América América

Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

26 de outubro de 2009

Nº 221 AS PREMISSAS DO SALÁRIO A IRREVERÊNCIA DA REALIDADE

O existente, ou a verdade das coisas, referenciam o convívio nas sociedades.

O conhecimento da importância das ideias, liberta a representação mental, identifica a utilidade, reprime o nocivo, ou segue pensamentos desencontrados, a por em perigo a coerência do Homem vivo.

O desvio dos factos, do curso normal das necessidades humanas, predispondo-se a estorvar a idealidade no complexo da Natureza, está a minar as boas relações da lógica, com os elementos básicos da existência.

A deturpação do que sai do pensamento e da correspondente pressuposta boa-fé, resulta em sentido contrário à conciliação do rigor, com o ponderável. Será a obstinação de desviar do ponto por onde anda a procura de acertar, para objectivos ao arbítrio da argamassa em treino de qualidade. A certeza, anda por ali perto… mas embrenha-se na dúvida.

A economia das nações, é o modelo em que assentam as bases da construção social. Da normalidade, projectada a prazo mais longo, em aceitação de temperamentos, mais ou menos verdotes, encontrados com outros já maduros e calejados, se a mescla não produz reclamações, o termo médio convém prosseguir.

A regra, fica, assim, estável e, convenientemente mantida.

Mas, a divergência no trabalho, quando este subdividido em empregador e executante, não só permanece crispada, como anuncia retaliações dos intermediários pagos para defenderem os segundos. Os primeiros, contudo, também recorrem a ajuda material e a legalidade, conforme o regulamento económico. Nesta besbilhotice, num lado e no outro, não há danos repreensíveis. O dedutível, porém, chega … em documento «chancelado» por um «alguém», predestinado a escolher… a razão predominante no momento: - a do empregador… ou a do indivíduo no esforço da tarefa.

Umas vezes calha a um, outras vezes fica bem ao outro.

Há, porém, efeitos comuns, não entrados na questão, que virão a dar origem em todo o entrelaçamento de produção da riqueza no PIB - as DEPRESSÕES.

Enquanto pequenas, não atingem tamanho de serem notadas na circulação, mas vão cavando para as grandes, com forças destruidoras do esquema económico normalizado, a emperrar os cuidados e encargos do Estado. Levantam alertas em todos os ramos.

Na generalidade, todavia, as causas geram hipóteses a provar e refutar temas, os mais variados na plêiade de governantes e candidatos às almofadas do poder. São assunto fértil, nas agendas do centro, direita, esquerda e demais posições nas equipas, que tanto podem ser desportivas, como políticas. A vulgarização atinge tal desiderato, que nenhuma merece mais amor filial que a outra… Sinal da conjuntura, dentro dos imaginários…

Ou das ideias mal paradas ou em risco de perderem o fôlego, ou a «rosa dos ventos» ou a bússola que acerta a rota e salva o barco. A natação em «águas turvas», não dá para pousar o pé em terra firme… No entanto, ajuda a «bater no fundo», quer seja pouco antes do afogamento ou rombo na carcaça da embarcação.

Ponhamos travão nesta abertura a «pontos de vista de lucilantes consequências, dirigido não para «armar ao efeito», mas para entendimento das causas e condições, avistadas a boiar nas nossas costas marítimas, e poderem vir a desfalecer a nossa existência de novecentos anos…

O TRABALHO, desde que o Homem recebeu doutrem a paga de bens e serviços, por diferentes bens e serviços, foi a peça a servir de escora para a constituição da Família.

Predispôs-se aceder à aprendizagem para «saber mais» e atingir maior número de unidades de consumo. O comércio, logo deu provas da sua importância social, ramificando sabores, prazeres, critérios, opiniões e modas. Abriu a gaiola da ambição e quebrou a grilheta da capacidade de ir mais longe.

Mas reteve, prudentemente, o cordel de ligação com a economia e todos os seus derivados. Milénios, séculos, anos, desataram a correr a par com a ciência e a arte, na agricultura, na indústria, no poder agressivo do PIB. Em nenhuma área de actividade, perdeu argumentos de presença efectiva.

Ao invés, solidificou-se na parcela MÃO DE OBRA e justificou a receita em SALÁRIO, ao abrigo da verba mais simples a deferir, a dos «sentimentos humanos».

SALÁRIO, portanto, permitiu-se envolver três premissas: 1 - A do desempenho na actividade profissional. 2 – A do desembaraço na unidade familiar. 3 – A da influência no mercado de consumo. Uma pirâmide de três faces, de áreas desiguais e juízos de valor, directamente, não conjugáveis na ética de poupança no produto interno, trabalhado para dar lucro, proporcionado ao consumo..

A número 1 – desempenho na actividade pessoal – está incluída na economia, desde a primeira permuta, tendo em vista o sucesso na premissa número três.

A número 2 – desembaraço na unidade familiar - obediente a legislação estatal.

Foi gerada para fazer parte, directa, na economia, somente no Século XX, sob influência dos «direitos» de 1789, à força de guerras, revoltas e bibliotecas de livros filosóficos, qual deles o mais preciso, ou confuso. Mas, contendo a aspiração eterna, a do conhecimento dos princípios não possíveis de mudança… Com a mesma finalidade, a potência ideológica, sente atracção irresistível, para alterar as causas imutáveis da Natureza. O raciocínio a reclamar o intrínseco, para dar realidade ao ideário… Ficção…

Se conseguido o alcance destes dois opositores, o Mundo articularia, muito melhor o que até hoje o tem dividido… O idealismo tomaria « a coroa de glória », há muito ambicionada, de: - a) - conceder emprego, onde começasse a faltar; - b) - canalizar a circulação fiduciária, nos devidos termos de equilíbrio económico; - c) – preestabelecer a produção com a matemática do consumo; - d) – banir DEPRESSÕES ECONÓMICAS, danosas ao comércio, agricultura e indústria; - e) – reestruturar, tudo o que na Rússia fora experimentado, mesmo com as consequências, pelo Mundo observadas; -f) – localizar o idealizado e plantar árvores de fruta – pão e hortaliça para a sopa...

A número 3 – a influência no mercado de consumo. Aperfeiçoá-la de forma a excluir reclamações, mudanças de estilos e qualidades, aplaná-la de prejuízos, trapalhices e o mais que complicar …

No processo pré-civilizacional, o «salário», correspondia a alimento para cobrir os ossos, evoluindo pelo sacho, charrua e gemidos de escravidão, facilitando as sementeiras, para colheitas mais próximas do consumo, permitindo remunerações mais vantajosas para melhorar a compleição física e amansar o instinto animalesco. A distância que nos separa da selvajaria, não deve atribuir, somente à animalidade intrínseca no «bicho homem», a forma como tratava o semelhante e na actualidade, ainda sente igual prazer.

A comida, por escassa, nunca dispensou esforço redobrado, para apagar a labareda da fome. Nas ocasiões de nada haver para mastigar, ou da chegada da penúria, a amortecida brasa torna-se alta chama e incendeia todo o enredado da civilização. Disso está escrito nas anomalias dos registos históricos, sem exclusão do Século XXI…

A civilização termina, na percussão do desamparado aparelho digestivo. Daí para a frente, o Homem perde o tino e, com ele, o leme do aconselhado na ordem da espécie.

A ânsia de sobrevivência, todavia, descobre problemas e soluções. Muitas saídas são encontradas. Na generalidade, contudo, surgem contrariedades não previstas.

O conserto, será afinal, remendo sobre remendo.

Ao reunir as três premissas do SALÁRIO, constrói-se uma pirâmide com duas faces de áreas comprometidas com a economia. A nº 1 – a tarefa profissional e a nº 3 – a actuação no mercado de consumo e mais, a nº 2, embutida no custo, pelo argumento emocional de desafogar o carácter «uno» das famílias.

O Homem, ao pressentir benfeitorias no modo de comunicar com o sistema económico, gosta de acrescentar louvores de autoria própria, o que lhe virá trazer honras e benesses, sem mais canseiras e interferências. O inesperado, porém, desvia-se do previsto.

O SALÁRIO, de modesta influência no circuito económico, enquanto adaptado ao PIB, real, batido a martelo no Século XX, como beneficente da UNIDADE FAMILIAR, fez subir o custo dos produtos em todas as áreas sociais, consumidoras das caldas económicas, em particular a agrícola e a industrial. Provocou grande terramoto no vasto sector administrativo e surpresas no plano inflacionário.

Anteriormente, era a MOEDA, pouco a pouco desvalorizada que, por meio de engenharia financeira de cada País, se revalorizava e o nível de preços se recompunha.

A mentalização administrativa, foi obrigada a alterar determinações ensinadas pelos séculos. A MOEDA, vagarosa a desvalorizar, recuou para segundo responsável, no conceito de acertar custos e preços. O SALÁRIO, todos os anos, muito mais veloz a ganhar prémios de saltos em altura, predominou em todas as ramificações da economia.

Entretanto, o PIB, continuou a levar por diante o aumento dos «salários», de acordo com as determinações internacionais, ficando, aparentemente mais GORDO, aproveitando a expressão do Engº Guterres e os resultados em Portugal. onde logo surgiu o PÂNTANO.

Os portugueses ficaram a viver, acima das suas possibilidades, segundo os técnicos economistas, não evitando, porém, a enxurrada de compromissos, a transformar pantanoso o Ministério das Finanças, desde então, a buscar alento no contribuinte, acabado de ser beneficiado. Principiou a época do fogo de artifício, ora a atirar clarões de esperanças, ora a apagá-los nas promessas em valores fosforescentes, emanados por gases de outras eras…

Com o mesmo discernimento do Eng.º Guterres, as Nações que ocupam pedestal civilizado, procedem de igual forma.



Até, próximo

19 de outubro de 2009

A INCÓGNITA DO GANHAR E PERDER…PERDA … PODE SER TRIUNFO…

No cabeçalho desta crónica, só cabe o que está escrito. Ganhar, perder e …Triunfo,

Ou por outra, a História começou a ser impressa no papel, com estes três elementos. A derrota, mais tarde, depois de demonstrada com provas, repisado o seu amargor, é que obteve a condescendência de preencher o quarteto.

Portugal, a Europa, o Mundo, cruzam-se na mesma nuvem, que encobre o futuro.

Relampejam números, teoremas, políticas, genialidades, hipóteses. O que de mais comum convive em pequenas porções de gente, todavia, são os problemas De saúde, justiça, provisões de boca, dinheiro, de amizade, amor, Paz.

A escuridão, porém, não deixa entrever a direcção que irá tomar. Além disso, a nuvem, suspensa na atmosfera por impulsos ascendentes do «ar», lá se movimenta ao sabor dos ventos ideológicos e das imprevisões humanas. Ora escurece e promete borrasca, em vaivém de faíscas e trovões, ora acende raios de luz e diverte o almanaque das previsões universais, o que não altera o significado de cálculo e suposição de posto de sentinela à oportunidade, fundamento do acesso à razão.

Não obstante o oportunismo, base para o lançamento da quebra da conduta pessoal e consequente epidemia universal, não pare de estragar o aparelho das tripulações de comando, a parte sã retém energia para apagar o braseiro que poderia vir ( ou poderá ) a transformar-se em chama e labareda.

O que não augura dúvidas, será a «incógnita», a qualidade e quantidade do desejável, conseguida do possível, retirada da «algaraviada das gentes», em oposição a orientações austeras, determinadas pelo pensamento. Haverá, aqui, mais uma vez, uma semelhança, muito estreita, com a parábola da Torre de Babel.

Uma frase de ministro, contém sedução interpretativa para quantos os partidos, que o circundam. O conjunto de frases, ou discurso, outras tantas explicações. E o ajuntamento de discursos, para ser definida a aprovação ou «reprova» da questão principal, é corrida de oportunidades e consensos, com vista ao maior número de votos.

Nada disto teria importância, se o responsável pelos impostos e pagador da despesa e por quem os partidos afirmam defender - o Estado – não fosse colocado a par dos que o vêm como igualha desvalida ou de posição secundária…

O Estado não molda – não tem liberdade esclavagista - os cidadãos autómatos para o serviço público, nem os leva à pancada da bigorna, para transformar o grosseiro em objecto de adorno ou utilidade. Nem a máquina do pensamento – onde se encontram os espirituais neurónios - merece essa distorção da inteligência humana.

O Homem, para cingir a coroa de «rei dos animais» - mal atribuída na cabeça do «leão» - não tem outro argumento que não a faculdade de pensar, visto que na ferocidade, possui, aperfeiçoadas as condições para estabelecer diferenças. E, se quiser continuar vivo, até ao desgaste do ebuliente que lhe vai destruindo as entranhas e enfraquecendo a crosta do planeta, onde ainda conserva autoridade, terá de melhorar a biblioteca da sapiência, acumulada na «caixa craniana». Já não pode voltar atrás… até à meta … ou escarpa… fronteira final…

Nesta conversa de Amigos, onde a sequência não é obrigatória, mas uma combinação de elementos que nos discipline a lógica sem contradições e erros, permite-nos a franqueza de apresentar exemplos para vincar questões que nos apoquentam, sem excepção, em qualquer altura desta colectânea de princípios directores, quer na governação das nações, quer no eco de Continente a Continente.

Cremos não exagerar, nos nossos receios avolumados pelas NOVAS, no significado de notícias, «primeira … ou centésima mão», ou «Estrelas que explodem e adquirem 25.000 vezes mais, a intensidade luminosa. Ao passo que as notícias entradas pela manhã, não ofendem a retina, nem causam temor imediato, as NOVAS distantes «anos luz», podem avisar que o que se passa lá em cima, pode acontecer cá em baixo, por alguma a circular mais perto. E ainda, que as alterações que o Homem se permite fazer no currículo da vida, podem atingir desastres tal como os presenciados na rusticidade do princípio, depois de assente a poeira do átomo de paternidade misteriosa «Big Bang », explodido há quinze mil milhões de anos. Mais milheiros…menos segundos…

A Natureza, não é perfeita. Cabe ao raciocínio, acautelar o que convém ao Homem. Mas cuidado… não cair em males maiores. Não aos montões…

O que nos causa estranheza, será a ornamentação da frase, como perguntar sobre o modo de «orientar construções eficazes» no modelo « Torre de Babel», em plenos Séculos XX e XXI, quando na Babilónia, milénios antes de Cristo, resultou em confusão de vozes e de línguas ?... Anota-se o facto do «idealismo», neste agnóstico Século XXI, acreditar… em «efeitos extraordinários, quase iguais a milagres», se bem que dentro de si, não se conheça concordância….

Admiramos a presteza com que os idealismos, tipo Século das Luzes e seguinte, consideram como verdadeira, a sincronia do crescimento das coisas desejáveis, necessárias às carências humanas, com aprovação dos recursos produtivos das populações e «honras teatrais» do individuo e do colectivo.

Infelizmente, a maravilha…não surge… nem dos oceanos, dos céus ou da estrada por onde caminha o que só pode deslocar-se a pé.

Há tanto para emendar, a pedir reforma a curto prazo, no construído com projectos e cálculos, assessorados a máquinas e diplomas. O Homem faz para durar,… O pretendido, contudo, não atinge a longevidade da Natureza.

As DEPRESSÕES ECONÓMICAS, são ocorrências seriadas pelo plinto elevado dos pontos de vista - em alta – do que são garantidos no PIB, os sectores produtivo, distributivo e o reforço aumentativo.

As Nações para poderem resistir aos impulsos externos nos contactos comerciais, políticos e de convivência intelectual, terão, forçosamente de conservar imagem decorosa, dos concidadãos e deferência ao estrangeiro.

A mediania das pessoas sabe a importância do rendimento total, sobre o comportamento das populações. Quanto maior equilíbrio aberto aos diversos sectores, melhor se amplia o económico, acessível ao indivíduo, à empresa, à cobrança bruta, agente da vida normalizada em colheitas convenientes ao fim das carências.

Na extensa rede do PIB, destaca-se o trabalho, em larga diferença dos restantes fornecimentos, peculiares a cada indústria. À responsabilidade e execução do animal pensante, instigador dos tais DIREITOS, a ELE o maior carinho e cedência ao mérito.

O que nas longas páginas da História se depreende, das desinteligências que fizeram jorrar sangue, os produtos da terra, espontâneos ou resultado do esforço do Homem, contudo, nunca a colheita aumentou o volume, para se por em paralelo com o nível do consumo. A situação criada pelos « direitos irrevogáveis em 1789 », que, dizem, não poderem ser postos em causa, senta a justiça em «banco baixo», a olhar para cima em grande embaraço para sentenciar à maneira de Salomão, «o seu a seu dono».

A História, na crueza rústica dos pormenores no seu jeito de «falar», demonstra, ainda hoje, que o produzido nunca correspondeu ao suficiente para as provisões de boca. No jornal « Correio dos Açores, de 21 de Junho de “2009”,a página 11, lê-se : CADA VEZ MAIS FOME NO MUNDO. Diz a FAO.

É público que a FAO e os governos das Nações que cobrem o Globo Terrestre, sofrem um responsável senso comum, para salvar a Humanidade. A ânsia de chegar ao sucesso premeditado, é notório no discurso legitimado pelos votos. Porém, o crescimento do sector agrícola, molécula a molécula; o critério de subdivisão de partidos, considerando-se mais importantes que as Nações; a deficiente preparação científica, técnica, psicológica e comportamental de parte dos gestores, não induzem à confiança de bons actos administrativos, para desembarcar em «porto redentor».

Haverá quem marque datas para o evento. Nascido em 1919, não assinamos apostas felizes, neste lavar «roupagem», com soda cáustica. Rompem-se depressa. E, depressa, podemos não ter dinheiro para comprar outras. Novas …ou remendadas…

A nossa idade, ensaiou-nos na acomodação e destrinça de valores. Os reais, com camisa de trabalho; os emprestados em bandeja de metal nobre, feitas as contas obrigam a despir a camisa; os herdados em açafate de vime, que se consomem ao primeiro capricho, vestem o utente com fato de ganga único – duradouro ao suor…

Se bem que a nossa infância e adolescência, não nos permitissem aprofundar, no momento, conclusões da vida diária, - como aos da mesma idade -, o que nos ficou na memória e o estudado pelos anos fora, dão-nos a percepção de podermos assimilar o punhado de filmagens dos rastos que a História terá de reunir para ser sincera. É o propósito destas nossas crónicas.

Para já e sem hesitação, afirmamos não nos sentirmos humilhados pelo que obedecemos e cumprimos. Os meus Pais, como é compreensível, sofreram maior volume de contrariedades.

Não ganhamos, nem perdemos. Vivemos de acordo com as posses de Portugal.

Se hoje, de repente, fosse retirado o auxílio da União Europeia, ninguém tenha dúvidas, a vida do Povo Português, obrigaria a um retrocesso muito mais grave do sofrido em toda a minha vida. Dou, por isso, graças a Deus, por ter vivido o meu tempo.

Do fundo do coração, rogamos ao destino, os portugueses não retornem ao período após a queda da Monarquia. Estão a ser feitos preparativos ampliados para tal…

O período actual de promessas e outros tantos desenganos, está a tresandar o senso, o decoro e a própria intuição humana, mais prestável à integridade de carácter.

Algo de hipnótico, subjuga a honra, a rectidão, a vergonha, para que o Homem entregue ao desbarato, o que lhe defende a personalidade e o ganho em perseguições do bem contra o mal.

Embrulhámos o final desta crónica. Desculpe Leitor Amigo. Mais esta vez…

Até próximo.