América América

Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

19 de maio de 2008

Nº 166 A INTELIGÊNCIA BEM FORMADA, EVITOU A CHACINA DA JUVENTUDE PORTUGUESA NA GUERRA 1939 – 1945. A MALEDICÊNCIA, MENOSPRESA O LUCRO NA SOCIEDADE E N

Depois das ansiedades e tormentas que infelicitaram o Mundo, nos anos de 1939 a 1945, tem estado sob explosivas paixões e «fogos de artificio», a neutralidade portuguesa, nesse período de Guerra Feroz, devoradora dos bens dos Povos e dos martirizados de todas as idades que a alimentaram.
A Família do animal que absorveu a humanização no «registo civil» de Adão e Eva, nunca conseguiu abstrair-se do medo de não conseguir reserva do comestível, no momento das contracções do aparelho digestivo. E logo, na geração seguinte, a insuficiência da caça, da pesca ou da fruta, desamarraram o menos habilidoso e mais duro instinto de Caim. A fraternidade esfumou-se no momento de divisão dos produtos de conservação da vida. A luta, a deslealdade, os jorros de sangue, desmantelaram acordos, paz e feitura de amigos. Caim, símbolo da cobiça do pertencente ao alheio, por motivo da dor na falta de comer», matou Abel, representante da concórdia, mas com ementa abastecida na gruta.
A parábola resistiu aos milénios … Ainda hoje se mantém viva e actualizada, na vinculativa doutrina moral. As Guerras, pequenas ou «grandes», marcaram-se sempre pelas faíscas, saídas das esfregas pela posse de alimento. Apesar das «modas» que se foram revezando, terem adquirido baptismos diferentes, para confundir as acções de baixa classificação, ainda não conseguiram sair das causas primárias alimentares.
A beligerância não guarda escrúpulos no alcance e tamanho da carnificina e da destruição. Mulheres, Crianças, Velhos, Novos, Construções honrosas ao Orbe Celeste, o esforço de sábios e humildes, valores insubstituíveis da História do Homem, tudo vai na enxurrada do mal fazer e do desgaste do que deveria caber ao bem comum. O que leva anos a construir, a pólvora, cientificamente preparada, com custo aumentado, estilhaça em segundos, sem o baque e a lágrima do arrependimento de quem recebeu a «mais valia» por piorar as destruições. A barbárie renova-se, nas marés e nas ondas do ateu humor Humano.
A Paz, também enfastia. Também se zanga… E quando assim acontece, geralmente por dúvida na garantia do alimento, aproveita brecha para alargar o mercado, não vá o POVO revoltar-se na hora de ir às compras. É preferível fazer guerra, na conquista do que pertence ao estrangeiro, do que assistir a revoltas intestinas, as mais sangrentas e odiosas em todos os povos, em todas as latitudes e longitudes.
O Dr. Salazar, dizia que não fora Portugal o responsável pela conflagração 1939/1945, pelo que não competia à juventude portuguesa morrer para a solucionar.
A neutralidade, foi assentida e respeitada, por condições excepcionais para serem bem sucedidas. Uma governação trapalhona, mal calculadora de contas a pagar, de pareceres espavoridos para aceitar sentenças de cada cabeça, de igualar transgressões às leis duvidosas em aglomerados sociais, nunca «daria conta do recado».
Em primeiro lugar, porque em Portugal havia ordem;
Em segundo, porque a cautela em amealhar «reservas» para não cair na situação ruinosa, criada de 1910 a 1926, resultou em haver no cofre público o suficiente para cobrir as despesas correntes, os erros dos principiantes a governos e previsão de incoerências administrativas, de educandos em gabinetes do Estado;
Em terceiro, porque o êxito conseguido, obedeceu equilibrado, hora a hora, por uma inteligência de excepção, em trabalho inseparável com a HONESTIDADE, que colocou nos seus devidos lugares, Roosevelt, Presidente da Amérca e Churchill, Primeiro governante inglês, quando pretendiam invadir os territórios portugueses, em especial os AÇORES, em ocasiões melindrosas e desaconselháveis, pelo atrito que poderia pegar fogo no modesto Portugal, com as, então portentosas, Itália e Alemanha.
Todo o Mundo sabia – e o português atinado, também - desde a década de 1930 a 1940, que o Dr. Salazar, tinha evitado a queda trágica do nosso País, para a valeta triste dos indigentes e que era «Homem de Palavra».
Às Guerras, desde as de murro, cacete ou pedrada, sucederam-se os incentivos para as descobertas científicas – em acerto com as épocas evolutivas _- em todos os ramos do bem comum. O grau de «honestidade que é possível retirar da antítese de um conflito, também corrige o que mal acompanha o temperamento humano, no feitiço do mérito comum, Serve de exame comprovativo do que é aprumado e correcto e do que deve passar à negatividade da ofensa à missão e carácter alheios.
As questões que mais atraem, nos nossos dias, as tertúlias teosóficas ou de entretenimento familiar, ou «bate papo» jovial entre colegas do mesmo ofício , deambulam nas vitórias e derrapagens das notícias da Comunicação Social. Em títulos garrafais, sobressaem as notícias dos governos preferirem informar os direitos de cidadania, em exercícios de redacção a serem bem recebidos, pelo contribuinte cumpridor dos seus deveres e do que finge desconhecer o que deve à sociedade. Pensar é um «direito» e um «dever». Mais, ainda, porque entra no labirinto da independência, com responsabilidade, pelo lugar cimeiro que ocupa, de responder de forma voluntária e respeitadora, mostrando o que vale de positivo e consciente.
Durante as «guerras», os pensamentos vogam em sentidos precisos com as previsões, quando coincidem Homens como D. Afonso Henriques, D. João, Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto, Infante D. Henrique, Bartolomeu Dias, Afonso de Albuquerque, Luís de Camões, Mouzinho de Albuquerque, Marechal Gomes da Costa, Dr. Oliveira Salazar e tantos outros mais que a História sublima com honra e galhardia.
Quanto à « palavra» ensaboada e atemorizadora, avisando desastre à navegação costeira, sócia da coragem peso pluma e abstracta, a retirada ( ou a fuga), será a melhor estratégia. Assim, se juntam a loquacidade e a frouxeza, por detrás da máscara da coragem…
Ocorrências, conforme o que é Leal e o egoísmo, de fazer fortuna à custa de quem afirma defender, transformam-se em mistela difícil de destrinçar.
O palavroso, porém, julgando-se «iluminado», com os singelos « ler, escrever, contar e diploma em noites de fado», usando artimanha, propõe-se convencer os bem intencionados, mas incautos das esparrelas do que se vê e ouve, não corresponderem à realidade, quando couber a demonstração.
Vimos e ouvimos, um bem remunerado loquaz televisivo, a comentar a «neutralidade portuguesa», a preferir o pai ter morrido na Segunda Guerra Mundial, e ele não obtivesse a maravilha de nascer, do que o Dr. Salazar, mantivesse o cargo de primeiro Ministro Português. Sombras partidárias na sensatez… Vive no período em vias de extinção… de um Portugal rico ajudado pela União Europeia…
Daltónico profundo… Incapaz de distinguir as cores…as boas regras, o bem e o mal… as dores dos outros… Só ele conta e sua visão política…
De completo …fica-se no Egoísta inconsolável e solitário…Triste figura...Flor murcha na lapela…
Não queremos especificar a que «cúmulo» pertence… mas é, sem dúvida, CÚMULO… Deixa-nos perplexo…abandonar à destruição, milhões de outros Pais e futuros Filhos… Os carácteres presumidos, deformam-se com ideais de rotina, mas vivendo, regaladamente além do que contém a «massa cinzenta»...
São estados psicológicos que «botam palavra», arrumam bom dinheiro, a sociedade desembolsa e… não buzina.
Até próximo.

5 de maio de 2008

Nº 165 ESTADO… DIREITOS E REVIRALHOS… LEI… A CIVILIZAÇÃO SEMPRE APAPARICOU OS DIREITOS… MAS…

A Civilização, não fora ela chamada para aflorar a amizade e o empenho de engrossar forças que refreassem os arrebatamentos das ferocidades à solta nas ocasiões de matar a fome, foi o método lento, mas acertado da «humanidade» entrar no Homem para desenvolver o carinho. Entre actos de benevolência e trambolhões de brutezas, chegou a hora de merecer absolvição das pedradas que atirou e dos ferros que fizeram correr sangue e lágrimas àquele que lhe roubou comida, matou companheiros e destruiu o lugar de repouso.

Olhou para o semelhante e sentiu-lhe as dores, as tristezas, as mágoas da solidão, as lutas em companheirismo e a busca ao auxílio. Terá acordado a sequência do tempo e substituído o amanhã incerto, pelos agregados da amizade. Nesse momento, lançou mais sementes de perdão, do que de maldizer. Deu a mão ao civilizável…

No título desta crónica, colocámos DIREITOS E REVIRALHOS, no meio de ESTADO e da LEI. De propósito…

Enquanto a grosseria dos cérebros, se enredava no acerto da convivência, para decidir qual o ponto de começo, para instalar a harmonia, o instinto construía paliçadas para defesa da crueldade que nada poupa para subjugar as partes fracas da Natureza. Aí, foi delineada a separação do bem e do mal, simplificando a tarefa mais adequada à materialidade humana.

Os usos e costumes de maior abrangência, agregaram-se em povoados, tomando o nome de Nações ou Estados. A finalidade, todavia, não especificava o indivíduo, ou grupos deles. Destinava-se a impedir as agressões que dizimam a eito, à indiferença da paulada e do gume da foice. Por isso se passou a chamar Pátria.

Arautos da paz, anunciaram regras para estancar abusos. Uma a uma, ordenaram-se em regulamentos, donde nasceram as «Leis».

O êxito, porém, não cobriu todas as fraquezas nascidas de raiz.

Miríades de motivos, adversos da concórdia, salientaram correcções, desde as físicas às morais, em debates onde o egoísmo sempre tomou lugar de defensor dos seus «direitos». Então as «Leis», abrandaram a rigidez inicial, crentes na brandura do espírito, mas, sobretudo pelo receio do castigo poder vir a atingir quem o propôs e redigiu.

Assim se traçam, o poder do Estado, a força da Lei, mas onde a autoridade nem sempre se poderá manter sem a grilheta das armas, que ferem e amarrotam … contrariam e pulverizam ...

A razão e as convicções, vestem-se de irmãos querubins, no intuito de esfumarem os borrões disformes, por falta de prática e carência de aviamentos..

Na anterior crónica, retransmitimos, excertos do livro do 12º ano - História – da Dra. Rosário Lobato Faria e Dra. Olinda Dagge – página 166. E propuzemo-nos insistir no período :

Portugal ganhara dinheiro com a guerra e com a política de neutralidade… mas Salazar, não pretendia desenvolver o país. Procurava, antes, estabilidade financeira. Por isso, o investimento era reduzido e a economia estagnada, apesar do aumento das reservas de ouro e da moeda forte.

É um período, relativamente ( com visos de dúvidas ) aceitável de entender, quando ainda pairavam os ventos de 1789 e 1974, obcecados no acerto do «ideal + Ismo», nas questões financeiras. Era só pensar e a lâmpada de Aladino punha a mesa e oferecia, em instantes, as iguarias aos bons «garfos e colheres», ou a argamassa das paredes do aparelho digestivo. Grande farra, para os novos gerentes da «coisa pública»… de 1974 em diante.

Os Órgãos de Comunicação Social, badalaram triunfos e comendas para as ressonâncias que tomaram o diapasão das «perenes» riquezas do Erário Público». E com óptimos resultados, para os bolsos das verbosidades mais convincentes.

Porque o lucro, enxuto na carteira, corre para o verbo… e o trabalho pingão, humedece e desentope os poros dos necessitados…

E, «num pronto», se acrescenta, o comentário «sapiente» do passado, do presente e do futuro: - Salazar não pretendia desenvolver o país, antes estabilidade financeira. … economia estagnada…aumento das reservas de ouro… moeda forte…

Leitor Amigo, acredite no que estamos a escrever. Era favor consultar o livro do 12º ano, aqui mencionado, a descrever a administração «sombria e pecaminosa», em 1950 e compará-la com o « Céu Aberto » de 2008.

A nós, parece fotocópia… ou…sonho de historietas que nos tivessem contado, no passatempo de serão académico… Mas o livro existe, está impresso e continua a desencinar os jovens que atingem o 12º ano. E o Ministério, empertigado na sua inculpabilidade, não dá pela «distracção»…

A Emigração, anátema salazarista, em 1950, em que virtudes se deverá enquadrar no crescimento no ano 2.000, quando intelectos «super», ou im preparados, governam o Portugal em franca decadência?

Considerando a ECONOMIA ESTAGNADA, E O INVESTIMENTO REDUZIDO, em 1950 – cinco anos após o termo da guerra 1939l1945 - como se interpreta a expansão na indústria – 1º Plano de Fomento Nacional, com incremento da Indústria Química, Adubos, Metalurgia, Celulose e Petróleo; da criação de grandes Grupos Económicos, fruto da união dos bancos com a indústria,, como a CUF ( Companhia União Fabril), Grupo Espírito Santo e, Champalimaud; Plano Hidroeléctrico Nacional, PARA APOIO AO DESENVOLVIMENTO?

Tudo isto está escrito na livro do 12º ano.

Mas há mais um item: Adesão à EFTA ( 1959) e investimentos estrangeiros. Apesar da tentativa de fomento, a balança comercial era deficitária…

Ao País pequeno, como o nosso, valeu a neutralidade, mantida do princípio ao fim da guerra. O Primeiro Ministro Português, afirmava e cumpria, convictamente, que « em política, o que parece, é…», o que pode e deve ser traduzido, como: « é feio mentir, não fugindo a esta regra, mas até com mais RESPONSABILIDADE os responsáveis máximos das NAÇÕES». O Chefe do Governo, era tido como «Homem de Palavra». Tanto do lado Japonês e Alemão, como do Inglês e Americano. Ao que permitiu o Presidente do Conselho Português, falar com a autoridade de forças iguais para os dois lados, tendo, ambos recebido admoestações por apressadas decisões que pretendiam mandar executar, pondo em jogo o crédito da neutralidade e começo da matança do escol da Nação.

Ainda durante a contenda, o Chefe do Governo de Portugal – do Portugal, avesso a estrangeiros +ismos - recebeu louvores dos dois oponentes.

Como, também, da Espanha, no contrabalanço que manteve durante algum tempo e que deixava os beligerantes no temor de serem preteridos.

A «mentira» se resolve na ocasião, não evita a consequência.

A que traficâncias estaremos sentenciados a enfrentar … a não longo prazo ?… O brio da palavra dada, passou de moda…

Em quem acreditar ?... Onde mora a confiança?...

Até próximo.