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Blog das crónicas de Basílio José Dias, publicadas semanalmente no jornal Atlântico Expresso.

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Localização: Ponta Delgada, Açores, Portugal

Tem o Curso Complementar dos Liceus, tendo frequentado o Liceu Nacional Antero de Quental. Serviço Militar de 1940 a 1945. Entrou para a Fábrica de Tabaco Estrela em 1946. Gerente de 1957 a 1989.

11 de fevereiro de 2007

Nº 112 CRISTÓVÃO COLON… MIGUEL CORTE REAL… DOIS SUPER HOMENS… DESENCOBERTOS…

Há, sempre alguém a ocupar a cadeira do desistente ou fracassado. As vias para chegar ao plinto, porém, não são uniformes, nem cumprem direcções dos ventos, conquanto persigam igual tendência para colocar a realidade no lugar cimeiro da pertença do mérito.
O acreditado «realizador de cinema, Senhor Manuel de Oliveira, num rasgo de excepcional vigor e sentido de respeito pátrio, vai por de pé, um filme a desvendar a figura excepcional de Salvador Fernandes Zarco. Será uma continuação da ciência e da técnica, estarem presentes na homenagem que o Mundo deve a este personagem, sábio, investigador e actuante de corpo e alma nas aventuras das descobertas.
Constará da narração pessoal, dos cientistas que alcançaram maior âmbito na «tradução» de Salvador para Cristóvão Cólon –Dr. Manuel Luciano da Silva e Esposa, Dra. Sílvia Jorge Silva.
Até agora, tem prevalecido a busca de documentos amarelentos por séculos, guardados com as cautelas de preciosidades originais. A relevância excepcional do nome do navegador, todavia, tem levado à tentação de lhe alterar o «pó» da terra do nascimento, para o «pó» da terra do «tradutor».
A introdução do cinema, a abarcar maior quantidade de «público», reavivará o definhamento do sentido patriótico e representará o elixir portador do novo alento, para terminar o estudo que conduzirá às análises concludentes.
O Cineasta Manuel de Oliveira, vai acender o «facho» de luz abrangente a estudiosos, historiadores, amigos do saber, dos povos por onde imagens projectadas em ecrãs, retirarão o esforço de aprender, mas que deixarão no espírito do vulgo, o deleite do raciocínio e as interrogações dignas de merecer resposta.
Daqui, dum ponto no meio do «Mar Oceano» de que o filho bastardo do Primeiro Duque de Beja, Salvador Fernandes Zarco, foi promovido a Almirante… ataviado com a vestimenta por si desenhada, com o título Cristóvão Cólon, louvamos o gesto lindo de apresentar a lição do casal pesquisador do encoberto. Se honra os cientistas, pelo trabalho conjunto a caminho do meio século, o «Realizador», Senhor Manuel de Oliveira, é o símbolo defensor do velho Portugal, austero opositor à premeditação, liberta de peias, de o ver prostrado, por vulgar palavrório desinstruído e actos destrambelhados.
MIGUEL CORTE REAL
- Nascido na nossa Ilha Terceira -
Comandante da COMPANHA, que primeiro foi sepultada no Novo Mundo. Facto documentado pelo mesmo casal cientista, que havia completado o expresso na «Pedra de Dighton» e decifrado o monograma de Salvador Gonçalves Zarco: Dr. Manuel Luciano da Silva e Esposa Dra. Sílvia Jorge Silva.
Desaparecido em viagem na procura de seu irmão Gaspar Corte Real, nunca mais encontrado e filho de João Vaz Corte Real, descobridor da América em 1472, vinte anos antes de Cristóvão Colombo. As terras descobertas, mantiveram durante muitos anos, o nome dos Cortes Reais.
Num monólito com cerca de 40 toneladas, Miguel, deixou escrito o seu nome, a data de 1511 e a Cruz de Cristo Portuguesa. A água corrente do Rio Taunton, onde esteve deitado por milénios, as intempéries, as ventanias, os gelos e degelos, quase gastaram pelo atrito, o testamento dos sentenciados a sucumbir longe das famílias, mas ansiosos por deixar mensagem do infortúnio que os apanhara, sem remédio.
A «Pedra de Dighton», por ter sido encontrada perto desta Vila, desde o Século XIX, mereceu a atenção dos teimosos nos desvendamento da realidade desde 1680, na decifração dos caracteres visíveis. Homens cultos, deram o seu melhor para perceberem o recado esculpido por mão humana. O anos sem êxito passaram, deixando amargo rasto de desistência no trabalho apaixonante de saber o que espíritos do passado, desejavam transmitir. Aos poucos, porém, foi surgindo a grafia de 1511.
Dado a alarme em 1680, pelo Reverendo Deaforth, sem conclusões, repete-se o mesmo em 1788, por James Wintrhtrop. Em 1915, o Professor Delabarre, descobriu a data de 1511, o nome de Miguel Corte Real e o escudo português em V, sendo condecorado pelo Governo Português, com a Comenda da Ordem de Cristo. Depois de mais estudos, o Micaelense Dr. José Dâmaso Fragoso, Leitor da Universidade de Nova Yorque e «Fellow» do Corpo médico da Clínica de Lahey, Bóston, decifrou: braços da Cruz de Cristo e o escudo Português.
Pormenorizámos, os intervenientes e os resultados conseguidos por cada um, para vincar a dificuldade do trabalho de investigadores voluntários e pertinazes e, só então, referir os últimos, os que VIRAM, na íntegra, o testamento de Miguel Corte Real e sua companha. Já os indicámos acima, mas não será abuso repeti-los: Dr. Manuel Luciano da Silva e Esposa, Dra. Sílvia Jorge Silva.
A « Pedra de Dighton» é mais um símbolo de Portugal na América e em particular dos Açores. Réplicas têm sido distribuídas por vários requerentes. A Última irá para a Madeira, a pedido do seu Presidente, a mostrar, assim, respeito e entusiasmo pelas Descobertas e Glórias de Portugal.
A nossa Ilha Terceira, já devia ostentar, pelo menos uma, em lugar do maior destaque. Nas outras oito Ilhas, também ficariam como marcos a salientar bravura e voluntariedade e abaixar a injusta modéstia que os estranhos nos apontam.
O Cineasta Manuel de Oliveira, por meio da sua arte, poderia dar pinceladas no ecrã da História, a evidenciar o valimento destes nove pequenos territórios semeados no « Mar Oceano », que banha três Continentes e concedera o título de Almirante a Cristóvão Cólon . E que, a separação pelas águas, lhes diminui o tamanho para enfrentar a «globalização» que sempre existiu em desfavor dos limitados em áreas e população. Explicaria a remessa para os cinco continentes, dos melhores frutos produzidos: Virilidade, sangue, robustez, inteligência, dignidade.
Até próximo.

Nº 111 SALVADOR FERNANDES ZARCO… ENCOBERTO POR CRISTÓVÃO COLON !... DIVULGAÇÃO DO SANGUE PORTUGUÊS….

As grandes inteligências, honram as origens e afamam as populações. À sombra dos seus nomes, as nações embandeiram o grau de desenvolvimento intelectual, científico, moral dos genes que reproduziram raças e contribuíram para a melhoria do Mundo. Será isso que faz a História no sorriso indefinível da Gioconda de Leonardo da Vinci.
O que nos quererão dizer os olhos matreiros da Gioconda, ou do Pai, Leonardo?... Uma certeza?... Uma dúvida?... Algo para além da nossa limitada compreensão?...
Ou um conselho, que nos sossegue o desejo de aprofundar o encoberto pelo tempo, pelas descrições temperadas com o mistério do acontecido, pela verdade cambaleante do contador da História ?... Que será?...
O contador da História, tem lugar de nascimento. Ama o pó que primeiro lhe polvilhou os pés, sujou as mãos e recebeu a face na primeira queda de menino a engatinhar. Daí, a terra transmitiu cheiro, sabor e benquerença. Adulto, não mais se livra das amarras com a terra maternal, com a terra que dá pão, com a Terra que receberá os seus descendentes. À sua Terra, dedicará a defesa dos condicionalismos e êxitos mais nobres.
Salvador Gonçalves Zarco, teve a sorte de possuir cérebro bem instalado, a que se juntou uma instrução invulgar em qualquer época, ansiosamente absorvida, para reconquistar o que havia perdido na concepção amorosa de seus Pais.
Neto de Rei, D. Duarte e do judeu navegador português João Gonçalves Zarco, descobridor da Ilha do Porto Santo em 1418 e da Madeira em 1419, nunca se conformou do Pai, o Infante D. Fernando, Primeiro Duque de Beja, não poder ter casado com sua Mãe, Isabel Gonçalves Zarco, pelo «anátema» no tempo, o ter nascido Judia. Desconhecedor da têmpera dos metais, mas, extraordinariamente bem a dos homens, a si próprio a aplicou para alcançar a posição que lhe caberia na normal junção de um casal, de um Infante com uma mulher.
Estudou grego, latim, hebraico e acobertou o nome de baptismo, por outro que traduzisse a transposição dos Continentes e o crescimento da humanidade. Passar além do conhecido e povoá-lo de humanos, crentes no desbravamento e na dedicação à descendência – Cristo + vão ( ou ponte de passagem) – Cristóvão + Cólon ( o marco reprodutivo). Cristóvão Cólon.
Dedicou-se à náutica. Estudou-a em todos os pormenores, com o afinco de alinhar entre os aventureiros desbravadores dos segredos do mar alto e da linha amovível do horizonte. Riscar o passado hebreu, com actos de bravura singulares, objectivo a repor o mérito próprio, na posição que daria o desapossado título de nobreza.
Tratou, lado a lado, com os Reis de Espanha. Ganhou a confiança da Rainha. Obteve a «armada» que o levaria ao Novo Mundo, em 1492. Por 4 vezes, pisou aquela terra, pertença da família de João Corte Real, desde 1472, oficializada, somente pelo Rei Português. O Tratado de Tordesilhas, definiu a posse.
Destrinçar a teia envolvente do personagem Salvador Gonçalves Zarco, tecida por inteligência distante da vulgaridade, soletra hipóteses e inspira amores nacionais. É a Itália, que o quer para si, é a Espanha que lhe dá o berço Catalão, é a França que tem famílias com o nome de «Colom».
Chegados aos nossos dias, da ciência poder clarear o imbróglio, surge um técnico decidido a por em «pratos limpos», o que fora clandestino, por motivos de sobrevivência e ânsia de readquirição dos valores heráldicos e legados da Família.

O especialista, Professor de Medicina Legal da Universidade de Granada, Espanha, José Lorente, foi nomeado Chefe da Equipa, pelas «Cortes de Espanha, para investigar o ADN, nas ossadas de Cristóvão Cólon. Revelou através do programa de Televisão «Discovery Channel», transmitido em Maio de 2005, que havia sido obtido o cromossoma Y, do irmão Diogo Cólon e do filho Fernando Cólon, extraídos dos ossos que estavam preservados na Catedral de Sevilha. Os ossos atribuídos ao navegador Cristóvão Colon, guardados no enorme mausoléu, naquela Catedral eram muito pequenos (costelas) para ser extraído o cromossoma Y. De notar que os dois cromossomas, do irmão e do filho eram iguais.
O Professor Lorente, dispôs grupos de equipas de analistas, em espalhadas regiões onde o sobrenome Cólon, Colom e Colombo, ainda vigorasse. Foi escolhido a sexo masculino, para as procuradas análises corresponderem ao cromossoma Y, para, assim, precisar o troféu da localização dos nascimento.
Na Catalunha, foram feitas 125 análises; em Valenciana 45. nas Baleares 50, no Sul da França 35. Na Itália: Lombardia 52, Ligúria 47; Piemonte, 14. Outras regiões foram experimentadas, perfazendo ao todo 477 pesquisas.
Nenhum átomo foi encontrado nos laços de sangue.
O Professor Lorente cheirara o tal pó que atrai a nacionalidade, igual a todos nós, que não somos melhores que os outros. Ficou, isso sim, dcsapontado do que rezara a tradição e experimentou dúvidas em documentos, reputados como originais.
E por aí ficaram as tentativas de por a claro, as origens do grande navegador, com a portentosa ligação da ciência dos nossos dias, com o passado expresso no rosto chistoso da Gioconda de Leonardo da Vinci.
O Cientista ….. contrariado, embora, decidiu, ter feito o suficiente para atingir os fins que entusiasmariam a Nação felizarda de conter o Y procurado. Cansou-se sem proveito científico, nem diploma de bons serviços. Continuou e continua a fomentar colóquios livres, na França, Itália e Espanha na vã esperança de num desses países encontrar o Y, pertencente, na realidade, a Salvador Gonçalves Zarco. Esqueceu que Portugal, o iniciador dos descobrimentos, albergaria hipóteses de ganhar a corrida à meta dos factos reais.
Esta questão, importa demasiado ao nosso adoentado País, para nos contentarmos com o acabado de descrever. Nova crónica, dará mais alguns passos.
Até próximo.