dolo no sofisma da aparência, irreal e contrário às leis naturais ou das delícias da razão.
O idealismo actual, oportuno nas divergências a separar povos e Famílias, foi recebido em 1789. O trespasse do «direito » de obter a matéria prima indispensável para satisfazer o apetite, afidalgou-o na cátedra de «magíster», e, desde as sentenças filosóficas dos Séculos XVII ao XXI, prometeu preencher as causas de desconfiança dos PIBs. na severidade da PAZ. Assim o interpretou, a teoria dos conjuntos, objecto de estudo das relações e operações, não só na Matemática, como em tudo quanto existe. Postos tais cálculos no CALDEIRO UNIVERSAL, a política foi entornada na mistura, para facilitar as vocações com menos intuição algébrica e mais tendência para o palreio.
Na ambiência universalista, só faltou perguntar se os PIBs.,produzem o suficiente para todos os comensais, adicionando as regalias sociais que cada político promete ao POVO para ocupar a cadeira do poder…Isso seria – e ainda é - embaraço a perder tempo… O político, não se rebaixa à presença da tabuada…
POLÍTICO , que se preze, por parentela com a lógica, começa por cima. Pela certeza absoluta que todos os PIBs são suficientes para alimentar e ceder aos habitantes, as condições indispensáveis para existências confortáveis… E, pronto…
Infelizmente, é competência demasiado alta, para solução a «olhos vistos».
A HISTÓRIA, não se permitindo controlar a verdade, é a primeira a contradizer…pelo que consta nas suas páginas, empalidecidas pelas glórias e medricises à mostra.
Atendei, leitor amigo: -
Em 1974, um movimento de militares, aspirantes a aumento de salário, justificando a oportunidade, na melhora da vivência social, armou desordem e depôs o regime, então, administrador legal, em função dos meios ao alcance da população. Intento razoável de entender e esperançoso na natural ambição humana.
A intervenção de caçadores à coca dessas novidades, entusiásticos pregadores de mudanças a quem lhes dificultava lugares cimeiros de planos acima da produtividade real da Nação, logo profetizaram e alardearam ao vulgo, fartos e duradouros acréscimos, para actualizada ementa dos rendimentos públicos.
Daí a activação de BOLOS e GORDOS, nas fornadas de previsões, em profecias ideológicas de paraísos na ampla liberdade de bichos, flores e humanos…
Por acaso feliz dos amotinadores e não da dedução de conhecimentos da consequência da reviravolta premeditada, - pois se sabe, que contas em dinheiro se devam incluir no «vê-lo-emos» do anoitecer da fartura - a União Europeia, havia concretizado a formação de uma entidade própria, por enquanto prestável e valiosa, destinada a nivelar o sempre crescente TAPA BURACOS nunca preenchidos pelos PIBs. de todos os tempos no rendilhado de Nações no velho Continente.
Em inspiração oportuna, deveras amestrada e sem a auto censura, de quem sente remorsos, seguindo o adágio que « a ocasião faz o ladrão», os vitoriosos da rebeldia, gritaram «olés» de originalidade em riqueza sem trabalho. Ecoaram vanglórias, de tornar possível o fenómeno transcendental dos portugueses se financiarem, pelas excelsas virtudes e do sorteio dos reviralhistas. E para dar absolvição enfática, às figuras oratórias e redacções explicativas da troca de regimes, elegeram um nome para servir de referência à… «maldade» deposta: - Dr. António de Oliveira Salazar.
Por contraste com o inexplicável ( com explicação na inconsciência do que havia sido consumado ), desde então, o seu nome tem servido para promover a «postos de destaque», aqueles que se afirmem… adversários, desde 28-05-1926 – a revolução comandada pelo General, distinguido, pelos seu feitos, com o bastão de Marechal, em 30-09-1926, Manuel Gomes da Costa, um dos portugueses de destaque, mais PORTUGUÊS do Século XX - e logo a seguir à tomada de posse do Dr. Salazar, em 1928, depois de ter renunciado o convite em 1926, após dois meses a verificar contas no Ministério das Finanças… Outra raridade dos actuais dirigentes do Portugal no plano inclinado da humilhação …
A ânsia de mostragem virtudes no recém nato sistema político, trouxe ao decima a ideologia, a insinuar qualidades mais elevadas aos direitos de 1789. Acrescento de indagações posteriores, mais minuciosas de tudo quanto tem existido e do que será obrigatório criar - a ferro em brasa, espingarda com balas, violência a torto e a direito, ou flores cor do sangue empapado na terra - para que a humanidade possa continuar a ter êxito na descendência destinada ao imprevisto em sacrifício, pagadora daquilo que não fez, nem abusou.
Não deixa de ser mordaz ou … mais real… atemorizador, a obcecação aos direitos, no recontro de 1789, desviando do sentido, o concurso de provas que agem, lado a lado com a resistência do ser vivo. O Humano continua o seu destino carregado de idealismos e quimeras. Afinal, o que há de mais abundante, em esperanças e fantasias.
Mas não prescinde de alimento, em prazo fixo da constituição física, ao atingir, mas não ajoelhar ou desfalecer, no momento da exaustão.
O Humano, sabe bastante, que para viver, não pode dispensar o duplo trabalho dos músculos, a limpar os poros com o suor e a fazer ganhar o sustento inadiável para lhe dar a liderança na obrigação de intervir e vencer, para repor a combustão na caldeira da substância nutritiva.
Por outro lado, inadvertidamente, deixou de reconhecer a sujeição ao estudo das pesagens na balança das decisões. No decorrer de milénios, por imposição do lacuna da falta de sustento contínuo, apercebeu a necessidade de afinar a caixa craniana, emissora do pensamento, para educar o instinto hereditário, impulsivo e irreflectido e poder intervir na civilização. A melhoria da comodidade, porquanto conseguida a passos curtos e inseguros, espicaçou a constância ao, materialmente útil.
Influenciável à bajulação… fascinada por crachás e gabações criteriosas ou mascaradas, profissionais ou intelectuais, adapta, livremente o que mais jeito patenteia.
Ao sentimento domado Humano, submisso à educação, instrução e escalões hierárquicos, interessa mais a deusa «fama» , badalada entre gente importante, à farta, até transbordar para a vala da incompetência, que a descolorida humildade de estar presente e activa, nos momentos certos e prestáveis.
Os sinos da « voz pública», repercutem o ganhador do «saco de provisões», por tempo indeterminado e enche o balão da vaidade, visto debaixo, a prometer sem a nada retribuir, Mas nem isso agradou à crescente convicção de ser possível trepar além da Natureza.
O orgulho de ser maior que a medida normal, porém, transtornou o conceito dos valores algébricos, conforme a materialidade viável e concreta.
Fez nascer o idealismo que, não tem tamanho demarcado, nem possui a bruxaria de fazer aparecer e desaparecer o incutido nos espíritos dos necessitados.
Os vulcões de revolta explodem, lançando em todas as direcções, a lava escaldante de promessas não cumpridas que, em torrente, vai destruindo a confiança nos poderes governativos, incapazes de mascararem o fiasco da impotência.
Mas a ideia engalanada, lá está, para fazer acreditar na experiência da idade adulta, quando a conclusão, ainda não passou da adolescência. O intervalo de tempo, do início da puberdade e o «estado adulto», cria a força interior de maior intransigência no reconhecimento de opiniões sensatas. Esta noção, conquanto abstracta, leva-nos a crer que são reais os colóquios, as lições proféticas e a erudição na «banha de cobra», que temos presenciado nos Órgãos de Comunicação Social…por todas as idades… Contradições…
Até próximo.