América América

Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

18 de fevereiro de 2008

Nº 157 PRESENÇA OU AUSÊNCIA DA IDEIA, NÃO IMPEDE E VIDA… AUSÊNCIA DA SUBSTÂNCIA…ACELERA A MORTE…

Em crónicas anteriores, demos conta dos desfechos de brigas casuais, revoluções entre compatrícios ou guerras além fronteiras, terem tendência, por questão de assumo ou repúdio de responsabilidades, de graduarem a ideia no comando das iniciativas, teimosices e medidas às consequências.
Na procura das razões para a abstracção desta modalidade de pedagogia nas leis afins ao homem, pois que a ideia ao distanciar-se da matéria, a que deve subserviência, desarmoniza o que é desejado harmonizar, interpondo-se teorias só ultrapassadas pelas lições do tempo. Logo se deduz ter falhado o senso no início das conflagrações e perdidos os pesos para remir os estragos causados, de mistura com a leveza das arruaças.
A História, guarda muitos ensinamentos, a quem deseje atingir verdades ou resquício delas. Nas suas páginas se descreve a proeza e o fracasso do espírito ambicioso do triunfo. Conquanto a proeza se retenha mais na memória pela coroa de «louros » que pode enfeitar o exterior da central do intelecto, o fracasso incentiva o aperfeiçoamento à reconquista das energias perdidas, na luta com o trabalho glorificante do seguro à existência. O rememorável é, por muitos motivos, um parceiro importante nos transes da vivência expansiva. E trás, de bandeja, conselhos a todas as épocas que vierem adiante.
As rixas, que deixaram mazelas nos corpos ou discórdias, que ofenderam os pergaminhos dos ceptros, as guerras ruinosas, fugidias à lisura da sensatez, porque tem passado a Europa e o Mundo, são prova evidente, de haver grande e poderoso impedimento, (no singular ou no plural), para que a concórdia, continue a ser marginalizada na mesa de influência à Paz. A História o descreve. No singular e no plural.
O castigo maior do animal, é a sede e a fome. O Ser humano, quanto mais avança no progresso e é obrigado a subjugar-se a outro superior, maior sensibilidade sente, quando as contracções do estômago ressoam o alimento nas horas de ter de o ingerir. E se há falha, culpa aquele a quem obedece ou teme.
O «bruto», ao descer das árvores, seduzido pela planície, assentou onde encontrava mais conforto, amizade e auxílio na defesa de interesse comum. Deu o primeiro passo para a civilização.
O companheirismo, serenou o «medo» e excitou a invenção. Mas a vida física, continuou a pertencer ao instinto e à auto obrigação de cada semelhante.
O compromisso de concluir esta crónica, sem maçar o paciente leitor, deu-nos oportunidade de rever a história europeia, fundida à de Portugal, pela área contínua, porém de desiguais condições de produtividade dos seus montes, pedreiras e planos de húmus rentável. A certeza primeira é concluir, com apreensão, o produzido para sustento das populações, estar quase permanentemente, nas «bordas» com o crescimento dos povos, tendendo a roturas com os vizinhos de fronteiras, pelos simples rigores dos diversos solos e climas. E contabilizar os ribombos, das zaragatas explodidas pelos de despensas mais vazias.
As, impropriamente ditas INVASÕES, dos chamados «bárbaros», - povos que vieram desde a Mongólia e os dentro da Ibéria, opacos à cultura romana e insubmissos aos seus exércitos -são disso prova suficiente para acertar o relógio do tempo. O que, em realidade aconteceu, foram DESLOCAÇÕES, desses povos da EUROPA oriental e do Norte, para o ocidente, na natural busca de melhores PIB, na época, reduzidos à agricultura, aos subsolos de minas de metais e aos artefactos deles obtidos.
Como o progresso se desenrola, na cedência lenta do «barbarismo» às imposições, nem sempre tranquilas da civilização, são os séculos que recebem os êxitos, as mais das vezes já ultrapassados, por diatribes ou inventos.
O certo histórico, acreditando no verosímil actual, (às ascâncaras dos estudiosos), nas internacionais Comunicações Televisivas, Escritas e Desenhadas, que nos chegam de todo o lado, será , ou é mesmo, não ser a fortuna da Europa, tão elevada que possa dispor de abonos, empréstimos, ou novo baptismo que lhes queiram dar, aos outros Continentes, nos moldes em que estão a ser propostos. A Europa, quando pelas quilhas e lemes dos portugueses, sacrificando o magro recurso do PIB nacional, singrou aos continentes desconhecidos, fê-lo por necessitar mais valias para alargar a tangência económica dos povos cerceados pelo solo, subsolo e clima, sacrificando o convívio modesto e rude, para que não viesse a ter de interferir no tendencioso definhamento de resistência a outras invasões, assemelhadas à romana e à árabe.
De pouco vale a valorização que se queira transferir para os pseudo salvadores actuais, disseminados em bocados de gente, senhores de educação e instrução imaturas ou nos jogos de direita, centro, esquerda, desfalcados do padrão entendido nas técnicas da administração. A palavra fluente e animadora, sem a presença da substância concreta, desfaz-se no muro das hipóteses e reduz-se a manter, na tenrura da esperança, o futuro desvalido de numerário cunhado em Casa da Moeda.
A substância e a ideia, alugam apartamentos independentes, mas para construir e salientar o que valem, juntam-se nos locais onde é exigido trabalho eficiente, duradouro aos sentidos e aos corpos necessitados de resguardo das reacções climáticas. Talvez por os lugares se derramarem por critérios incertos, não é mantida a coerência de formato pronto a embutir em projectos de sábios, estudantes ou vulgares amadores da aventura ou da oportunidade.
Cada intento ou acaso, traz função à sociedade, que, por si própria, tira as deduções, nas sinuosidades da convivência.
A aspiração de sobreviver aos improvisados e inexplicáveis momentos que, cada dia, alegram e entristecem a existência, acorrentam uma fileira de pensamentos a entrar na arte do buril e nos retoques da perfeição. Se bem que «Obra feita», na generalidade, se fique por acabar, conquanto acompanhada dos cuidados mais elementares empregues, resta uma frecha, um pontão, um acrescento inacabado, que retira o ideal para outra concepção… outra mente…
É esta condição humana, o estorvo maior de quase poder ser atingido, com sucesso, o «ideal+ISMO», regulador do que é proposto e desejado à melhoria do garante da vida. Apesar de todas as contrariedades, os europeus atolam-se nesse entusiasmo, como se não existisse o perigo de haver engano nas suposições dilatadas nos partidarismos bem intencionados, mas incapazes de dar a volta à realidade, acanhada com as imparáveis reclamações dos que sofrem o encolhido abastecimento familiar e se sentem deprimidos nas condições desanimadoras de obter o necessário para manutenção da existência.
As arreigadas convicções de que basta o trabalho da «ideia», para harmonizar o abastecimento público de cidades e montes, contraíram tal grandeza, que advogados, engenheiros, economistas e mais outras companhias, quando chegam aos ministérios, ofusca-se-lhes a máquina neurótica e não atingem sapiência que contenha conteúdo de solução à medida das requisições.
Custa a crer…para quem viaja na superfície do «custo de vida»… Mas não custa a crer, para quem não sente vexame … por saber o que é trabalho.
Quem trabalha … sente o esforço e vê, presente, a substância. Aquele que aguarda a ideia, como solução de embaraços passageiros de curta ou longa dura, não enxerga a dimensão da faculdade de produzir para o PIB, tanto no tempo, como na essência dos agregados sociais.
Por essa lasca do saber, dirigentes governamentais, por candidatura ou talhados à sorte, entregam à ideia, a responsabilidade de dar resposta aos problemas eminentemente humanos. Como o Humano muito se diverte com as jogatinas da ideia, mas não dispensa a refeição em prato limpo e recheado, interpõe-se a opção sem opção, ou brinca alegremente com a frase livre de peias para a ofensa destrancada de boas ou más consequências e arrisca interpretações guerreentas e confusas, pondo em dúvida a satisfação do apetite ou se acompanha dos inventos do Homem – o respeito pelas dignidades da Lei e do Semelhante - e caminha na direcção dos deveres e da legalidade e acalma o estômago… na harmoniosa convivência.
A Europa, afirma-o a História, não tem bojo para se abastecer a si própria, nos moldes ideados entre partidarismos. Somar a África … será abusivo. Mas se for incorporada a Ásia e a América do Sul, desceremos, desesperançados da Montanha onde foi pregado o «Sermão» que abriu caminho à fraternidade e expandiu a alma à consciência inteligente. A Guerra… ou as Guerras… irão esmigalhar o que ficará na rodilha das ondas e das inadmissíveis faltas de visão no que é, actualmente possível constatar. Caudais de conjecturas e impedimentos…a quanto chegarão…?
Até próximo.

11 de fevereiro de 2008

Nº 156 O IMPÉRIO DA IDEIA… A SUBALTERNIDADE DA SUBSTÂNCIA.

A ascensão valentona da «ideia» ao pedestal da fama, no incentivo ao rebentamento de 1789, ela imaginou poder servir-se da ocasião, para o pulo acima da «substância», descendo esta para humilde receptora de ordens, da recém promovida super classe mais elevada. Ficou legalizado e assente, portanto, o posto superior da ideia, voluntariosa a mudar de tamanho e rumo, sobre o sector da matéria lenta, dos «reinos» mineral, vegetal e animal.
Para justificar a mudança de cenário no novo regime, foi buscado ao exemplo grego do século V, A.C., o esquema a aplicar nos séculos XVIII e seguintes, depois de Cristo, visto os conhecimentos adquiridos na Revolução Francesa, não terem clareado os objectivos previstos. Primeiro, porque a sequência de acontecimentos se desviaram das previsões de serenidade nas soluções, obrigando à intervenção útil, conquanto severa, do Imperador Napoleão, na retoma de prestígio da Nação sacrificada ao Terror, para chegar à acalmia. E, porque os anos adiante, muito lentamente, têm trazido ligeiros retoques, na generalidade ofertas da ciência e da técnica, o que se deseja rápido e bem feito. A confiança na tranquilidade social, não pára de mudar de sítio, nem consegue encontrar tempo de cavar caboucos, onde assentem alicerces das buscadas doutrinas sem avarias.
Nos nossos tempos, permanentes interrogações, se bem que advindas de espíritos excepcionais, espalham ansiedades e pessimismos nos programas elaborados por causas de acabamentos felizes. Mas, ao fim dos projectados bons intentos, chegam à meta, diatribes e afrontas, trocadilhos e distorções, trapalhadas e desenganos. O contradito, oficializado e …aplaudido.
Em tamanho caldo de responsabilidades, a «mea -culpa», puxou a matraca da consciência e pôs a ideia a tomar posição e arcar com parte nos encargos dos dispendiosos desentendimentos.
Numa espécie de «lavar de mãos», o regresso à Grécia A.C ( antes de Cristo), foi essencial, na busca de uma palavra, que ajudasse a precaridade de 2500 anos depois. Política, foi a palavra escolhida, pelo que na sua juventude realizara consensos e boas administrações.
A pretensão de fazer acreditar, serem as inteligências actuais, sobrelevadas às de Arquimedes, ao descobrir a lei do peso específico dos corpos, saiu o grito «Eureca», a ribombar sobre a Europa e no Mundo.
PolítiKa…a salvação das sociedades… crentes no maná» da perfeição.
Dentro do conceito «grego», em número de funcionários e alcances práticos, a «política foi cumprindo, as obrigações para que era chamada, submetida, somente ao erro normal, concedido à margem da instalação na «caixa craniana».
Mas «Política», começou a dar rendimento… canal aberto a uma profissão lucrativa. A afluência dos intervenientes nos grupos políticos, aumentou, grandemente, em desproporção com os necessários e prováveis à admissão, segundo as quantidades existentes há 2.500 anos e os estudos dos filósofos gregos. A Natureza, usa balança, se não aferida, mas respeita as regras horizontais e verticais.
O prevalecimento do equilíbrio, está sintetizado no sinal da igualdade na aritmética e de proporção na geometria. Não dispensa os dois ao mesmo tempo, pois ambos contam nas leis naturais.
A abundância dos concorrentes, quase desafina o maquinismo e não dá tempo na escolha dos vocacionados à difícil profissão. Para agravar a qualidade menos homogénea dos concorrentes à «política», os Homens dedicados às convenções sociais, semeiam pensamentos de corrigenda aos falhanços de maior evidência: - Adam Smith (1723-1790), List (1789-1846), Proudhom (1809- 1865), Karl Marx (1818-1883), só referindo alguns, como ajuda ao leitor paciente.
A rarefacção da pureza política, no emaranhado da quantidade, fundida na filosofia moral e científica, tendente à perfeição, resultou na mal cozinhada sobremesa, prometida pelos idealismos de farturas à experiência.
A diluição dos concentrados, ou é devidamente proporcionada a um novo produto de préstimos definidos, ou diminui os efeitos previstos e naturais, decepcionando a física, elemento pontificante nos movimentos variáveis da vida e fazedor das leis em constante mutação. Foi assim, mudando políticas e autoridades que as lutas para a sobrevivência, em vez de decrescerem, ao abrigo da esperança (e medo), passaram a tomar o gosto pela desavença diária
e nunca mais paralisada.
Tudo o que é demasiado, todavia, tem efeitos negativos intemporais.
A Esperança, na trajectória da convivência Humana, arranja sempre, ardis de soluções extremas, confiada na irrequietude e histrionia da ideia que, por sua vez, reconhecendo em si qualidades mais versáteis que persistentes, se reuniu aos molhos, para dar os «ideal+ismos», maior eficiência na fragilidade da memória.
Por suposições interrompidas e, por esse motivo, inacabadas, por batalhas, guerras, fomes, crises… pairam mal entendidos, da Europa ter estado algum dia. abonada de riqueza bastante para dar execução às determinações da ideia, sem primeiramente contabilizar o PIB. Reviravolta da brusquidão revolucionária, sem deixar rastos de evidente clareza. Deste caso do reviralho de 1789, ter deixado pistas ensanguentadas, mas não provas «dos nove» ou «real», submetidas a demonstrações em juízo, seguiu-se a corrida de bem-fazer, no preenchimento dos horrores praticados, à sombra da bem-aventurança.
Para tal, repartir a incumbência de governar, a sectores de cidadãos, para se prepararem nas corrigendas favoráveis ao fortalecimento da harmonia que deve imperar entre os povos. Não fora o impacto da ciência e técnica, inventando maquinismos a decrescer mão de obra, o previsto andaria na habitual rotina da «lavoura» em primeiro lugar, e os seus períodos sazonais.
Visto a «política» ter reentrado na gerência dos governos, os agrupamentos de cidadãos, gerentes voluntários das nações, passaram a denominar-se «partidos políticos», espalhando-se por pontos estratégicos, onde a verbosidade se sentisse mais livre de peias e argumentos.
Havendo quem afirmasse, situar-se o início da decadência de Portugal, no Século XVl, quando ainda estava a acender «luzes ao Mundo», os políticos, afirmando seguir conselhos dos filósofos dos séculos XVII e seguintes, imaginaram detê-la, sobrepondo ao PIB, de então, o travão mecânico da IDEIA + ISMO. O idealismo, postou-se, impávido e convicto, a enfrentar a missionação de deter a decadência e melhorar o mercado de fornecimento às populações. E, para difundir ondas luminosas nas promessas, apresentou novas tácticas na reviravolta, mais tarde aproveitadas nas equipas de futebol e, nestas crónicas já citadas :- centro, esquerda, direita, etc., que quer dizer infinitas.
Até hoje, o Mundo tende a ser cada vez mais, tumultuoso e agressivo. As tácticas, ficam-se por ciência de palavras de teor variante. Ricas de «votos», pobres no PIB. As inteligências desencontram-se, quanto ao critério do «Idealismo». Magníficas no bazar das promessas, mesquinhas na subalternidade da substância, financiadora do aparelho digestivo.
Um ditado antigo, avisa que quem diz o que quer, ouve o que não quer.
Caminha-se para o dilema de dizer o que se quer… ou ter pão na mesa.
Até próximo.

4 de fevereiro de 2008

Nº 155 O ABSTRACTO IDEOLÓGICO VALERÀ POR HIPÓTESES… O PIB… É A SOMA DE ELEMENTOS CONSTRUTORES DA VIDA

A bússola tem, como alvo, um ponto cardeal, mas dele se podem desenhar todos os restantes, sem sequer falhar um. A física, é visível.
A ideologia sai das moléculas neurónicas e desprende-se para o etéreo ilimitado e impalpável. A ideia não tem formato preciso, nem consciência segura.
Do abstracto ponto da ciência das ideias, não se podem materializar planeamentos, sem matéria prima, lápis, papel e desenhador. O animal pensante, para sobreviver no planeta criador de belezas e alimentos em mistura com ferocidades e temores, para passar a ser Humano, viu-se obrigado a desbravar a física e desenvolver a ideia e da junção, conseguir organizar protecções ao corpo desprovido de defesas resistentes aos ataques dos que lhe apeteciam a carne tenra, por menor esforço na luta para o sustento. A física e a ideia, movimentam-se em ambientes diversos, alguns opostos, mas valem-se pela unidade entre ambos.
E as maneiras de actuar completam-se em tão estreita colaboração, que a mente mediana, as baralha ao extremo de não distinguir serem os modos diferentes das missões, as origens da continuidade, aperfeiçoamento e diatribes humanas. Da circulação do sangue, normal ou agitada, dependem as emoções individuais que, em ondas de serenidade ou ira, atingem vizinhos e desconhecidos.
Para a evolução humana se processar em cadência atendível aos bens que a Natureza dispõe, necessário foi a aliança da física e da ideia, nos termos coincidentes do aumento populacional. As bocas para comer, aguçam a subtileza de lograr a melhor acomodação da ruralidade agreste, não só para chegar aos agrupados que trabalham para viver, como fazendo transportar os alimentos e temperar-lhes o sabor.
Nestes entremeios decorre a História. As truculências que interrompem as sucessivas fases, complementos para perpetuar usos e costumes, fazem parte do recheio que enche as páginas escritas pelo profissional Historiador.
Mas como não o somos, temos de recuar o salto, para simples artigo de jornal, focando, sem exagero, pontos de relativa importância, em todos os momentos do humano, por muitas vezes deixar de o ser.
Nestas nossas crónicas, temos tido a cautela de, com frequência consultarmos a História, suas datas e acontecimentos, para dar a quem as lê, a precisão do intento de quem as escreve.
Estamos, por isso, neste momento, a retirar os dados das Idades Históricas, demarcadas por datas.
A Idade Antiga, abrange os impérios Asiáticos, até à queda do Império Romano do Ocidente, por aproximadamente 395; a Idade Média, desde este ano, até à tomada de Constantinopla pelos Turcos, em 1453; a Idade Moderna, estala nesta data e termina em 1789, desarrolho da Revolução Francesa; a Idade Contemporânea, tem a Revolução Francesa, como marco inicial e ainda vai engatinhando a aprender o que lhe terá dito 1789 e aguarda os mistérios de datas vindouras.
Nas três primeiras Idades – Antiga, Média e Moderna - as questões resolviam-se pela presença directa dos músculos do Homem, em especial os membros locomotores para os transportes e braçais para do arrebanho da terra cultivar as produções para os alimentos. A importância de viver pontificou, até os sinos tocarem para o ajuntamento das populações. O pensamento circunscrevia-se à ambiência dos cinco sentidos – ver, ouvir, falar, sentir e manusear o garantido para satisfazer o aparelho digestivo.
A Idade Média, ao aprovar o Feudalismo, terá obedecido à preferência dos «Senhores» dividirem grandes propriedades, em pequenos territórios e entregar os poderes de governo, a vassalos responsabilizados a retribuir favores e serviços. Desta distribuição se obteve maior número de braços para a rudimentar e transpirada lavra da terra, produzir mais grão, cereais e legumes para o tentador e constante crescimento da população. Ao mesmo tempo que se organizavam pequenos exércitos que se juntavam para quando necessária a defesa dos feudos e dos reinos, nos breves cortes de paz para as lutas do alimento para a sobrevivência. Não se pode afastar desta herança dos bárbaros, a crueldade imposta aos de inferiores estratos sociais.
Mas, com toda a sua crueza e violência, foi uma reacção aos vis mercados de escravos, entre os Romanos. Bastante piores…
Nesse momento histórico, a «crise da sensibilidade» a querer travar a civilização, clamava por um SOBREHUMANO, a ensinar os deveres a cumprir pelo ANIMAL que queria possuir HUMANIDADE. Foi nesta altura que Cristo se ergueu, para impedir a descida do sentimento ao mais baixo nível, abriu os braços e, Imponente e Sábio, pregou o Sermão da Montanha.
A mensagem, serve para todos os tempos, mas a lei da Natureza determina a morte. Quando a vida se perde, leva consigo a consciência experiente, para logo a seguir o nascimento da ignorância vem propor a indiferença... Mas ampliou o raciocínio, às dores físicas e morais … ao bem a distribuir em igualdade… ao refúgio para o trabalho…e a santificação para as atitudes
Se bem que a «Idade Moderna», conste na História Mundial, tenha começado no ano de 1453, da tomada de Constantinopla pelos turcos, foram as DESCOBERTAS, dos PORTUGUESES, que facilitaram as invenções e progressos da civilização, tanto europeia, como mundial, que deram fama à época e desobstruíram as qualidades mentais, ao «ideal» humano
No esvair do remorso actual, apátridas portugueses juntam-se aos apostadores estrangeiros, para denegrirem, os feitos das naus Henriquinas, escondendo, assim, o ódio ao falhanço do «ocaso» no estudo, perante a obrigação de tagarelar a desfazer a desmistificação de malícia no salário mensal.
O marco 1789, separa duas Idades -fim da Idade Média e início da Moderna. Para enfatuar qualidades e enobrecer merecimentos, transformou, por completo, o critério administrativo das Nações e o modo de flanquear as fraquezas dos PIB, desiguais em valores activos e variáveis nos rendimentos das espécies naturais.
Ao IDEAL, colocado na «pena» dos enciclopedistas, foi acrescentado o ISMO, com o cunho de «endireita» imperfeições. Desde então, o que pertencia ao PIB, substância, passou ao quadro IDEALISMO, dependente da ideia. Tal metamorfose, de compreensão embaralhada, tem custado os «olhos da cara» aos que se metem nos Erários Públicos a canalizar as verbas para as devidas servidões que pagam impostos e aguardam regalias.
Tem sido esta a causa dos dirigentes máximos, europeus, mundiais e… como não podiam ficar atrás, os portugueses, gerirem por votos idealísticos, os valores que se propuseram distribuir por equivalência de direitos. O socorro a políticas nascidas na Grécia intelectual, deturpadas por intervenientes verbosos, atraídos pela completa satisfação pessoal, - alguns abstrusos da realidade da Natureza e do que ela permite encerrar – estendem o idealismo de «mãos largas» como conquista da eleição que os mantenha no cargo atractivo e honroso .
Nos melhores pensamentos, contudo, se a substância, por um lado e a ideia por outro fazem leis privadas, os cutelos das básculas que pesam os preceitos decisivos, não merecem confiança por desnível nas aferições… Deu-se, então, uma extraordinária mudança de critério, a favor da ideia dominar a substância. Desta sentença, resultou a política tomar o encargo de normalizar acontecimentos, pacificar povos e…fazer as pesagens, tirando de um prato da balança, o que vier a faltar no outro. Coisa de «matar o tempo»… para candidatos a trabalhos «leves»…
Até próximo.